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valor da cesta básica de curitiba cai 4% em um mês. 5 - Bem Paraná

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CIDADES<br />

CURITIBA, SEXTA-FEIRA, 9 DE MARÇO DE 2012<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s@jornaldoestado.com.br<br />

9<br />

Número <strong>de</strong> motoristas mulheres<br />

CRESCEU 47,9% EM CINCO ANOS<br />

Em 2005, eram 899 mil habilita<strong>da</strong>s no Estado. Em 2010, quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> CNHs <strong>em</strong> mãos f<strong>em</strong>ininas chegou a 1,3 millhão<br />

Segundo o Detran-PR<br />

elas são mais pru<strong>de</strong>ntes<br />

Já no último ano, o número<br />

<strong>de</strong> mulheres ao volante<br />

no Paraná a<strong>um</strong>entou 7%<br />

e já correspon<strong>de</strong> a mais <strong>de</strong><br />

1,4 milhão <strong>de</strong> motoristas,<br />

que mostram-se mais cautelosas<br />

do que os homens<br />

no trânsito e por isso comet<strong>em</strong><br />

menos infrações. Dados<br />

do Detran comprovam<br />

que a maioria <strong>da</strong>s multas <strong>de</strong><br />

trânsito registra<strong>da</strong>s<br />

no estado<br />

A prudência<br />

f<strong>em</strong>inina <strong>de</strong>veria<br />

servir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />

para os <strong>de</strong>mais<br />

motoristas<br />

são cometi<strong>da</strong>s<br />

por<br />

motoristas<br />

do sexo<br />

masculino.<br />

“ A s<br />

mulheres<br />

são responsáveis por cerca <strong>de</strong><br />

25% <strong>da</strong>s infrações mais pratica<strong>da</strong>s<br />

no Paraná. Isso representa<br />

que mesmo <strong>em</strong> menor<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>, proporcionalmente,<br />

elas são mais conscientes<br />

e adotam <strong>um</strong>a postura<br />

mais segura no trânsito”,<br />

afirma o diretor-geral<br />

do Detran, Marcos Traad.<br />

Dentre as infrações mais<br />

frequentes, dirigir alcooliza<strong>da</strong><br />

ou sob influência <strong>de</strong> entorpecentes<br />

foi a irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

menos cometi<strong>da</strong>s por<br />

mulheres <strong>em</strong> janeiro <strong>de</strong>ste<br />

ano. Elas respon<strong>de</strong>m a apenas<br />

2,5%, contra 97,5% dos<br />

homens. Em contraparti<strong>da</strong>,<br />

a multa com maior índice <strong>de</strong><br />

participação f<strong>em</strong>inina (36%)<br />

foi estacionar <strong>em</strong> <strong>de</strong>sacordo<br />

com a regulamentação.<br />

No mesmo período, mais<br />

<strong>de</strong> 5,5 mil<br />

carteiras <strong>de</strong><br />

habilitação<br />

foram suspensas<br />

no<br />

estado,<br />

sendo que<br />

<strong>de</strong>stas apenas<br />

26%<br />

são <strong>de</strong> motoristas<br />

mulheres e 7<strong>4%</strong> <strong>de</strong><br />

homens. “Elas são mais cui<strong>da</strong>dosas<br />

<strong>em</strong> tudo, inclusive no<br />

trânsito. A maioria não se arrisca<br />

a beber e dirigir, fazer<br />

manobras perigosas e pilotar<br />

moto s<strong>em</strong> capacete, por<br />

ex<strong>em</strong>plo. A prudência f<strong>em</strong>inina<br />

é mo<strong>de</strong>lo para os <strong>de</strong>mais<br />

motoristas”, avalia o coor<strong>de</strong>nador<br />

<strong>de</strong> Educação para o<br />

Trânsito do Detran, Juan Ramon<br />

Soto Franco.<br />

AS PRINCIPAIS INFRAÇÕES MAIS APLICADAS EM JANEIRO<br />

Da Re<strong>da</strong>ção<br />

Elas ain<strong>da</strong> são minoria no<br />

trânsito do Paraná. Pouco mais<br />

<strong>de</strong> 30% <strong>da</strong>s carteiras <strong>de</strong> habilitação<br />

<strong>em</strong> vigor no Estado são<br />

<strong>de</strong> mulheres. Mas, proporcionalmente,<br />

são elas que mais se<br />

habilitam nos últimos anos.<br />

Em 2005 as mulheres representavam<br />

pouco mais <strong>de</strong><br />

27,7% <strong>da</strong>s motoristas habilita<strong>da</strong>s<br />

— eram 899.302 <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro<br />

<strong>da</strong>quele ano. Em<br />

2010, elas já somavam mais <strong>de</strong><br />

1,3 milhão <strong>de</strong> Carteiras Nacional<br />

<strong>de</strong> Habilitação (CNH), ou<br />

31% do total <strong>de</strong> motoristas <strong>em</strong><br />

todo o Estado.<br />

Comparando os anos <strong>de</strong><br />

2005 a 2010, as mulheres <strong>de</strong>ram<br />

<strong>um</strong> salto <strong>de</strong> 47,9%, enquanto<br />

o número <strong>de</strong> motoristas<br />

homens subiu 25,8% no<br />

mesmo período. Os números<br />

dos anuários do Departamento<br />

<strong>de</strong> Trânsito do Paraná (Detran-PR)<br />

mostram que <strong>em</strong> relação<br />

aos homens, e pelo menos<br />

no percentual, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> novas habilitações f<strong>em</strong>ininas<br />

foi quase o dobro <strong>da</strong><br />

masculina. Em 2005 haviam<br />

2,3 milhões <strong>de</strong> CNHs masculinas,<br />

e <strong>em</strong> 2010 pouco acima<br />

<strong>de</strong> 2,9 milhões.<br />

Porém, <strong>em</strong> números absolutos,<br />

no período <strong>de</strong>stes cinco<br />

anos os homens atingiram quase<br />

607 mil novas habilitações,<br />

e as mulheres pouco mais <strong>de</strong><br />

430 mil novas carteiras <strong>de</strong> motorista.<br />

S<strong>em</strong> <strong>em</strong> 2005 a diferença<br />

entre a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

motoristas homens e mulheres<br />

era <strong>de</strong> 1,44 milhão, <strong>em</strong> 2010<br />

ficou <strong>em</strong> 1,62 milhão. Mas <strong>de</strong><br />

novo pela proporção, a distância<br />

entre os dois gêneros também<br />

<strong>cai</strong>u. Em 2005 a diferença<br />

era <strong>de</strong> 61,6% e <strong>em</strong> 2010 ficou<br />

<strong>em</strong> 54,9%. O ano <strong>de</strong> 2009<br />

foi <strong>um</strong>a espécie <strong>de</strong> auge. Naquele<br />

ano foram <strong>em</strong>iti<strong>da</strong>s 163<br />

mil novas habilitações para<br />

mulheres e 85 mil <strong>de</strong> homens.<br />

MARIA DA PENHA<br />

Campanha na TV orienta sobre Lei<br />

No Dia Internacional <strong>da</strong><br />

Mulher, o Ministério Público do<br />

Paraná iniciou <strong>um</strong>a campanha<br />

para <strong>de</strong>spertar a atenção <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

para <strong>um</strong> sério probl<strong>em</strong>a<br />

social: a violência doméstica e<br />

familiar. A Lei Maria <strong>da</strong> Penha<br />

trouxe mecanismos judiciais indispensáveis<br />

no combate a barbáries<br />

cometi<strong>da</strong>s contra mulheres<br />

<strong>de</strong> todos os níveis sociais, intelectuais<br />

e culturais. Mas, <strong>em</strong><br />

pleno século 21, ain<strong>da</strong> faltam<br />

<strong>de</strong>bate social amplo sobre o t<strong>em</strong>a<br />

e políticas públicas que garantam<br />

a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> física, psíquica<br />

e financeira <strong>da</strong>s vítimas.<br />

Mesmo agredi<strong>da</strong>s e moralmente<br />

<strong>de</strong>struí<strong>da</strong>s, mulheres ain<strong>da</strong><br />

resist<strong>em</strong> <strong>em</strong> procurar a Justiça,<br />

seja por medo do agressor, por<br />

<strong>de</strong>sconhecimento dos seus direitos,<br />

por <strong>de</strong>pendência financeira ou<br />

por receio <strong>de</strong> encarar o preconceito<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. E as que tiveram<br />

a corag<strong>em</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>nunciar engrossam<br />

as estatísticas sobre a violência,<br />

que envergonham <strong>um</strong>a<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong> que <strong>de</strong>veria tratar com<br />

respeito suas mulheres.<br />

Des<strong>de</strong> ont<strong>em</strong> a campanha é<br />

veicula<strong>da</strong> na TV é-Paraná. É<br />

<strong>um</strong> ví<strong>de</strong>o para incentivar as <strong>de</strong>núncias<br />

e para divulgar o número<br />

<strong>de</strong> informações 180, <strong>da</strong><br />

Secretaria Especial <strong>de</strong> Políticas<br />

para Mulheres, <strong>da</strong> Presidência<br />

<strong>da</strong> República. Também foi lança<strong>da</strong><br />

<strong>um</strong>a cartilha, com informações<br />

sobre os direitos <strong>da</strong>s<br />

mulheres e as formas <strong>de</strong> se buscar<br />

aju<strong>da</strong> nos casos <strong>de</strong> agressão.<br />

Nos últimos dois anos, as<br />

<strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> violência contra<br />

mulher no Paraná a<strong>um</strong>entaram<br />

19%. Em 2010, foram registrados<br />

14.051 boletins <strong>de</strong> ocorrência<br />

relacionados ao t<strong>em</strong>a nas <strong>de</strong>legacias<br />

do Estado. Em 2011, o<br />

número saltou para 17.278 mil.<br />

No âmbito do Ministério<br />

Público, o número <strong>de</strong> casos <strong>em</strong><br />

an<strong>da</strong>mento também é gran<strong>de</strong>.<br />

São duas as Promotorias <strong>de</strong> Justiça<br />

que atuam junto aos Juizados<br />

Especializados <strong>em</strong> Violência<br />

Doméstica e Familiar contra<br />

a Mulher: <strong>um</strong>a <strong>em</strong> Curitiba<br />

e outra <strong>em</strong> Londrina. Na Promotoria<br />

<strong>da</strong> capital, o último levantamento,<br />

feito <strong>em</strong> junho <strong>de</strong><br />

2011, revelou a existência <strong>de</strong><br />

949 ações penais <strong>em</strong> curso, <strong>de</strong><br />

4.826 medi<strong>da</strong>s protetivas aplica<strong>da</strong>s<br />

e <strong>de</strong> 9710 inquéritos policiais<br />

<strong>em</strong> an<strong>da</strong>mento.<br />

Mais ações — O Dia Internacional<br />

<strong>da</strong> Mulher foi <strong>de</strong><br />

festa, mas também <strong>de</strong> muitas<br />

manifestações. As mulheres liga<strong>da</strong>s<br />

ao Movimento dos Trabalhadores<br />

Rurais S<strong>em</strong> Terra<br />

(MST) fizeram bloqueios nas<br />

Aveni<strong>da</strong>s Marechal Deodoro e<br />

Floriano. As mulheres campesinas<br />

estão <strong>em</strong> Curitiba <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

terça-feira. Durante a manhã<br />

elas se concentraram na Praça<br />

Santos Andra<strong>de</strong> e na Boca Maldita,<br />

on<strong>de</strong> fizeram atos públicos<br />

pedindo pressa nos assentamentos<br />

no Estado.<br />

O Centro F<strong>em</strong>inino <strong>de</strong> Cultura<br />

e a Arquidiocese <strong>de</strong> Curitiba<br />

também, estimularam as<br />

mulheres a fazer <strong>um</strong>a pequena<br />

manifestação ao meio dia. O<br />

pedido era para que as mulheres<br />

que estivess<strong>em</strong> ao volante<br />

buzinass<strong>em</strong>.

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