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Circuitos I – Análise em Corrente Contínua<br />

Um empreendimento Bairros Projetos Didáticos<br />

Coor<strong>de</strong>nado pelo Professor Roberto Bairros dos Santos.<br />

Este trabalho busca ajudar os técnicos a analisarem circuitos<br />

eletrônicos em corrente contínua usando as leis básicas <strong>de</strong> análise <strong>de</strong><br />

circuitos: Lei <strong>de</strong> Ohm, Lei das Malhas e Lei dos Nós, sempre usando<br />

um enfoque prático da aplicação <strong>de</strong>stas leis.


Índice:<br />

Introdução: ..............................................................................4<br />

Tudo é uma questão <strong>de</strong> Energia. ..................................................5<br />

Corrente elétrica: ......................................................................6<br />

Resistência elétrica: ...................................................................7<br />

Tensão ou diferença <strong>de</strong> potencial: ................................................8<br />

Circuito elétrico: ........................................................................9<br />

Lei <strong>de</strong> OHM. ............................................................................10<br />

Método do triângulo para memorizar: .........................................11<br />

Exemplo 1: ..........................................................................12<br />

A divisor <strong>de</strong> tensão: .................................................................13<br />

Fórmula do divisor <strong>de</strong> tensão: .................................................14<br />

O Potenciômetro: ..................................................................15<br />

Lei Das malhas: .......................................................................17<br />

Malha: .................................................................................18<br />

Lei dos Nós: ............................................................................19<br />

Análise <strong>de</strong> circuitos usando a Lei das malhas: ..............................20<br />

Convenção valor <strong>de</strong> tensão: ...................................................22<br />

Circuito com mais <strong>de</strong> uma malha: ...........................................23<br />

Exemplo 1 <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuito usando a lei das malhas: ..........24<br />

Exemplo 2 <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuito usando a lei das malhas: ..........29<br />

Exemplo 3 <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuitos usando a lei das malhas: .........31<br />

Exemplo 4 <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuitos usando malhas: .....................33<br />

Aplicação da prática das leis básicas no cálculo do circuito com LED:<br />

.............................................................................................37<br />

Exemplo <strong>de</strong> cálculo do resistor em circuito com LED: ..................39<br />

Medindo as gran<strong>de</strong>zas tensão e corrente: ....................................40<br />

Características dos instrumentos: ...............................................41<br />

Análise <strong>de</strong> circuitos usando voltímetro: .......................................42<br />

Circuito em ponte: ...................................................................44<br />

Exemplo <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> resistores ligados em ponte: ...................46<br />

Aplicação da ponte <strong>de</strong> resistores na medição <strong>de</strong> peso: ................47<br />

Resistência elétrica e aquecimento: ............................................48<br />

O problema do aquecimento do resistor: .....................................49<br />

Energia Elétrica e o WATT: ........................................................50<br />

Medindo a energia em um circuito elétrico: ..................................51<br />

Cuidados ao especificar e comprar um resistor: ............................52<br />

Exemplo 1<strong>de</strong> cálculo da potência em resistores: ........................53<br />

Exemplo 2 do cálculo da potência: ...........................................54<br />

Teorema da sobreposição: ........................................................55<br />

Usando a sobreposição para analisar um circuito: ......................56<br />

Teorema <strong>de</strong> Thevenin: ..............................................................58<br />

Exemplo análise circuito usando Thevenin: ...............................64<br />

Determinação do equivalente thevenin em circuitos reais: .............69<br />

Fonte <strong>de</strong> corrente: ...................................................................70<br />

Teorema <strong>de</strong> Norton: .................................................................73


Exemplo da aplicação do Teorema <strong>de</strong> Norton: ...........................74


Introdução:<br />

Uma das principais ativida<strong>de</strong>s do técnico eletrônico é<br />

analisar circuitos. Analisar um circuito consiste em <strong>de</strong>terminar as<br />

tensões e correntes presentes nos componentes <strong>de</strong>ste circuito, assim,<br />

quando estiver frente a um equipamento com <strong>de</strong>feito, o primeiro<br />

passo para consertar este equipamento é enten<strong>de</strong>r como ele<br />

funciona, para isto o técnico <strong>de</strong>verá abrir o diagrama e analisar o<br />

circuito do equipamento, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> entendido o circuito o técnico<br />

<strong>de</strong>verá escolher os melhores pontos <strong>de</strong> medição do circuito em<br />

função do sintoma apresentado pelo equipamento a fim <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminar a peça <strong>de</strong>feituosa. Concluímos que: Para consertar um<br />

equipamento eletrônico o técnico precisa do diagrama do<br />

equipamento, do instrumento correto e do conhecimento para análise<br />

do circuito. Este artigo aborda exatamente a questão da análise do<br />

circuito.<br />

Eu costumo dizer que: Os melhores amigos do técnico<br />

eletrônico são; O diagrama e o instrumento. Dê-me o diagrama e o<br />

instrumento correto e eu conserto qualquer coisa, <strong>de</strong> um<br />

eletrodoméstico a uma nave espacial!<br />

Um técnico eletrônico po<strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar um craque em<br />

análise <strong>de</strong> circuitos se souber bem três leis básicas que são: Lei <strong>de</strong><br />

OHM; Lei das Malhas e Lei dos Nós.<br />

Sabendo as três leis básicas o restante do estudo da<br />

eletrônica consiste em conhecer os diversos tipos <strong>de</strong> componentes e a<br />

sua influência no circuito, que significa o seu comportamento com<br />

respeito a tensão e a corrente. Esta tarefa também é simples, pois<br />

existem apenas quatro tipos <strong>de</strong> componentes eletrônicos, isto mesmo<br />

somente quatro. São eles: A resistência elétrica, que em eletrônica é<br />

chamada <strong>de</strong> resistor; O capacitor, o Indutor e o Semicondutor! É<br />

claro que existe uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong>stes componentes, mas,<br />

todos baseados no mesmo princípio, assim conhecendo o princípio<br />

básico dos componentes você po<strong>de</strong>rá enten<strong>de</strong>r todos os tipos <strong>de</strong><br />

componentes.<br />

Neste artigo eu vou abordar o tema do ponto <strong>de</strong> vista<br />

prático, tentando sempre mostrar uma aplicação real. Também<br />

estarei visando ajudar você a enten<strong>de</strong>r as três leis básicas, se ao final<br />

do curso você sair entendo e aplicando estas três leis, o meu objetivo<br />

terá sido alcançado.


Tudo é uma questão <strong>de</strong> Energia.<br />

Antes <strong>de</strong> iniciar o estudo da análise <strong>de</strong> circuitos<br />

propriamente dito vou fazer uma revisão sobre as gran<strong>de</strong>zas tensão,<br />

corrente e resistência uma vez que para o técnico iniciante sempre<br />

representa motivo <strong>de</strong> dúvida.<br />

As gran<strong>de</strong>zas tensão e corrente estão associadas ao conceito <strong>de</strong><br />

Energia Potencial e Energia Cinética, para enten<strong>de</strong>rmos melhor esta<br />

relação vamos mostrar este conceito <strong>de</strong> energia aplicado no nosso dia<br />

a dia.<br />

Precisamos também relembrar o conceito básico <strong>de</strong> que: A<br />

energia não é criada, a energia é transformada, assim, quando<br />

comemos uma banana, a energia contida na banana é transformada<br />

em movimento ao caminharmos. A energia contida na gasolina é<br />

transformada em movimento quando o carro é posto a andar, neste<br />

caso a energia química contida na gasolina é transformada em<br />

energia <strong>de</strong> movimento, quando a gasolina é queimada.<br />

Na eletricida<strong>de</strong> a energia elétrica <strong>de</strong>verá ser armazenada em<br />

cargas elétricas, na maioria das vezes estas cargas serão os elétrons<br />

livres, presentes nos metais, em outros casos po<strong>de</strong>rão ser íons,<br />

presentes nos gases, nos líquidos.


Corrente elétrica:<br />

A corrente elétrica é o movimento or<strong>de</strong>nado das cargas<br />

elétricas. A carga elétrica mais comum é o elétron livre que está<br />

presente nos metais, assim não basta o corpo ter elétrons, alias<br />

todos os corpos possuem elétrons, para termos uma corrente elétrica<br />

estes elétrons <strong>de</strong>vem ser do tipo elétrons livres, é por isto que a<br />

ma<strong>de</strong>ira é um isolante, apesar <strong>de</strong> ter elétrons eles não são livres, a<br />

ligação química é forte bastante para pren<strong>de</strong>r os elétrons, já os<br />

metais possuem uma ligação química que permite que os elétrons<br />

fiquem livres no material, são estes elétrons que serão usados para<br />

gerar uma corrente elétrica. Não basta termos o movimento dos<br />

elétrons livres, isto po<strong>de</strong> ocorrer com o aumento da temperatura,<br />

para termos uma corrente elétrica estes elétrons <strong>de</strong>vem movimentarse<br />

em or<strong>de</strong>m, todos no mesmo sentido, afinal: A união faz a força.<br />

Para que os elétrons se movimentem é preciso aplicar<br />

uma força sobre eles, em eletricida<strong>de</strong> esta força é chamada <strong>de</strong><br />

Campo Elétrico. A fonte <strong>de</strong> energia elétrica é a responsável por criar<br />

este campo elétrico. Esta força aparece entre cargas elétricas <strong>de</strong> tipos<br />

diferentes, assim, a fonte <strong>de</strong> energia elétrica cria uma região com<br />

excesso <strong>de</strong> cargas negativas, chamado <strong>de</strong> pólo negativo e outra com<br />

falta <strong>de</strong> cargas negativas, chamadas <strong>de</strong> pólo positivo. A falta <strong>de</strong><br />

cargas negativas equivale a uma carga positiva. Assim quando um<br />

condutor é conectado entre o pólo negativo e o pólo positivo o<br />

excesso <strong>de</strong> cardas presentes no pólo negativo fluem para completar a<br />

falta <strong>de</strong> elétrons do pólo positivo.<br />

Em eletrônica, <strong>de</strong>vido a fatos históricos, consi<strong>de</strong>ramos<br />

que as cargas elétricas que se movimentam no circuito são as cargas<br />

positivas que saem do pólo positivo em direção ao pólo negativo, o<br />

efeito é exatamente o mesmo. Você po<strong>de</strong>rá ver isto caso tomar um<br />

choque, não importa se a corrente vem ou cima ou por baixo o efeito<br />

vai ser o mesmo, muito chato.<br />

A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente é o Ampére e sua representação no<br />

circuito <strong>de</strong>ve ser na forma <strong>de</strong> uma seta, pois a corrente tem direção e<br />

sentido. Em eletrônica o Ampére é uma unida<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong>, uma<br />

fonte <strong>de</strong> alimentação normal para laboratório <strong>de</strong> eletrônica fornece 2 A<br />

no máximo, assim, a unida<strong>de</strong> mais usada é o mA (A/1000).


Resistência elétrica:<br />

Como o nome está dizendo, resistência elétrica é aquele<br />

componente que se opões (resiste) a passagem da corrente elétrica.<br />

Quanto maior a resistência, maior a oposição a passagem da<br />

corrente, menor a corrente.<br />

Em eletrônica o componente com resistência elétrica mais<br />

usado é o resistor. A função do resistor é controlara corrente elétrica<br />

no circuito.<br />

A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resistência elétrica é o Ohm e o seu símbolo<br />

é a letra grega Omega Ω!<br />

Em eletrônica a maioria das resistências é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

quilo Ohms (KΩ) ou mega ohms (MΩ), assim em nossos exemplos<br />

vamos procurar usar resistores <strong>de</strong> KΩ.<br />

O símbolo da resistência é mostrado abaixo: Na figura a<br />

temos o símbolo da resistência e que ainda é usado em alguns livros<br />

para representar o resistor (a), o símbolo do resistor <strong>de</strong>scrito na<br />

norma brasileira é mostrado na figura b.


Tensão ou diferença <strong>de</strong> potencial:<br />

O conceito <strong>de</strong> tensão é mais difícil <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r, por isto,<br />

vou usar uma analogia prática, vamos comparar o circuito elétrico a<br />

uma instalação hidráulica. Uma instalação hidráulica simples possui<br />

uma caixa <strong>de</strong> água, uma torneira e os canos que servem para<br />

conduzir a água da caixa <strong>de</strong> água até a torneira. Em eletrônica a<br />

caixa <strong>de</strong> água é a gerador, o cano é o condutor elétrico (fio) e a<br />

torneira é a resistência, assim quanto mais aberta a torneira menor a<br />

resistência a passagem da água. A corrente elétrica é representada<br />

pelo fluxo <strong>de</strong> água, a água é a carga elétrica.<br />

Para que a água possa fluir pela torneira, não basta<br />

termos a caixa <strong>de</strong> água é preciso que esta caixa esteja posicionada<br />

acima da torneira, para que haja pressão suficiente para empurrar a<br />

água para baixo, quanto mais alta a caixa, maior a pressão que<br />

empurra a água. A pressão é proporcional a diferença <strong>de</strong> altura entre<br />

a caixa <strong>de</strong> água e a torneira.<br />

Em eletrônica tensão é a gran<strong>de</strong>za equivalente a pressão, é<br />

uma espécie <strong>de</strong> pressão elétrica que empurra os elétrons! A caixa <strong>de</strong><br />

água é a fonte <strong>de</strong> tensão em eletrônica. Em eletrônica a tensão é<br />

proporcional a diferença <strong>de</strong> potencial elétrico, que é na verda<strong>de</strong> a<br />

diferença <strong>de</strong> número <strong>de</strong> cargas elétricas entre os pólos da fonte <strong>de</strong><br />

tensão. Assim a tensão é a diferença <strong>de</strong> potencial entre os pólos da<br />

fonte <strong>de</strong> tensão. Note que a diferença <strong>de</strong> potencial é essencial para<br />

que haja corrente elétrica, mas, não é o suficiente, assim como no<br />

circuito hidráulico só a caixa <strong>de</strong> água alta não basta. Para que haja<br />

corrente elétrica (fluxo <strong>de</strong> elétrons) é preciso que haja um caminho<br />

entre o pólo positivo e o pólo negativo.<br />

A tensão está associada a energia potencial, que é uma<br />

energia que está presente pronta para ser usada, mas, somente será<br />

aproveitada quando o circuito for fechado.<br />

A corrente está associado a energia cinética, isto é, a<br />

energia do movimento dos elétrons livres.


Circuito elétrico:<br />

Um circuito elétrico é composto por uma fonte <strong>de</strong> energia<br />

elétrica e por elementos que irão utilizar esta energia elétrica, a<br />

interligação entre a fonte <strong>de</strong> energia e o elemento será feito através<br />

<strong>de</strong> condutores elétricos.<br />

O diagrama elétrico é a representação gráfica do circuito<br />

elétrico. A figura abaixa mostra o diagrama <strong>de</strong> um circuito com uma<br />

fonte e uma resistência. A fonte <strong>de</strong> tensão será representada neste<br />

trabalho por um circulo que é a representação para qualquer tipo <strong>de</strong><br />

fonte <strong>de</strong> energia elétrica. A fonte <strong>de</strong>ve ter a indicação do pólo<br />

positivo, para permitir <strong>de</strong>terminar a sentido da corrente elétrica. A<br />

corrente elétrica é indicada por uma seta indicando o sentido e a<br />

direção. Em eletrônica o sentido da corrente elétrica é do pólo<br />

positivo para o pólo negativo. A resistência será <strong>de</strong>senhada à moda<br />

antiga, é mais romântico.


Lei <strong>de</strong> OHM.<br />

Esta é a primeira das três Leis básicas, você usará muito esta<br />

lei para <strong>de</strong>terminar a corrente, tensão e resistores em circuito<br />

simples. Esta lei ainda ajudará a <strong>de</strong>terminar estas gran<strong>de</strong>zas quando<br />

estiver analisando circuitos usando a lei das malhas e lei dos nós.<br />

Você po<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r a Lei <strong>de</strong> Ohm usando a analogia com a<br />

instalação hidráulica, respon<strong>de</strong>ndo a seguinte questão: O que você<br />

po<strong>de</strong> fazer para aumentar o fluxo <strong>de</strong> água na sua torneira<br />

Claro que você sabe! Primeiro abrindo mais a torneira, <strong>de</strong>ixando<br />

mais água passar, opondo menos resistência à passagem da água.<br />

Assim em eletricida<strong>de</strong> quanto “menor” a resistência mais corrente<br />

circulando. Outra forma é levantar a sua caixa d’água, é claro que<br />

isto mais difícil, mas é uma possibilida<strong>de</strong>, em eletricida<strong>de</strong> equivale a<br />

conseguir uma fonte <strong>de</strong> energia elétrica com maior energia potencial,<br />

em eletricida<strong>de</strong> é mais fácil fazer isto.<br />

Você <strong>de</strong>ve ter notado que existe uma relação entre a corrente,<br />

a resistência presente no circuito e a tensão da fonte <strong>de</strong> alimentação.<br />

O Sr. Ohm também notou, e mais: ele observou que a corrente é<br />

diretamente proporcional a tensão isto significa que: Se você<br />

aumentar a tensão da fonte <strong>de</strong> energia elétrica em um circuito sem<br />

alterar a resistência presente neste circuito, a corrente irá aumentar<br />

também. O Sr. Ohm observou também que a corrente é<br />

inversamente proporcional a resistência, isto significa que: Se você<br />

aumentar a resistência <strong>de</strong> um circuito mantendo a mesma fonte <strong>de</strong><br />

energia a corrente irá diminuir.<br />

Assim ele <strong>de</strong>screveu este conceito na forma <strong>de</strong> uma equação,<br />

como é mostrado abaixo:<br />

On<strong>de</strong>:<br />

V é a Tensão.<br />

I é a corrente.<br />

R é a resistência.


Método do triângulo para memorizar:<br />

Você po<strong>de</strong> achar difícil memorizar, então vamos ajuda-lo<br />

mostrando o método do triângulo <strong>de</strong>scrito abaixo (eu chamo do<br />

triangula das Bermudas elétricas, pois quem não sabe afunda).<br />

Desenhe o triângulo conforme <strong>de</strong>scrito no <strong>de</strong>senho abaixo,<br />

observando que a tensão (Unida<strong>de</strong> Volt “V”) está no Vértice, tudo<br />

com “V”.<br />

Se você quiser saber a corrente em um circuito tendo a tensão<br />

e a resistência, basta botar o <strong>de</strong>do sobre o “I” e pronto aparece à<br />

equação V/R, se você quiser saber a resistência tendo a tensão e a<br />

corrente basta colocar o <strong>de</strong>do sobre o “R”, o mesmo você <strong>de</strong>verá<br />

fazer para relembrar a equação da tensão “V”.<br />

VIR!<br />

Outra forma interessante <strong>de</strong> memorizar é relacionar a equação V=IR à palavra


Exemplo 1:<br />

Observe o diagrama abaixo e <strong>de</strong>termine a corrente<br />

Solução:<br />

Usando a Lei <strong>de</strong> OHM V=RI isolando o I temos I=V/R, o<br />

“R” que está multiplicando o “i” passa para o outro lado da igualda<strong>de</strong><br />

dividindo o “V”.<br />

I=20V/5K=4mA!<br />

Note que em eletrônica fica mais prático você usar as<br />

unida<strong>de</strong>s tensão em volt (V), corrente em mili Apére (mA) e resistor<br />

em quilo Ohm (K), isto evitará o aparecimento <strong>de</strong> virgulas na sua<br />

calculadora, uma vez que estas são as unida<strong>de</strong>s que mais aparecem<br />

na prática, e, serão as mais usadas em nossos exercícios.


A divisor <strong>de</strong> tensão:<br />

A aplicação da Lei <strong>de</strong> Ohm é muito simples, quando no<br />

circuito tem mais <strong>de</strong> um resistor você <strong>de</strong>verá provi<strong>de</strong>nciar a<br />

associação <strong>de</strong>stes resistores para <strong>de</strong>terminar a tensão e corrente em<br />

cada um <strong>de</strong>les. Uma aplicação prática das mais comuns para a lei <strong>de</strong><br />

Ohm é no divisor <strong>de</strong> tensão, este é um circuito muito usado em<br />

eletrônica, com o divisor <strong>de</strong> tensão você consegue tensões menores<br />

no circuito a partir <strong>de</strong> uma fonte maior <strong>de</strong> tensão. Uma aplicação do<br />

divisor <strong>de</strong> tensão é em circuitos <strong>de</strong> volume do seu rádio ou da<br />

televisão (as mais antigas uma vez que hoje tudo é digital, é só<br />

apertar o botãozinho).<br />

O circuito do divisor <strong>de</strong> tensão é mostrado abaixo:<br />

Neste circuito você <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>terminar a tensão <strong>de</strong> saída Vo,<br />

este o é do inglês output que significa saída.<br />

Você po<strong>de</strong>rá a lei <strong>de</strong> Ohm para <strong>de</strong>terminar a corrente I1, para<br />

isto primeiro <strong>de</strong>verá associar os dois resistores R1 e R2 em série<br />

<strong>de</strong>terminando a resistência total Rt. Depois <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a corrente<br />

no circuito você po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>terminar a tensão em R2 aplicando<br />

novamente a Lei <strong>de</strong> Ohm.<br />

Rt= R1+R2=2K+8K= 10K<br />

I=V/Rt=10v/10K=1mA<br />

V0=VR2=IxR2=1mx8K=8V//


Fórmula do divisor <strong>de</strong> tensão:<br />

O divisor <strong>de</strong> tensão é tão usado que tem uma fórmula própria<br />

para <strong>de</strong>terminar a tensão <strong>de</strong> saída, esta fórmula é <strong>de</strong>scrita abaixo<br />

sendo bastante prática <strong>de</strong> ser usada, mas, se você esquecer, não se<br />

preocupe, basta usar a Lei <strong>de</strong> ohm. Nesta fórmula a tensão <strong>de</strong> saída é<br />

a tensão <strong>de</strong> entrada multiplicada pela resistência sobre a qual você<br />

quer a tensão dividida pela soma das resistências do circuito, que<br />

normalmente são duas.<br />

Nesta equação fica bem claro que a tensão <strong>de</strong> saída é sempre<br />

menor do que a tensão <strong>de</strong> entrada e que esta tensão é proporcional a<br />

relação dos resistores, quanto menor R2 (resistor <strong>de</strong> saída) menor a<br />

tensão <strong>de</strong> saída!<br />

Note que a tensão <strong>de</strong> saída é menor do que a tensão <strong>de</strong><br />

entrada, e, esta é uma regra geral, pois a energia no circuito não<br />

po<strong>de</strong> ser nunca maior do que a energia gerada pela fonte, pois os<br />

resistores não geram energia. Você não <strong>de</strong>verá encontrar uma tensão<br />

maior do que a da fonte em lugar algum do circuito somente<br />

resistores!


O Potenciômetro:<br />

O potenciômetro é um dispositivo resistivo muito usado<br />

em circuitos divisores <strong>de</strong> tensão.<br />

O potenciômetro é composto por uma trilha resistiva na<br />

forma <strong>de</strong> ferradura por on<strong>de</strong> um cursor metálico <strong>de</strong>sliza, assim a<br />

resistência entre o cursor es extremida<strong>de</strong>s do potenciômetro po<strong>de</strong>m<br />

variar, observe a figura e a foto do potenciômetro na figura abaixo.<br />

Note que o valor indicado no corpo do potenciômetro é igual a soma<br />

dos resistores abaixo do cursor e acima do cursor. Um potenciômetro<br />

é equivalente a dois resistores colocados em série, tendo o cursor<br />

conectado ao centro dos resistores.


A figura abaixo mostras alguns tipos <strong>de</strong> potenciômetro e<br />

acessórios:<br />

Knob <strong>de</strong> precisão usado com os potenciômetros <strong>de</strong> precisão<br />

com giro <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma volta, o dial indica o número <strong>de</strong> voltas e<br />

Knob convencional.<br />

Potenciômetro <strong>de</strong>slizante.<br />

Potenciômetro convencional observe o potenciômetro duplo<br />

muito usados em amplificadores com dois canais, um potenciômetro<br />

para o controle <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> cada canal.<br />

Potenciômetro <strong>de</strong> precisão ou multi-voltas, este tipo <strong>de</strong><br />

potenciômetro é usado quando há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajuste preciso, o<br />

eixo gira até 10 voltas.<br />

O reostato está mais para uma resistência variável do que<br />

para um potenciômetro, mas, tem um eixo semelhante ao<br />

potenciômetro e é usado em divisores <strong>de</strong> tensão ou como simples<br />

resistências ajustáveis. Os reostatos são usados quando o valor da<br />

resistência é muito baixo e as correntes elevadas, os potenciômetros<br />

são usados em baixas correntes e elevados valores <strong>de</strong> resistência.


Lei Das malhas:<br />

Esta é a segunda lei básica, em física é conhecida com a a<br />

segunda lei <strong>de</strong> Kirshoff.<br />

A lei das malhas diz que a soma das tensões em uma malha<br />

fechada é zero, mas, esta não é a forma mais prática para o técnico<br />

eletrônico, para este é melhor expressar a lei das malhas como: A<br />

energia potencial gerada na malha é consumida na malha. A energia<br />

potencial da malha é a soma das tensões presentes nas fontes <strong>de</strong><br />

tensões da malha, e a energia consumida é consumida nos resistores.<br />

Você usará esta lei para <strong>de</strong>terminar a corrente em circuitos<br />

mais complexos em um método que vou mostrar a seguir. Note que<br />

você não po<strong>de</strong> resolver todos os circuitos usando somente a lei <strong>de</strong><br />

Ohms, isto porque existem configurações <strong>de</strong> resistores on<strong>de</strong> não<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminada a resistência equivalente, além do que circuitos<br />

com mais <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> tensão só po<strong>de</strong>m ser interpretados<br />

usando a lei das malhas.<br />

A lei das malhas está associada a lei da conservação <strong>de</strong><br />

energia: A energia potencial gerada é toda ela transformada. No<br />

circuito elétrico a energia elétrica gerada pela fonte é toda ela<br />

transformada pelas resistências em calor, <strong>de</strong>talhe este que veremos<br />

em <strong>de</strong>talhes mais adiante.


Malha:<br />

Para enten<strong>de</strong>r a lei das malhas é preciso saber o que é uma<br />

malha. Malha é qualquer caminho fechado em um circuito elétrico,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o seu traçado não passe duas vezes pelo mesmo ponto.<br />

Veja no circuito abaixo os traçados possíveis para representar<br />

uma malha.<br />

Existem três caminhos possíveis: Passando por V1, R1 e R2,<br />

outro passando por V1, R1 e R3 e outro passando por R2 e R3.


Lei dos Nós:<br />

A lei dos nós está associada a energia cinética dos elétrons<br />

representada na forma <strong>de</strong> corrente elétrica e é conhecida em física<br />

com a primeira lei <strong>de</strong> Kirshoff.<br />

A lei dos Nós diz: A soma das correntes em um nó é igual a<br />

zero. Para o técnico eletrônico é melhor ver a lei dos nós como: A<br />

soma das correntes que entra no nó é igual a soma das correntes que<br />

saem do nó.<br />

Nó é qualquer ponto <strong>de</strong> ligação entre três ou mais componentes<br />

em um circuito elétrico.<br />

Observe no circuito abaixo a corrente que está entrando é I1 e<br />

as correntes que estão saindo são I2 e I3, neste caso a soma das<br />

correntes que estão saindo é exatamente igual a corrente que está<br />

entrando 2mA.<br />

Você po<strong>de</strong> solucionar este circuito usando somente a lei <strong>de</strong><br />

Ohm:<br />

A resistência equivalente do paralelo <strong>de</strong> R2 e R3 é:<br />

A resistência total a soma do paralelo com R1:<br />

A corrente total é I1 que a corrente que passa pela fonte V1, e<br />

é dado por:<br />

A tensão no paralelo é dada por:<br />

Como os resistores R2 e R3 são iguais a corrente em cada um<br />

<strong>de</strong>les é a mesma dada por:


Análise <strong>de</strong> circuitos usando a Lei das malhas:<br />

Eu vou mostrar um método prático para a análise circuito<br />

usando a lei das malhas. Neste método você po<strong>de</strong>rá levantar as<br />

equações das malhas <strong>de</strong> forma simples e rápida e através <strong>de</strong>stas<br />

equações você po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>terminar as correntes no circuito.<br />

Para que você entenda este método vou mostrá-lo primeiro em<br />

um circuito simples <strong>de</strong> uma só malha mostrado na figura abaixo,<br />

neste caso a lei <strong>de</strong> Ohm po<strong>de</strong>ria ser usada para solucionar o circuito<br />

<strong>de</strong> forma mais simples, no entanto vou usar a lei das malhas para<br />

<strong>de</strong>monstrar o método.<br />

Para resolver este circuito você irá “criar” uma corrente, que<br />

será chamada <strong>de</strong> corrente da malha que <strong>de</strong>verá estar circulando na<br />

malha no sentido horário, esta não é a corrente real do circuito, mas<br />

uma corrente auxiliar, se tivesse mais <strong>de</strong> uma malha você teria que<br />

criar uma corrente <strong>de</strong> malha para cada malha. Ao resolver o circuito<br />

você terá o valor da corrente <strong>de</strong> malha, se este valor for positivo você<br />

acertou o sentido da corrente, se for negativo significa que a corrente<br />

real no circuito tem o sentido inverso ao escolhido.


Para <strong>de</strong>terminar I1 você <strong>de</strong>verá levantar a equação da malha,<br />

colocando a soma das tensões conhecidas no lado esquerdo da<br />

igualda<strong>de</strong> e a soma das tensões nos resistores no lado direito da<br />

igualda<strong>de</strong>:<br />

V1=VR1+VR2<br />

20V=VR1+VR2<br />

Como o objetivo é <strong>de</strong>terminar a corrente I1 você <strong>de</strong>ve substituir<br />

as tensões nos resistores pela Lei <strong>de</strong> Ohm.<br />

V1=I1R1+I1R2=I1(R1+R2)<br />

Agora você <strong>de</strong>verá resolver a equação para <strong>de</strong>terminar I1, que<br />

neste caso é bem simples.<br />

I1=V1/(R1+R2)


Convenção valor <strong>de</strong> tensão:<br />

Na lei das malhas o valor da tensão <strong>de</strong>ve ser somado<br />

algebricamente, assim <strong>de</strong>ve haver uma convenção para saber se a<br />

tensão é positiva ou negativa, é esta convenção que eu <strong>de</strong>screverei<br />

neste parágrafo.<br />

Para <strong>de</strong>terminar o valor <strong>de</strong> tensão a ser colocado na equação da<br />

malha você <strong>de</strong>verá levar em conta o sentido com que a acorrente <strong>de</strong><br />

malha passa pela fonte: Se a corrente passar no sentido do pólo<br />

negativo para o pólo positivo, então, a tensão será positiva, pois a<br />

fonte <strong>de</strong> tensão está acrescentando energia ao circuito. Se a corrente<br />

<strong>de</strong> malha passar pela fonte entrando no pólo positivo e saindo no<br />

pólo negativo, então, a tensão será negativa, pis, a fonte estará<br />

consumindo energia do circuito.<br />

A tensão sobre um resistor será positiva do lado que estiver<br />

entrando a corrente, seja a da malha (criada por você) seja a<br />

corrente real. No caso da equação da malha a queda <strong>de</strong> tensão em<br />

uma resistência será sempre positiva se colocada no lado direito da<br />

equação.<br />

A figura abaixo ilustra esta convenção.


Circuito com mais <strong>de</strong> uma malha:<br />

Para analisar o circuito você <strong>de</strong>vera usar a lei das malhas este é<br />

o melhor método para solucionar qualquer tipo <strong>de</strong> circuito, você usará<br />

a lei das malhas para levantar as equações, este é um trabalho<br />

relativamente fácil para você o difícil é solucionar as equações uma<br />

vez que ao final você terá um sistema <strong>de</strong> equações com tantas<br />

equações quanto forem as correntes <strong>de</strong> malhas.<br />

Para analisar o circuito você <strong>de</strong>verá usar o método prático,<br />

neste método você <strong>de</strong>verá analisar malha por malha levantando a<br />

equação, para cada malha você <strong>de</strong>verá criar uma corrente <strong>de</strong> malha.<br />

Cada corrente <strong>de</strong> malha criada <strong>de</strong>verá ser interna a malha e todas<br />

circulando no sentido horário. Para levantar a equação você <strong>de</strong>verá<br />

usar a lei da malha. Para a malha que está sendo analisada você<br />

chamará a corrente que circula nesta malha <strong>de</strong> corrente da malha,<br />

para <strong>de</strong>terminar a polarida<strong>de</strong> das tensões você <strong>de</strong>verá consi<strong>de</strong>rar o<br />

sentido da corrente da malha.<br />

Depois <strong>de</strong> levantada as equações das malhas você terá um<br />

sistema <strong>de</strong> equações, para solucionar este sistema você po<strong>de</strong>rá usar<br />

qualquer dos métodos matemáticos disponíveis, no entanto na prática<br />

os métodos disponíveis são práticos até quatro varáveis, por isto,<br />

neste nosso trabalho vamos mostrar apenas exemplos com soluções<br />

matemáticas para duas malhas, neste caso existe um método prático<br />

chamado método da soma que po<strong>de</strong>rá ser aplicado. Se você enten<strong>de</strong>r<br />

a técnica para levantar a equação para duas malhas estará apto a<br />

aplicar este método em circuitos com qualquer número <strong>de</strong> malhas, o<br />

principal trabalho do técnico eletrônico é levantar a equação das<br />

malhas.


Exemplo 1 <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuito usando a lei das malhas:<br />

Eu vou mostrar neste exemplo como levantar a equação das<br />

malhas para <strong>de</strong>terminar as correntes <strong>de</strong> malha e conhecendo estas<br />

correntes como é possível <strong>de</strong>terminar a tensão em cada um dos<br />

resistores. Esta solução será bem <strong>de</strong>talhada, mas, no futuro você<br />

<strong>de</strong>verá chegar a equação das malhas direto sem os passos<br />

intermediário <strong>de</strong>scritos neste exemplo.<br />

Determine a tensão e a corrente em cada um dos componentes<br />

no circuito abaixo:<br />

Solução:<br />

1) 1) Criar as correntes das malhas, estas<br />

correntes <strong>de</strong>verão ser internas ao circuito e todas com<br />

o mesmo sentido (horário):<br />

2) 2) Levantar a equação da malha 1 colocando a<br />

esquerda da igualda<strong>de</strong> a soma das tensões conhecidas<br />

presentes na malha, neste caso tem somente uma <strong>de</strong><br />

+9V, é positivo porque a corrente da malha passa do<br />

pólo negativo para o positivo. No lado esquerdo da<br />

igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá ser colocada a tensão nos resistores:<br />

V1=VR1+VR2<br />

+9V=VR1+VR2


3) 3) Substituir a tensão nos resistores pela lei <strong>de</strong><br />

Ohm, se a corrente for da malha esta corrente será<br />

positiva se não for a corrente da malha a corrente será<br />

negativa, isto só vai ocorrer no R2 on<strong>de</strong> a corrente I1<br />

circula <strong>de</strong>scendo e I2 circula subindo:<br />

9V=I1XR1+(I1-I2)xR2<br />

9V=I1xR1+I1XR2-I2xR2<br />

9V=I1x(R1+R2)-I2xR2<br />

9V=I1x4k-I2x3K<br />

Note que na equação final aparece a corrente da malha<br />

positiva e a corrente que não é da malha negativa, isto vai acontecer<br />

sempre e será uma regra geral: a corrente da malha é positiva, todas<br />

as outras correntes serão negativas! A corrente da malha aparece<br />

multiplicada pela soma dos resistores por on<strong>de</strong> circula a corrente da<br />

malha, a corrente I2 que não é da malha aparece multiplicando o<br />

resistor que é comum a malha 1 e a malha 2, isto também irá ocorrer<br />

sempre: A corrente da malha será multiplicada pela soma dos<br />

resistores da malha. As correntes que não são da malha aparecem<br />

multiplicadas pelos resistores comuns a suas malhas e a malha por<br />

on<strong>de</strong> passa a corrente da malha.<br />

4) 4) Levantar a equação da malha dois. Esta<br />

equação será levantada <strong>de</strong> forma direta. A corrente da<br />

malha é a I2, então, esta será a corrente positiva,<br />

todas as outras serão negativas, no caso tem uma só<br />

I1. A corrente da malha será multiplicada pela soma <strong>de</strong><br />

R2 e R3 que são os resistores por on<strong>de</strong> I2 passa. I1<br />

será multiplicado por R2, que é o resistor comum as<br />

duas malhas. Note que o resistor comum a malha 1<br />

será o mesmo comum a malha2! O lado esquerdo da<br />

equação terá as somas das tensões conhecidas<br />

presente na malha dois, note que não tem fonte<br />

nenhuma nesta malha, logo, a tensão será zero! Para<br />

adiantar a solução matemática a or<strong>de</strong>m com que<br />

aparecem as correntes <strong>de</strong>verá ser a mesma da<br />

equação da malha 1, se a or<strong>de</strong>m estiver invertida a<br />

equação ainda estará correta, mas não será prática<br />

para aplicar a solução matemática.<br />

0=-I1x3k+I2x9k


5) 5) Montar o sistema <strong>de</strong> equações, para aplicar a<br />

solução matemática. Note alguns <strong>de</strong>talhes que po<strong>de</strong>rão<br />

indicar que você está no caminho correto. Em cada<br />

linha existe somente uma corrente positiva, a corrente<br />

da malha. As correntes das malhas estão posicionadas<br />

na diagonal. As correntes negativas e simétricas estão<br />

multiplicadas pelo mesmo valor <strong>de</strong> resistor, isto é claro<br />

pois se R2 é a resistência comum na primeira malha,<br />

também será na segunda malha:<br />

9 = I1x4K – I2x3K<br />

0 = -I1x3k + I2x9k<br />

6) 6) Solucionar o sistema <strong>de</strong> equações com duas<br />

equações e duas incógnitas. Eu vou mostrar o método<br />

chamado da Soma que é muito prático para sistemas<br />

com duas variáveis, que é este caso, ainda mais com<br />

os sinais invertidos como aparece aqui. Neste método<br />

você <strong>de</strong>verá somar as duas equações para eliminar<br />

uma das correntes, por exemplo R2. Para isto você<br />

<strong>de</strong>verá ajustar o valor dos resistores <strong>de</strong> I2 para que<br />

fiquem iguais. O truque consiste em multiplicar cada<br />

uma das equações pelo valor do resistor da outra<br />

equação que esteja multiplicando a corrente a ser<br />

eliminada. Neste caso vamos multiplicar a primeira<br />

equação por 9K e segunda por 3K.<br />

9 = I1x4K – I2x3K x9K<br />

0 = -I1x3k + I2x9k x3K<br />

81 = I1x36K – I2x27K<br />

0 0 = -I1x9k + I2x27k<br />

81-0=I1(36k-9k) + I2 (27k-27K)<br />

81= I1 27k<br />

I1=81/27k<br />

I1=3 mA!!!


Depois <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado I1 você po<strong>de</strong> substituir o<br />

seu valor em uma das equações para <strong>de</strong>terminar I1,<br />

quando tem uma das tensões igual a zero fica mais<br />

prático substituir nesta equação, você terá um<br />

cálculo a menos.<br />

0 = -I1x9k + I2x27k (on<strong>de</strong> I1=3mA)<br />

0 = -3mAx9K + I2x27K<br />

0= -27V+ I2x27K<br />

27V= I2x27K<br />

I2=27V/27k<br />

I2=1mA!!!!<br />

Atenção: Note que as correntes são positivas,<br />

então, a corrente <strong>de</strong> malha tem o mesmo sentido da corrente real.<br />

Observe que a solução matemática tem que ser feita com cuidado<br />

levando em conta os sinais, um sinal errado na solução matemática<br />

leva a conclusão errada no sentido das correntes!<br />

7) 7) Uma vez <strong>de</strong>terminada as correntes <strong>de</strong> malha<br />

você <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>terminar as correntes reais no circuito.<br />

A corrente sobre R1 será a própria corrente I1, como<br />

esta corrente é positiva o sentido está correto. A<br />

corrente sobre R3 será a própria corrente I2, como<br />

esta corrente é positiva a sentido da corrente sobre R2<br />

será o mesmo <strong>de</strong> I2. a corrente sobre R2 <strong>de</strong>verá ser<br />

<strong>de</strong>terminado usando a lei do nó aplicada sobre o nó<br />

presente sobre R2, neste nó a corrente I1 está<br />

entrando e I2 está saindo, temos 3mA entrando e 1mA<br />

saindo, logo, teremos 2mA a mais saindo pelo ramo<br />

que passa por R2. O circuito é mostrado abaixo com as<br />

suas correntes:


8) 8) Por fim calculamos as tensões sobre cada um<br />

dos resistores colocando o positivo <strong>de</strong>stas tensões do<br />

lado em que a corrente real está entrando no resistor,<br />

na prática isto po<strong>de</strong> ser feito diretamente no circuito:<br />

VR1= 3mAx R1= 3mA x 1K= 3V<br />

VR2= 2mAxR2 = 2mA x 3K= 6V<br />

VR3= 1mAxR3 = 1mA x 6K= 6V<br />

A corrente na fonte V1 será <strong>de</strong> 3mA.<br />

O circuito fica:


Exemplo 2 <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuito usando a lei das malhas:<br />

Neste exemplo vou mostrar a solução <strong>de</strong> um circuito usando o<br />

método prático para levantar as equações das malhas.<br />

Determine as tensões e correntes em cada um dos<br />

componentes do circuito abaixo:<br />

Solução:<br />

1) 1) Levando a equação pelo método prático:<br />

+23V = +I1 x 5K - I2 x 2K<br />

0V = -I1 x 2K + I2 x 10k<br />

2) 2) Solucionando pelo método da soma:<br />

Cálculo <strong>de</strong> I1:<br />

+23V = +I1 x 7K - I2 x 2K x10k<br />

0V = -I1 x 2K + I2 x 10k x2k<br />

+230V = +I1 x 50K - I2 x 20K<br />

0V = -I2 x 4K + I2 x 20k<br />

+230 = I1 x 46K<br />

I1= 230/46K = 5mA///<br />

Cálculo <strong>de</strong> I2:<br />

0V = -5mA x 2K + I2 x 10k<br />

10V=I2 x 10K<br />

I2= 10V/10K=1mA///<br />

Cálculo das correntes:<br />

IR1 = IR2 = I1 = 5mA (Positivo significa mesmo sentido)


IR4 = I2 =1mA (Positivo significa mesmo sentido)<br />

Usando a lei dos nós para calcular IR3:<br />

IR1=IR2 + IR4<br />

IR2=IR1 – IR4<br />

IR2= 5mA – 1mA = 4mA<br />

As tensões sobre cada um dos resistores:<br />

VR1= IR1 x R1 = 5 mA x 1K = 5V<br />

VR3= IR1 x R3 = 5mA x 2K = 10V<br />

VR2= IR2 x R2 = 4mA x 2K = 8V<br />

VR4= IR4 x R4 = 1mA x 4K = 8V<br />

O circuito fica:<br />

Observe que a corrente no ramo on<strong>de</strong> tem V1, R1 e R2 é a<br />

mesma. A corrente é a mesma para componentes em série. Note a<br />

corrente <strong>de</strong> 5mA percorre todo o ramo no mesmo sentido e no<br />

resistor R2 ela passa da direita para esquerda, por isto o positivo<br />

da tensão VR2 está na direita. Os resistores R3 e R4 estão em<br />

paralelo por isto tem a a mesma tensão sobre eles VR3= VR4.<br />

Observe como a lei das malhas funciona. Na malha 1 você po<strong>de</strong><br />

verificar a lei circulando a malha e somando as tensões ao final a<br />

soma <strong>de</strong>verá ser zero, por exemplo, começando no pólo negativo<br />

da tensão V1: +23V-5V-8V-10V=0! Note que a tensão VR1 é<br />

negativa porque a corrente sai no pólo negativo. Se você aplicar a<br />

lei da malha na malha 2 partindo da base <strong>de</strong> R3: +8V-8V=0.


Exemplo 3 <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuitos usando a lei das malhas:<br />

Neste exemplo eu mostro malhas com mais <strong>de</strong> uma fonte,<br />

observe que apesar <strong>de</strong> simples ele é bastante didático. Observe a<br />

figura abaixo a equação da malha para cada figura:<br />

Na figura “a”: +V1-V2=VR1 +20V-10V=I1xR1 +10V=I1x5K<br />

I1=+2mA.<br />

As fontes são subtraídas, você po<strong>de</strong> prever isto ao observar que a<br />

polarida<strong>de</strong> das fontes está em oposição, o positivo <strong>de</strong> uma está<br />

conectado ao positivo da outra. A corrente é positiva o que indica que<br />

o sentido arbitrado está correto a tensão VR1 apresenta o positivo no<br />

lado direito do resistor.<br />

Na figura “b”: +V1-V2=VR1 +10V-20V=I1xR1 -10V=I1x5K I1=-<br />

2mA.<br />

Neste exemplo as fontes também são subtraídas, mas, a inversão das<br />

fontes leva a inversão das correntes, <strong>de</strong>sta forma o sentido da<br />

corrente é o inverso do arbitrado, assim, o positivo da tensão estará<br />

do lado direito <strong>de</strong> R1.<br />

Na figura “C”: +V1+V2=VR1 +10V+20V=I1xR1 +30V=I1x5K<br />

I1=-2Ma.<br />

Neste exemplo as fontes estão colocadas em série e tem as tensões<br />

somadas pois, o positivo <strong>de</strong> uma está ligado ao negativo da outra.<br />

Na figura “d”: -V1+V2=VR1 -10V+20V=I1xR1 +10=I1x5K<br />

I1=+2mA.


Exemplo 4 <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuitos usando malhas:<br />

Observe este exemplo com mais <strong>de</strong> uma malha, on<strong>de</strong> aparece<br />

mais <strong>de</strong> uma fonte por malha.<br />

Solução:<br />

Equação das malhas:<br />

+18V-8V= I1x 4K – I2x2K<br />

+8V-10V= -I1x 2k +I2x4K<br />

Observe que a fonte <strong>de</strong> 8V aparece nas duas equações, na<br />

primeira é negativo, pois a corrente da malha I1 passa do pólo<br />

positivo para o negativo diminuindo a energia, na malha 2 é positivo<br />

porque a corrente da malha I2 passa pela fonte saindo no pólo<br />

positivo!<br />

A solução matemática:<br />

Cálculo <strong>de</strong> I1:<br />

+10V= I1x 4K – I2x2K<br />

-2V= -I1x 2k +I2x4K<br />

+40V= I1x16K<br />

-4V= -I1x4K<br />

+36= I1x12K<br />

I1=3mA///<br />

Cálculo <strong>de</strong> I2:<br />

+10V= 3mAx 4K – I2x2K<br />

+10V= 12V –I2x2K<br />

10V-12V=-I2x2K<br />

I2=10V/10K=1mA//<br />

x4K<br />

x2K


As correntes:<br />

IR1=I1=3mA<br />

IR3=I2=1mA<br />

IR2=IR1-IR3=3mA-1mA<br />

IR2=2mA///<br />

As tensões:<br />

VR1=2Kx3mA=6V<br />

VR2=2Kx2mA=4V<br />

VR3=2Kx1mA=2V<br />

Observe a polarida<strong>de</strong> das tensões e o sentido das correntes na figura<br />

abaixo:<br />

Observe a lei das malhas na malha 1: +18V-6V-4V-8V=0!<br />

Na malha 2: +8V+4V-2V-10V=0!<br />

Você também po<strong>de</strong> aplicar a lei das malhas na malha externa<br />

passando por V1, R1, R3 eV3: +18V-6V-2V-10V=0!


Exemplo 5 <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuitos usando a lei das malhas:<br />

Neste exemplo você encontrará uma corrente negativa, a<br />

corrente real <strong>de</strong>ve ser invertida antes <strong>de</strong> aplicar a lei dos nós e<br />

calcular as tensões, caso contrário você irá errar tudo!<br />

Determine as tensões e correntes no circuito abaixo<br />

Solução:<br />

Equação:<br />

+16V=+I1x 5K –I2x1K<br />

- 6V= -I1x1K +I2x3K<br />

+16V=+I1x 5K –I2x1K x3<br />

- 6V= -I1x1K +I2x3K x1<br />

+48V=+I1x15K<br />

- 6V=-I2x1K<br />

+42V=+I2x14K<br />

I2=3mA///<br />

+16V=+3mAx 5K –I2x1K On<strong>de</strong> I1=3mA.<br />

+16V=+15V-I2x1K<br />

+16V-15V= -I2x1K<br />

1V= -I2x1K<br />

I2= 1V/ -1K<br />

I2= -1mA///<br />

Note que a corrente I2 é negativa, então, a corrente real sobre R3<br />

tem o sentido contrário <strong>de</strong> I2, assim IR3 tem o sentido contrário à<br />

corrente I2.


As correntes:<br />

IR1=I1=3mA<br />

IR3=I2=1mA<br />

IR2=IR3+IR3=3mA+1mA<br />

Note que a corrente IR1 e IR2 entram no nó como mostra afigura<br />

abaixo pois IR3 tem o sentido contrário a corrente I2, assim, a<br />

corrente IR2 sai do nó.


Aplicação da prática das leis básicas no cálculo do circuito com<br />

LED:<br />

Se você souber usar as três leis básicas mostradas nos<br />

parágrafos anteriores você terá condições <strong>de</strong> analisar qualquer tipo<br />

<strong>de</strong> circuito eletrônico. Depois <strong>de</strong> você dominar as leis básicas, para<br />

enten<strong>de</strong>r novos circuitos você terá apenas que conhecer as<br />

características <strong>de</strong> tensão e corrente dos novos componentes, para<br />

mostrar isto vou aplicar estas leis no cálculo <strong>de</strong> um circuito simples<br />

usando o componente semicondutor chamado LED.<br />

O símbolo eletrônico do LED é mostrado abaixo:<br />

Os terminais do LED têm o mesmo nome dos terminais do<br />

diodo: Anodo e Catodo. O anodo é o terminal por on<strong>de</strong> entra a<br />

corrente e catodo é o terminal por on<strong>de</strong> sai esta corrente quando o<br />

LED está conduzindo.<br />

A aparência do LED é mostrada abaixo. O catodo po<strong>de</strong> ser<br />

i<strong>de</strong>ntificado por ter o terminal mais curto ou ainda por estar<br />

posicionado do lado do chanfro cortado no corpo do LED. Um método<br />

mais prático consiste em i<strong>de</strong>ntificar o terminal que internamente se<br />

parece com uma canequinha. Memorizando Catodo começa com “C”<br />

assim como chanfro, curto e canequinha!. Veja a apresentação do<br />

LED na figura abaixo.


O LED é um componente eletrônico usado para sinalização. LED<br />

significa diodo emissor <strong>de</strong> luz e é composto por uma junção<br />

semicondutora PN. A característica elétrica do LED é a seguinte:<br />

Um LED é um diodo, <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong>ixa a corrente passar<br />

somente em um sentido, aquele indicado pela seta no diagrama.<br />

Quando a corrente circula pelo LED este emite luz e para emitir luz<br />

gasta uma energia que aparece na forma <strong>de</strong> uma queda <strong>de</strong> tensão<br />

entre os seus terminais com o valor <strong>de</strong> 2V, a corrente típica para<br />

acen<strong>de</strong>r o LED é em torno <strong>de</strong> 10 mA, assim para cálculos práticos<br />

com LED você <strong>de</strong>verá consi<strong>de</strong>rar que a tensão no LED é <strong>de</strong> 2V se a<br />

corrente for <strong>de</strong> 10mA. Estes são valores práticos, na verda<strong>de</strong> a<br />

tensão no LED real po<strong>de</strong> variar conforme a cor e o tamanho, mas<br />

sempre ficará ao redor <strong>de</strong> 2V, a corrente <strong>de</strong> 10mA é suficiente para<br />

acen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma clara um LED, é claro que se a corrente for maior<br />

um pouco o LED continuará acen<strong>de</strong>ndo um pouco mais forte, os<br />

limites práticos para corrente no LED é <strong>de</strong> 5mA à 50mA, para cálculo<br />

o valor prático é 10mA. Dividir por 10 é mais fácil!<br />

O circuito típico do LED é mostrado abaixo. Você tem condições<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o valor do resistor baseado nas três leis básicas:<br />

Para <strong>de</strong>terminar R1 comece levantando a equação da malha<br />

temos:<br />

V1=Iled x R1 + Vled<br />

V1= 10mA x R1 + 2V<br />

V1-2V=10mA x R1<br />

R1= V1-2V/ 10 mA///<br />

O resistor R serve para limitar a corrente no LED, lembre-se<br />

você sempre <strong>de</strong>ve limitar a corrente do LED, normalmente usando<br />

um resistor, nuca ligue um LED direto na fonte, sem resistor para<br />

limitar a corrente esta ten<strong>de</strong>rá ao infinito eo LED po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>saparecer<br />

na sua frente.


Exemplo <strong>de</strong> cálculo do resistor em circuito com LED:<br />

Calcule o valor do resistor para limitar a corrente no LED no<br />

circuito abaixo<br />

Solução:<br />

V1-VD=I1 x R1<br />

On<strong>de</strong> VD é a tensão no LED, neste caso a equação da malha<br />

<strong>de</strong>verá ser colocada no lado esquerdo da equação, sempre que a<br />

tensão sobre um componente for conhecida esta tensão <strong>de</strong>verá ser<br />

colocada no lado esquerdo da equação, no lado das tensões geradas,<br />

por isto VD está no lado esquerdo e é negativo porque ao passar pelo<br />

LED a corrente entra no pólo positivo e sai no pólo negativo.<br />

20- 2V= 10mA x R1<br />

R1= 18V/10mA<br />

R1= 1,8 K////


Medindo as gran<strong>de</strong>zas tensão e corrente:<br />

Quando um técnico eletrônico diz que vai medir um circuito<br />

elétrico não significa que ele vai pegar uma régua e vai medir<br />

quantos metros ele tem largura, altura etc. significa que ele vai pega<br />

o voltímetro e o amperímetro e vai medir as gran<strong>de</strong>zas tensão e<br />

corrente em algum ponto do circuito elétrico, através <strong>de</strong>stas<br />

medições é que ele po<strong>de</strong>rá dizer se o circuito está operando <strong>de</strong> forma<br />

correta ou não, então, é fundamental para o técnico saber medir<br />

tensão e corrente em circuitos elétricos.<br />

O aparelho usado para a medição da tensão é chamado <strong>de</strong><br />

voltímetro e o aparelho usado para a medição da corrente é<br />

chamando <strong>de</strong> amperímetro, normalmente estes dois aparelhos vêm<br />

montados em um único que é chamado <strong>de</strong> multímetro, exatamente<br />

porque faz múltiplas medições.<br />

A tensão, como você já sabe, é a energia potencia presentes<br />

em dois pontos <strong>de</strong> um circuito elétrico, assim para medir a tensão<br />

usando um voltímetro você <strong>de</strong>verá liga-lo em paralelo com os dois<br />

pontos do circuito em que você <strong>de</strong>seja saber a energia potencial<br />

presente.<br />

A corrente é o movimento das cargas, então você <strong>de</strong>ve ligar o<br />

amperímetro <strong>de</strong> forma a permitir que estas cargas passem por <strong>de</strong>ntro<br />

do seu aparelho, para po<strong>de</strong>r a avaliar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cargas que<br />

está circulando no circuito, para isto você <strong>de</strong>ve colocar o amperímetro<br />

em série com o circuito.<br />

Não esqueça então: O voltímetro <strong>de</strong>ve ser colocado em paralelo<br />

com o circuito e o amperímetro em série. Veja o exemplo abaixo em<br />

que estamos medindo a tensão e a corrente no resistor “R” para<br />

<strong>de</strong>terminarmos a energia consumida.


Características dos instrumentos:<br />

Os amperímetros e voltímetros <strong>de</strong>vem ser construídos com<br />

características próprias para que não interfiram no circuito, por outro<br />

lado, se você conhece a característica do instrumento que está<br />

usando você po<strong>de</strong>rá avaliar a influência <strong>de</strong>ste instrumento no seu<br />

circuito.<br />

O instrumento i<strong>de</strong>al é aquele que faz a medição sem alterar as<br />

correntes e tensões presentes no circuito, isto na prática não existe,<br />

porque instrumento precisa tirar alguma energia do seu circuito para<br />

movimentar o seu mecanismo interno. Também não precisa ficar<br />

<strong>de</strong>sesperado, os instrumento eletrônicos digitais mo<strong>de</strong>rnos são<br />

praticamente perfeitos a sua influência raramente po<strong>de</strong>rá ser<br />

percebida, já o mesmo não acontece com os instrumentos<br />

eletromecânicos, aqueles <strong>de</strong> ponteiro, às vezes eles consomem mais<br />

energia que o circuito eletrônico que está sendo avaliado, por isto<br />

seja um técnico mo<strong>de</strong>rno prefira os instrumentos digitais.<br />

A principal característica do voltímetro é ter uma resistência<br />

interna muito alta o i<strong>de</strong>al é ter uma resistência <strong>de</strong> valor infinito, isto<br />

porque <strong>de</strong>ve ser ligado em paralelo, assim, se tiver uma resistência<br />

muito alta não terá corrente circulando pelo seu circuito logo a<br />

energia consumida pelo instrumento será zero!<br />

Já o amperímetro como <strong>de</strong>ve ser ligado em série com a sua<br />

resistência interna <strong>de</strong>ve ser zero, muito baixa, assim a tensão nos<br />

seus terminais será zero, lembre da lei <strong>de</strong> OHM V=IxR se R=0 então<br />

V=0. Se a tensão for zero a energia consumida pelo instrumento<br />

também será zero.<br />

Você po<strong>de</strong> observar aqui um fato importe: Se a tensão ou<br />

corrente for zero em um componente, então, este componente não<br />

estará consumindo energia, se for um resistor ele não estará<br />

aquecendo.


Análise <strong>de</strong> circuitos usando voltímetro:<br />

Você po<strong>de</strong>rá analisar um circuito com voltímetro da mesma<br />

forma que analisa um circuito sem voltímetro, isto é, usando as três<br />

leis básicas e aplicando a equação das malhas para <strong>de</strong>terminar as<br />

tensões, para isto no primeiro momento você <strong>de</strong>ve analisar o circuito<br />

sem os voltímetros, pois estes não influem no circuito. Uma vez<br />

conhecendo as tensões no circuito você volta a analisar este circuito<br />

agora com o voltímetro, para isto monte uma malha com uma<br />

corrente fictícia que passe pelo voltímetro, como esta corrente será<br />

zero, com esta equação você po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>terminar a tensão do<br />

voltímetro.<br />

Para mostrar esta análise vou sugerir o exemplo do circuito<br />

abaixo que tem um LED e um voltímetro além dos resistores e fonte,<br />

<strong>de</strong>sta forma serve como mais um exemplo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> circuito com<br />

LED.<br />

A equação das malhas fica:<br />

+40V-2V= +I1x3K –I2x1K<br />

+ 2V = -I1x1K +I2x4K<br />

Calculando I1:<br />

+38V= +I1x3K –I2x1k<br />

+2V= -I1x1K +I2x4K<br />

x4<br />

x1<br />

+154v= +I1x12k<br />

+2v= -I1x1K<br />

154 = +I1x 11K<br />

I1= 154V/11k= 14mA///


Cálculo <strong>de</strong> I2:<br />

+38V= +14mAx3K –I2x1K<br />

+38V= 42V –I2x1K<br />

+38V –42V= -I2x1K<br />

-4V= -I2x1K<br />

I2= -4V/ -1K<br />

I2= 4mA///<br />

Cálculo das correntes:<br />

IR1= I1= 14mA<br />

IR3=I2=4mA<br />

IR2=Iled= IR1-IR3=10mA.<br />

Cálculo das tensões:<br />

VR1=IR1xR1=14mA x 2K =28V<br />

VR2= IR2 x R2= 10mA x 1K=10V<br />

VR3= IR3 x R3= 4mA x 3K= 12V<br />

O circuito com as tensões e correntes é mostrado abaixo:<br />

Para <strong>de</strong>terminar a tensão Vo no voltímetro você po<strong>de</strong> criar uma<br />

malha passando por Vo, R1 e LD1, neste caso as tensões nos<br />

componentes são conhecidas e então <strong>de</strong>vem ser colocadas no lado<br />

direito da equação e a sua soma <strong>de</strong>verá ser zero:<br />

Vo-28V-2V=0<br />

Vo-30V=0<br />

V0=+30V///


Circuito em ponte:<br />

Este tipo <strong>de</strong> circuito também é conhecido como Ponte <strong>de</strong><br />

Wheatstone e é muito utilizada em circuitos <strong>de</strong> medição.<br />

O <strong>de</strong>senho do circuito em ponte é mostrado na figura abaixo,<br />

note que apesar do <strong>de</strong>senha um tanto estranho, o circuito é<br />

composto por dois conjuntos paralelos <strong>de</strong> pares <strong>de</strong> resistores ligados<br />

em série. Este <strong>de</strong>senho se tornou tão característicos que outros<br />

circuitos com esta configuração adotaram o nome ponte e o <strong>de</strong>senho<br />

em losango.<br />

Neste circuito u voltímetro é ligado entre os terminais centrais<br />

dos resistores. Vou mostrar que existe uma relação bem<br />

características para os valores dos resistores quando a tensão<br />

indicada no voltímetro for zero volt. Neste caso você <strong>de</strong>ve dizer que a<br />

ponte está em equilíbrio.<br />

Vamos analisar o circuito para <strong>de</strong>terminar esta relação:<br />

Primeiro observe que as correntes nos ramos são das por:<br />

Para que a tensão em V1 seja zero a tensão em VR1 <strong>de</strong>ve ser a<br />

mesma <strong>de</strong> VR2, pois, <strong>de</strong>vido a lei das malhas Vo=-VR1+VR2, isto se<br />

você levantar a malha criando uma corrente <strong>de</strong> malha que passe por<br />

Vó e circule o circuito no sentido horário. A partir <strong>de</strong>sta informação<br />

levantamos as seguintes equações:


Substituindo I1 e I2 pelas correntes <strong>de</strong>scritas acima:<br />

A relação mágica é:<br />

R4XR1=R2Xr3<br />

Observe a figura abaixo e note que: Quando o produto dos<br />

resistores em diagonal são iguais e tensão no voltímetro é zero volt<br />

Observe que para colocar a ponte em equilíbrio o circuito não<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da tensão do fonte <strong>de</strong> alimentação V.


Exemplo <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> resistores ligados em ponte:<br />

Neste exemplo eu vou calcular o valor do resistor R2 para que a<br />

ponte esteja em equilíbrio, isto é, Vó igual a zero volt.<br />

Aplicando a relação do equilíbrio:


Aplicação da ponte <strong>de</strong> resistores na medição <strong>de</strong> peso:<br />

As balanças usam um sensor chamado <strong>de</strong> célula <strong>de</strong> carga<br />

(strain gauge) que serve para transformar o peso em tensão elétrica.<br />

Estas células <strong>de</strong> cargas são construídas em aço com o formato<br />

característico mostrado na figura abaixo, sobre esta peça <strong>de</strong> aço são<br />

montados 4 resistores em forma <strong>de</strong> um filme fino material resitivo<br />

chamado <strong>de</strong> strain gauge, <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>senho do material resistivo,<br />

qualquer <strong>de</strong>formação no filme resistivo acarreta alteração no valor do<br />

resistor, esta alteração é muito pequena, mas po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>tectada se<br />

os resistores forem montados em ponte. No estado <strong>de</strong> repouso os<br />

resistores estão em equilíbrio e a tensão nos terminais da célula <strong>de</strong><br />

carga é zero, quando o peso é colocado sobre esta célula uma tensão<br />

aparece nos terminais, esta tensão é proporcional ao peso.


Resistência elétrica e aquecimento:<br />

Vamos falar um pouco mais sobre a resistência elétrica. Como<br />

você já nos capítulos anteriores, a resistência elétrica controla<br />

corrente em um circuito elétrico. Para cumpre com esta tarefa porque<br />

ela transforma a energia elétrica em energia térmica, isto mesmo, a<br />

resistência esquenta, este efeito é chamado <strong>de</strong> “Efeito Joule” porque<br />

foi o senhor Joule quem primeiro observou e estudou este fenômeno.<br />

O fato <strong>de</strong> a resistência aquecer é usado em eletricida<strong>de</strong> para a<br />

construção <strong>de</strong> máquinas úteis para o nosso dia a dia como: Chuveiros<br />

elétricos, aquecedores, torra<strong>de</strong>iras etc. Em eletrônica a resistência<br />

elétrica é usada para a construção <strong>de</strong> um componente chamado<br />

resistor. O resistor tem a função <strong>de</strong> controlar a corrente em um<br />

circuito elétrico em aparelhos eletrônicos como a sua televisão, se<br />

você encostar a mão na caixa da sua televisão notará que ela está<br />

quente, agora você já sabe porquê, é lá <strong>de</strong>ntro têm resistores.


O problema do aquecimento do resistor:<br />

Em eletrônica o aquecimento dos resistores não é uma coisa<br />

boa, em geral nós não queremos aquecer a sala com o nosso<br />

televisor. Outro motivo para consi<strong>de</strong>rar o aquecimento dos resistores<br />

uma coisa ruim na eletrônica é o fato <strong>de</strong> que o resistor <strong>de</strong>ve ser<br />

capaz <strong>de</strong> dissipar este calor sem queimar, pois queimando irá alterar<br />

o seu valor e a corrente irá ser controlada <strong>de</strong> maneira errada no<br />

circuito, este é um dos <strong>de</strong>feitos mais comuns em circuito eletrônicos,<br />

o técnico diz que a resistência queimou. Para que isto não ocorra o<br />

fabricante constrói resistores <strong>de</strong> vários tamanhos, quanto maior o<br />

resistor mais energia elétrica ele consegue transformar em energia<br />

térmica sem aquecer, pois o calor gerado será passado para o meio<br />

ambiente, é claro que o seu televisor vai aquecer, mas, o seu resistor<br />

não vai queimar.<br />

A transformação da energia elétrica em outro tipo <strong>de</strong> energia<br />

po<strong>de</strong> ser medida, e a sua unida<strong>de</strong> é o WATT e está relacionado à<br />

energia elétrica total no circuito, no caso do resistor à energia<br />

térmica.<br />

A energia elétrica presente um circuito é, normalmente,<br />

totalmente transformada em outro tipo <strong>de</strong> energia, assim, se você<br />

medir a energia elétrica gasta no circuito você saberá a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> energia foi transformada, no caso do resistor em energia térmica<br />

que po<strong>de</strong> ser medida na forma <strong>de</strong> calor.<br />

A energia elétrica gasta pelo resistor e transformada em calor<br />

foi gerada pela fonte <strong>de</strong> energia, então, se você souber a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> energia que fonte está entregando para o circuito elétrico você<br />

saberá a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor gerado pelo resistor.


Energia Elétrica e o WATT:<br />

Pois é muito fácil você saber a energia elétrica entregue pela<br />

fonte em um circuito elétrico, é o produto da tensão pela corrente,<br />

que são na verda<strong>de</strong> as formas <strong>de</strong> energia elétrica presente no<br />

circuito.<br />

A energia elétrica presente em um circuito é dada pela equação<br />

abaixo, que você não <strong>de</strong>ve esquecer, ela é tão importante quanto a<br />

Lei <strong>de</strong> OHM.<br />

P=V x I<br />

Você já <strong>de</strong>ve conhecer esta gran<strong>de</strong>za, pois é justamente esta<br />

gran<strong>de</strong>za que tornam a sua conta <strong>de</strong> luz tão gran<strong>de</strong>, quanto mais<br />

energia elétrica você transforma, seja na forma <strong>de</strong> luz, calor, som<br />

outra forma qualquer, mais você paga, assim, para economizar você<br />

<strong>de</strong>ve transformar menos, apagando a lâmpada que não está sendo<br />

usada, usando o chuveiro menos temo e até baixando o som do seu<br />

rádio.<br />

Note que se em um circuito não existe corrente circulando, não<br />

está havendo transformação <strong>de</strong> energia, assim o fato <strong>de</strong> termos 220<br />

V na tomada, se nada for ligado nesta tomada ela não está gastando<br />

energia.


Medindo a energia em um circuito elétrico:<br />

Para você saber qual a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia elétrica está<br />

sendo transformada em um circuito, você <strong>de</strong>verá fazer duas<br />

medições: Tensão e Corrente no circuito. O produto das duas<br />

medições será a energia gasta em WATT.<br />

Se você souber a corrente eu circula pela fonte <strong>de</strong> tensão do<br />

circuito, seja bateria, pilha ou gerador, você saberá a energia total<br />

transformada neste circuito, isto porque, você normalmente conhece<br />

a tensão da fonte. Por exemplo, se em um circuito alimentado com<br />

uma pilha <strong>de</strong> 1,5V você medir a corrente nos terminais da pilha <strong>de</strong> 1<br />

A, então a energia total que está sendo transformada no circuito é <strong>de</strong><br />

1,5W!<br />

Na maioria dos casos o técnico não diz energia transformada,<br />

diz energia consumida. Po<strong>de</strong>mos dizer então que a soma <strong>de</strong> energia<br />

consumida em todas as resistências do circuito, não importando como<br />

elas estão ligadas é igual à energia consumida pela fonte <strong>de</strong> energia<br />

elétrica. Esta é uma afirmação importante em eletricida<strong>de</strong> e<br />

eletrônica e é uma simples aplicação da lei da transformação <strong>de</strong><br />

energia da física.<br />

Para você medir a energia que está sendo consumida em um<br />

resistor ou resistência elétrica, você <strong>de</strong>ve medir a tensão sobre o<br />

resistor e a corrente que está circulando por este componente. Note<br />

então que é importante saber medir as gran<strong>de</strong>zas elétricas tensão e<br />

corrente.


Cuidados ao especificar e comprar um resistor:<br />

O técnico eletrônico <strong>de</strong>ve saber que para comprar um resistor<br />

não basta saber o valor do resistor em Ohms, tem que saber a<br />

potência em Watts, quanto maior a potência maior o resistor. Se você<br />

usar um resistor com menor potência do que o especificado você<br />

po<strong>de</strong>rá queimar o resistor, e, isto é uma coisa muito chata, aquele<br />

cheiro <strong>de</strong> “Ampéres queimando” é muito <strong>de</strong>sagradável.<br />

Por outro lado quando você calcula o valor do resistor para<br />

limitar a corrente em um circuito você <strong>de</strong>ve calcular também o<br />

consumo <strong>de</strong>ste resistor em Watts, você <strong>de</strong>ve especificar um resistor<br />

com uma potência igual ou maior do que o calculado, quanto maior<br />

mais frio ficará o resistor.<br />

Isto vale quando você for comprar o resistor também, se o<br />

ven<strong>de</strong>dor não tiver um resistor da potência <strong>de</strong>sejada, mas, tem um<br />

com maior potência, você po<strong>de</strong> usar, mas nunca use um <strong>de</strong> menor<br />

potência, isto se couber no seu equipamento, é claro.


Exemplo 1<strong>de</strong> cálculo da potência em resistores:<br />

Para mostrar a aplicação prática do cálculo da potência <strong>de</strong><br />

resistores vou aplica-lo a um circuito simples com LED, neste caso<br />

além <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o valor do resistor eu vou <strong>de</strong>terminar a potência<br />

do mesmo, isto é necessário para comprar o resistor.<br />

Quando você for comprar o resistor você <strong>de</strong>verá especificar o<br />

seu valor e a sua potência!<br />

Aplicando o exemplo a figura abaixo:<br />

Calculando R1:<br />

R1=50-2/10mA<br />

R1=48V/10ma<br />

R1=4,6k<br />

Calculando a potência:<br />

PR1= VR1 x I1<br />

VR1 po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminado pela lei das malhas: Se está<br />

entrando 50V e estou gastando 2V no LED só resta 48V para o<br />

resistor.<br />

PR1= 48V x 10mA= 480 mW<br />

Você <strong>de</strong>verá usar um resistor com potência maior do que 480<br />

mW, isto é um resistor <strong>de</strong> 0,5,W.<br />

Os valores <strong>de</strong> potência mais comuns para resistores usados em<br />

eletrônica são: 1/4W, 1/2W, 1W, 5W, 10W. Os resistores <strong>de</strong> 1/4W e<br />

1/2W são os menores, os resistores <strong>de</strong> 5W e 10W são <strong>de</strong> fio e são<br />

maiores.


Exemplo 2 do cálculo da potência:<br />

Vou mostrar um exemplo simples para circuito com LED, mas,<br />

que torna o projeto inviável em função do tamanho do resistor.<br />

Suponha que você queira acen<strong>de</strong>r um LED direto na tensão <strong>de</strong><br />

220VAC da re<strong>de</strong>, e queira colocar o LED e o resitor <strong>de</strong>ntro da caixa<br />

com a tomada domiciliar. Acen<strong>de</strong>r o LED a partir da tensão <strong>de</strong><br />

220VAC é possível apesar da tensão ser alternada, neste caso o<br />

brilho do LED será menor ,pois, vai acen<strong>de</strong>r apenas meta<strong>de</strong> do<br />

tempo, mas, ainda acen<strong>de</strong>rá, se você especificar o dobro <strong>de</strong> corrente<br />

ele acen<strong>de</strong>rá com o brilho normal, partindo <strong>de</strong>sta suposição vamos<br />

calcular o valor do resistor:<br />

R1= 220V-2V/20mA<br />

R1=198V/20mA<br />

R1= 9,9K<br />

O cálculo da potência fica:<br />

PR1= 198V x 20mA= 3960mW=3,96W<br />

O resistor <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> 5W que possui um tamanho tão gran<strong>de</strong><br />

que não cabe <strong>de</strong>ntro da caixa da tomada!


Teorema da sobreposição:<br />

Os teoremas não têm a importância das Leis Fundamentais,<br />

mas, são úteis para analisar alguns tipos <strong>de</strong> circuitos especiais.<br />

O Teorema da sobreposição diz que: Num circuito linear<br />

contendo várias fontes in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, a corrente ou tensão em um<br />

elemento <strong>de</strong> um circuito é igual a soma algébrica das correntes e<br />

tensões produzidas por cada uma das fontes in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes operando<br />

isoladamente.<br />

Você usará este teorema somente em circuitos com amais <strong>de</strong><br />

uma fonte, neste caso, você terá um circuito diferente para cada<br />

fonte, isto implica em um trabalho maior, no entanto, circuitos com<br />

uma fonte são simples <strong>de</strong> resolver, po<strong>de</strong>ndo ser resolvidos usando<br />

somente a Lei <strong>de</strong> Ohm. Este é um método trabalhoso mas simples.<br />

Você vai aplicar este conceito em circuitos amplificadores com<br />

transistores, nestes circuitos existem duas fontes importantes: A<br />

fonte <strong>de</strong> corrente contínua responsável pela polarização dos<br />

componentes e as fontes <strong>de</strong> corrente alternada representando os<br />

sinais <strong>de</strong> entrada tipo microfone e antena, na análise <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong><br />

circuito você <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senhar um circuito para corrente contínua e um<br />

circuito para corrente alternada.


Usando a sobreposição para analisar um circuito:<br />

Vou mostrar como aplicar o teorema da sobreposição através<br />

<strong>de</strong> um exemplo prático, <strong>de</strong>terminando a corrente I1 no circuito com<br />

duas fontes da figura abaixo:<br />

O método consiste em <strong>de</strong>senhar e resolver tantos circuitos<br />

quantos forem as fontes, cada circuito contendo uma só fonte, as<br />

outras fontes <strong>de</strong>verão se substituídas por um curto circuito (tensão<br />

zero). NO nosso exemplo temos duas fontes teremos dois circuitos.<br />

Uma vez <strong>de</strong>senhados os circuitos você <strong>de</strong>verá resolver cada um dos<br />

circuitos encontrando correntes auxiliares exatamente no ponto on<strong>de</strong><br />

você <strong>de</strong>seja encontrar a corrente da questão. Por este método você<br />

também po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar tensões. Uma vez <strong>de</strong>terminado as correntes<br />

auxiliares você <strong>de</strong>verá soma-las para finalmente ter a corrente final.<br />

O que você fez foi somar a influência <strong>de</strong> cada fonte<br />

separadamente.<br />

Primeiro passo:<br />

Desenhar o circuito levando em conta somente a fonte V1,<br />

como mostrado na figura abaixo:<br />

Segundo passo:<br />

Determinar a corrente auxiliarI1’. Você po<strong>de</strong> usar qualquer<br />

método, vou mostrar a solução usando a Lei das Malhas.


Terceiro passo:<br />

Desenhe o circuito levando em conta somente a fonte V2, como<br />

mostra a figura abaixo:<br />

Quarto passo:<br />

Determine a corrente auxiliar I1’’. Vamos usar novamente a<br />

Lei das malhas, mas, você po<strong>de</strong>ria usar qualquer método:<br />

Quinto passo:<br />

Determinar a corrente fina somando as duas correntes<br />

auxiliares. Se tivesse mais fontes você <strong>de</strong>veria tantos<br />

circuitos quanto fossem as fontes!<br />

I1=I1’+I1’’=8,4-2,4=6mA!!!<br />

Observe que eu somei com um número negativo (-2,4)!


Teorema <strong>de</strong> Thevenin:<br />

O teorema <strong>de</strong> Thevenin é importante porque simplifica a<br />

análise circuitos complexos, neste caso o circuito <strong>de</strong>ve ser dividido<br />

em duas partes como mostra a figura abaixo. Pelo teorema <strong>de</strong><br />

Thevenin um circuito qualquer, por exemplo, o circuito “A” po<strong>de</strong> ser<br />

substituído por um circuito equivalente chamado “equivalente <strong>de</strong><br />

Thevenin” constituído somente por uma fonte <strong>de</strong> tensão e por um<br />

resistor em série com a fonte, esta fonte <strong>de</strong> tensão é chamada <strong>de</strong><br />

tensão <strong>de</strong> thevenin e o resistor <strong>de</strong> resistor <strong>de</strong> thevenin!<br />

Este teorema po<strong>de</strong> ajuda-lo a <strong>de</strong>terminar as tensões e<br />

correntes em qualquer componente <strong>de</strong> um circuito, para isto você<br />

<strong>de</strong>verá dividir o circuito em duas partes (“A” e “B”), sendo que a<br />

parte “B” é aquele que contém o componente sobre o que você quer<br />

<strong>de</strong>terminar a tensão ou corrente. O seu trabalho vai ser levantar o<br />

equivalente <strong>de</strong> Thevenin do circuito “A”, uma vez <strong>de</strong>terminado este<br />

equivalente o circuito final fica bem simples, normalmente com uma<br />

única malha, muito fácil <strong>de</strong> resolver!<br />

A questão é: como levantar o equivalente <strong>de</strong> Thevenin


Levantando o equivalente <strong>de</strong> Thevenin:<br />

Vou mostrar o método para o levantamento do equivalente<br />

<strong>de</strong> Thevenin usando um exemplo prático <strong>de</strong>terminando a corrente I3<br />

no resistor R5 do circuito da figura abaixo:<br />

Primeiro passo:<br />

O primeiro passo consistem em separa o circuito em duas<br />

partes “A” e “B” tendo na parte “B” o componente sobre o qual se<br />

quer calcular a corrente R5 (po<strong>de</strong>ria ser a tensão também) como na<br />

figura abaixo:


Segundo passo:<br />

Desenhar o circuito da parte “A” separadamente e<br />

<strong>de</strong>terminar o equivalente <strong>de</strong> Thevenin que consistem em <strong>de</strong>terminar<br />

a fonte <strong>de</strong> Thevenin e o resistor <strong>de</strong> Thevenin olhando-se a partir dos<br />

pontos “a” e “b”, como mostra a figura abaixo:


Terceiro passo:<br />

Determinar a tensão entre os pontos “a” e “b” sem o<br />

circuito “B”, para isto os terminais “a” “b” <strong>de</strong>ver estar abertos. Para<br />

resolver o circuito você po<strong>de</strong> usar qualquer método, eu vou usar<br />

malhas conforme o <strong>de</strong>senho da figura abaixo. Observe que eu preciso<br />

apenas <strong>de</strong>terminar I2 para encontrar a tensão entre os pontos “a” e<br />

“b”, pois, esta é a tensão sobre o resistor R4 por on<strong>de</strong> passa I2.<br />

Para <strong>de</strong>terminar I2 eu vou inverter a or<strong>de</strong>m das correntes <strong>de</strong><br />

forma a eliminar I1, <strong>de</strong>sta forma a solução fica direta, uma vez que,<br />

eu não preciso <strong>de</strong>terminar I1.


Quarto passo:<br />

Determinar o resistor equivalente <strong>de</strong> Thevenin, para isto<br />

você <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>terminar a resistência equivalente olhando pelos<br />

terminais “a” e “b” eliminando as fontes <strong>de</strong> tensões do circuito, isto é,<br />

colocando um curto circuito no lugar das fontes, como no método da<br />

sobreposição. O circuito fica como na figura abaixo. É aconselhável<br />

você sempre <strong>de</strong>senhar novamente o circuito sem a fonte. Como na<br />

figura abaixo:<br />

Para <strong>de</strong>terminar a resistência equivalente a melhor maneira<br />

é começar pelos componentes opostos aos pontos <strong>de</strong> entrada, neste<br />

caso, R1 e R2.<br />

R1//R2=3K//6K=2K<br />

2k+R3=2K+2K=4K<br />

4k//R4=4K//12K=3K<br />

RTH=12K!!!!!


Quinto passo:<br />

Desenhar novamente os circuitos “A” e “B” agora<br />

substituindo o circuito “A” pelo seu equivalente <strong>de</strong> Thevenin e<br />

<strong>de</strong>termine a corrente no circuito sobre o resistor R5 que é a corrente<br />

I3 da questão!<br />

Determino I3 usando malhas (só tem uma mesmo)!<br />

Note que o sinal da corrente é negativo, assim, o sentido<br />

real da corrente I3 é o inverso.<br />

A tensão sobre R5 é <strong>de</strong> 4V, estando o positivo do lado<br />

direito do resistor, que é o lado por on<strong>de</strong> entra a corrente!


Exemplo análise circuito usando Thevenin:<br />

Determinar a corrente sobre o resistor R9 no circuito da<br />

figura abaixo<br />

Solução:<br />

A melhor forma <strong>de</strong> solucionar este circuito é usar thevenin<br />

uma vez que o número <strong>de</strong> malhas torna a solução por malhas<br />

inviável.<br />

Vou mostrar neste exemplo uma forma <strong>de</strong> aplicar thevenin<br />

em que o circuito é dividido em pequenas partes, em cada uma é<br />

aplicada o Thevenin até chegar no resistor R9.<br />

Primeiro eu vou dividir o circuito tendo em várias partes<br />

simples como mostrado na figura abaixo:


Agora vou começar a solucionar o circuito partindo do<br />

circuito “A”, sempre levantando o equivalente <strong>de</strong> Thevenin.<br />

A figura abaixo mostra o circuito “A”:<br />

A tensão <strong>de</strong> thevenin é a tensão no resistor R6 e po<strong>de</strong> ser<br />

calculada como um simples divisor <strong>de</strong> tensão:<br />

é calo que eu po<strong>de</strong>ria ter visto que a energia da fonte (40V)<br />

está sendo distribuída sobre dois resistores iguais, logo, a energia<br />

<strong>de</strong>ve estar distribuída <strong>de</strong> forma igual nos dois resistores, meta<strong>de</strong> em<br />

cada um, cada resistor terá 20V!<br />

A resistência <strong>de</strong> Thevenin é calculada com a fonte V1 em<br />

curto,neste caso os resistores R1 e R2 ficam em paralelo.<br />

Quando o circuito é dividido em pequenas partes fica simples<br />

aplicar Thevenin!.<br />

Eu também po<strong>de</strong>ria achar o resistor paralelo dividindo 6K<br />

por dois, isto o<strong>de</strong> ser feito quando os resistores têm o mesmo valor,<br />

neste caso o valor do paralelo é o valor comum dos resistores<br />

dividido pelo número <strong>de</strong> resistores, neste caso 6K/2=3K!


Uma vez <strong>de</strong>terminado o equivalente <strong>de</strong> Thevenin <strong>de</strong> “A”<br />

volto a <strong>de</strong>senhar o circuito agora juntando “A” e “B”, substituindo “A”<br />

pelo seu equivalente, como na figura abaixo:<br />

Agora volto a <strong>de</strong>terminar o equivalente <strong>de</strong> Thevenin do<br />

circuito “AB”, observando que os resistores RTH e R3 estão em série.<br />

A tensão <strong>de</strong> Thevenin agora é a tensão no resistor R4 e é<br />

dada pelo divisor <strong>de</strong> tensão:<br />

Isto porque os dois resistores são iguais!<br />

O resistor <strong>de</strong> Thevenin é dado por:<br />

Isto porque os dois resistores são iguais!


Para continuar volto a <strong>de</strong>senhar o circuito, agora<br />

substituindo as partes “A” e “B” pelo seu equivalente e juntando a<br />

parte “C”, como mostra a figura abaixo:<br />

Volto a calcular o equivalente <strong>de</strong> Thevenin, agora notando<br />

que RTH e R5 estão em série formando um resistor <strong>de</strong> 5K!<br />

Cálculo da tensão <strong>de</strong> Thevenin:<br />

Cálculo da resistência <strong>de</strong> Thevenin:


Volto a <strong>de</strong>senhar o circuito agora substituindo as partes<br />

“ABC” pelo seu equivalente <strong>de</strong> Thevenin e juntando à parte “D”, como<br />

na figura abaixo:<br />

Calculo novamente a tensão <strong>de</strong> Thevenin <strong>de</strong>ste circuito:<br />

VTH=8V/2=4V<br />

Cálculo do RTH:<br />

RTH=4k/2=2K<br />

Agora junto o equivalente <strong>de</strong> Thevenin a parte final do<br />

circuito “D” para <strong>de</strong>terminar a corrente em questão “R9”.<br />

Neste Caso a corrente “I” po<strong>de</strong> ser calculada:


Determinação do equivalente thevenin em circuitos<br />

reais:<br />

Você também po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o equivalente <strong>de</strong> Thevenin <strong>de</strong><br />

circuitos reais com dois terminais <strong>de</strong> saída, para isto, você <strong>de</strong>verá<br />

aplicar uma seqüência <strong>de</strong> testes no circuito a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o<br />

valor da tensão <strong>de</strong> thevenin e da resistência <strong>de</strong> Thevenin.<br />

Para Determinar a tensão <strong>de</strong> thevenin basta medir com um<br />

voltímetro a tensão presente nos terminais <strong>de</strong> saída abertos, esta<br />

será a tensão <strong>de</strong> Thevenin!<br />

Para <strong>de</strong>terminar a corrente <strong>de</strong> Thevenin você <strong>de</strong>verá medir a<br />

corrente que circula entre os terminais <strong>de</strong> saída colocados em curto<br />

circuito, conhecendo a tensão <strong>de</strong> Thevenin a resistência <strong>de</strong> thevenin<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminada pelo quociente <strong>de</strong>sta tensão com a corrente <strong>de</strong><br />

curto!<br />

Este processo é ilustrado na figura abaixo:


Fonte <strong>de</strong> corrente:<br />

O tipo <strong>de</strong> fonte mais comum em eletrônica é a fonte <strong>de</strong><br />

tensão, você encontra fonte <strong>de</strong> tensão no seu laboratório no<br />

eliminador <strong>de</strong> pilha em equipamentos eletrônicos em geral, a bateria<br />

e a pilha são exemplos <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> tensão real. Uma fonte <strong>de</strong> tensão<br />

i<strong>de</strong>al tem por característica manter em seus terminais uma tensão<br />

constante, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da carga (corrente exigida pelo circuito). Na<br />

prática não existe fonte <strong>de</strong> tensão i<strong>de</strong>al, as fontes reais apresentam<br />

uma resistência interna <strong>de</strong> tal forma que a tensão nos seus terminais<br />

cai à medida que a corrente <strong>de</strong> saída aumenta. Na teoria não é<br />

permitido ligar duas fontes <strong>de</strong> tensão em paralelo.<br />

Uma fonte <strong>de</strong> corrente não é encontrada com facilida<strong>de</strong> na<br />

natureza, este tipo <strong>de</strong> fonte tem que ser construído a partir <strong>de</strong><br />

circuitos eletrônicos, normalmente usando transistores. Uma fonte <strong>de</strong><br />

corrente i<strong>de</strong>al mantém em seus terminais uma corrente constante,<br />

assim, por qualquer componente colocado em série com uma fonte<br />

<strong>de</strong> corrente passa uma corrente com o valor da fonte <strong>de</strong> corrente.O<br />

símbolo da fonte <strong>de</strong> corrente é mostrado na figura abaixo, o circuito<br />

da figura mostra que a tensão no resistor é igual ao valor corrente<br />

da fonte pelo valor do resistor!


Divisor <strong>de</strong> corrente:<br />

Assim como existe a equação do divisor <strong>de</strong> tensão para<br />

<strong>de</strong>terminar sobre um resistor <strong>de</strong>terminado entre vários em série<br />

(normalmente são dois), também existe uma equação para<br />

<strong>de</strong>terminar a corrente que circula em um resistor <strong>de</strong>terminado entre<br />

vários em paralelo (normalmente dois). A <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>sta<br />

equação po<strong>de</strong> ser feita usando-se a lei <strong>de</strong> Ohm. A equação do divisor<br />

<strong>de</strong> corrente do circuito da figura abaixo é dada por:<br />

Note que a corrente <strong>de</strong> saída é igual a corrente <strong>de</strong> entrada<br />

multiplicado pela razão dos resistores, observe que o resistor pelo<br />

qual a fonte <strong>de</strong> entrada está multiplicada é a resistência pela qual<br />

“não” está a passando a corrente que se quer calcular. No caso do<br />

divisor <strong>de</strong> tensão o resistor que multiplica a tensão <strong>de</strong> entrada é<br />

aquele sobre o qual se <strong>de</strong>seja calcular a tensão <strong>de</strong> saída, no divisor<br />

<strong>de</strong> corrente é exatamente o contrário!


Exemplo <strong>de</strong> aplicação do divisor <strong>de</strong> corrente:<br />

No circuito da figura abaixo eu vou calcular a corrente no<br />

resistor R3 a partir do divisor <strong>de</strong> corrente:<br />

Você po<strong>de</strong> calcular a corrente em R2 pela lei dos nós;<br />

está entrando 3mA está saindo 1mA para R3 resta 2mA para R2!<br />

Note que o resistor R1 não está influindo na corrente que<br />

está entrando no divisor, pois está em série com a fonte <strong>de</strong> corrente<br />

e está é que <strong>de</strong>termina o valor da corrente no ramo!


Teorema <strong>de</strong> Norton:<br />

O teorema <strong>de</strong> Norton é o espelho do teorema <strong>de</strong> Thevenin,<br />

este teorema diz: Pelo teorema <strong>de</strong> Norton um circuito qualquer, por<br />

exemplo, o circuito “A” po<strong>de</strong> ser substituído por um circuito<br />

equivalente chamado “equivalente <strong>de</strong> Norton” constituído somente<br />

por uma fonte <strong>de</strong> corrente e por um resistor em paralelo com a fonte,<br />

esta fonte <strong>de</strong> corrente é chamada <strong>de</strong> corrente <strong>de</strong> Norton e o resistor<br />

<strong>de</strong> resistor <strong>de</strong> Norton! A figura abaixo mostra o equivalente <strong>de</strong><br />

Norton.<br />

Para calcular a corrente <strong>de</strong> Norton você <strong>de</strong>verá fazer um<br />

curto circuito na saída e <strong>de</strong>terminar a corrente por este curto circuito,<br />

esta será a corrente <strong>de</strong> Norton.<br />

Para calcular a resistência <strong>de</strong> Norton você <strong>de</strong>verá substituir<br />

as fontes <strong>de</strong> corrente por um circuito aberto (zero Ampére) e calcular<br />

a resistência equivalente vista dos terminais <strong>de</strong> entrada, esta será a<br />

resistência <strong>de</strong> Norton.


Exemplo da aplicação do Teorema <strong>de</strong> Norton:<br />

Vou resolver o circuito do exemplo do divisor <strong>de</strong> corrente<br />

usando a teoria do equivalente <strong>de</strong> Norton.<br />

O primeiro passo consiste em separar o circuito em duas<br />

partes, como é mostrado na figura abaixo:<br />

O segundo passo consiste em calcular o equivalente <strong>de</strong><br />

Norton da parte “A”, para isto vou fazer um curto na saída e calculo a<br />

corrente que passa por este curto como é mostrado na figura abaixo:<br />

A corrente na saída (ITH) é <strong>de</strong> 3mA, pois a corrente da fonte<br />

I1 ao chegar no nó circula totalmente pelo curto circuito.


O terceiro passo consiste em calcular a resistência <strong>de</strong> Norton<br />

olhando dos terminais <strong>de</strong> entrada com o circuito da fonte <strong>de</strong> corrente<br />

aberta.<br />

Neste Caso a resistência equivalente é 3K, pois o resistor <strong>de</strong><br />

2k está totalmente aberto não influindo no cálculo do Req!<br />

Finalmente volto ao circuito original e substituo a parte “A” pelo<br />

seu equivalente <strong>de</strong> Norton e volto a calcular a corrente <strong>de</strong> saída<br />

usando o divisor <strong>de</strong> corrente!

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