PDF da matéria completa - Global Garbage
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Suzi Eszterhasminden pictures<br />
TERRA DA GENTE | biodiversi<strong>da</strong>de<br />
32<br />
Golfinho-comum-de-bico-curto (Delphinus delphis)<br />
contrastes<br />
O de-bico-curto (acima) é um dos golfinhos menores e mais comuns; o golfinho-de-risso (pág. seguinte) é espécie<br />
rara e tem a característica exclusiva do sulco côncavo na cabeça<br />
por até 18 meses. “Mesmo depois de<br />
desmamar, costuma acompanhar a<br />
mãe por um longo tempo”, explica<br />
André Barreto, doutor em Oceanografia<br />
e professor <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />
do Vale do Itajaí (Univali). A comunicação<br />
entre eles é feita principalmente<br />
através do som. Possuem<br />
uma audição muito sensível e produzem<br />
sons de alta frequência para<br />
se comunicar e explorar o ambiente.<br />
“Os golfinhos utilizam pulsos de<br />
ultrassom do mesmo modo que um<br />
barco utiliza o sonar. Ouvindo os<br />
ecos, eles conseguem saber a distância<br />
para obstáculos e identificar as<br />
suas presas”, diz Barreto.<br />
Além disso, possuem um metabolismo<br />
alto e precisam comer muito.<br />
Mesmo entre os golfinhos menores,<br />
costeiros, ca<strong>da</strong> indivíduo necessita<br />
ingerir 5 quilos de alimento por dia.<br />
Por isso, gastam muita energia procurando<br />
alimentos e frequentam<br />
áreas de grande importância econômica<br />
para o País por suas características<br />
piscívoras, ou seja, onde há<br />
peixe, há golfinhos. E há problemas<br />
As toninhas<br />
podem ser<br />
extintas em<br />
todo mundo<br />
com a captura acidental (by catch)<br />
em redes de pesca, um impacto que<br />
afeta mundialmente as populações<br />
costeiras de golfinhos.<br />
“Nenhum pescador quer capturar<br />
golfinhos. Porém, acidentalmente,<br />
eles se envolvem com redes de pesca<br />
e morrem afogados. Por esse motivo,<br />
as toninhas hoje são considera<strong>da</strong>s<br />
mundialmente ameaça<strong>da</strong>s de extinção<br />
e, segundo a última revisão<br />
do estado de conservação <strong>da</strong> fauna<br />
brasileira, ficaram na subcategoria<br />
‘em perigo’”, observa Marcos Santos.<br />
Um Plano para Mamíferos Aquáticos,<br />
editado pelo Ibama, em 2001,<br />
inclui como ameaçados também o<br />
golfinho-rotador e o golfinho-nariz-