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Edição 20 clique aqui para download - Revista PIB

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coisas eram diferentes antes. Projetos<br />

desenvolvidos no Brasil costumavam<br />

chegar à matriz já em estágio avançado.<br />

Lá, passavam por mudanças até virar<br />

realidade. Os engenheiros e designers<br />

no Brasil só voltavam a tomar<br />

conhecimento das alterações feitas<br />

quando o modelo estava prestes a<br />

ser finalizado, sem possibilidade de<br />

novas intervenções. “Isso não existe<br />

mais”, diz Veiga. “O nosso cantinho<br />

lá faz com que exista um intercâmbio<br />

permanente e os projetos sejam aprimorados<br />

em conjunto”.<br />

1 Designers da Ford: o<br />

EcoSport é fabricado na<br />

China, Índia e Tailândia<br />

2 O CT da GM em São<br />

Caetano: quartel-general<br />

dos carro s globais<br />

3 Campo de provas da<br />

GM em Indaiatuba: teste<br />

de vedação de água<br />

3<br />

unidade de São José dos Campos<br />

da GM, é exemplar. Desde <strong>20</strong>06, a<br />

operação brasileira da montadora<br />

é a responsável mundial pela<br />

criação e pelo desenvolvimento da<br />

arquitetura de picapes de médio<br />

porte. A S10, fruto desse trabalho,<br />

passou recentemente a ser<br />

produzida também em Rayong, na<br />

Tailândia. De lá, será exportada <strong>para</strong><br />

outros países asiáticos e Austrália.<br />

Para agradar a clientes com gostos,<br />

hábitos e necessidades tão distintos,<br />

o Centro de Desenvolvimento da<br />

GM previu que o modelo poderia<br />

ter duas alturas e diferentes tipos de<br />

suspensão, além de três tamanhos de<br />

cabine – simples, estendida e dupla.<br />

Para os especialistas, o modelo<br />

de desenvolvimento de projetos<br />

globais poderá ser um aliado das<br />

montadoras brasileiras num momento<br />

de transição do setor <strong>para</strong> o<br />

novo regime automotivo anunciado<br />

recentemente. Em vigor a partir do<br />

início de <strong>20</strong>13, o novo conjunto de<br />

regras elimina o desconto automático<br />

do Imposto sobre Produtos<br />

Industrializados (IPI). Para recolher<br />

menos tributo, os fabricantes<br />

terão de cumprir metas específicas,<br />

melhorando, em pelo menos 12%,<br />

a eficiência energética dos veículos<br />

no decorrer dos próximos cinco<br />

anos, o que acarreta um desafio<br />

tecnológico: <strong>para</strong> alcançar as metas<br />

e ter direito à redução tributária,<br />

as montadoras terão de investir<br />

mais em inovação e engenharia. “O<br />

regime eleva a barra de exigência<br />

<strong>para</strong> todas as empresas, mas<br />

aquelas que têm projetos globais<br />

de engenharia estão mais pre<strong>para</strong>das,<br />

até porque já investem mais<br />

em tecnologia de ponta <strong>para</strong> reduzir<br />

custos”, pondera Golfarb, da Ford.<br />

E cita um número revelador: dado o<br />

nível de exigência atual do mercado<br />

brasileiro, os gastos com o projeto<br />

de um modelo, que há alguns anos<br />

representavam apenas 10% dos<br />

custos de lançamento de um novo<br />

veículo, hoje alcançam, em média,<br />

30% desse total.<br />

revistapib.com.br 39

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