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Empresas<br />
Trava na<br />
internacionalização<br />
Gigantes transnacionais brasileiras<br />
reavaliam presença no exterior <strong>para</strong><br />
enfrentar os tempos de crise global<br />
LUCIANNE PAIVA, Rio de Janeiro<br />
As duas maiores empresas<br />
do Brasil estão<br />
repensando sua<br />
presença no exterior,<br />
instigadas pelos efeitos<br />
da crise nos países ricos e pela<br />
necessidade de fazer caixa e concentrar<br />
investimentos nas operações<br />
brasileiras. Uma, a Petrobras,<br />
diminuiu de forma significativa<br />
seus investimentos externos, tanto<br />
em valores absolutos quanto<br />
relativos, desde que a descoberta<br />
e o desenvolvimento das reservas<br />
de óleo no pré-sal passaram a ditar<br />
os rumos da companhia. Outra,<br />
a mineradora Vale, enfrenta a<br />
queda de dinamismo da economia<br />
mundial – que puxou <strong>para</strong> baixo a<br />
demanda e o preço do minério de<br />
ferro e, portanto, sua receita – com<br />
a reorganização de seus ativos <strong>para</strong><br />
se concentrar nos segmentos mais<br />
rentáveis. Mas como a maioria dos<br />
negócios da Vale no exterior não<br />
faz parte das atividades principais<br />
da empresa — o chamado core business,<br />
definido como a produção de<br />
minério de ferro, cobre, fertilizantes,<br />
carvão e níquel —, suas operações<br />
internacionais perdem importância<br />
nesse cenário.<br />
Na Petrobras, os investimentos<br />
nas operações externas caíram de<br />
12,1 bilhões de dólares no quinquênio<br />
<strong>20</strong>07/<strong>20</strong>11 <strong>para</strong> 10,7 bilhões de<br />
dólares nos cinco anos seguintes.<br />
A queda relativa é ainda mais forte:<br />
anteriormente, representavam<br />
um naco de 14% dos 87,1 bilhões de<br />
dólares previstos no primeiro quinquênio.<br />
Agora, essa fatia reduziu-<br />
-se <strong>para</strong> 4,52% dos 236,5 bilhões de<br />
dólares a ser investidos entre este<br />
ano e <strong>20</strong>16. Até mesmo a diretoria<br />
da Área Internacional da empresa<br />
se mantém sem titular desde que<br />
o antigo diretor, Jorge Zelada, deixou<br />
o cargo, em julho. A Petrobras<br />
informa apenas que sua presidente,<br />
Maria das Graças Foster, acumula a<br />
Front externo<br />
52,3% da receita operacional<br />
da Vale vem do exterior, sendo<br />
32% apenas da China.<br />
Caiu de 14% <strong>para</strong> 4,5%<br />
a participação das operações<br />
internacionais nos investimentos<br />
globais da Petrobras.<br />
diretoria internacional, e qualquer<br />
mudança será comunicada no momento<br />
oportuno. Um sinal da perda<br />
de importância da operação além<br />
das fronteiras nacionais?<br />
À primeira vista, é isso também o<br />
que estaria acontecendo com a Vale,<br />
que desacelera agora um agressivo<br />
movimento de expansão de suas<br />
operações no exterior — no início<br />
dos anos <strong>20</strong>00, a empresa estava<br />
presente em cinco países, e hoje<br />
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