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Gustavo Gattas (BTG Pactual)

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Oportunidades e Desafios da Agenda de<br />

Competitividade para Construção de uma<br />

Politica Industrial na Área de Petróleo:<br />

Propostas para um Novo Ciclo de<br />

Desenvolvimento Industrial<br />

Eloi Fernández y Fernández<br />

Diretor Geral da ONIP<br />

Os Novos Desafios do Pré-Sal<br />

Estadão<br />

São Paulo 16 de agosto de 2011


Dimensão dos Investimentos<br />

1


Investimentos no Brasil<br />

Indústria<br />

Papel e Celulose<br />

Indústria da Saúde<br />

Sucroalcooleiro<br />

Automotiva<br />

Siderurgia<br />

Petroquímica<br />

Eletroeletrônica<br />

Extrativa Mineral<br />

Petróleo e Gás<br />

Total (Indústria + Petróleo): R$ 611 bilhões<br />

Setor Petróleo: 62%<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400<br />

R$ Bilhões<br />

2011-2014 2009-2012<br />

2<br />

Fonte : BNDES. Visão do Desenvolvimento nº 91 / 25 Fevereiro 2011


Investimentos no Brasil<br />

Infraestrutura<br />

Portos<br />

Ferrovias<br />

Rodovias<br />

Total (Infraestrutura + Petróleo): R$ 756 bilhões<br />

Setor Petróleo: 50%<br />

Saneamento<br />

Telecomunicações<br />

Energia Elétrica<br />

Petróleo e Gás<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400<br />

R$ Bilhões<br />

2011-2014 2009-2012<br />

3<br />

Fonte : BNDES. Visão do Desenvolvimento nº 91 / 25 Fevereiro 2011


Investimento no Brasil<br />

2011-2015<br />

US$ 270 bilhões<br />

Petrobras US$ 212 bilhões<br />

Outras US$ 58 bilhões<br />

21%<br />

79%<br />

Petrobras<br />

Outras Empresas<br />

Fonte: Petrobras e IBP


Investimento<br />

consolidado<br />

do setor<br />

14,5<br />

2008<br />

A demanda por bens e serviços será em torno US$<br />

400 bilhões até 2020 - escala suficiente para<br />

desenvolver sólida cadeia produtiva de bens e<br />

serviços local<br />

231<br />

155<br />

255<br />

324<br />

30<br />

86<br />

191<br />

129<br />

25<br />

71<br />

33,6<br />

33,8<br />

30,3<br />

0,6<br />

30,1<br />

0,5<br />

25,1<br />

8,7<br />

7,6<br />

1,0<br />

22,3<br />

0,5<br />

10,9<br />

0,5<br />

9,8<br />

6,0<br />

2,7 1,0<br />

5,3 6,8 9,5 10,1 9,4 10,2<br />

3,8<br />

7,5<br />

1,5<br />

2010<br />

Gastos e Investimentos no Setor de E&P<br />

312<br />

4,2 4,7 5,3 5,7 6,0<br />

6,0<br />

1,7<br />

2012<br />

(US$ bi 2009)<br />

5,0<br />

1,9<br />

2014<br />

4,7<br />

2,1<br />

2016<br />

4,7<br />

2,3<br />

2018<br />

400<br />

5,0<br />

2,4<br />

2020<br />

Dispêndio Total<br />

(Investimento e<br />

Gastos Operacionais)<br />

Investimento<br />

Acumulado<br />

Construção de Petroleiros e Barcos de Apoio<br />

Desenvolvimento da Produção<br />

Construção de Unidades Produtoras<br />

Exploração e Avaliação<br />

Construção de Sondas<br />

Sísmica<br />

Nota:<br />

Fonte:<br />

Inclui sondas e unidades produtivas já arrendadas<br />

Plano de Negócios Petrobras 2009-2013 (2009); PROMINP; Clippings; Análises Booz & Company<br />

5


Análise e Diagnóstico<br />

6


Contribuição para uma política industrial do setor<br />

Temas Abordados<br />

• A ONIP coordenou o<br />

desenvolvimento de um amplo<br />

estudo visando aumentar a<br />

competitividade da cadeia de<br />

fornecimento offshore<br />

• Além de um profundo<br />

diagnóstico, o estudo resultou<br />

em uma agenda pragmática para<br />

aprimorar a política industrial<br />

atual<br />

Avaliação da<br />

Demanda<br />

Caracterização da<br />

Oferta<br />

Identificação de<br />

lacunas de<br />

competitividade<br />

Desenvolvimento<br />

de propostas para<br />

o setor<br />

Casos<br />

Internacionais<br />

Mapeamento da<br />

Cadeia de<br />

Fornecimento do<br />

Setor<br />

Casos de sucessos<br />

locais<br />

Visão e Impacto<br />

das Propostas<br />

7


Oportunidades x Desafios<br />

poucos fornecedores habilitados em grande parte do fornecimento<br />

Fornecimento de Equipamentos e Sistemas<br />

Empresas no Vendor List P-ZZ<br />

Número de Empresas<br />

Grupos<br />

112<br />

Fornecedores<br />

% Valor<br />

Estimado<br />

286<br />

38%<br />

Somente Empresas Estrangeiras<br />

42-46%<br />

111<br />

37%<br />

Predomínio de Empresas Estrangeiras<br />

48-52%<br />

18%<br />

Predomínio de Empresas Nacionais<br />

3-5%<br />

7%<br />

Somente Empresas Nacionais<br />

1-2%<br />

Brasil<br />

Outros Países<br />

Fonte: Analises Booz & Company<br />

8


Lacuna de competitividade é sistêmica<br />

Competitividade Chinesa<br />

Válvula Borboleta 4” 1 - Composição da Diferença de Custos<br />

Brasil vs. China<br />

124<br />

5<br />

42<br />

18<br />

10<br />

13<br />

358<br />

13 13<br />

39<br />

51<br />

9<br />

Impostos<br />

Custo de Capital<br />

Despesas<br />

Comerc. e Adm.<br />

Mão-de-Obra<br />

Insumos<br />

Importado vs.<br />

Nacional<br />

N/A<br />

-76%<br />

-67%<br />

-71%<br />

-52%<br />

100<br />

3<br />

21<br />

4 9<br />

46<br />

179<br />

Matéria-Prima<br />

-68%<br />

55<br />

8<br />

54<br />

Margem<br />

-86%<br />

Preço<br />

China<br />

Margem<br />

Mat. Prima Insumos e<br />

Componentes<br />

Mãode-Obra<br />

1) Válvula Borboleta, corpo ferro nodular, disco inox cf8m, vedação epdm<br />

2) Despesas de Vendas, Administrativas e Gerais, inclui Custos Logísticos e Depreciação<br />

Fonte: Pesquisas de Campo, ABIMAQ, Entrevistas, Análise Booz & Company<br />

Nota: Câmbio de R$ 1,80 por dólar<br />

Desp. Com.<br />

1<br />

e Admin.<br />

Custo de<br />

Capital<br />

Imposto<br />

Não<br />

Recuperável<br />

Preço<br />

Brasil<br />

9


Complexidade da relação dos elos da cadeia<br />

Exemplo - Demanda dos Estaleiros<br />

Detalhamento da Demanda dos Estaleiros<br />

• Contratação de Serviços<br />

Serviços<br />

Exploratórios<br />

Contratação de Sondas<br />

• Contratação de Serviços<br />

• Contratação de Serviços<br />

Apoio Logístico<br />

Produção<br />

• Contratação de<br />

Barcos de Apoio<br />

• Contratação de UPs<br />

Operador<br />

• Contratação direta de Unidades de Produção<br />

• Contratação direta de Sondas<br />

• Contratação direta de outras unidades<br />

Faturamento<br />

Estaleiro<br />

• Contratação de Serviços<br />

• Contratação de Serviços<br />

Serviços Sísmicos<br />

Transporte de<br />

Petróleo<br />

• Contratação de<br />

Barcos Sísmicos<br />

• Contratação de Petroleiros<br />

10


Cenários<br />

11


A agenda é fundamental para consolidar a visão<br />

almejada de um setor fortalecido<br />

internacionalmente<br />

Cenários Esperados<br />

Cenário Eficácia na Implementação Implicações<br />

Visão<br />

Almejada<br />

Políticas propostas<br />

são implementadas com sucesso<br />

A cadeia nacional aumenta sua<br />

participação relativa nos investimentos<br />

do setor, além de ganhar presença<br />

internacional<br />

Diluição de<br />

Valor<br />

Implementação incompleta das<br />

políticas, com baixa coordenação<br />

A cadeia nacional captura parte do<br />

crescimento orgânico devido ao aumento<br />

da demanda, porém perde participação<br />

relativa no mercado local e internacional<br />

12


Na visão almejada espera-se adicionar entre 1,7 e<br />

2,1 milhões de empregos no Brasil ...<br />

1.700 - 2.080<br />

Aumento Orgânico<br />

da Demanda com<br />

Participação Constante<br />

Número de Empregos na Cadeia em 2020<br />

(Mil Empregos)<br />

940 - 1.150<br />

140 - 170<br />

A Cadeia Aumenta sua<br />

Exportação com a<br />

Maior Competitividade<br />

das Empresas<br />

2.110 - 2.500<br />

410 - 420<br />

620 - 760<br />

Indústria Nacional<br />

Aumenta sua<br />

Participação no<br />

Valor capturado<br />

Atual<br />

Aumento da<br />

Demanda Local<br />

Variação da Participação<br />

no Fornecimento<br />

Aumento das<br />

Exportações<br />

Visão Almejada<br />

Fonte:<br />

Plano de investimentos da Petrobras, Website de empresas da cadeia, estudos e relatórios setoriais, Análises Booz & Company<br />

13


... porém, o cenário de diluição leva à geração de<br />

empregos em nível significativamente inferior<br />

Número de Empregos na Cadeia em 2020<br />

(Mil Empregos)<br />

Aumento Orgânico<br />

da Demanda com<br />

Participação Constante<br />

330 - 410<br />

Crescimento Orgânico<br />

das Exportação<br />

620 - 760<br />

8-10<br />

630 - 860<br />

410 - 420<br />

Indústria Nacional<br />

Reduz sua<br />

Participação no Valor<br />

capturado<br />

390 - 590<br />

Atual<br />

Aumento da<br />

Demanda Local<br />

Variação da Participação<br />

no Fornecimento<br />

Aumento das<br />

Exportações<br />

Cenário Diluição<br />

do Valor Agregado<br />

Fonte: Plano de investimentos da Petrobras, Website de empresas da cadeia, estudos e relatórios setoriais, Análises Booz & Company<br />

14


Propostas e Conclusões<br />

15


Fatores Críticos de Sucesso<br />

Sistêmicos<br />

– Sistema Tributário<br />

– Custo do Capital ( inclusive do Capital de Giro )<br />

– Câmbio<br />

Estruturais<br />

– Remover obstáculos que impeçam o aproveitamento de ganhos de escala<br />

– Tecnologia e Inovação Diretamente nas Empresas (PD&I na produção)<br />

– Engenharia Nacional – Sustentabilidade<br />

– Posicionamento estratégico dos EPCistas<br />

– Fortalecimento do desempenho internacional dos fornecedores nacionais<br />

– Recursos Humanos Qualificados (educação básica e técnica)<br />

– Ganho de Produtividade<br />

– Minimizar os gargalos de infra-estrutura<br />

16


Gestão de Riscos<br />

•Captação de financiamento externo atrelado a<br />

suprimento<br />

•Atração de empresas do exterior (importação ou<br />

deslocamento da industria local, para setores de<br />

menor valor agregado)<br />

•Conteúdo Local Acéfalo<br />

•“Competitividade” chinesa<br />

•Cliente Único<br />

17


Ações Prioritárias<br />

• Assegurar a desoneração dos investimentos e garantir às empresas locais as mesmas condições<br />

de isenção (basicamente tributária) das empresas estrangeiras para o fornecimento de produtos<br />

e serviços<br />

• Orquestrar a formação de empresas de engenharia básica nacionais competitivas<br />

internacionalmente<br />

• Possibilitar o acesso direto da indústria a recursos de P&D&I<br />

• Incentivar criação de institutos tecnológicos voltados à pesquisa industrial aplicada junto aos<br />

pólos produtivos sem compromisso acadêmico<br />

• Simplificar/rediscutir regras de conteúdo local reduzindo burocracia e custos de medição para a<br />

cadeia e operadores<br />

• Incluir todos os investimentos em E&P na base de medição do conteúdo local<br />

• Estimular, através de premiação, que as empresas superem metas de conteúdo local<br />

• Desenvolver e acelerar a implementação sistemática de mecanismos de garantia que facilitem o<br />

acesso à financiamentos e capital de giro nas diversas modalidades por parte da cadeia<br />

• Qualificação de recursos humanos através do fortalecimento do ensino básico e o treinamento<br />

da força de trabalho em diferentes graus e temas<br />

18


Além das propostas, o sucesso da política industrial<br />

para o setor depende de boa governança e metas<br />

objetivas<br />

• Apesar de diversos esforços de associações empresariais, de entidades<br />

governamentais e da Petrobras, o país ainda carece de efetiva articulação<br />

para uma política industrial no setor<br />

• É imperativo que a política industrial se paute por<br />

–Uma clara governança (Maestro) quanto à definição de seus objetivos e,<br />

principalmente, quanto à sua execução, que deve ser conduzida por<br />

interlocutor dissociado dos interesses setoriais<br />

–Metas objetivas que permitam o acompanhamento do seu progresso<br />

• Deve-se ter em mente que esta política tem de aproveitar os bons ventos do<br />

setor de O&G para materializar um novo ciclo industrial, que alie<br />

investimentos, geração de emprego e inovação tecnológica<br />

19


Fim<br />

www.onip.org.br<br />

20


A ONIP representa o equilíbrio do sistema e busca<br />

um compromisso do governo de interlocução<br />

formal para o tema de política industrial<br />

Membros Integrantes da ONIP<br />

Governo<br />

Operadores<br />

Sistema Nacional da Indústria<br />

Indústria<br />

ONIP – Organização Nacional da Indústria do Petróleo<br />

21


Para superar os desafios, oferecemos um conjunto de<br />

políticas e ações - a “agenda de competitividade”<br />

Vetores<br />

Conhecimento<br />

e Produtividade<br />

Agenda de Competitividade<br />

Políticas para o Desenvolvimento da Cadeia de Bens e Serviços Offshore<br />

1 2<br />

Gerar e disseminar<br />

conhecimento e inovação<br />

ao longo da cadeia<br />

Incrementar a<br />

produtividade e<br />

aprimorar processos de<br />

produção local<br />

Arranjos Produtivos<br />

e Tecnológicos<br />

3<br />

Fortalecer atividades<br />

industriais<br />

em 3-5 polos produtivos<br />

4<br />

Estimular a formação<br />

de centros de excelência<br />

tecnológica nos polos<br />

produtivos<br />

Fortalecimento<br />

Empresarial Local<br />

5 6<br />

Simplificar e aumentar<br />

transparência quanto às<br />

políticas de conteúdo<br />

local<br />

Fortalecer o sistema<br />

empresarial nacional e<br />

sua atuação internacional<br />

7<br />

Atrair tecnologia e<br />

investimento de<br />

empresas internacionais<br />

Isonomia<br />

Competitiva<br />

8 9<br />

Garantir isonomia<br />

tributária, técnica e<br />

comercial entre competidores<br />

externos e locais<br />

Estabelecer condições<br />

de financiamento e<br />

garantias competitivas<br />

internacionalmente<br />

10<br />

Acessar matéria prima,<br />

insumos e infraestrutura<br />

em condições<br />

competitivas<br />

22

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