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Universidad Pontificia de Salamanca e com a Facultat de
Filosofia da Universitat Ramon Llull — Barcelona. Ou seja: não
se trata de uma cátedra para estudar a poesia de Sophia, mas
uma cátedra que Sophia — na condição de patrono —
desejou instituir na Universidade Católica para que se
estudasse a relação entre Poesia e Transcendência. Isto é
muito interessante, na medida em que permite perceber a
importância que Sophia dava a esta relação.
O que representa para si Sophia?
Sophia começa por representar uma presença tutelar
naquele tempo em que chegou no formato quadrado dos
livros dos contos, como O Cavaleiro da Dinamarca. Sophia
tem — como autora — essa vantagem em relação a todos os
portugueses que passaram pela escola nos últimos trinta
anos. Com o tempo, a poeta foi ocupando outras estâncias,
em livros muito brancos [luminosos...], nas capas e nas
palavras que as páginas ora revelam, ora encobrem... como
um segredo.
Sophia adquiriu para mim, com o passar dos anos, os
contornos de uma figura mítica, sempre próxima e,
simultaneamente, sempre possibilitando outros longes.
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