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CAPA<br />
CONSTRUÇÃO DE<br />
POÇOS E<br />
QUALIDADE<br />
DAS ÁGUAS<br />
CAPACITAÇÃO TÉCNICA, ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS E MÉTODOS<br />
ADEQUADOS AFETAM DIRETAMENTE A PRODUTIVIDADE DO POÇO E A<br />
QUALIDADE DA ÁGUA E MERECEM A ATENÇÃO DO USUÁRIO NA<br />
CONTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE PERFURAÇÃO<br />
Isabella Monteiro<br />
Água limpa e abundante. Esta é, em sua maioria, a<br />
principal preocupação do usuário do poço tubular profundo,<br />
mais conhecido como poço artesiano. No entanto,<br />
a aparente satisfação com estes resultados visíveis<br />
e imediatos esconde a complexidade dos processos<br />
que envolvem a perfuração,<br />
a construção e o uso<br />
do poço. Assim, questões<br />
como a capacitação do perfurador,<br />
qualidade dos materiais<br />
e dos equipamentos,<br />
que influenciam diretamente<br />
a vida útil do poço e a<br />
qualidade da água, passam<br />
despercebidos pelos contratantes<br />
deste tipo de serviço.<br />
Por isso, é imprescindível<br />
que o usuário siga alguns<br />
critérios no momento<br />
da contratação se informando<br />
sobre as normas legais<br />
Wlamir Marins,<br />
presidente da APEPP<br />
vigentes para prevenir-se<br />
quanto às complicações futuras,<br />
que podem ser muito mais onerosas do que os<br />
custos iniciais da construção do poço.<br />
De acordo com Claudio Oliveira, diretor da Hidrogeo<br />
Perfurações, empresa sediada em Porto Alegre (RS),<br />
a maioria dos usuários não imagina que um poço<br />
tubular seja uma obra de hidrogeologia que envolve<br />
um grande número de variáveis desde a identificação<br />
da geologia local, utilização de equipamentos, ferramentas,<br />
materiais e aplicação de tecnologias apropriadas.<br />
Além disso, “nem sempre sabem que é preciso<br />
seguir normas ambientais, técnicas em vigor<br />
e utilizar mão de obra capacitada”. Mas, por<br />
outro lado, “há também muitas empresas de<br />
perfuração no país que desconhecem até<br />
mesmo a existência de normas construtivas e<br />
não possuem profissionais habilitados, ou<br />
seja, atuam na clandestinidade”.<br />
O geólogo e presidente da Associação<br />
Paulista das Empresas Perfuradoras de Poços<br />
Profundos (APEPP), Wlamir Marins, afirma que<br />
são raros os usuários que tiveram a oportunidade<br />
de contratar este tipo de serviço e adquirir<br />
conhecimento para fazer a contratação com<br />
segurança. Por isso, salienta que o mais seguro<br />
é contratar um profissional, geólogo ou engenheiro<br />
de minas, para esta assessoria. “O<br />
primeiro pensamento é que fica mais caro. Garanto,<br />
com a experiência de 25 anos atuando<br />
na área, que o custo pode ser muito menor com uma<br />
boa assessoria”.<br />
E a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas<br />
(<strong>ABAS</strong>), enquanto entidade referência no setor, tem atuado<br />
com campanhas e materiais de divulgação junto<br />
Arquivo Pessoal<br />
JUNHO / JULHO 2011<br />
ÁGUA E MEIO AMBIENTE SUBTERRÂNEO 9