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prémio nacional de arquitectura em madeira 2011 - Centro Pinus

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NOTA DO JÚRI<br />

A primeira edição do Prémio Nacional <strong>de</strong> Arquitectura <strong>em</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />

<strong>2011</strong>, promovido pela Autorida<strong>de</strong> Florestal Nacional, pela<br />

Or<strong>de</strong>m dos Arquitectos e pelo <strong>Centro</strong> PINUS, com o objectivo<br />

<strong>de</strong> “incentivar e promover a fileira florestal portuguesa através<br />

da valorização, promoção e utilização da ma<strong>de</strong>ira <strong>em</strong> edifícios”<br />

teve a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> 32 participantes, número que consi<strong>de</strong>ramos expressivo<br />

tendo <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração que, nas últimas décadas, o uso<br />

da ma<strong>de</strong>ira nos edifícios t<strong>em</strong> <strong>de</strong>crescido dando lugar a materiais<br />

que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre apresentam características <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />

tão acentuadas.<br />

O Prémio <strong>de</strong>finia como critérios <strong>de</strong> avaliação das obras propostas:<br />

a qualida<strong>de</strong> e versatilida<strong>de</strong> no uso da ma<strong>de</strong>ira; promovendo<br />

soluções <strong>de</strong> construção sustentável, que incorporass<strong>em</strong> um volume<br />

significativo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou seus <strong>de</strong>rivados no interior ou<br />

exterior do edifício, seja como solução estrutural ou <strong>de</strong>corativa,<br />

valorizando-se a incorporação <strong>de</strong> produção <strong>nacional</strong>, quer <strong>em</strong><br />

termos <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> matérias-primas portuguesas, quer <strong>de</strong> mão<strong>de</strong>-obra<br />

associada.<br />

Foi com satisfação que o Júri verificou existir<strong>em</strong> no panorama<br />

<strong>nacional</strong>, arquitectos, promotores e clientes que não hesitaram<br />

na escolha da ma<strong>de</strong>ira e dos seus <strong>de</strong>rivados para garantir o<br />

conforto a estrutura ou a sustentabilida<strong>de</strong> dos seus edifícios. As<br />

32 propostas concorrentes são, no seu conjunto, a <strong>de</strong>monstração<br />

dos mais diversos usos da ma<strong>de</strong>ira, exibindo criativida<strong>de</strong> e versatilida<strong>de</strong><br />

a partir <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as consi<strong>de</strong>rados tradicionais ou <strong>de</strong><br />

outros <strong>de</strong> carácter mais experimental.<br />

A qualida<strong>de</strong> expressa na maioria das propostas apresentadas<br />

ao Prémio Nacional <strong>de</strong> Arquitectura <strong>em</strong> Ma<strong>de</strong>ira dificultou a <strong>de</strong>cisão<br />

do Júri na selecção <strong>de</strong> um primeiro grupo <strong>de</strong> projectos a<br />

ser<strong>em</strong> expostos e publicados <strong>em</strong> catálogo. Grupo esse que viria a<br />

ser alargado a 20 obras: Casa <strong>de</strong> Adpropeixe; Casa C/Z; A<strong>de</strong>ga<br />

Casa da Torre; TreeHotel; Eco Camp; Modular Syst<strong>em</strong>s; Conservatória<br />

<strong>de</strong> S.Vicente; Edifício da Couraça <strong>de</strong> Lisboa; Escola<br />

Secundária Domingos Sequeira; Estrutura <strong>de</strong> Ensombreamento;<br />

Estruturas <strong>de</strong> Apoio na Encosta do Castelo <strong>de</strong> Pombal; Moradia<br />

33 Lagoa Formosa; Pátio Huguenot; Pavilhão <strong>de</strong> apoio Gran<strong>de</strong><br />

Hotel do Porto; Residências <strong>de</strong> Estudantes – U.A; Restaurante Buhle;<br />

Restaurante Shis; Ribeira dos Mochos - Se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Escuteiros; TTT<br />

Torre Turística Transportável; Úniko do Infante.<br />

Avaliados todos os projectos, foi <strong>de</strong>cisão do júri, por maioria,<br />

atribuir a seguinte classificação:<br />

O primeiro lugar do Prémio foi atribuído à Casa <strong>de</strong> Adpropeixe<br />

do arquitecto Carlos Castanheira e a primeira Menção Honrosa<br />

à Casa C/Z <strong>em</strong> São Roque do Pico dos arquitectos SAMI (Inês<br />

Vieira da Silva e Miguel Vieira). Ambos os casos reflect<strong>em</strong> a<br />

integração da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> modo criativo e inovador, exprimindo<br />

simultaneamente uma qualida<strong>de</strong> estética e funcional plena <strong>de</strong><br />

conforto. No caso da Casa <strong>de</strong> Adpropeixe é o sist<strong>em</strong>a construtivo<br />

e estrutural que está <strong>em</strong> relevância, na Casa C/Z <strong>em</strong> São<br />

Roque a ma<strong>de</strong>ira é usada <strong>de</strong> modo mais discreto, algo abstracto,<br />

imprimindo-lhe um carácter minimalista e cont<strong>em</strong>porâneo. Mas é<br />

<strong>de</strong> salientar que, neste segundo projecto, localizado na ilha do<br />

Pico, utilizou-se ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> criptoméria dos Açores enfatizando<br />

o valor da sustentabilida<strong>de</strong> associada ao recurso das matérias e<br />

da mão-<strong>de</strong>-obra locais. No conjunto, os dois projectos <strong>de</strong> características<br />

distintas, evi<strong>de</strong>nciam a versatilida<strong>de</strong> e adaptabilida<strong>de</strong><br />

no uso da ma<strong>de</strong>ira e dos seus <strong>de</strong>rivados na construção <strong>de</strong> edifícios.<br />

Como já foi referido, a qualida<strong>de</strong> generalizada das obras propostas<br />

ao Prémio Nacional <strong>de</strong> Arquitectura <strong>em</strong> Ma<strong>de</strong>ira justificou<br />

da parte do Júri a atribuição <strong>de</strong> mais duas Menções Honrosas<br />

previstas no regulamento. A segunda menção à A<strong>de</strong>ga Casa da<br />

Torre, no concelho <strong>de</strong> Vila Nova <strong>de</strong> Famalicão, projectada também<br />

pelo arquitecto Carlos Castanheira. Este edifício não <strong>de</strong>ixa<br />

<strong>de</strong> revelar igual importância do uso da ma<strong>de</strong>ira na sua estrutura<br />

e sist<strong>em</strong>a construtivo, atribuindo uma dignida<strong>de</strong> inesperada a<br />

um programa quotidianamente menosprezado. A dimensão e<br />

estrutura da cobertura, do alpendre, a solução <strong>de</strong> fachada ou o<br />

passadiço elevado revelam um saber acumulado que exprime um<br />

sentido <strong>de</strong> segurança e conforto. A terceira menção honrosa foi<br />

atribuída ao projecto Tree Hotel, do estúdio <strong>de</strong> <strong>arquitectura</strong> DASS<br />

(David Seabra e Susan Röseler), pelo carácter experimental e<br />

inovador no uso da ma<strong>de</strong>ira e dos seus <strong>de</strong>rivados, resultando<br />

numa peça <strong>de</strong> forma inesperada, leve e amovível (o TreeHotel<br />

esteve <strong>em</strong> Lisboa, Silves, Leiria, Coimbra). Embora <strong>de</strong> carácter<br />

efémero esta obra é a prova <strong>de</strong> que se po<strong>de</strong> ser criativo com<br />

baixos recursos se houver um equilíbrio ajustado entre mínimo <strong>de</strong><br />

esforço necessário para a obtenção do maior efeito <strong>de</strong>sejável,<br />

sendo esta a fórmula <strong>de</strong> qualquer sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

1.º Prémio: Casa <strong>de</strong> Adpropeixe<br />

1.ª Menção honrosa: Casa C/Z<br />

2.ª Menção honrosa: A<strong>de</strong>ga Casa da Torre<br />

3.ª Menção honrosa: TreeHotel<br />

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