BNT 263

Intercâmbio também é
uma chance de explorar
novos lugares, como o
Coliseu, em Roma m
Y Vida no exterior
é oportunidade
crescimento pessoal e
profissional
Onze meses
Brighton
em
Motivado pela fluência no inglês
britânico, Rodrigo Paulino da Costa
partiu para a pequena cidade de
Brighton, onde ficou por quase um ano
v POR FLÁVIA LELIS
BRASIL TRAVEL NEWS Qual foi o destino escolhido
para realizar o intercâmbio? Onde você morou e
quanto tempo ficou por lá?
RODRIGO PAULINO DA COSTA Logo após terminar a
faculdade Ibero Americana de Artes, em São Paulo,
decidi tomar um rumo diferente e ampliar meus horizontes
no que se refere a culturas internacionais e línguas
estrangeiras. Assim, em 2002, morei em Brighton, cidade
litorânea no sul da Inglaterra (a 40 minutos de trem de
Londres), durante 11 meses.
BTN Por que a decisão de ir para Brighton?
RODRIGO Preferi escolher a Europa, já que existe uma
grande facilidade de locomoção e variedade de destinos, ou
seja, tendo a Inglaterra como ponto de partida, seria muito
fácil viajar para os outros países. Visitei dez países em um
mês. Brighton foi uma cidade sugerida pelo agente de viagens,
que já tinha morado lá e não precisou de muitos adjetivos
para me convencer do quão maravilhoso era o lugar.
BTN Qual o tipo de intercâmbio que você realizou?
RODRIGO Fechei um pacote de três meses estudando em
escola com curso de inglês, focando em um certificado
internacional – e em um ano, consegui o Cambridge FCE e
CAE – e moradia com família britânica (host family). Quanto
à família, fiquei com um casal de aposentados idosos, Betsy
e Thomas Thompson, que praticamente me acolheram
como a um neto. Trabalhei no píer de Brighton como
estoquista por seis meses e, na sequência, consegui uma
vaga no restaurante Burger King, onde trabalhei por cinco
meses. Tinha uma média salarial de 900 a 1 000 libras por
mês, o suficiente para pagar a minha estadia, a escola e as
necessidades pessoais, mas sempre com o cinto apertado.
BTN E como foi o processo em uma sociedade de diferentes
costumes? Qual foi a sua principal dificuldade?
RODRIGO Viver na Inglaterra sempre foi um sonho.
Amo as músicas inglesas, sou apaixonado pela cultura
medieval, lendas do Rei Artur e a Távola Redonda, por
exemplo. Eu tinha uma concepção prévia partindo do
estereótipo de que o cidadão inglês é frio e arrogante,
mas, na verdade, é uma teoria infundada. Conheci
pessoas acolhedoras, cosmopolitas e muito agradáveis.
Um desafio foi a alimentação, já que o arroz com feijão
caseiro da mamãe não existia por lá. Tive de me habituar
a muita batata, peixes e legumes. Como não tinha o
costume do café da manhã, adotei esse hábito saudável
BRASIL TRAVEL NEWS 2011
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