ALUGUER DE MANUAIS PARA CONTORNAR A CRISE - Cidade NET
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sexta-Feira, 2 de setembro de 2011<br />
9<br />
Cultura<br />
Música<br />
O realizador norte-americano David Lynch abriu esta semana<br />
um clube noturno em Paris, Silencio, e editará em novembro<br />
o primeiro trabalho discográfico, “Crazy Clown Time”.<br />
Literatura<br />
O histórico Café Richmond, em Buenos Aires, que foi frequentado por grandes figuras da<br />
literatura como Saint-Exupéry, Jorge Luis Borges, Julio Cortazar e Graham Greene, está em<br />
risco de encerrar e ser transformado numa loja de roupa desportiva.<br />
Memória da caça à baleia pode<br />
ser revisitada no novo Museu da Baleia<br />
A memória da caça à<br />
baleia na Madeira pode<br />
ser revisitada a partir da<br />
próxima semana, quando<br />
abrirem ao público as<br />
novas instalações do Museu<br />
da Baleia, no Caniçal,<br />
concelho de Machico.<br />
“Este museu é mais do<br />
que a memória da caça à<br />
baleia na Madeira”, disse<br />
à agência Lusa o diretor<br />
do espaço, Luís Freitas,<br />
explicando que a importância<br />
dos cetáceos na<br />
região, em cujo mar já<br />
foram identificadas 28<br />
espécies de baleias e golfinhos,<br />
está também retratada<br />
no novo espaço, a<br />
inaugurar hoje.<br />
O responsável sublinhou<br />
a este propósito o<br />
“património valioso” que<br />
constitui a presença ou<br />
a passagem destes mamíferos,<br />
que o Museu da<br />
Baleia continua a estudar,<br />
investigar e também<br />
a proteger.<br />
No espaço, os visitantes<br />
vão poder encontrar<br />
a réplica de uma baleeira<br />
a remos e à vela e a última<br />
baleeira a motor e a<br />
contraplacado marítimo,<br />
por entre outros objetos<br />
ligados à caça à baleia,<br />
atividade que, no arquipélago,<br />
teve origem com<br />
a instalação da primeira<br />
armação, em 1940, “importada”<br />
dos Açores.<br />
Os primeiros abates de<br />
cetáceos ocorreriam no<br />
ano seguinte, na costa<br />
norte da ilha, quando já<br />
estava em funcionamento<br />
uma estação de processamento<br />
que permitia<br />
a extração do óleo das baleias.<br />
Mais tarde, nasceria,<br />
na mesma freguesia<br />
que acolhe o Museu da<br />
Baleia, uma fábrica.<br />
O crescimento da atividade,<br />
que atingiu o<br />
apogeu na Madeira nas<br />
décadas de 1950 e 60,<br />
tem explicação na rede<br />
de vigias, onde estavam<br />
“plantados” os homens<br />
que tinham por missão<br />
descobrir o sopro das baleias<br />
e, dessa forma, avisar<br />
os baleeiros para que<br />
rumassem ao mar.<br />
A distribuição da rede<br />
de vigias é outro dos<br />
aspetos que apresenta<br />
o museu, que possibilita<br />
ainda aos visitantes<br />
espreitar o horizonte e,<br />
com alguma sorte, ver<br />
baleias e golfinhos.<br />
“Nós próprios somos<br />
testemunhos disso, sem<br />
sair do gabinete, conseguimos<br />
ver os nossos objetos<br />
de estudo”, referiu<br />
Luís Freitas.<br />
O Museu da Baleia, investimento<br />
do Governo<br />
Regional de 8,3 milhões<br />
de euros, com financiamento<br />
comunitário de<br />
cerca de um milhão de<br />
euros, reserva também<br />
uma sala dedicada à vida<br />
marinha onde ganham<br />
forma as principais espécies<br />
de cetáceos da região.<br />
Modelos à escala real<br />
– o maior dos quais rela-<br />
Novo filme de Roman Polanski<br />
aplaudido em Veneza<br />
O novo filme do realizador<br />
Roman Polanski,<br />
“Carnage”, apresentado<br />
no festival de cinema<br />
de Veneza, em Itália, foi<br />
aplaudido na projeção de<br />
imprensa.<br />
Esta comédia negra sobre<br />
pais e filhos, adaptada<br />
de uma peça de teatro<br />
da francesa Yasmina Reza,<br />
reúne um elenco de<br />
luxo: Jodie Foster, Kate<br />
Winslet, John C. Reilly e<br />
Christoph Waltz.<br />
Roman Polanski não<br />
pôde deslocar-se a Veneza<br />
por problemas com a<br />
justiça, mas os atores –<br />
só Jodie Foster não esteve<br />
presente – prestaram<br />
homenagem ao realizador,<br />
atribuindo-lhe todo<br />
o mérito pelo filme, segundo<br />
relata a agência<br />
espanhola EFE.<br />
tivo à baleia tropical, de<br />
16 metros - são uma das<br />
atrações do museu, onde<br />
quiosques multimédia<br />
convidam o visitante a<br />
descobrir mais informação<br />
sobre a caça à baleia<br />
ou sobre as espécies.<br />
“Vamos dar a conhecer<br />
as diferentes espécies<br />
de cetáceos que existem<br />
nas nossas águas e falar<br />
de vários aspetos da<br />
sua vida, desde a ecologia<br />
ao mergulho profundo,<br />
à forma como estudamos<br />
as baleias e os golfinhos”,<br />
declarou o diretor<br />
do museu.<br />
Um espaço educativo,<br />
uma biblioteca pública,<br />
laboratórios, loja, cafetaria,<br />
auditório e sala<br />
de exposições temporárias<br />
completam o museu,<br />
fundado em 1990 para<br />
mostrar a atividade que<br />
desaparecera dos mares<br />
da Madeira nove anos<br />
antes, em 1981, de forma<br />
voluntária e depois da<br />
interdição da comercialização<br />
de produtos extraídos<br />
destes animais por<br />
parte de alguns países.<br />
Cinco anos mais tarde,<br />
um decreto legislativo regional<br />
determinou que o<br />
mar da região fosse espaço<br />
de proteção dos cetáceos.<br />
“É uma história incrivelmente<br />
complexa em<br />
detalhes”, resumiu Kate<br />
Winslet a propósito do<br />
filme, na conferência de<br />
imprensa de apresentação.<br />
Em “Carnage”, um dos<br />
23 filmes em competição<br />
oficial em Veneza, dois<br />
casais entram em conflito<br />
por causa dos filhos,<br />
dentro de um apartamento.<br />
“Era uma espécie<br />
de confinamento, dentro<br />
de uma casa, mas com<br />
montes de gente e uma<br />
equipa grande e, portanto,<br />
a utilização do espaço<br />
estava estudada até ao<br />
mínimo detalhe”, referiu<br />
Christoph Waltz, assinalando<br />
a “precisão, exatidão,<br />
microscópica forma<br />
de trabalhar” de Polanski.<br />
Opinião<br />
Bem-te-quero<br />
e malmequeres<br />
António cruz<br />
ABCRUZ291@GMAIL.COM<br />
Sorria. Vá lá, nem que seja um sorrisinho<br />
pálido. Amarelado? Porque não? O que interessa<br />
é sorrir. C-o-n-v-i-n-c-e-n-t-e-m-e-n-t-e. Você está<br />
a ser fotografado/a!<br />
Não acredita? Olhe para ali, está a ver o fotógrafo<br />
do Social? Pois, é ele! Chegou o seu flash. A sua cara e<br />
o seu olhar vão ser besuntados num abrir e fechar de<br />
diafragma. E depois, com sorte, a sua cara, o seu sorriso,<br />
o seu olhar, o seu penteado, serão plasmados numa<br />
daquelas revistas ou suplementos de jornal onde<br />
todos olham e sorriem e encaram o “homem da máquina”.<br />
Mas olhe…não vale fechar os olhos no momento do<br />
flash. Nem mastigar de boca aberta. Tão-pouco permitir-se<br />
que o palitinho fique encostado ao canto da<br />
boca. Também não é de bom-tom ter o mindinho metido<br />
na grande área bocal para arrancar, com a unha<br />
pontiaguda, o bocadinho de croquete que ficou alojado<br />
lá atrás.<br />
Não apareça com o copo entre os lábios. (parece<br />
mal…). Não puxe da escova no momento do disparo.<br />
Não deixe uma bola de comida arredondar a sua<br />
bochecha (é uma imagem demasiado anti-primeiromundista).<br />
Pode deixar uma madeixa de cabelo atravessar-lhe<br />
um dos olhares. (fica sempre bem, é sensual). Até pode<br />
deixar uma alça de lingerie dar aquele toque fatal a<br />
aparecer por debaixo da túnica transparente (cuidado<br />
para que as cores não choquem).<br />
Ou, em caso de ser homem-cabra-macho, uns pelinhos<br />
a aparecerem por debaixo da gola da t-shirt ajustadinha<br />
aos seus bíceps e peitorais. Elas não resistem.<br />
Nem eles…Há sempre quem goste de se rebolar em<br />
carpetes mesmo no Verão.<br />
Cigarros na boca são inestéticos, para além que de<br />
são maus ensinamentos para as gerações futuras (que<br />
já fumam às escondidas mas isso todos nós fizemos,<br />
certo?).<br />
Não deixe marcas de batom nos copos. Há sempre<br />
quem repare e comente. Socialmente é feio deixar impressões<br />
bocais. Seja em copos, seja em beatas (não<br />
confundir com as de sacristia).<br />
Não leve muitos acessórios dourados nem malas de<br />
imitação. Tudo isso se reflecte nas imagens sociais e<br />
depois é uma bronca do caraças: «aquela pindérica»,<br />
«aquela pé-rapada», «aquela isto e aquilo».<br />
Por isso limite-se a sorrir! A enfrentar a objectiva<br />
como não tem coragem de encarar o marido chato ou<br />
a mulher rabugenta ou o filho mal-educado. Enfrente<br />
a sociedade com um sorriso seja de que cor for. Aceite<br />
o flash como um bálsamo para a sua alma. Como mais<br />
um degrau na sua ascensão nessa escada repleta de escolhos<br />
e armadilhas que é a Sociedade.<br />
Sorria! Isso…você está a ser fotografada/o. Ops!!!!<br />
Então???? A sua foto não saiu????<br />
Temos pena. Quem sabe para a próxima… Desde<br />
que continue sempre a sorrir. Vá lá!<br />
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