Produção hidropônica de alface em solução nutritiva com e sem silÃcio
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Produção hidropônica <strong>de</strong> <strong>alface</strong> <strong>em</strong> solução <strong>nutritiva</strong> <strong>com</strong> e s<strong>em</strong> silício<br />
Hortic. bras., v. 24, n. 3, jul.-set. 2006<br />
Tabela 1. Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sais para o preparo <strong>de</strong> 1000 litros <strong>de</strong> solução <strong>nutritiva</strong> (Furlani et<br />
al., 1999) UFU, Uberlândia, 2004.<br />
Tabela 2. Composição <strong>de</strong> sais das soluções <strong>de</strong> ajuste para as culturas <strong>de</strong> hortaliças <strong>de</strong> folhas<br />
(Furlani et al., 1999). UFU, Uberlândia, 2004.<br />
usado <strong>em</strong> seu tratamento. Para tanto foi<br />
instalado um reservatório <strong>com</strong> capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 1000 litros.<br />
Para o preparo <strong>de</strong> 1000 litros da solução<br />
<strong>nutritiva</strong> proposta por Furlani et<br />
al. (1999), foi utilizado um kit <strong>com</strong>ercial<br />
para hidroponia, <strong>de</strong>nominado kit<br />
básico (Tabela 1). Todos os reagentes<br />
<strong>com</strong> exceção das fontes <strong>de</strong> micronutrientes,<br />
que já vêm na forma líquida<br />
pronta para o uso, foram dissolvidos<br />
separadamente <strong>em</strong> um bal<strong>de</strong>, antes <strong>de</strong><br />
ser<strong>em</strong> adicionados ao reservatório <strong>de</strong><br />
1000 L. Esse cuidado foi tomado para<br />
se evitar uma reação prévia entres os<br />
reagentes, que po<strong>de</strong>ria ocasionar a formação<br />
<strong>de</strong> precipitados. No momento da<br />
transferência das plantas para os perfis<br />
<strong>de</strong> 100mm, foram ajustados a<br />
condutivida<strong>de</strong> elétrica (CE) e o pH das<br />
duas soluções.<br />
O manejo da solução <strong>nutritiva</strong> foi<br />
realizado diariamente através da reposição<br />
da água consumida; do a<strong>com</strong>panhamento<br />
da condutivida<strong>de</strong> elétrica, que<br />
foi mantida <strong>em</strong> uma faixa <strong>de</strong> 1,8 a 2,0<br />
mS cm -1 e da correção do pH, que foi<br />
realizada diariamente <strong>com</strong> uma solução<br />
<strong>de</strong> NaOH 1mol L -1 e HCL 10%, mantendo-o<br />
entre 5,5 a 6,5. O ajuste da CE<br />
foi efetuado todas as vezes que esta baixasse<br />
<strong>de</strong> 25% <strong>em</strong> relação a CE inicial,<br />
ou seja todas as vezes que a CE diminuísse<br />
0,25 mS cm -1 era adicionado a mesma<br />
1 L da solução A e 1 L da solução B,<br />
e uma vez por s<strong>em</strong>ana se adicionava 50<br />
ml/1000 da solução C (micronutrientes),<br />
soluções estas propostas por Furlani et<br />
al. (1999) (Tabela 2).<br />
Quando todas as plantas atingiram<br />
o tamanho <strong>com</strong>ercial, foi feita a colheita<br />
das duas plantas centrais <strong>de</strong> cada parcela<br />
e avaliação das características: diâmetro<br />
da cabeça, massa fresca da parte<br />
aérea e <strong>de</strong> raiz e, teores <strong>de</strong> silício nas<br />
folhas e raízes.<br />
Em seguida as medições das massas<br />
frescas e do diâmetro da cabeça, as plantas<br />
foram submetidas a uma pré-secag<strong>em</strong><br />
<strong>de</strong>ntro da casa <strong>de</strong> vegetação por 24<br />
horas (ponto <strong>de</strong> murcha) e a uma secag<strong>em</strong><br />
<strong>em</strong> estufa a 65° C até atingir massa<br />
constante para avaliação das massas secas<br />
<strong>de</strong> raiz e <strong>de</strong> parte aérea, o que ocorreu<br />
após 72 horas <strong>de</strong> secag<strong>em</strong>.<br />
Após a avaliação das massas secas,<br />
essas amostras foram moídas para a realização<br />
da análise <strong>de</strong> silício nas folhas e<br />
raízes. Utilizou-se a metodologia <strong>de</strong><br />
Elliot & Sny<strong>de</strong>r (1991) adaptada. Foram<br />
pesados 0,100 g <strong>de</strong> cada amostra,<br />
colocados <strong>em</strong> tubos <strong>de</strong> polietileno<br />
(100mL) previamente enxaguados <strong>com</strong><br />
NaOH 0,1 mol L -1 e água <strong>de</strong>stilada, on<strong>de</strong><br />
foram adicionados 2 mL <strong>de</strong> H 2<br />
O 2<br />
50% e<br />
lev<strong>em</strong>ente agitados por alguns minutos<br />
<strong>em</strong> um vibrador e 3 mL <strong>de</strong> NaOH 50%<br />
seguindo o mesmo procedimento. Após<br />
essa etapa, os tubos foram colocados <strong>em</strong><br />
banho-maria durante uma hora, agitando-os<br />
periodicamente durante os trinta<br />
primeiros min. Após este procedimento,<br />
os tubos foram individualmente cobertos<br />
<strong>com</strong> copos plásticos e, posteriormente,<br />
levados à autoclave <strong>com</strong> 138<br />
KPa por uma hora. Completado este<br />
período, os tubos foram r<strong>em</strong>ovidos e<br />
acrescidos <strong>de</strong> 45 mL <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada.<br />
As amostras foram <strong>de</strong>ixadas <strong>em</strong> repouso<br />
por 12 horas e, <strong>em</strong> seguida foi separada<br />
uma alíquota <strong>de</strong> 1 mL do<br />
sobrenadante do extrato, colocado <strong>em</strong><br />
copo plástico, <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> 50 mL,<br />
acrescentando-se 15 ml <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada.<br />
Foram adicionados às amostras,<br />
rapidamente, os seguintes reagentes: 1<br />
ml <strong>de</strong> HCl (1:1 ou 50%) + 2 ml <strong>de</strong><br />
molibdato <strong>de</strong> amônio. A cor amarela<br />
apareceu <strong>em</strong> todas as amostras contendo<br />
silício. Depois <strong>de</strong> 5 a 10 min, foram<br />
adicionados 2 ml <strong>de</strong> ácido oxálico<br />
(50%). Ao mesmo t<strong>em</strong>po, foram preparadas<br />
curvas padrões, <strong>com</strong> concentrações<br />
diferentes <strong>de</strong> silício. A <strong>de</strong>terminação<br />
do silício foi realizada <strong>em</strong> um<br />
colorímetro <strong>com</strong> <strong>com</strong>primento <strong>de</strong> onda<br />
<strong>de</strong> 410 nm após um intervalo <strong>de</strong> 2 min.<br />
A cor amarela é pouco estável, permanecendo<br />
assim por apenas 15 min.<br />
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