SUSTENTABILIDADE
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Publicação do Núcleo de Desenvolvimento Técnico Mercadológico do Aço Inoxidável (Núcleo Inox) Número 32 Maio/Agosto de 2009<br />
<strong>SUSTENTABILIDADE</strong><br />
AÇO INOXIDÁVEL AJUDA NA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL<br />
APLICAÇÕES<br />
FECHADURAS E FERRAGENS UTILIZAM INOX<br />
EM SEUS ACABAMENTOS<br />
MERCADO<br />
PAINEL SOLAR E REVESTIMENTOS DECORATIVOS<br />
ADOTAM O INOX<br />
ENTREVISTA<br />
RONALDO FRAGA: ESTILISTA MOSTRA COMO O INOX<br />
ENTROU NO MUNDO FASHION
NÚCLEO INOX INICIA PROGRAMA DE<br />
CAPACITAÇÃO JUNTO A PETROBRAS<br />
aproximar a cadeia produtiva do aço inoxidável no<br />
Brasil da indústria do petróleo e, com isso, identificar<br />
os tipos de inox mais adequados às operações<br />
desse segmento é uma tarefa à qual o Núcleo Inox<br />
vem se dedicando há pelo menos dois anos. Mais um<br />
passo nessa direção foi dado, ao final de março, com<br />
a realização da palestra do engenheiro Carlos Bruno<br />
Eckstein, consultor sênior do Centro de Pesquisas e<br />
Desenvolvimento (CENPES) da Petrobras, na sede da<br />
Villares Metals, em Sumaré, no interior de São Paulo.<br />
“Esses encontros visam ampliar os conhecimentos<br />
dos produtores de aço inoxidável a respeito dos processos<br />
utilizados nas refinarias e das exigências a que<br />
são submetidos esses equipamentos em termos de<br />
resistência mecânica e à corrosão”, esclarece Arturo<br />
Chao Maceiras, diretor executivo do Núcleo Inox. São<br />
eles que vão permitir aos integrantes da cadeia entender<br />
e atender as exigências específicas dos fabricantes<br />
de equipamentos fornecedores da Petrobras. Nas próximas<br />
edições, o programa prevê que sejam também<br />
realizadas visitas às unidades de refino da empresa.<br />
As recentes descobertas de jazidas de petróleo em<br />
território nacional - sobretudo as da camada pré-sal –<br />
vem colocando em discussão quais os métodos e as<br />
tecnologias mais eficientes para explorá-las. Numa das<br />
conferências realizadas no Inox 2008, Liane Smith,<br />
consultora do Nickel Institute, apontara as conveniências<br />
do uso de ligas como a do aço inox em áreas de<br />
exploração. “Muitos campos de petróleo e gás são produtores<br />
de fluidos bastante agressivos ao aço carbono<br />
comum”, lembrou ela na sua exposição, explicando<br />
ainda porque recomendava, nesses casos, o uso de<br />
ligas resistentes à corrosão, como o aço inoxidável.<br />
Para os próximos meses, o Núcleo pretende realizar<br />
workshops com a participação dos integrantes da<br />
cadeia de suprimento da Petrobras (fabricantes de<br />
equipamentos, prestadores de serviços e transformadores<br />
do aço inox). A intenção é não só elevar a participação<br />
da cadeia de material nos fornecimentos da<br />
Petrobras, mas, sobretudo, identificar para cada equipamento<br />
qual tipo de aço inoxidável<br />
e soldas mais adequados.<br />
Também estão previstas atividades<br />
específicas voltadas aos<br />
processos de exploração de<br />
petróleo em áreas offshore.<br />
Uma das primeiras iniciativas no sentido dessa parceria<br />
com a indústria petroquímica ocorreu no final de<br />
2007, quando o Nickel Institute e o Núcleo Inox apresentaram<br />
às indústrias da área de refino de petróleo e às<br />
petroquímicas as diversas possibilidades de aplicação<br />
do material nesses segmentos.<br />
REFINO<br />
DE PETRÓLEO<br />
Na sua palestra em Sumaré,<br />
Eckstein traçou para os presentes<br />
– profissionais da Villares<br />
Metals e da ArcelorMittal Inox<br />
Brasil – um panorama dos processos<br />
utilizados no refino de<br />
petróleo no Brasil e detalhou em<br />
quais etapas e em que tipos de<br />
equipamentos são ou podem ser<br />
utilizados os aços inoxidáveis.<br />
Em sua exposição na Villares, o engenheiro da Petrobras<br />
descreveu como ocorre a destilação (técnica na<br />
qual o petróleo é aquecido e fracionado, dando origem<br />
ao diesel, gás, gasolina, óleos lubrificantes etc). A primeira<br />
etapa desse processo, explicou, é a dessanilização<br />
– retirada do sal e da água do óleo cru. Em seguida,<br />
vem o processo de destilação propriamente dito, que é<br />
realizado em torres do tipo atmosférica e a vácuo.<br />
Eckstein mostrou também como se dá o craqueamento<br />
(etapa onde são rompidas as moléculas de hidrocarboneto<br />
pesados, convertendo-as em gasolina e<br />
outros destilados de maior valor comercial). Hidrotratamento,<br />
Tratamento DEA, Tratamento Sour Water e Alquilação<br />
com HF foram as outras etapas de refino de<br />
petróleo citadas e explicadas por Eckstein.<br />
Fotos divulgação<br />
destaque<br />
Palestra reúne<br />
profissionais da Villares<br />
Metals e da ArcelorMittal<br />
Inox Brasil<br />
Da esq. p/dir.:<br />
Allan Valsky<br />
(Villares Metals);<br />
Arturo Chao Maceiras<br />
(Núcleo Inox);<br />
Carlos Bruno Ekstein<br />
(CENPES);<br />
Celso Barbosa, Carlos<br />
Véspoli e Alexandre<br />
Sokolowski (todos<br />
da Villares Metals);<br />
e Danilo Annechini<br />
(ArcelorMittal Inox<br />
Brasil)<br />
NÚMERO 32<br />
MAI/AGO 2009<br />
Publicação do Núcleo de Desenvolvimento Técnico Mercadológico do Aço<br />
Inoxidável – Núcleo Inox<br />
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1234 cjto. 141 – cep 01451-913<br />
São Paulo/SP – Fone (11) 3813-0969 – Fax (11) 3813-1064<br />
nucleoinox@nucleoinox.org.br; www.nucleoinox.org.br<br />
Conselho Editorial: Celso Barbosa, Francisco Martins,<br />
Osmar Donizete José e Renata Souza<br />
Coordenação: Arturo Chao Maceiras (Diretor Executivo)<br />
Circulação/distribuição: Liliana Becker<br />
Edição e redação: Ateliê de Textos – Assessoria de Comunicação<br />
Rua Desembargador Euclides de Campos, 55, CEP 05030-050<br />
São Paulo (SP); Telefax (11) 3675-0809;<br />
atelie@ateliedetextos.com.br; www.ateliedetextos.com.br<br />
Jornalista responsável: Alzira Hisgail (Mtb 12326)<br />
Redação: Adilson Melendez, e Renata Rosa<br />
Publicidade: contato pelo telefone: 3813-0969<br />
ou pelo e-mail: publicidade@nucleoinox.org.br<br />
Edição de arte e diagramação: Francisco Milhorança<br />
Serviço de fotolito e impressão: Estilo Hum<br />
Foto da capa: A escultura Cloud Gate,– conhecida como “The Bean”<br />
(O Feijão) –, no Millennium Park, em Chicago, utilizou uma grande<br />
quantidade de placas em aço inox<br />
Crédito da capa: Núcleo Inox<br />
A reprodução de textos é livre, desde que citada a fonte.<br />
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 3
capa<br />
CONTRIBUIÇÕES À<br />
<strong>SUSTENTABILIDADE</strong><br />
Da atividade industrial à<br />
arquitetura, especificação<br />
de aço inoxidável ajuda na<br />
preservação ambiental<br />
para uma indústria do segmento de papel e celulose, existe<br />
diferença entre recorrer ao uso do aço inoxidável<br />
duplex de alta resistência em uma caldeira ou aplicar no<br />
equipamento o aço inoxidável 316? Até alguns anos, desde que<br />
os dois materiais reunissem as mesmas propriedades de resistência<br />
à corrosão e apresentassem o mesmo desempenho, talvez<br />
a resposta fosse negativa e a escolha se consolidasse apenas<br />
em função da comparação de preços. Atualmente, porém,<br />
se, por trás dessas alternativas, estiverem implícitos conceitos<br />
como o da preservação ambiental, a resposta pode ser outra.<br />
Bremen Universal Science Museum, na Alemanha, fez uso do inox como revestimento em sua fachada<br />
Euroinox<br />
4 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
Núcleo Inox<br />
Avaliar o quanto um material é mais ou menos sustentável<br />
e quais as repercussões de sua especificação<br />
no meio ambiente tornou-se fundamental em<br />
qualquer decisão de investimento. Para os fabricantes<br />
de aços inoxidáveis, um dos aspectos relacionados<br />
ao caráter sustentável de seus produtos diz respeito<br />
à quantidade de toneladas a ser consumida –<br />
estima-se que, no caso da opção pelo aço inox duplex<br />
de alta resistência na caldeira da fábrica de papel e<br />
celulose, por exemplo, possam ser empregadas 28<br />
toneladas do material; se a opção fosse pelo aço inox<br />
316, esse total saltaria para 54 t. Consequentemente<br />
a produção adicional de 26 t de aço teria um forte<br />
impacto ambiental adicional como, por exemplo, a<br />
emissão de CO2 .<br />
Nos processos da indústria de papel e celulose<br />
pode-se destacar, também, a importância do aço inox<br />
na preservação do meio ambiente. É comum nessas<br />
fábricas a utilização de agentes branqueadores da<br />
polpa do papel, elementos que agridem o meio ambiente,<br />
como o cloro. Para abrandar a situação, essas<br />
indústrias introduziram nessa etapa da produção<br />
agentes clareadores alternativos operando em circuitos<br />
fechados. Ocorre, porém, a tendência de que a<br />
concentração dos elementos corrosivos nesses clareadores<br />
em circuitos fechados tende a aumentar e,<br />
dessa forma, o processo de corrosão atinge níveis<br />
extremamente agressivos. Diante dessa exigência,<br />
para garantir a sustentabilidade dessas modernas<br />
plantas de celulose, devem ser utilizados aços inoxidáveis<br />
especialmente projetados para atuar nesses<br />
processos, como os aços inoxidáveis Superduplex e<br />
Superaustenítico, contendo elevados teores de elementos<br />
de liga, como molibdênio e nitrogênio.<br />
O equipamento dos fabricantes de papel e celulose<br />
é apenas uma das áreas industriais onde a correta<br />
especificação de um aço inoxidável duplex de alta<br />
resistência propicia menor consumo dos recursos naturais,<br />
sendo, portanto, uma inovação sustentável. Como<br />
esse tipo de inox permite que se trabalhe com<br />
paredes de menor espessura, levando a uma considerável<br />
redução de material emprega-se, consequentemente,<br />
menos matérias-primas na fabricação. Outro<br />
setor industrial onde a especificação do inox duplex de<br />
alta resistência mostra-se atraente do ponto de vista<br />
da sustentabilidade é a indústria petrolífera.<br />
O Atomium, ícone de<br />
Bruxelas, construído<br />
em 1958, no âmbito<br />
da Expo 58: suas<br />
esferas, com cerca<br />
de 18 metros de<br />
diâmetro, foram<br />
revestidas em aço<br />
inox para assegurar<br />
sua aparência nos<br />
próximos 100 anos<br />
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 5
Historicamente o aço inoxidável<br />
tem sido utilizado devido<br />
ao seu principal atributo que é<br />
a incomparável resistência à corrosão<br />
Escultura em<br />
aço inox se destaca<br />
na paisagem,<br />
no Millennium Park,<br />
em Chicago<br />
Núcleo Inox<br />
Estudos de entidades internacionais de aço inoxidável<br />
como o International Stainless Steel Forum<br />
(ISSF), do qual o Núcleo Inox faz parte, indicam que,<br />
em poços de extração de petróleo, o peso de um tubo<br />
ascendente de 6 mil metros pode ter seu peso reduzido<br />
de 130 (inox 316) para 50 toneladas se a escolha<br />
for por tubos bimetálicos contendo aço inox especial.<br />
Além do menor consumo de recursos naturais, também<br />
o gasto de energia tanto para o fabricante de aço<br />
inoxidável como para o transportador do produto<br />
seria reduzido. Hoje, calcula-se que num consumo<br />
anual de 100 mil toneladas de aços inoxidáveis<br />
duplex pudessem ser poupados 1 TWh/ano em energia<br />
e as emissões de carbono cairiam em cerca de<br />
200 mil toneladas.<br />
Também na área de transportes, os aços inoxidáveis<br />
de alta resistência podem dar contribuições em<br />
termos de sustentabilidade. Nos trens de alta velocidade,<br />
por exemplo – o Brasil deve implantar um projeto<br />
desse tipo nos próximos anos ligando Campinas,<br />
São Paulo e Rio de Janeiro –, em função de sua alta<br />
resistência, a especificação desse tipo de inox resulta<br />
em menor peso da estrutura, em comparação com<br />
o aço carbono e o alumínio. O inox também permite<br />
alta absorção de energia e melhor resistência a choques,<br />
consequentemente, maior nível de segurança.<br />
Outros pontos ambientalmente vantajosos da adoção<br />
do material nesses trens são a dispensa de tratamentos<br />
superficiais – a ausência de tinta reduz o peso e<br />
com isso diminui o consumo de energia em serviço; a<br />
baixa manutenção; a longa vida útil e o alto valor da<br />
sucata no processo de reciclagem.<br />
MENOR CORROSÃO,<br />
MAIOR <strong>SUSTENTABILIDADE</strong><br />
Historicamente o aço inoxidável tem sido utilizado<br />
devido ao seu principal atributo que é a incomparável<br />
resistência à corrosão. “Nos últimos anos, essa<br />
característica inerente ao material também se tornou<br />
atraente do ponto de vista ambiental”, pondera<br />
Arturo Chao Maceiras, diretor executivo do Núcleo<br />
Inox. Por não apresentar corrosão acentuada, a liberação<br />
de íons metálicos para o ambiente circundante<br />
é consideravelmente mais baixa que em outros<br />
tipos de aços e ligas metálicas.<br />
Numa experiência realizada em Estocolmo, foram<br />
feitas comparações da liberação desses íons em painéis<br />
metálicos de cobertura exposto ao ambiente,<br />
fabricados em cobre, zinco e aço inoxidável. O resultado<br />
mostrou que, enquanto no cobre e zinco as<br />
taxas de liberação de íons foram de 1 e 3 g/m 2<br />
anuais, respectivamente, a taxa combinada de níquel<br />
e cromo no painel de aço inoxidável foi inferior a<br />
0,01 g/m 2 anualmente.<br />
No Brasil, um estudo do engenheiro Lino José dos<br />
Santos demonstrou algumas das contribuições do aço<br />
inoxidável no que tange à sustentabilidade (Revista<br />
Inox 25, Abril/Junho de 2007). O estudo pesquisou os<br />
evaporadores usados em usinas de açúcar avaliando<br />
o ciclo de vida de tubos de aço carbono empregados<br />
nesses equipamentos e comparando-os com tubos de<br />
aços inoxidáveis do tipo 304, 444 e 439.<br />
“A avaliação do ciclo de vida é uma poderosa ferramenta<br />
de gestão ambiental usada na determinação dos<br />
impactos ambientais associados a um produto, equipamento<br />
ou serviço, compreendendo todas as etapas da<br />
sua existência, desde a retirada das matérias-primas da<br />
natureza, transporte, produção, instalação, uso, manutenção,<br />
reposição, reciclagem e disposição final, ou<br />
seja, ao longo do seu ciclo de vida”, informa Santos.<br />
Em seu estudo, ele observou que o consumo de matérias-primas<br />
não renováveis (minério de ferro, carvão,<br />
calcário, gás natural, óleo combustível etc.) para a fabricação<br />
dos tubos de aço carbono era pelo menos oito vezes<br />
maior que o utilizado na produção dos tubos de aço<br />
inoxidável. O mesmo ocorre com relação à emissão de<br />
poluentes, como o dióxido de carbono, óxidos de enxofre<br />
e nitrogênio e materiais particulados que é muito maior<br />
para o aço carbono. Santos concluiu, então, que os tubos<br />
em aço carbono são mais agressivos ao ambiente<br />
que os três tipos de aços inoxidáveis que ele estudou.<br />
6 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
Núcleo Inox<br />
NA ARQUITETURA,<br />
INOX É MATERIAL “VERDE”<br />
Assim como nas atividades industriais, na arquitetura<br />
a especificação do aço inoxidável é reconhecida<br />
como uma atitude sustentável. No final do ano passado,<br />
em palestra realizada durante o Inox 2008, evento<br />
promovido pelo Núcleo Inox, o arquiteto e designer<br />
Guinter Parschalk, relacionou algumas razões que, em<br />
sua opinião, conferem ao aço inoxidável o caráter de<br />
material sustentável nas aplicações arquitetônicas.<br />
Parschalk enfatiza que o grande diferencial do inox<br />
na arquitetura e no design é a durabilidade. De acordo<br />
com o arquiteto, os impactos ambientais causados<br />
por um edifício estão em sua maior parte na operação<br />
(consumo de energia, reposição e manutenção) e,<br />
por isso, o especificador tem que se preocupar em<br />
escolher materiais que apresentem menor impacto<br />
no ambiente. “O uso de materiais duráveis e recicláveis,<br />
como o aço inox, deve ser considerado por prolongar<br />
a vida útil e reduzir os custos de manutenção e<br />
operação das construções”, afirma.<br />
Na edição do Inox 2006, a consultora do Nickel<br />
Institute, Catherine Houska, já tratara desse assunto<br />
e demonstrara que, dos materiais utilizados na construção,<br />
o aço inoxidável é um dos que menos afetam<br />
o meio ambiente. “Ele contribui para gerar e economizar<br />
energia, fornecer ar limpo, preservar água, evitar<br />
as substâncias químicas perigosas e limitar a contaminação<br />
metálica no meio ambiente e nos aterros<br />
sanitários”, disse, na ocasião, a consultora.<br />
Catherine também relacionou alguns pontos que,<br />
na sua opinião, o arquiteto deveria avaliar no momento<br />
de selecionar os materiais arquitetônicos para que<br />
possa desenvolver projetos “verdes”. Um deles é saber<br />
se o produto especificado deverá ser substituído<br />
durante a vida útil da construção. Outro questionamento<br />
a ser feito é se o produto é reciclável ou reutilizável<br />
– no caso do inox a resposta é positiva.<br />
A consultora também recomenda aos arquitetos<br />
que procurem conhecer se algum revestimento aplicado<br />
sobre as superfícies metálicas pode impedir a<br />
reciclagem do material básico. A avaliação dos itens<br />
que ajudam a tornar um edifício sustentável contempla<br />
ainda verificar qual a quantidade de metal que<br />
entra em contato com o ambiente devido à corrosão.<br />
Encontra-se ainda na lista de recomendações da<br />
consultora ao arquiteto pesquisar o quanto de manutenção<br />
irá exigir o material especificado e se os produtos<br />
de limpeza que serão empregados nessas<br />
tarefas são potencialmente prejudiciais ao ambiente.<br />
No Millennium Park,<br />
em Chicago, foi<br />
construída uma<br />
passarela com as<br />
laterais revestidas<br />
em aço inox<br />
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 7
entrevista<br />
AÇO INOX DESFILA NO UNIVERSO FASHION<br />
A coleção do estilista mineiro Ronaldo<br />
Fraga, apresentada durante<br />
uma das edições do São Paulo<br />
Fashion Week – importante evento<br />
de moda do país –, teve a companhia<br />
de acessórios produzidos<br />
em aço inoxidável. De São<br />
Borja, interior do Rio Grande do<br />
Sul, na fronteira com a Argentina,<br />
Fraga, que tem sua principal<br />
base em Belo Horizonte, respondeu<br />
as seguintes perguntas<br />
sobre a experiência com o inox<br />
Marcelo Soubhia / Agência Fotosite<br />
Quais motivos o levaram a fazer uso<br />
do aço inoxidável em acessórios da<br />
coleção apresentada em seu desfile<br />
da São Paulo Fashion Week, em 2007?<br />
Acredito que o aço inoxidável sintetiza,<br />
com precisão, os conceitos de modernidade<br />
e tempo em um só material ou design. E<br />
esses são pontos que alimentam qualquer<br />
narrativa de moda. (As peças que as modelos<br />
usaram no desfile organizado por Fraga<br />
foram criadas pela mineira Marcelle Lawson-Smith,<br />
artista plástica e designer de<br />
jóias, atualmente radicada em Londres).<br />
“O USO DO AÇO INOXIDÁVEL NO MERCADO DE<br />
MODA VEM SENDO EXPLORADO DESDE A DÉCADA<br />
DE 1990. TECNOLOGIAS DE IMPRESSÃO TÊM PER-<br />
MITIDO NOVAS ABORDAGENS O TEMPO TODO. COM<br />
ISSO, ELE TEM SE TORNADO UM MATERIAL DE<br />
MUITAS POSSIBILIDADES”<br />
Em quais acessórios foi empregado o<br />
aço inoxidável? É possível fazer uma<br />
breve descrição dessas peças?<br />
A Marcelle (Lawson-Smith) desenhou<br />
braceletes, brincos, colares e anéis com o<br />
material. Todos esses componentes tinham<br />
a iconografia da coleção impressa<br />
através de processo digital. A grande surpresa<br />
das peças estava justamente nesse<br />
uso. (Também foi utilizada a técnica de<br />
eletrocoloração no inox. Antes da aplicação<br />
desses dois procedimentos, realizouse<br />
um estudo prévio, de forma a garantir a<br />
durabilidade das peças).<br />
Como foi possível transformar em<br />
objeto real esses desenhos? Foi difícil<br />
encontrar quem transformasse o seu<br />
desenho em objetos?<br />
A Mozaik (Arte Design e Tecnologia, empresa<br />
de Belo Horizonte que produziu as<br />
peças utilizadas no desfile) tem construído<br />
um caminho no desenvolvimento de<br />
peças para o mercado de arte e design. A<br />
empresa vem dando forma e soluções para<br />
o desejo de artistas, arquitetos e designers.<br />
Esse encontro foi fundamental para a<br />
realização deste projeto.<br />
8 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
Medalhões, brincos e braceletes que<br />
acompanham as coleções desenhadas<br />
por Ronaldo Fraga são produzidos em aço<br />
inoxidável. Nas fotos do desfile realizado<br />
na São Paulo Fashion Week, de janeiro<br />
de 2007, a China foi o tema escolhido<br />
por Fraga. O inox está presente no mercado<br />
da moda desde a década de 1990<br />
A partir dessa experiência com o uso<br />
do aço inoxidável nesses acessórios,<br />
qual a sua opinião sobre a utilização<br />
do material nesse universo? É um<br />
material de uso circunstancial ou por<br />
ter maior aplicação?<br />
A utilização do aço inox no mercado<br />
de moda já vem sendo explorado desde<br />
a década de 1990. Porém, novas tecnologias<br />
de impressão, por exemplo, têm<br />
permitido diversas abordagens o<br />
tempo todo. Com isso, o aço inoxidável<br />
tem se tornado um material de muitas<br />
possibilidades.<br />
Antes dessa edição da São Paulo<br />
Fashion Week, o senhor já havia feito<br />
alguma experiência com a aplicação do<br />
aço inox em seus trabalhos? Quais?<br />
Sim, mas de uma maneira bem mais simples<br />
e tradicional. Eu já havia recorrido ao<br />
material em anéis e como alças para bolsas.<br />
A partir desse uso, acredita que possa<br />
fazer uso do material em outras de<br />
suas coleções?<br />
Sem dúvida nenhuma.<br />
No desfile de 2009 (realizado na primeira<br />
quinzena de junho), o aço inoxidável<br />
esteve presente em alguma<br />
peça ou objeto de sua coleção?<br />
Sim. Na edição mais recente da São<br />
Paulo Fashion Week fizemos uso do material<br />
em colares recortados, estampados<br />
com Mickeys e caveira e, também, o empregamos<br />
em pentes para cabelo.<br />
Fotos Fernanda Calfat<br />
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 9
mentos políticos, econômicos e culturais. “Às vezes me<br />
parece que os anos 70 não foram somente uma década,<br />
mas várias décadas sobrepostas”, argumenta. Para o<br />
desenvolvimento dos produtos foram estudados os<br />
designers importantes daquela década e dedicada especial<br />
atenção ao design gráfico que compunha as capas<br />
de LPs do período. Desses estudos surgiram, então, os<br />
vários produtos, formas e grafismos que estampam as<br />
coleções lançadas na Revestir.<br />
A Retro, por exemplo, uma linha que havia sido<br />
lançada em 2008, e é caracterizada pelo visual psicodélico,<br />
foi ampliada. “Produzimos novas texturas,<br />
quase todas com o lixamento localizado para produzir<br />
efeitos visuais que se modificam conforme a iluminação<br />
e o ângulo de observação”, detalha<br />
Marques. Motivos geométricos puros (círculos) ou<br />
transformados em curvas suaves quase florais se<br />
tornaram os elementos gráficos presentes em produtos<br />
para pisos e paredes.<br />
Outra lançamento foi a Hidraulik PB, uma linha que<br />
propõe uma nova releitura dos azulejos hidráulicos. Já a<br />
Teorema tem suas peças originadas em componentes<br />
utilizados na obra Vitória-Régia, de autoria da artista plástica<br />
Ana Maria Tavares, que depois foram incorporadas<br />
em forma de placas de revestimentos e faixas de acabamercado<br />
REVESTIMENTOS EM INOX<br />
INSPIRADOS NA DÉCADA DE 70<br />
Design gráfico de capas dos discos do período foi<br />
redescoberto e estampam as coleções da Mozaik<br />
rrealizada na segunda quinzena de março, no<br />
Transamérica Expocenter, em São Paulo, a Revestir<br />
– Feira Internacional de Revestimentos (também<br />
chamada de Fashion Week da Arquitetura e Construção)<br />
está consolidada como o principal cenário onde<br />
“desfilam” as inovações do setor tanto em termos de<br />
tecnologia como no design de produtos. Em sua sétima<br />
edição, a mostra contou, como já ocorrera em anos anteriores,<br />
com a presença da Mozaik Arte Design e Tecnologia,<br />
empresa de Belo Horizonte – associada ao Núcleo<br />
Inox, que exibiu ao público algumas das possibilidades<br />
da aplicação do aço inoxidável como revestimento.<br />
A ousadia da empresa mineira começou na montagem<br />
de seu estande. “Mimetizamos o clima de uma<br />
pista de dança típica do final dos anos 70, colocando<br />
luzes no piso, projetores móveis e até mesmo uma trilha<br />
sonora compatível”, conta Rogério Marques, diretor<br />
executivo da Mozaik. Assim como no visual do espaço,<br />
os produtos apresentados – no total de 25 – foram<br />
também inspirados na estética daquela época. “A inspiração<br />
nos anos 70 foi um exercício do uso da memória<br />
afetiva que, de alguma forma, precisava ser elaborada<br />
por cada um de nós da equipe” justifica Marques.<br />
Na avaliação do diretor da Mozaik, trata-se de um<br />
período extremamente diverso e muito rico em aconteci-<br />
Fotos: Mosaik<br />
Linha Retro: a série, que foi lançada em 2008, é caracterizada pelo visual<br />
psicodélico. Produtos para pisos e paredes<br />
Linha Teorema: peças têm origem em componentes utilizados<br />
originalmente na obra Vitória-Régia, de Ana Maria Tavares<br />
10 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
Fotos: Mosaik<br />
Listelos linha MP: forma e desenhos de componentes e acessórios<br />
também dos revestimentos remetem à década de 1970<br />
Perfil MP: o movimento punk, do qual o cinto de tachinhas é um<br />
dos ícones, está registrado na linha da Mozaik<br />
mento da Mozaik. Nela, as pastilhas triangulares utilizam<br />
substrato feito com chapas de plásticos recicláveis.<br />
Tozettos e apliques também “bebem” na fonte dos<br />
anos 70. “Na forma de mandalas, eles nos remetem ao<br />
ideário hippie e à influência da religiosidade oriental”,<br />
conceitua Marques. Já do movimento punk a inspiração<br />
materializou-se na linha MP – listelos com relevos<br />
que lembram os hoje clássicos cintos de tachinhas. O<br />
início do uso comercial do código de barras e toda controvérsia<br />
a respeito da sua utilização foi reverenciado<br />
nos listelos palito que apresentam grafismos paralelos<br />
e complementam a linha.<br />
Nesse clima sonoro, não poderia faltar o clássico<br />
álbum The Wall, do grupo Pink Floyd, que serviu de mote<br />
ao desenvolvimento da Linha Brick: pastilhas 3 x 3 cm<br />
montadas na disposição de tijolos.<br />
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 11
mercado<br />
A instalação,<br />
garante a Multinox,<br />
é bastante simples<br />
INOX PRESENTE EM<br />
NOVO SISTEMA DE<br />
AQUECIMENTO SOLAR<br />
Equipamento possibilita o aproveitamento<br />
do calor com chuva, templo nublado e até<br />
mesmo durante a noite<br />
Multinox do Brasi<br />
como o nome diz, aquecedores solares captam no<br />
sol a energia que, depois, é empregada no aquecimento<br />
de água ou, mais raramente, transformada<br />
em iluminação em áreas não alcançadas por redes<br />
de distribuição. As noites, os dias de chuva ou de tempo<br />
nublado e as temporadas prolongadas de pouco sol – no<br />
Brasil, isso é raro – são pontos frágeis desse tipo de energia.<br />
Ao desenvolver uma nova tecnologia para esse tipo<br />
de equipamento, a empresa Multinox do Brasil, de Lambari,<br />
MG, conseguiu reduzir essa fragilidade.<br />
Chamado de Sistema Solary – hoje já tratado como<br />
uma divisão da Multinox – o equipamento tem como<br />
principais diferenças em relação aos aquecedores solares<br />
convencionais o fato de não apresentar perda de<br />
rendimento nos dia sem sol, possibilitando a eficiente<br />
absorção do calor com chuva, templo nublado e até<br />
mesmo durante a noite. No Solary em vez de a água<br />
atravessar os painéis que captam a energia (princípio<br />
básico dos aquecedores solares conhecidos), o que<br />
circula por esse percurso é um gás refrigerante que<br />
aumenta a eficiência na absorção do calor.<br />
Trata-se, assegura a área técnica da empresa, de<br />
um gás ecológico. O<br />
Solary funciona pelo<br />
princípio de refrigeração<br />
por compressão, conceito<br />
explicado pelo físico<br />
francês Nicolas<br />
Carnot. No equipamento,<br />
o painel solar em aço<br />
inoxidável do tipo 304<br />
assegura a captação de<br />
energia mesmo em condições<br />
adversas. Os<br />
agentes externos (radiação<br />
solar; ar exterior<br />
por convecção natural;<br />
efeito do vento e água<br />
de chuva) fazem com que o gás refrigerante em estado<br />
líquido que circula em um sistema fechado em temperaturas<br />
negativas, absorva o calor e evapore. Após<br />
ser comprimido, ele libera o calor na água por meio de<br />
um permutador.<br />
Cumprida essa etapa, reduz-se a pressão sobre o gás<br />
(processo conhecido como estrangulamento) fazendo<br />
com que ele retorne novamente ao seu estado líquido,<br />
completando o ciclo para poder, então, retornar aos painéis.<br />
Para o funcionamento do equipamento existe apenas<br />
o consumo de energia (baixo, de acordo com a<br />
Multinox) para fazer o gás circular. No Solary, além do<br />
painel de captação de energia, também o boiler (reservatório<br />
que acumula a água aquecida) é em aço inoxidável<br />
do tipo 316. Nesse caso não apenas seus componentes<br />
mas, também, a face exterior é em inox do tipo 430.<br />
De acordo com o engenheiro Wagner Castilho Teixeira,<br />
sócio da Multinox, a ausência de vidro nos painéis (presente<br />
nos aquecedores convencionais) permite maior<br />
eficiência de trocas térmicas por convecção e elimina<br />
manutenções mais frequentes – em áreas de poluição<br />
mais intensa, o vidro precisa estar sempre limpo. Outra<br />
vantagem do equipamento é que ele pode ser adaptado<br />
a qualquer sistema de aquecimento solar já existente. “O<br />
Solary atende perfeitamente as necessidades de aquecimento<br />
de água dos clientes, sendo um produto que<br />
supre as deficiências dos aquecedores solares convencionais”,<br />
informa Teixeira.<br />
Da pesquisa ao produto final, foram dois anos de<br />
desenvolvimento. No final do ano a empresa foi convidada<br />
para apresentar o equipamento no Programa New<br />
Ventures, realizado no Brasil sob coordenação do<br />
Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação<br />
Getúlio Vargas (FGV/Eaesp). O New Ventures procura<br />
apoiar empreendedores no amadurecimento dos seus<br />
modelos de negócio, capacitá-los na incorporação de<br />
sustentabilidade à gestão e à operação dos empreendimentos<br />
aproximando-os de investidores, empreendedores<br />
e fundos de capital.<br />
Hoje, informa o engenheiro Waltemir Teixeira Júnior,<br />
sócio da Multinox, o Solary já foi instalado em imóveis<br />
nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais<br />
e Rio Grande do Sul. A empresa também já constituiu,<br />
em Piracicaba, SP, um escritório para treinar montadores<br />
do sistema. A instalação, afirma Júnior, é bastante<br />
simples e especialmente os profissionais que atuam<br />
com sistemas de ar-condicionado são facilmente treinados<br />
para instalar o Solary.<br />
12 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
aplicações<br />
FECHADURAS<br />
E FERRAGENS<br />
EM AÇO INOX<br />
O mercado de fechaduras<br />
e ferragens vem<br />
investindo cada vez mais<br />
na utilização do aço inox<br />
no acabamento de seus<br />
produtos, principalmente<br />
por sua alta durabilidade,<br />
que além de oferecer<br />
maior resistência contra corrosão e oxidação suporta a maresia e a<br />
umidade. Por essa razão, uma grande diversidade de produtos em inox,<br />
tais como maçanetas, puxadores e cadeados, está chegando ao mercado<br />
e provando que essa é uma tendência. Além de maleável e sofisticado, o<br />
material também se tornou preferido de muitos designers que criaram com<br />
o inox verdadeiras esculturas. Confira a seguir o que o mercado oferece.<br />
1 2<br />
Fotos divulgação<br />
Para todos os tipos de ambientes I Imab<br />
A Imab acaba de lançar uma linha de maçanetas em inox,<br />
que é composta por três modelos: Ken NX 1, Hato 2 e<br />
Ikam 3. Os produtos são ideais para todos os tipos de<br />
ambientes e ultrapassam os requisitos exigidos pela norma<br />
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), principalmente<br />
no que diz respeito a arrombamentos por meio de<br />
chaves-mestras. O mecanismo interno da fechadura dos<br />
três conjuntos desta linha chega a atingir 1 milhão de<br />
ciclos, quando o número exigido pela ABNT para tráfego<br />
intenso é de 400 mil ciclos.<br />
3<br />
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 13
Espelho em inox I Aliança<br />
Metalúrgica<br />
Entre as novidades, encontra-se, a<br />
linha de fechaduras F-2500, 28 mm,<br />
da Aliança Metalúrgica, que é indicada<br />
para portas de ferro, aço e alumínio<br />
de perfil estreito. A F-2500 – que<br />
tem como destaque o espelho em<br />
aço inox – pode ser encontrada em<br />
revendas e distribuidores de todo o<br />
país e possui como principal novidade<br />
o design slim.<br />
Segmento náutico I Pado<br />
Por meio de uma parceria com a<br />
BMW DesignWorks USA, a Pado criou<br />
a linha Yacht, composta por quatro<br />
fechaduras e um puxador. Fabricada<br />
em aço inoxidável, a linha é dirigida<br />
ao segmento náutico e tem como<br />
diferencial o tratamento resistente<br />
à maresia, sendo ideal para ser<br />
usada em barcos e em residências e<br />
escritórios de regiões litorâneas. A<br />
Yacht é apresentada com um design<br />
sofisticado, marca registrada desse<br />
público consumidor.<br />
Cadeados resistentes I Papaiz<br />
A Papaiz utilizou o aço inox na sua linha de<br />
cadeados Acqua Line, que é ideal para ser<br />
usado em regiões litorâneas, casas de praia,<br />
barcos e marinas. Sua haste, confeccionada<br />
em aço inox, proporciona uma resistência<br />
altamente superior à maresia.<br />
SERVIÇO<br />
www.aliancametalurgica.com.br<br />
www.imab.com.br<br />
www.papaiz.com.br<br />
www.yalelafonte.com.br<br />
www.pado.com.br<br />
Moderna e sofisticada I La Fonte<br />
Para comemorar seus 90 anos de existência,<br />
a La Fonte desenvolveu a linha de<br />
maçanetas Infinity, que é composta por<br />
quatro modelos – 900, 901, 902 e 903. O<br />
mais aprimorado é o 900, que tem um desenho<br />
moderno e sofisticado Os outros três<br />
foram criados de acordo com uma importante<br />
necessidade do mercado: a de produtos<br />
com visual diferenciado, versáteis e<br />
com apelo ao design universal. A linha foi<br />
desenvolvida em aço inox, que garante uma<br />
maior assepsia, mesmo em ambientes<br />
sujeitos às intempéries, e em latão.<br />
Fotos divulgação<br />
14 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
artigo*<br />
AÇOS INOXIDÁVEIS DUPLEX –<br />
UMA OPÇÃO QUE DEVE SER CONSIDERADA<br />
Dentre as diversas famílias de aços inoxidáveis, uma<br />
delas vem se destacando por ser altamente resistente à<br />
corrosão e possuir resistências mecânicas muito superiores<br />
às demais. Este material é conhecido por aços inoxidáveis<br />
duplex.<br />
Os aços inoxidáveis duplex têm substituído com grande<br />
sucesso os materiais austeníticos como 304/304L,<br />
316/316L e superausteníticos 904L e 254SMO, oferecendo<br />
melhores propriedades corrosivas e mecânicas associadas<br />
a menores custos dada às suas menores concentrações<br />
de níquel e molibdênio. Aplicações diversas, nos<br />
mais diferentes países, comprovam tais vantagens, as<br />
quais discorremos neste breve relato.<br />
Principais características dos aços inoxidáveis duplex<br />
Os aços inoxidáveis duplex foram desenvolvidos na década de<br />
1950 na fundição de corpo de bombas centrífugas. Somente após<br />
a solução de alguns problemas na Aciaria, na década de 1970,<br />
algumas siderúrgicas suecas iniciaram a produção de bobinas e<br />
chapas em escala industrial. Nos últimos 15 anos, a produção se<br />
consolidou dado os entendimentos dos usuários em relação a sua<br />
aplicação e suas características particulares em relação aos aços<br />
inoxidáveis austeníticos e ferríticos. Em termos gerais, os aços<br />
inoxidáveis duplex têm as seguintes características:<br />
1. ótima resistência à corrosão geral;<br />
2. ótima resistência à corrosão ao pites e por frestas;<br />
3. alta resistência à corrosão sob tensão e corrosão sob fadiga;<br />
4. alta resistência mecânica (maiores limites de escoamento e<br />
de ruptura);<br />
5. boa resistência à abrasão e à erosão devido a sua maior dureza;<br />
6. boa resistência à fadiga;<br />
7. alta absorção de energia;<br />
8. baixa expansão térmica;<br />
9. boa soldabilidade;<br />
10.boa usinabilidade;<br />
11.menores concentrações de níquel e molibdênio, compensadas<br />
com aumento do teor de cromo e adição de nitrogênio.<br />
QUADRO 1 –COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS AÇOS INOXIDÁVEIS DUPLEX<br />
Liga PadrãoEN Padrão ASTM Composição química típica (%)<br />
C 1) Cr Ni Mo Mn N<br />
LDX2101 2) 1.4162 S32101 0,03 21,0 1,5 0,3 5,0 0,22<br />
304L 1.4307 304L 0,02 18,0 8,3 – – –<br />
2304 1.4362 S32304 0,02 23,0 4,8 0,3 – 0,10<br />
316L 1.4404 316L 0,02 17,0 11,0 2,1 – –<br />
2205 1.4462 S32205 4) 0,02 22,0 5,7 3,1 – 0,17<br />
904L 1.4359 N08904 0,01 20,0 25,0 4,3 – –<br />
2507 1.4410 S32750 0,02 25,0 7,0 4,0 – 0,27<br />
254SMO 3) 1.4547 S31254 0,01 20,0 18,0 6,1 – 0,20<br />
1)Teores máximo do elemento químico<br />
2)Marca Outokumpu Stainless<br />
3)Marca Sandvik<br />
4)Também denominado por S31803<br />
A composição química das ligas duplex geram um material<br />
com a presença homogênea de duas fases metalúrgicas (austenita<br />
e ferrita) e que dão origem ao seu nome. A Figura 1 ilustra a<br />
microestrutura da liga UNS S32101 após processo de soldadura.<br />
Esta combinação de fases (alfa e gama) é que possibilita a uma<br />
combinação particular de propriedades mecânicas e de corrosão<br />
única dos aços inoxidáveis duplex.<br />
Família duplex – Composições químicas<br />
Em termos de composição química há quatro ligas diferentes<br />
conforme a normativa ASTM A-240 e apresentadas no Quadro 1,<br />
comparando a composição química deles com as presentes nas<br />
ligas austeníticas.<br />
Figura 1 – Microestrutura da liga UNS S32101 após processo de soldadura<br />
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 15
Limite de escoamento Rp0.2 [MPa]<br />
Duplex – Propriedades de resistência à corrosão<br />
Os aços inoxidáveis duplex são reconhecidos por sua alta<br />
resistência à corrosão. A Figura 2 ilustra um gráfico comparativo<br />
da resistência à corrosão em comparação com o limite de escoamento<br />
das ligas duplex e austeníticas. É perceptível o aumento<br />
do limite de escoamento proporcionado pelas ligas duplex em<br />
relação aos austeníticos, independentemente da forma do material<br />
(bobina ou chapa). Os duplex têm mais do dobro do limite de<br />
escoamento dos austeníticos, sendo a liga UNS S32101 com propriedades<br />
corrosivas superiores ao 304 e 304L e, em alguns<br />
casos, melhores do que o 316 e 316L.<br />
750<br />
500<br />
250<br />
Figura 2 – Gráfico comparativo de limite de escoamento e resistência à<br />
corrosão em aços inoxidáveis<br />
Duplex – Propriedades de resistência mecânica<br />
Em função de seus maiores limites de escoamento (no mínimo<br />
o dobro dos austeníticos) e do limite de ruptura (50% maior<br />
do que em austeníticos), a sua aplicação permite redução de<br />
espessura em projetos de vasos de pressão e tanques, conforme<br />
os mais variados desenhos de código como ASME VIII e API-<br />
650, com reduções potenciais de até 30% de volume, suportando<br />
o atrativo custo-benefício das ligas duplex, detalhado a seguir.<br />
Família duplex – Custo-benefício<br />
As ligas duplex, devido ao seu menor conteúdo de níquel e<br />
molibdênio, têm custos mais atrativos do que as ligas austeníticas<br />
como mostrado na Figura 3 que compara o adicional de ligas<br />
40<br />
0<br />
LDX<br />
2101®<br />
LDX<br />
2101®<br />
304<br />
304<br />
■ 304 L<br />
■ UNS S32101<br />
6<br />
316<br />
316<br />
1<br />
2304<br />
2304<br />
2205<br />
2205<br />
904L<br />
904L<br />
18<br />
2507<br />
2507<br />
254SMO<br />
254SMO<br />
Típicos para bobinas<br />
em duplex<br />
Típicos para chapas<br />
em duplex<br />
Típicos para bobinas<br />
austeníticas<br />
Típicos para chapas<br />
austeníticas<br />
Resistência à corrosão<br />
Figura 3 – Gráfico comparativo de índice de preços para adicional de liga nos<br />
aços inoxidáveis<br />
36<br />
8000 $/ton 15000 $/ton 25000 $/ton<br />
3<br />
6<br />
comuns nas ligas UNS S32101 e 304L em função da variação do<br />
preço do níquel no mercado. Por exemplo, na condição do níquel<br />
a USD 8000/t o preço do adicional de liga do 304L é 6 vezes<br />
maior do que o do duplex UNS S32101. Pelo fato das ligas duplex<br />
sofrerem menos com impacto do preço do níquel, os seus preços<br />
se mantêm mais estáveis do que os austeníticos, o que pode ser<br />
verificado pela variação do adicional de liga na Figura 3. Em situações<br />
onde o níquel aumenta abruptamente, por exemplo, de USD<br />
8000/t para USD 15000/t, o UNS S32101 tem seu adicional de<br />
liga aumentado 3 vezes enquanto o 304L tem aumentado em 18<br />
vezes em relação ao valor do adicional de liga do UNS S32101<br />
com níquel a USD 8000/t. Desta forma, o UNS S32101 torna-se<br />
uma solução econômica viável devido a sua maior estabilidade<br />
nos preços, minimizando assim as variações orçamentárias em<br />
projetos desde a tomada de preço à execução.<br />
A questão do preço, associado às suas propriedades mecânicas<br />
e corrosivas, o tornam uma ótima alternativa de custo-benefício<br />
para a cadeia, sendo substituto natural dos aços mais comumente<br />
utilizados no mercado brasileiro.<br />
Duplex – Soldabilidade<br />
Os duplex são materiais de moderada soldabilidade, permitindo<br />
a utilização da maioria dos processos de soldagem. São materiais<br />
que seguem o P# P10H na norma ASME-IX e têm consumíveis<br />
ofertados pelas principais empresas no mercado nacional.<br />
Para o aço inoxidável duplex UNS S32101 o seu respectivo metal<br />
de adição é o LDX 2101 ou, ainda, o E2209-15 conforme AWS<br />
A5.4-06. São materiais que não carecem de tratamento térmico<br />
pós-soldagem com aporte térmicos mais baixos do que os utilizados<br />
em ligas austeníticas. No caso do UNS S32101, o aporte<br />
térmico sugerido é de 0,5 a 2,0 kJ/mm não devendo ultrapassar<br />
o valor de 1,0 kJ/mm em chapas menos espessas do que 5 mm.<br />
Estes valores de aporte térmico são importantes assim como as<br />
temperaturas entre passes com efeito decisivo na obtenção de<br />
uma zona afetada pelo calor (ZAC) íntegra, gerando balanços de<br />
ferrita e austenita adequados.<br />
Duplex – Exemplo de aplicações<br />
Dentre as várias aplicações dos aços duplex podem ser citadas:<br />
■ Equipamentos para indústria de papel e celulose como digestores<br />
e vasos de pressão, tanques de licor, trocadores de calor,<br />
tanques pulmões, reatores de peróxido, máquinas de papel<br />
(estrutura e rolos de sucção);<br />
■ Equipamentos para indústria alimentícia como tanques estacionários<br />
para os mais variados produtos, equipamentos de processo,<br />
esteiras;<br />
■ Indústria de transporte como tanques rodoviários; vagões de<br />
trens; tanques de navios cargueiros;<br />
■ Indústria petroquímica como umbilicais, tubos flexíveis, trocadores<br />
de calor, estações de desalinização e equipamentos offshore;<br />
■ Construção civil e arquitetura como em pontes, aquecedores<br />
domésticos e fins estruturais.<br />
*Artigo fornecido pela Outokumpu Brasil Aços Inoxidáveis<br />
16 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
Elevada resistência<br />
mecânica<br />
Diversas aplicações<br />
Menor teor de níquel<br />
= maior estabilidade<br />
nos preços<br />
Excelente resistência<br />
à corrosão<br />
Redução das espessuras<br />
= menor custo<br />
Duplex LDX 2101 ®<br />
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mecânica, excelente resistência à corrosão e redução em custos. LDX 2101® é amplamente utilizado em<br />
diferentes indústrias como papel e celulose, química e petroquímica, desalinação, transportes, construção<br />
civil entre outras. Entre em contato conosco, estamos aqui para ajudar a colocar suas idéias em prática e<br />
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Outokumpu é uma das líderes globais na produção de aços inoxidáveis duplex, austeníticos e super austeníticos, ferríticos<br />
e martensíticos, presente em mais de 30 países. Nossos produtos incluem bobinas e chapas laminadas a quente e a frio, fitas de<br />
precisão, barras redondas e quadradas, fio-máquina, tubos e acessórios.<br />
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curtas<br />
USO DE AÇO INOXIDÁVEL<br />
NA ARQUITETURA<br />
O Núcleo Inox – representado por seu diretor executivo,<br />
Arturo Chao Maceiras – realizou no dia 2 abril uma<br />
palestra sobre o uso do aço inoxidável na arquitetura,<br />
no CTP (Centro Tecnológico de Pizzas e Massas no<br />
Brasil). O evento contou com a participação de colaboradores<br />
da Nobre Inox, uma das empresas parceiras<br />
do CTP, e de arquitetos convidados pela empresa. O<br />
intuito desta ação foi a de promover um maior conhecimento<br />
a respeito do material e suas aplicações na<br />
arquitetura. Ao final do evento, os participantes tiveram<br />
a oportunidade de preparar e degustar diversos<br />
tipos de pizzas elaboradas sob a supervisão de<br />
Ronaldo Ayres, diretor do CTP.<br />
Centro Tecnológico de Pizzas e Massas foi palco para debate sobre o uso do inox na arquitetura<br />
RECICLAGEM DO AÇO INOX<br />
É TEMA DE VÍDEO<br />
O Núcleo Inox disponibiliza,<br />
com versão<br />
em português, o<br />
vídeo “Aço Inox –<br />
Reciclado para durar“,<br />
produzido pelo<br />
Team Stainless (International<br />
Stainless<br />
Steel Forum, Nickel<br />
Institute, International<br />
Chromum Development<br />
Association<br />
e Euro Inox). Neste<br />
DVD são abordadas<br />
as vantagens ambientais<br />
do aço inoxidável<br />
e sua contribuição para a sustentabilidade do planeta.<br />
Graças a sua durabilidade e beleza o aço inoxidável é<br />
usado tanto na indústria, obras de artes, arquitetura quanto<br />
na preparação de alimentos, não deixando marca no<br />
meio ambiente e gerando menos impacto na natureza. Isso<br />
porque cerca de 90% de todos os produtos desenvolvidos<br />
com esse material são coletados e reciclados ao final de<br />
sua vida útil. Em contrapartida, o ferro, cromo, níquel e<br />
molibdênio, que fazem parte da família dos aços inoxidáveis<br />
são elementos que também são reciclados nos mesmos<br />
processos. Por essas razões, o aço inox pode ser reciclado<br />
para durar. Os interessados podem adquirir o DVD no<br />
Núcleo Inox pelo e-mail: contato@nucleoinox.org.br, ou pelo<br />
telefone (11) 3813-0969. No site do Núcleo Inox –<br />
www.nucleoinox.org.br – também é possível assistir ao filme.<br />
Fotos divulgação<br />
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO<br />
Foi um sucesso a palestra realizada no dia 17 de abril pelo executivo<br />
Adayr Borro, na Inox-Tech. Na ocasião, ele falou sobre o aço<br />
inoxidável e suas propriedades para um grupo de 76 funcionários<br />
da empresa, que é uma das principais distribuidoras de aço inoxidável<br />
do Brasil. O Núcleo Inox, a Mecanochemie e o Grupo Feital<br />
foram os responsáveis pela iniciativa, que faz parte do programa<br />
de aperfeiçoamento desenvolvido pelo Grupo Feital para capacitar<br />
seus colaboradores das áreas, industrial, comercial e administrativa.<br />
Na ocasião, os técnicos da Mecanochemie utilizaram alguns<br />
produtos fabricados pela empresa para demonstrar as diversas<br />
técnicas de recuperação de superfícies. Como o evento alcançou<br />
todas expectativas, novas palestras sobre o mercado brasileiro<br />
do aço inoxidável estão sendo programadas.<br />
Grupo Feital reúne colaboradores em programa de capacitação sobre aplicações<br />
do inox e suas propriedades<br />
18 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
FALMEC E TRAMONTINA NA KITCHEN BATH<br />
Em paralelo a Revestir, foi realizada em<br />
março, a 4ª edição da Kitchen & Bath Expo<br />
— Feira Internacional de Produtos e Acessórios<br />
para Cozinha e Banheiro. A feira contou<br />
com a participação da Falmec e da<br />
Tramontina, que também são associadas<br />
ao Núcleo Inox. Especializada em eletrodomésticos<br />
que aliam o sofisticado design<br />
italiano com a alta tecnologia, a Falmec<br />
destacou duas de suas linhas de coifas: A pia Lyra foi um dos lançamentos da Tramontina<br />
Milano, com produtos inteiramente<br />
fabricados no Brasil, e Da<br />
Vinci, produtos importados da<br />
Itália e destinados ao segmento<br />
premium. Além dessas linhas, a<br />
empresa apresentou sua nova<br />
marca Arix, com destaque para a<br />
coifa Aura, de inspiração italiana<br />
tanto no que diz respeito ao<br />
design, quanto à alta qualidade e<br />
desempenho. Já a Tramontina<br />
lançou durante o evento novas<br />
pias para granito. Entre os lançamentos,<br />
está a pia Lyra 2C 34<br />
com duas cubas em aço inox e<br />
com acabamento acetinado.<br />
Além disso, apresentou as coifas<br />
de ilha e parede, que possuem<br />
três velocidades e funcionam<br />
como exaustor ou depurador. Linha de coifas da Falmec foi o destaque em seu estande<br />
Fotos divulgação<br />
NOVO MÓDULO DE APRENDIZAGEM SOBRE AÇO INOXIDÁVEL<br />
Uma nova ferramenta para orientação do uso do aço<br />
inox na arquitetura e construção – lançado recentemente<br />
pelo Steel Construction Institute (SCI),<br />
www.stainlessconstruction.com –, já mostrou que<br />
os primeiros registros de acessos de usuários<br />
foram do Brasil. Trata-se de um centro de informação<br />
online, que tem o objetivo de mostrar aos profissionais<br />
do setor os benefícios do uso do aço inoxidável<br />
e suas possíveis aplicações. O canal também<br />
fornece informações sobre especificação, concepção,<br />
fabricação e instalação do aço inoxidável. A<br />
homepage é claramente estruturada e apresenta<br />
um breve resumo com a descrição do conteúdo<br />
pesquisado, data de publicação, o site fonte, além<br />
de hiperlinks para que o usuário tenha acesso a<br />
artigos divulgados na internet sobre o tema. Eles<br />
podem ser acessados por meio de uma pesquisa de<br />
texto livre ou pelos tópicos de navegação do site:<br />
Especificação, Códigos e Normas, Projeto, Fabricação<br />
e Instalação, Case Studies e Pesquisar.<br />
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 19
curtas<br />
NÚCLEO INOX REFORMULA SITE<br />
INOX PAR E INOX BIASO<br />
PARTICIPAM DA FISPAL<br />
O Núcleo Inox e as empresas associadas<br />
– Inox Par e Inox Biaso – marcaram presença<br />
na Fispal Tecnologia 2009 – Feira<br />
Internacional de Embalagens e Processos<br />
para as Indústrias de Alimentos e<br />
Bebidas, realizada de 16 a 19 de junho,<br />
no Pavilhão de Exposição do Anhembi,<br />
em São Paulo. Durante o evento, eles<br />
apresentaram seus novos produtos e<br />
tecnologias para o mercado de alimentação<br />
e embalagem e também mostraram<br />
as vantagens que o uso do aço inox pode<br />
gerar para o setor.<br />
O site do Núcleo Inox, www.nucleoinox.org. br, está de cara nova. As atualizações foram<br />
desenvolvidas pela empresa ProdWeb, que se preocupou cuidadosamente em organizar<br />
o site de forma planejada, para que o usuário navegue com mais facilidade. Um exemplo<br />
dessa mudança é que o Menu foi dividido em três partes: Funcional (home, mapa do<br />
site, links e contato), Núcleo Inox (com informações do Núcleo Inox, Associados,<br />
Revista Inox, Notícias, Eventos e Cursos, Recursos Humanos e Guia Inox) e Conteúdo<br />
(Aço Inox, Estatísticas Anuais, Biblioteca, E-learning e consultor técnico). As cores da<br />
homepage também foram trabalhadas para que os conteúdos fossem reorganizados e,<br />
em breve, algumas seções do site terão acesso restrito aos associados.<br />
Fotos divulgação<br />
ENCONTRO DISCUTE CRIAÇÃO DE PÓLO NA ZONA OESTE DO RJ<br />
O desenvolvimento da Zona Oeste do Rio de Janeiro foi tema do<br />
Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado<br />
do Rio, realizado em junho, no plenário da Assembléia Legislativa<br />
do Estado. Na ocasião, foi apresentado um estudo da<br />
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem como<br />
objetivo diagnosticar os problemas da Zona Oeste e apontar os<br />
Plenário da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro reúne<br />
empresários e políticos<br />
caminhos para a melhoria da área. Foram considerados como<br />
focos principais da pesquisa os bairros de Santa Cruz, Campo<br />
Grande, Bangu e Realengo. Essa pesquisa faz parte do projeto<br />
“Pensa Rio”e foi apresentada pela coordenadora do estudo, a professora<br />
Renata La Rovere. O encontro contou com a presença de<br />
Peri Cozer Olhovetchi, presidente da Falmec do Brasil – fabricante<br />
de coifas de aço inox no bairro de Bangu – e membro do<br />
Conselho Deliberativo do Núcleo Inox, um dos idealizadores do<br />
Projeto do Pólo Metal-Mecânico com foco em aço inox na Zona<br />
Oeste do Rio, e Arturo Chao Maceiras, diretor executivo da entidade.<br />
A iniciativa conta com a participação do Núcleo Inox na elaboração<br />
do diagnóstico por parte do Instituto de Economia da UFRJ.<br />
O Pólo Metal-Mecânico prevê a instalação de pequenas e médias<br />
empresas naquela região, aproveitando a presença da indústria<br />
minero-siderúrgica e também as oportunidades que surgirem no<br />
setor de petróleo e gás com a exploração das jazidas do pré-sal.<br />
O empresário Peri Cozer considera que o crescimento e a expansão<br />
dos negócios da região dependem, além de questões macroeconômicas<br />
como câmbio e taxas de juros, de incentivos para<br />
atrair e desenvolver parques industriais e de serviços em espaços<br />
existentes ou nos que foram fechados e abandonados.<br />
20 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
Osiris Lambert Bernardino<br />
Participação do Núcleo Inox e associados em feiras e palestras para divulgação do material, produtos e aplicações<br />
Divulgação<br />
NÚCLEO INOX<br />
POR QUE SER UM ASSOCIADO?<br />
A entidade fornece<br />
apoio de marketing,<br />
consultoria técnica,<br />
informação, formação e<br />
educação em todos<br />
os aspectos relativos à<br />
aplicação do aço inoxidável.<br />
O objetivo primordial<br />
do Núcleo Inox é o de<br />
encorajar a utilização do aço<br />
inoxidável nos diversos<br />
segmentos de mercado<br />
promover e incentivar a divulgação da correta<br />
utilização do aço inoxidável e insumos, assim<br />
como das novas aplicações desse material,<br />
precedeu a criação, em 1986, do Núcleo Inox –<br />
Núcleo de Desenvolvimento Técnico Mercadológico<br />
do Aço Inoxidável.<br />
A associação, sem fins lucrativos, é formada por<br />
empresas e profissionais que fazem parte de toda a<br />
cadeia produtiva do aço inox. Atualmente conta com<br />
78 associados, divididos entre sócios patrocinadores<br />
Divulgação<br />
e contribuintes, que englobam fornecedores de insumos,<br />
produtores, reprocessadores, distribuidores,<br />
fabricantes de tubos, trefiladores, relaminadores,<br />
prestadores de serviços e fabricantes de produtos.<br />
Hoje, o Núcleo Inox está apto a fornecer apoio de<br />
marketing, consultoria técnica, informação, formação<br />
e educação em todos os aspectos relativos à aplicação<br />
do aço inoxidável e a participação ativa dos associados<br />
é incentivada através da realização de fóruns e grupos<br />
de trabalho dedicados a áreas de interesse específico.<br />
Em 2008, mais de<br />
840 alunos de<br />
12 Universidades<br />
e Escolas Técnicas<br />
de diversos estados,<br />
participaram de<br />
cursos e palestras,<br />
promovidas pela<br />
entidade<br />
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 21
Osiris Lambert Bernardino<br />
Desde 2004, o Núcleo Inox promove um evento bianual que reúne a Feinox- Feira de Tecnologia<br />
de Transformação do Aço Inoxidável, o Seminário Brasileiro do Aço Inoxidável e um Ciclo de<br />
Palestras com palestrantes internacionais e que se constitui no principal fórum de troca de<br />
informações e atualização técnica e comercial do aço inoxidável na América do Sul<br />
PRINCIPAIS ATIVIDADES<br />
• Pesquisa e divulgação de informações sobre produtos<br />
de aço inoxidável, mercados e aplicações.<br />
• Fornecer informações técnicas sobre os diversos<br />
tipos de aço inoxidável, incluindo propriedades<br />
materiais, métodos de fabricação e fontes de abastecimento.<br />
• Estimular o desenvolvimento da competência e da<br />
eficiência da cadeia brasileira de aço inoxidável através<br />
da educação, da prestação de assistência técnica<br />
e do desenvolvimento de normas técnicas.<br />
ASSOCIE-SE AO NÚCLEO INOX,<br />
PARTICIPE DAS SUAS ATIVIDADES<br />
E DA CONSTRUÇÃO DE SUA HISTÓRIA<br />
Av. Brig. Faria Lima, 1234 Cj. 141 01451-001<br />
São Paulo – Brasil<br />
Telefone: (11) 3813-0969<br />
Fax: (11) 3813-1064<br />
Informações gerais: nucleoinox@nucleoinox.org.br<br />
Acesse www.nucleoinox.org.br<br />
• Realizar convênios com entidades voltadas para a formação<br />
profissional, promovendo cursos de transformação<br />
do aço inoxidável, e com entidades de apoio a<br />
pequena e micro empresas, visando a capacitação<br />
das mesmas na transformação do aço inoxidável.<br />
• Promover o conhecimento dos aços inoxidáveis<br />
junto a universidades e escolas técnicas.<br />
• Incentivar a inovação na concepção dos produtos e<br />
ao desenvolvimento da indústria através da divulgação<br />
das melhores práticas de fabricação e da cadeia<br />
de abastecimento.<br />
• Promover os produtos e serviços dos associados, em<br />
nível nacional e internacional, através do Guia Brasileiro<br />
do Aço Inoxidável, Revista INOX, boletins informativos,<br />
artigos em revistas especializadas, seminários,<br />
conferências, feiras e no site da associação.<br />
• Fornecer espaço adequado para os associados estabelecerem<br />
relações e trocar informações sobre assuntos<br />
que afetam a indústria.<br />
• Representar os interesses da cadeia brasileira do<br />
aço inoxidável, em nível nacional e internacional,<br />
com o governo e outras associações.<br />
BENEFÍCIOS AOS ASSOCIADOS<br />
• Fazer parte do grupo de empresas que representam<br />
todos os elos da cadeia brasileira do aço inoxidável e<br />
contribuir com suas ideias e sugestões para o desenvolvimento<br />
do mercado brasileiro.<br />
•Participar de comitês e grupos de trabalho, incluindo<br />
Comitê de Tecnologia, Comitê de Divulgação, Comitê<br />
de Desenvolvimento de Mercado, Comitê de Relações<br />
Institucionais e Comitês de Normalização da<br />
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />
• Divulgação de produtos e serviços da empresa na versão<br />
on-line do Guia Brasileiro do Aço Inoxidável e da<br />
logomarca e endereço na Internet, na página principal<br />
do site do Núcleo Inox, o que garante uma excelente<br />
visibilidade junto ao mercado consumidor.<br />
• O Núcleo Inox recebe anualmente centenas de consultas<br />
relacionadas com o fornecimento de produtos<br />
e serviços em aço inoxidável – empresas associadas<br />
são sempre recomendadas em primeiro lugar.<br />
• Assessoria técnica e orientação sobre propriedades,<br />
características e aplicações do aço inoxidável por<br />
telefone, fax ou e-mail.<br />
• Links para sites de associações similares no exterior<br />
e de ferramentas de divulgação do aço inox nas<br />
mais diversas áreas de aplicação do material.<br />
• Palestras sobre o aço inoxidável e suas aplicações,<br />
dirigidas a clientes e colaboradores.<br />
• Descontos em publicidade, eventos, cursos e publicações.<br />
• Acesso a área restrita para associados no site do<br />
Núcleo Inox.<br />
• Acesso a publicações nacionais e internacionais sobre<br />
o aço inoxidável e suas aplicações.<br />
22 INOX • MAIO/AGOSTO 2009
MAIO/AGOSTO 2009 • INOX 23