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O reinado dos Stuarts acabou com a Revolução Gloriosa de 1688 que,<br />
sem derramar sangue, destronou o rei e colocou outro, de uma nova dinastia,<br />
Guilherme de Orange. E então, se iniciou um período de grandes conquistas<br />
parlamentares. Os próprios fatos históricos demonstram que a nova monarquia era<br />
implantada por decisões do Parlamento. Na ocasião extraiu-se nova concessão régia,<br />
BILL OF RIGHTS, que encerrou a transladação para o Parlamento. E aos poucos, na<br />
Inglaterra, foi ocorrendo uma gradual deslocação dos privilégios monárquicos em favor<br />
do Parlamento.<br />
Mas para configurar um governo Parlamentar, faltava uma figura muito<br />
importante que era a do primeiro-ministro, porém o surgimento de uma autoridade com<br />
essas características não seria possível se não com o descaso e a negligencia no<br />
exercício do poder régio pelo monarca então. Ampliaram-se, pois, os poderes dos<br />
auxiliares diretos do rei e dentre esses a figura daquele que. Ao depois, veio a ser<br />
conhecido como primeiro-ministro.<br />
E nessa mesma época começou o surgimento dos partidos políticos e um<br />
deles era constituído pelos Tories e de outro lado havia os Whigs. Com os partidos,<br />
passou a constituir tradição o fato de o rei chamar para formar o seu gabinete os<br />
lideres do partido dominante. Este é também, até hoje, um traço essencial do<br />
parlamentarismo.<br />
Há de existir uma perfeita harmonia entre a maioria do Parlamento e a<br />
chefia do governo e esta harmonia é assegurada, precisamente, por esse recurso de<br />
chamar a compor o Gabinete o Líder do partido vitorioso ou da coligação de partidos<br />
governante. Também parlamentarismo nas repúblicas, caso em que o Chefe de<br />
Estado é o presidente. Assim descrito o parlamentarismo, cujos elementos<br />
fundamentais são a dependência do governo ao Parlamento, a formação do primeiro<br />
dentre agentes ocupantes do segundo e a própria possibilidade de destituição sua<br />
mediante voto de desconfiança do Legislativo, poderia dar ideia de um profundo<br />
desequilíbrio entre esses dois poderes do Estado. Para restaurar, ao menos em parte,<br />
esse equilíbrio rompido foi instituído a possibilidade de o chefe de Estado dissolver o<br />
Parlamento toda vez que este provoca uma queda do governo.<br />
<br />
Características:<br />
Á luz de Bastos, o Parlamentarismo tem uma característica fundamental, a<br />
de manter o governo numa relação de subordinação ao Parlamento. Em primeiro<br />
lugar, o caráter altamente democrático do sistema, visto que um governo não tem<br />
condições de manter-se no poder quando não contar mais com a maioria dos<br />
representantes do povo.<br />
Em parte, essa afirmação é verdadeira, dado que ambos apresentam-se<br />
unificados pelo mesmo vínculo partidário. Ocorre, entretanto, que as funções<br />
fiscalizatória acabam por ser exercidas pela oposição, que procura, a todo tempo,<br />
criticar o governo para que o povo, quando chamado a votar, lhe dê razão e, assim<br />
fazendo, alce a antiga oposição à situação de governo.<br />
Está na verdade, é a essência do modelo parlamentar, que não deixa de<br />
ser um tipo ideal apenas, pois há diversos parlamentos existentes no mundo quem<br />
têm suas regras especificas para distribuir as competências entre o chefe de Estado e<br />
o primeiro ministro.<br />
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