24.06.2015 Views

Editorial Puro acidente? Um acontecimento casual, fortuito ... - Detran

Editorial Puro acidente? Um acontecimento casual, fortuito ... - Detran

Editorial Puro acidente? Um acontecimento casual, fortuito ... - Detran

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O delegado Armando Braga, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), informa que<br />

foi aberto um inquérito policial para apurar as responsabilidades do <strong>acidente</strong>. Segundo<br />

ele, não há dúvidas sobre a responsabilidade do <strong>acidente</strong> de trânsito, mas as<br />

investigações vão apurar exatamente o que aconteceu na madrugada daquele domingo<br />

trágico. <strong>Um</strong> segundo inquérito foi aberto pela Delegacia de Homicídios, para investigar e<br />

identificar os responsáveis pelo linchamento de Severino. A vizinhança fez pacto de<br />

silêncio e a polícia está tendo dificuldades nas investigações. “Os vizinhos não querem<br />

falar, apesar da colaboração da comunidade ser fundamental para se punir os culpados”,<br />

informou o delegado-adjunto Maurílio Alves, da Delegacia de Homicídio.<br />

A angústia de não saber os culpados por um crime aumenta a dor de quem perdeu um<br />

ente querido. A dona de casa Sônia Maria Teixeira e Silva luta há dois anos para tentar<br />

achar o responsável pela morte de seu filho, João Marcos, atropelado próximo de sua<br />

casa, na Avenida Maringá, na cidade de Londrina. <strong>Um</strong> furgão tentou fazer uma conversão<br />

proibida e acabou atingindo o rapaz, que na época tinha 19 anos. O motorista do veículo<br />

fugiu sem prestar assistência e João Marcos morreu a caminho do hospital, de<br />

traumatismo craniano.<br />

O inquérito do atropelamento do rapaz já passou por diversas delegacias de Londrina,<br />

sem avanços nas investigações. A chefia da Polícia Civil designou o delegado de<br />

Arapongas, Sérgio Barroso, para o caso no mês passado, um pouco antes de o crime<br />

completar dois anos. Sem ter pistas sobre o furgão, muito menos do motorista do veículo,<br />

Sônia organizou um protesto solitário no aniversário da morte de João Marcos. Ela<br />

colocou uma faixa em frente de sua casa com os dizeres simples, mas contundentes:<br />

“Não quero vingança. Quero justiça”.<br />

Passat atropela procissão católica<br />

Outra tragédia chocou a população de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. <strong>Um</strong><br />

Passat em alta velocidade se descontrolou e atropelou uma procissão católica, no dia 21<br />

de maio. Duas pessoas morreram e 21 ficaram feridas. O <strong>acidente</strong> revoltou os fiéis, que<br />

tentaram linchar o motorista do automóvel, Dirceu Luciano, 35 anos. O padre da Paróquia<br />

Cristo Rei, Paulo Brisch, que comandava a cerimônia religiosa, interveio e impediu que<br />

houvesse violência. Em depoimento prestado ao delegado Ivonei Oscar da Silva, o<br />

motorista reconheceu que estava em alta velocidade, “mas não viu a procissão”. O<br />

acusado afirmou que faltou freio para o carro, por isso não conseguiu evitar o <strong>acidente</strong>.<br />

Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro.<br />

A freira Maria Raquel de Souza, 39 anos, e o líder comunitário Valmiré João Marchioro,<br />

67 anos, morreram no local. Com a batida, a freira foi arremessada contra o pára-brisa do<br />

carro. Em seguida, o corpo caiu no asfalto e foi novamente atropelado pelo carro. Ela teve<br />

morte instantânea. Já o líder comunitário sofreu um infarto. Os médicos tentaram<br />

reanimá-lo, mas ele faleceu a caminho do Hospital Policlínica.<br />

O inquérito policial ainda está em andamento. Após o resultado, o caso será encaminhado<br />

à Justiça e o Ministério Público julgará se deve abrir ou não um processo por crime de<br />

trânsito. O motorista aguarda o resultado do inquérito em liberdade.<br />

Dor pode ser transformada em lição positiva<br />

Crimes violentos de trânsito geram comoção na comunidade, mas podem ser convertidos<br />

em iniciativas positivas. Em setembro de 2003, quatro estudantes do Colégio Santa Maria,<br />

entre 16 e 18 anos, morreram carbonizados depois que o carro em que estavam bateu<br />

contra um poste, na Avenida João Gualberto, no Alto da Glória, em frente ao Colégio<br />

Estadual do Paraná. O veículo estava sendo dirigido por um colega deles, um<br />

adolescente de 16 anos. Eles estavam na casa do jovem motorista e saíram para dar uma

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!