Editorial Puro acidente? Um acontecimento casual, fortuito ... - Detran
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DICAS<br />
Prós e contras do Gás Natural Veicular<br />
Inspeção anual obrigatória e perda de potência são duas conseqüências da conversão<br />
A conversão de veículos com motores movidos a álcool ou gasolina para Gás Natural<br />
Veicular (GNV) cresceu 40% no Paraná no último ano. Passou de 8.399 veículos, em<br />
2003, para 11.841, em 2004. Só este ano, até o mês de junho, 1.959 veículos realizaram<br />
a conversão, um aumento de 16,58%.<br />
A economia de combustível é vista como a principal vantagem do GNV, mas não é a<br />
única. No Paraná, os 13.804 donos de veículos movidos a GNV ainda têm redução do<br />
IPVA, de 2,5% para 1% do valor venal do veículo, uma forma encontrada pelo Governo do<br />
Estado de incentivar o uso de um combustível menos poluente.<br />
Porém, existem desvantagens nem sempre percebidas pelos proprietários de veículos. A<br />
primeira delas é o preço da conversão, que varia de três mil a 4,5 mil reais, segundo o<br />
diretor do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná<br />
(Sindirepa-PR), Wilson Bill. “Entretanto, em um ano, dependendo do quanto se consome<br />
de combustível, esse investimento é totalmente recuperado”, afirma.<br />
O metro cúbico de GNV custa, atualmente, cerca de R$ 1,22. Ao contrário dos demais<br />
combustíveis, este é um preço que se mantém estável. Quanto ao rendimento, um metro<br />
cúbico de GNV rende, em média, 12 km, enquanto que um litro de gasolina rende 10 km e<br />
o mesmo veículo a álcool, sete quilômetros. “A economia, no final do mês, é de um terço<br />
de combustível”, estima Bill.<br />
O número de postos para abastecimento, que somam apenas 17 em Curitiba, é outra<br />
desvantagem da conversão. “Como só existem postos na capital, torna-se inviável um<br />
veículo da região de Londrina, por exemplo, converter o seu veículo para GNV”, comenta.<br />
A inspeção anual obrigatória é a terceira desvantagem para os proprietários de veículos<br />
convertidos a GNV. O custo médio da inspeção é de R$ 80,00 e apenas cinco organismos<br />
estão credenciados pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) para realizá-la no<br />
Paraná. Sem o certificado emitido após a inspeção, o proprietário fica impedido de efetivar<br />
o licenciamento anual do veículo junto ao Departamento de Trânsito do Paraná, ficando<br />
sujeito à multa e pontos na carteira de habilitação.<br />
O cilindro de GNV também precisa passar por um reteste a cada cinco anos, sendo que a<br />
sua validade é de 25 anos. Há também perda de potência do motor, de cerca de 10%,<br />
equivalente à perda constatada com o ar-condicionado ligado. Por fim, uma última<br />
desvantagem é a perda de espaço no porta-malas.<br />
Todas essas desvantagens não influenciaram o empresário Adriano Pazinatto de Moura<br />
Reis, dono de uma transportadora de Curitiba, que converteu toda a frota de veículos da<br />
empresa para GNV. Segundo Reis, o custo por quilômetro rodado com GNV é de R$<br />
0,12, enquanto com a gasolina era de R$ 0,32, ou seja, quase três vezes mais<br />
econômico. “Todos os carros da empresa percorrem, no mínimo, 150 km por dia. A<br />
economia que tenho com o GNV paga totalmente as prestações das 32 conversões que<br />
realizei na minha frota”.<br />
ENTREVISTA<br />
“Faz parte da profissão não respeitar as leis de trânsito”<br />
Motoboy diz que é difícil respeitar os limites de velocidade, pois tem prazos apertados<br />
para cumprir, e reconhece que os motoqueiros são odiados pelos motoristas de carro.<br />
Os motoboys estão se integrando à paisagem das grandes cidades de uma maneira<br />
violenta. Trafegando em alta velocidade entre os carros parados nos congestionamentos<br />
e ultrapassando os veículos de maneira irresponsável, os motociclistas se envolvem cada<br />
vez mais em <strong>acidente</strong>s. Somente em Curitiba, nos quatro primeiros meses do ano, 867