O poder dos flex - Detran

Os flex possuem um sensor localizado no escapamento que avalia a queima do
combustível e envia as informações para um software no centro de comando do veículo.
É esse software que calcula a melhor forma do motor trabalhar com a mistura de
combustível e que permite ao proprietário misturar álcool e gasolina no tanque, de
acordo com o que acreditar ser mais vantajoso.
Um dos problemas dos primeiros veículos a álcool foi que eles demoravam para
esquentar e dar a partida nos dias frios. Hoje, tanto os veículos flex quanto os movidos
só a álcool possuem um reservatório de um litro de gasolina separado do tanque que
permite dar a partida em dias frios.
(BOX 1)
Importante saber
Para garantir a economia na hora de abastecer, o proprietário do veículo flex
precisa estar atento ao valor do álcool e da gasolina nas bombas no momento em que for
abastecer. O cálculo é simples. No geral, só é vantagem abastecer o carro com álcool
quando o preço do litro for 70% menor que o da gasolina. Isso porque o consumo de
álcool por quilômetro rodado com o veículo movido a álcool é maior que o movido a
gasolina. Um carro médio, por exemplo, quando abastecido com álcool, roda oito
quilômetros com um litro de combustível, fazendo a média entre estrada e cidade. O
mesmo carro abastecido com gasolina roda cerca 12 quilômetros.
A orientação do Sindicombustíveis, no entanto, é que proprietário teste o seu
veículo para saber quantos quilômetros ele faz com um litro de álcool e um de gasolina,
para depois estabelecer o cálculo padrão de ánalise.
Faça as contas (PARA INFOGRÁFICO)
Para saber qual combustível utilizar na hora de abastecer o carro, basta dividir o
valor do álcool pelo da gasolina e depois multiplicar por 100. Se o número for inferior a
70 ainda é vantagem abastecer com álcool.
*Ex: 1,78 (álcool) / 2,48 (gasolina) = 0,72 x 100 = 72
*O cálculo com base em valores nos postos de Curitiba em 24 de fevereiro
(BOX 2)
Porque o álcool sobe
A alta do preço do álcool é atribuída pelo mercado ao crescimento da demanda,
provocado pelas grandes vendas de veículos bicombustíveis. Outra justificativa é o
período da entressafra da cana-de-açúcar, que vai até abril.
A redução do percentual de mistura do álcool à gasolina, de 25% para 20%,
economiza 100 milhões de litros, mas o consumo está aquecido e gira em torno de 1,1
bilhão e 1,3 bilhão de litros por mês.
O volume de álcool economizado com a redução da mistura não é suficiente para
uma queda de preço e fica abaixo do já acertado pelas usinas para exportação, que tem
crescimento constante. A demanda externa puxa os preços internos, pressionados ainda
mais pelas distribuidoras, que disputam o baixo estoque de álcool neste período de
entressafra.
Mesmo com a entrada da safra, a redução dos preços nas usinas deve ser mais
lenta neste ano do que nos anteriores, quando as cotações despencaram em maio,