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O poder dos flex - Detran

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Participação da saúde é fundamental no desenvolvimento de ações que contribuam<br />

para reduzir o número de vítimas de acidentes<br />

No final do ano passado, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)<br />

realizou no Brasil uma conferência para discutir como a saúde pode contribuir para<br />

melhorar a segurança no trânsito. Vinte e dois países das Américas estão envolvi<strong>dos</strong><br />

nesse debate desde 2004, quando a OMS dedicou o Dia Mundial da Saúde ao tema.<br />

Para falar sobre a participação do setor em ações que busquem a diminuição do<br />

número de vítimas em acidentes de trânsito, a Detrânsito conversou com a especialista<br />

em medicina preventiva e assessora regional da OPAS/OMS em segurança no trânsito<br />

no Brasil, Eugênia Maria Silveira Rodrigues.<br />

Qual a importância de envolver outros países na discussão junto com o Brasil? O<br />

país ainda está muito atrasado em relação à prevenção de acidentes de trânsito?<br />

Os países das Américas têm problemas comuns em relação à segurança viária. O<br />

trabalho conjunto possibilita trocar experiências, compartilhar conhecimento sobre os<br />

avanços, dificuldades e maneiras de superar obstáculos. Essa troca fortalece as<br />

iniciativas uns <strong>dos</strong> outros. O Brasil fez avanços importantes no que diz respeito à<br />

legislação. Temos um Código de Trânsito adequado à realidade, uma Política Nacional<br />

de Trânsito com metas e o setor da saúde atuando de forma efetiva na agenda de<br />

governo. O que falta é intensificar a fiscalização do cumprimento à legislação. Quando<br />

o Código entrou em vigor, em 1998, a fiscalização foi mais efetiva, o que resultou na<br />

diminuição de 5.000 vítimas fatais de acidentes de 1997 para 1998.<br />

Quais os principais problemas detecta<strong>dos</strong> durante as conferências?<br />

O relatório de prevenção de lesões causadas no trânsito apresentado pela<br />

OPAS/OMS e pelo Banco Mundial em 2004, quando o Dia Mundial de Saúde foi<br />

dedicado ao tema, indica como principais geradores de acidentes o desrespeito aos<br />

limites de velocidade, a combinação de álcool e direção, o uso de motocicletas sem<br />

capacete, a falta do cinto de segurança, o transporte de crianças sem respeitar as normas<br />

de segurança e a infra-estrutura viária inadequada para pedestres e veículos. Este<br />

relatório apresenta recomendações para os países trabalharem com especial ênfase<br />

nesses fatores de risco.<br />

Uma das propostas foi a criação de um comitê estratégico envolvendo diversos<br />

setores do governo e a iniciativa privada. Qual será o papel desse comitê?<br />

A principal tarefa deste comitê será o de liderar o processo de construção de<br />

parcerias para garantir a contribuição <strong>dos</strong> diferentes setores, entre eles, o da saúde. A<br />

formação desse comitê é importante para buscar o envolvimento das autoridades<br />

políticas nas ações preventivas e propor o incremento de orçamento em programas e<br />

projetos de prevenção, atenção e reabilitação das vítimas, entre outras funções.<br />

Quais as soluções apontadas pelas conferências?<br />

A proposta é colocar o problema de segurança viária na agenda <strong>dos</strong> países de<br />

forma efetiva, com ações concretas. Alguns países que participaram das conferências<br />

trouxeram experiências importantes para a discussão. O México, por exemplo, envolveu<br />

diferentes setores nas ações de prevenção, em campanhas educativas, na melhoria do<br />

sistema de informação e na organização do atendimento às vítimas. Os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong><br />

trabalham com a melhoria do sistema de informação sobre as vítimas de acidentes de

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