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Zambujeira e Milfontes ganham Bandeira Azul - Correio Alentejo

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CADERNO GARVÃO’0803sexta-feira2008.05.09Comércio. Projecto de animação do comércio tradicional tem dinamizado o sector na vila de OuriqueMODCOM tenta travarcrise do comércio localMODCOM de Ouriqueprevê um investimentosuperior a 76mil euros e, segundoo presidente da autarquia,“as pessoas ficaramsatisfeitas com asiniciativas, depois deanos e anos de abandono”.O Projecto de Promoção Comercialde Centro Urbanos (MODCOM)que tem vindo a decorrer no concelhode Ourique merece um balançopositivo de alguns comerciantesmas, em determinados sectores, avida parece continuar difícil.Desenvolvido desde o início desteano, o MODCOM aponta paraa animação comercial em datasfestivas como o Carnaval, dias dosNamorados, do Pai, da Mãe ou daMulher, e até nas Jornadas Gastronomiasque recentemente decorreramnaquela vila alentejana.Animadores de rua, promoção dasdatas, ateliers de pintura ou peçasde teatro são algumas das acçõesque durante aquelas épocas festivassão dinamizadas no centro da vila,tentando assim cativar as pessoas afrequentarem os estabelecimentosde comércio tradicional. No total, oMODCOM de Ourique prevê um investimentosuperior a 76 mil eurose, segundo o presidente da autarquia,“as pessoas ficaram satisfeitascom as iniciativas, depois de anos eanos de abandono”.“O Município de Ourique estavade costas voltadas para o comércio.Em primeiro lugar porque nãose pagava. Em segundo lugar, nóscomeçámos por dar o exemplo e,sempre que é possível, compramosno comércio local”, declara o presidenteda Câmara Municipal, Pedrodo Carmo, para justificar o envolvimentoda autarquia nesta parceriacom a Associação Comercial doDistrito de Beja (ACDB).Para alguns comerciantes ouvidospelo “CA”, a iniciativa estáa ser “muito positiva” porque, deum modo geral, “tem gerado boaanimação na vila”. Sérgio Lobo, 32anos, que em conjunto com o paigere o Restaurante “O Lobo”, adiantamesmo que os programas “têmsido bastante dinâmicos e as coisastêm estado engraçadas”.“[Este projecto] É importantepara dinamizar o comércio tradicional,porque as pessoas vão muitoaos grandes centros comerciais,como o Algarve Shopping. Se formoslá, mesmo durante a semana,encontramos muita gente conhecidacom sacos cheios de compras”,destaca Sérgio Lobo, confiante queprojectos como o MODCOM deOurique “acabam por ter algum re-Tal como noutros concelhos, o comércio tradicional vive dias que exigem novas ideias e dinâmicaslevo”.No caso do seu restaurante, o Diados Namorados foi uma das datascom maior destaque, mas as Jornadasdo Porco Alentejano “suplantaramtudo o resto, porque as pessoasaderiram à ideia do sorteio docarro”. “Para nós, achei importanteo sorteio de um carro e isso mexeumuito com o comércio tradicional.As pessoas aderiram muito”, revelaSérgio Lobo.No futuro, o empresário de restauraçãodefende que “todas as datasfestivas são muito importantese devem ser assinaladas, porqueas pessoas estão mais disponíveispara comprar”. E destaca que “tudoo que foi feito é positivo porque criauma dinâmica maior”.Esta opinião é partilhada porIrene Matos, proprietária da FloristaMatos, localizada numa dasprincipais ruas de Ourique. Comercianteneste sector há 11 anos, defendeque a iniciativa “é uma ideiapositiva” porque, na sua opinião,cria uma dinâmica nova que ajudaos comerciantes a venderem maisnesses períodos. “É a maneira devender mais alguma coisa, porqueo comércio atravessa uma grandeAutarquia dá o exemploPara contrariar a crise do comércio tradicional o presidente da CâmaraMunicipal de Ourique diz que tem “feito tudo” o que está ao alcance daautarquia. Segundo explica, “as cantinas escolares passaram a ser fornecidaspor todos os comerciantes do concelho” e, por outro lado, a edilidadetem procurado “fazer sentir às pessoas que, quando se gasta nocomércio local, todos estão a ganhar”. “Foi uma aposta e sentimos quecomeçam a surgir resultados, porque Ourique é um concelho onde todosfazemos falta e onde todos temos de nos ajudar. Por isso, as pessoasficaram satisfeitas com as iniciativas, depois de anos e anos de abandono”,diz. Pedro do Carmo revela também que, ao contrário do PROCOM,o actual programa não prevê a melhoria de infra-estruturas, o que impediuuma maior aposta no reforço do comércio tradicional. “O actualprograma aponta só para a promoção, porque os melhoramentos foramdeixados passar pelos meus antecessores. Houve dois programas nessesentido e o concelho de Ourique deve ter sido dos poucos que nãoaproveitou essas verbas. Agora só previa a promoção e nós fizemos essaaposta”, explica.crise”, destaca Irene Matos.Até agora, nas campanhas queforam desenvolvidas, a “florista”ouriquense admite que teve “maisclientela” mas, no futuro, lança umdesafio à Câmara Municipal: “Deveser feita mais publicidade ao comérciotradicional!”Menos satisfeitos com o estado aque chegou o comércio tradicionalestão Isabel Colaço, proprietáriade uma perfumaria na Rua SacaduraCabral, e José de Jesus Brito,fotógrafo e dono de uma papelaria.No caso de Isabel Colaço, o problemaparece ser a “fuga” das pessoas“FLORISTATrata-se deuma ideia positivaque deveria ter maispublicidade.IRENE MATOSMATOSpara os grandes centros comerciais.“Quem tem poder de compranão compra cá, as pessoas fogembastante para grandes centros”,desabafa a empresário, admitindocontudo que noutros sectores denegócio, o MODCOM de Ourique“tenha criado alguma dinâmica”.Com a porta aberta há mais de 30anos, José de Jesus Brito consideraque o “comércio atravessa um períodopéssimo” e aponta as culpasà forte “desertificação” do <strong>Alentejo</strong>e ao “alto desemprego”. “A Câmaratem feito o possível mas continuatudo na mesma”, desabafa.“A Câmaratem feito o possívelmas continua tudona mesma.JOSÉ DE JESUS BRITOPAPELARIA-FOTO BRITO

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