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Zambujeira e Milfontes ganham Bandeira Azul - Correio Alentejo

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sexta-feira2008.05.0906ANÁLISES & OPINIÃOEDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSAcrónica da cidadeFuturoperigosoPedro Santana Lopes, se ganharas eleições para a liderançado PSD, poderá representarum perigo grandepara o futuro do partido. Por maisque ele próprio não queira entenderisso, um largo número de portuguesesnão se revê no seu estilopopulista e demasiado politiqueiro,que tantos prejuízos causou aopaís com a sua passagem peregrinapela chefia do Governo.Como é fácil de perceber, SantanaLopes transporta hoje umsentimento revanchista que é muitoperigoso. O que o move é umaobstinação pouco aceitável paratentar acertar contas com a suaprópria história, mesmo que issocuste o desmoronamento do PartidoSocial Democrata, a partir deuma divisão com contornos aindapor calcular.Apesar disso, curiosamente outalvez não, dentro do PSD continuaa haver muita gente que não conseguediscernir este cenário. E porisso, Santana consegue mobilizarum número valioso de apoiantes,que por certo lhe darão o voto e ocolocam na corrida pela vitória.EDITORIALANTÓNIO JOSÉ BRITOO “baronato” queapoia Manuela FerreiraLeite sabe que,sendo ela derrotada,não lhe restará espaçopara o próximofuturo, porque issoinclui uma revoluçãona bancada parlamentare na definição dospróximos candidatosautárquicos.Ora, como é bom de ver, este quadro já está a criar grande desconfortoem vários sectores do partido. Por um lado, o “baronato”que apoia Manuela Ferreira Leite sabe que, sendo ela derrotada, nãolhe restará espaço para o próximo futuro, porque isso inclui umarevolução na bancada parlamentar e na definição dos próximoscandidatos autárquicos. Noutro contexto, talvez mais remoto, o PSDtende a transformar-se num partido à imagem e ao serviço de SantanaLopes, que não poupará aqueles que lhe fizeram a vida negra.É neste contexto de grande desafio interno que o PSD se preparapara clarificar o seu destino e ressurgir com um novo fôlego. Todavia,pelas razões expostas, há riscos muito sérios que um acto eleitoralnão será suficiente para esclarecer. Será bom que os militanteslaranja saibam distinguir o que está em causa e, desse modo, possamcontribuir para dar o rumo mais acertado ao seu partido.Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografia)Paginação: Pedro MoreiraInfografia: I+G - www.imaisg.comSecretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves, Napoleão Mira e Vítor BesugoColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, David Marques, Hugo Lança Silva, Inês Fernandes,João Espinho, Jorge Serafim, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui SousaSantos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: geral@correioalentejo.comPropriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfica FunchalenseDAVID MARQUESDias há em que me questiono se alguns dosmeus compatriotas não levam demasiadoà letra a máxima “antes fazer mal, que nadafazer”. Contrariando a velha ideia que osportugueses não têm iniciativa, alguns assumem, nãoraras vezes, o glorioso e inútil desafio de reinventar aroda. É um fenómeno que se pode verificar em todosos sectores. Contudo, posso afirmar que os exemplosmais extraordinários que conheço foram e são protagonizadospor funcionários e quadros da administraçãopública central, com maior ou menor responsabilidade.Para quem lida diariamente com estasestruturas já é difícil ficar surpreendido. Sucedem-seos exemplos de novas regras, novos organismos, novospareceres, novos circuitos que mais não são queoriginalidades sem sentido, sem razão de ser e que nofim de contas só complicam e emperram quem trabalha.Falo de originalidades porque não são fundamentadasem nenhum estudo, em nenhum processode avaliação. Falo de originalidades porque mexemprecisamente com os aspectos onde não há problemas.Exemplos? Em cada diploma legal que sai e queregulamenta um qualquer processo de licenciamentoinventa-se um novo parecer, uma nova obrigação ouum novo formulário. Dizem-nos, naturalmente, que épara simplificar. Recordo a este propósito as palavrasde Macário Correia num debate que decorreu CastroVerde por ocasião das comemorações dos 30 anos dePoder Local, que confirmavam esta realidade. Segundoele, que passou por diferentes funções na administraçãocentral, é prática corrente observar que as diferentesestruturas da administração são pródigas emcomplexificar a legislação, criando novas exigênciasde consulta e de parecer, como se disso dependesseo seu futuro.Em cada período de programação comunitária deapoio financeiro (e este é já o quarto!) surgem novasregras, novos figurinos, novos interlocutores, como seestivéssemos sempre a partir do zero. Mudanças sériase para melhor? Nada disso. As boas ideias ficamsempre pelo capítulo dos objectivos, porque na prá-A irresistível tentaçãode reinventar a roda“Em cada período deprogramação comunitária de apoiofinanceiro (e este é já o quarto!)surgem novas regras, novos figurinos,novos interlocutores, comose estivéssemos sempre a partir dozero.tica e no que respeita à operacionalização, deparamo-nosquase sempre com um retrocesso nos procedimentos,que contradizem os próprios objectivos, ecom a repetição dos mesmos erros do passado. “Antigamentepodia funcionar de duas maneiras. Será queuma era melhor que a outra? Não. Mas agora só podeser desta maneira. Porquê? Porque sim.”Será este o resultado de um impulso individualirresistível de deixar uma marca, por pequena queseja? Será este um traço da inevitável concorrênciaentre serviços? Sinceramente, não sei. Mas sei quaissão os efeitos destas originalidades. Atrasam os processos,favorecem o surgimento de novos obstáculos,criam constrangimentos, desmotivam, desmobilizam,inibem boa iniciativa.Curiosamente, associa-se quase sempre a este tipode situações, por parte de quem as protagoniza, umaatitude de autismo, de alguma arrogância que leva aque nunca estejam disponíveis para ouvir, escondidospor detrás de uma telefonista, ocupados por umareunião que se prolonga por dias e dias e protegidospor um micro horário de atendimento que só permiteque sejam prestados esclarecimentos na primeiraterça-feira de cada mês entre as 16h35 e as 16h48.“Ponha por escrito. Eu vou pôr mas gostaria de poderfalar com o director. Mas é melhor pôr por escrito.Sim, concerteza, mas gostaria de falar primeiro, podeser? O director está em reunião. Só amanhã.”

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