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O Uso do Cimento Cirúrgico nas Clínicas de Periodontia das ...

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ISSN 1677-6704O USO DO CIMENTO CIRÚRGICO NAS CLÍNICAS DEPERIODONTIA DAS FACULDADES DE ODONTOLOGIABRASILEIRASTHE USE OF PERIODONTAL CEMENTS IN THE CLINICSOF BRAZILIAN DENTAL SCHOOLSWesley Falcão TULER 1Luiz Alberto MILANEZI 2Valdir Gouveia GARCIA 2RESUMOEstu<strong>do</strong>u-se como os professores responsáveis pela Disciplina <strong>de</strong> Perio<strong>do</strong>ntia <strong>das</strong> Faculda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> O<strong>do</strong>ntologia Brasileiras estão utilizan<strong>do</strong> os “cimentos cirúrgicos perio<strong>do</strong>ntais”. O questionárioconten<strong>do</strong> 2 questões, foi envia<strong>do</strong> a 120 faculda<strong>de</strong>s. O instrumento foi composto <strong>de</strong> uma parte(questão fechada) que visava levantar da<strong>do</strong>s referentes à utilização ou não <strong>do</strong> cimento cirúrgicoapós procedimentos <strong>de</strong> cirurgias perio<strong>do</strong>ntais. A segunda parte (questão aberta) visava levantarda<strong>do</strong>s sobre os tipos <strong>de</strong> cirurgias em que o professor-responsável não utiliza a proteção daferida com cimento cirúrgico.Com base nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s neste estu<strong>do</strong>, foi possívelconcluir que: 1) É pequeno o número <strong>de</strong> professores-responsáveis pela ministração daDisciplina <strong>de</strong> Perio<strong>do</strong>ntia <strong>das</strong> Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> O<strong>do</strong>ntologias Brasileiras que afirma não utilizaro cimento cirúrgico após cirurgias perio<strong>do</strong>ntais; 2) Os professores-responsáveis ao relacionarquais os procedimentos cirúrgicos produzem feri<strong>das</strong> que não precisam ser protegi<strong>das</strong>, ofazem quase como um consenso, indican<strong>do</strong> a proteção para os casos <strong>de</strong> teci<strong>do</strong>s conjuntivoexposto e ósseo <strong>de</strong>snuda<strong>do</strong>.UNITERMOS:<strong>Cimento</strong> cirúrgico perio<strong>do</strong>ntal; utilização; tipos <strong>de</strong> cirurgias perio<strong>do</strong>ntais.INTRODUÇÃOO cirurgião-<strong>de</strong>ntista nos dias <strong>de</strong> hoje, com oseu embasamento, objeto <strong>de</strong> leituras especializa<strong>das</strong>e <strong>de</strong> observações clínicas, tem a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> como conduta,proteger ou não com cimento cirúrgico as feri<strong>das</strong>perio<strong>do</strong>ntais. Esse procedimento é basea<strong>do</strong>principalmente no caso <strong>de</strong> cada paciente e <strong>de</strong> suarecuperação pós-operatória.Desta forma, o uso <strong>do</strong> cimento cirúrgico temse torna<strong>do</strong> mais seletivo e os estu<strong>do</strong>s sugerem queesse po<strong>de</strong>, freqüentemente, ser <strong>de</strong>snecessário ou atémesmo in<strong>de</strong>sejável, mormente após procedimentosà retalho, cujo resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse é a plena coberturainter<strong>de</strong>ntal e da exposição da raiz (JONES eCASSINGHAN, 6 1979; MANSON e ELEY, 9 1999).Mais recentemente, tem si<strong>do</strong> sugeri<strong>do</strong> quepo<strong>de</strong> ser útil a substituição <strong>do</strong> cimento cirúrgico porbochechos antimicrobianos, que reduzem o biofilme<strong>de</strong>ntário condicionan<strong>do</strong> melhor resposta cicatricial(YUKNA et al., 18 1986; SANZ et al., 14 1989;VAUGHANE e GARNICK, 16 1989; ZAMBON et al., 191999).Frente aos novos posicionamentos <strong>do</strong>scirurgiões-<strong>de</strong>ntistas e especialistas, quanto àindicação ou não <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> cimento cirúrgico comoprotetor <strong>de</strong> feri<strong>das</strong> perio<strong>do</strong>ntais, revela-se anecessida<strong>de</strong> cada vez maior <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s a esserespeito. Assim, objetivan<strong>do</strong> contribuir com a literaturaespecífica, achamos necessário realizar uma pesquisaclínica junto aos professores <strong>de</strong> perio<strong>do</strong>ntia, visan<strong>do</strong>levantar da<strong>do</strong>s que possibilitem avaliar os seusconsensos e indicações.PROPOSIÇÃOÉ propósito <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> avaliar oesta<strong>do</strong> atual <strong>do</strong> uso <strong>do</strong>s cimentos cirúrgicos <strong>nas</strong>1Mestre em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial pelo Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em O<strong>do</strong>ntologia da UNIMAR, Marília – SP.2Professor Titular <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em O<strong>do</strong>ntologia da UNIMAR, Marília – SP.Revista O<strong>do</strong>ntológica <strong>de</strong> Araçatuba, v.24, n.1, p. 09-13, Janeiro/Julho, 200309


ISSN 1677-6704Clínicas <strong>de</strong> Perio<strong>do</strong>ntia <strong>das</strong> Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>O<strong>do</strong>ntologias Brasileiras. Para tanto, avaliaremos seos professores-responsáveis pela ministração daDisciplina <strong>de</strong> Perio<strong>do</strong>ntia estão utilizan<strong>do</strong> ou não ocimento cirúrgico após os procedimentos <strong>de</strong> cirurgia.Avaliaremos ainda, quais são os tipos <strong>de</strong> feri<strong>das</strong>cirúrgicas que o professor-responsável não utiliza daproteção com cimento cirúrgico.MATERIAL E MÉTODOO levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s foi feito através <strong>de</strong>um questionário conten<strong>do</strong> 2 questões, aplica<strong>do</strong> a umapopulação alvo composta <strong>de</strong> 120 professoresresponsáveispelas Discipli<strong>nas</strong> <strong>de</strong> Perio<strong>do</strong>ntia <strong>de</strong> suasrespectivas Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> O<strong>do</strong>ntologia, localiza<strong>das</strong>no Brasil, no ano <strong>de</strong> 2001.O instrumento foi composto <strong>de</strong> uma perguntaobjetiva que visava levantar da<strong>do</strong>s referentes àutilização ou não <strong>do</strong> cimento cirúrgico após osprocedimentos <strong>de</strong> cirurgias perio<strong>do</strong>ntais. Na segundaparte, através <strong>de</strong> uma questão aberta, visou levantarda<strong>do</strong>s sobre os tipos <strong>de</strong> feri<strong>das</strong> cirúrgicas que oprofessor-responsável não utiliza a proteção comcimento cirúrgico.Após a validação, este questionário foienvia<strong>do</strong>, e a correspondência <strong>de</strong>volvida pelosprofessores, não i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s, garantiu aautenticida<strong>de</strong> <strong>das</strong> respostas. A seguir, os da<strong>do</strong>s foramcoleta<strong>do</strong>s e tabula<strong>do</strong>s, o que permitiu a confecção databela e gráfico. A questão em aberto mereceu umaanálise quanti-qualitativa.RESULTADOTabela 1 – Distribuição da amostra, segun<strong>do</strong> a utilização <strong>do</strong>cimento cirúrgico após as cirurgias perio<strong>do</strong>ntais.Figura 1 - Gráfico da distribuição da amostra, segun<strong>do</strong> a utilização<strong>do</strong> cimento cirúrgico após as cirurgias perio<strong>do</strong>ntais.Resumo <strong>das</strong> respostas obti<strong>das</strong> com a questãoaberta:1 - Retalhos com cicatrização por primeira intenção(24 respostas)2 - Cirurgias on<strong>de</strong> não temos áreas cruentas expostas(7 respostas)3 - Retalhos perio<strong>do</strong>ntais em geral (9 respostas)4 - Retalhos perio<strong>do</strong>ntais, quan<strong>do</strong> as bor<strong>das</strong> <strong>das</strong> feri<strong>das</strong>estão coapta<strong>das</strong> (20 respostas)Obs.: 7 (sete) professores-responsáveis inverteram oobjetivo da questão e respon<strong>de</strong>ram afirmativamenteque utilizam <strong>do</strong> cimento cirúrgico após procedimentosem que teci<strong>do</strong>s ósseos e conjuntivo ficam expostos.5 (cinco) professores-responsáveis não respon<strong>de</strong>rama questão.DISCUSSÃOEmbora no início a pretensão fosse <strong>de</strong> queum maior número <strong>de</strong> entrevista<strong>do</strong>s pu<strong>de</strong>sse fazer parteda pesquisa, <strong>de</strong>linean<strong>do</strong> o papel <strong>de</strong> amostragem,somente 72 professores-responsáveis por discipli<strong>nas</strong><strong>de</strong> perio<strong>do</strong>ntia, <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 120 faculda<strong>de</strong>srespon<strong>de</strong>ram ao questionário, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong>, quemsabe o <strong>de</strong>scaso <strong>de</strong> alguns profissionais sobre umaquestão tão importante e ao mesmo tempo poucodiscutida na área o<strong>do</strong>ntológica.Porém, quanto a esses aspectos, há anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar-se que muitas faculda<strong>de</strong>ssão recém-implanta<strong>das</strong> e possivelmente nãoapresentam em sua gra<strong>de</strong> curricular a disciplina <strong>de</strong>perio<strong>do</strong>ntia.Outrossim, acredita-se que também tenhaocorri<strong>do</strong> negligência ou <strong>de</strong>sinteresse por parte <strong>de</strong>alguns professores, o que permitiu um estu<strong>do</strong> parcial,mas bastante oportuno, sobre os objetivos <strong>do</strong> trabalho.Os da<strong>do</strong>s da Tabela 1 mostram que 40professores da amostragem (55,6%) utilizam, àsvezes, o cimento cirúrgico após as cirurgiasperio<strong>do</strong>ntais; 25 profissionais (34,7%) afirmam o uso<strong>do</strong> cimento cirúrgico no pós-operatório; 7 (9,7%) <strong>de</strong>ramrespostas correspon<strong>de</strong>nte a uma negativa (não). Há<strong>de</strong> se inferir que o propósito da pergunta eposteriormente as respostas, envolvem aspectosliga<strong>do</strong>s primeiramente às características <strong>do</strong>sprofissionais, quanto aos resulta<strong>do</strong>s clínicos obti<strong>do</strong>snos seus pacientes. Contu<strong>do</strong> salientamos tambémque estas respostas estão alavanca<strong>das</strong> emconhecimentos basea<strong>do</strong>s nos experimentos relata<strong>do</strong>sna revisão da literatura, on<strong>de</strong> comparou-se o processo<strong>de</strong> cicatrização da ferida após cirurgia perio<strong>do</strong>ntal comou sem proteção <strong>de</strong> cimento cirúrgico em humanos.Assim, trabalhos clínicos e histológicos<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, mostram os <strong>de</strong>sencontros <strong>de</strong> opiniõesentre os pesquisa<strong>do</strong>res. MANN et al. 8 (1934)estudaram histologicamente o processo <strong>de</strong> cura <strong>de</strong>Revista O<strong>do</strong>ntológica <strong>de</strong> Araçatuba, v.24, n.1, p. 09-13, Janeiro/Julho, 200310


ISSN 1677-6704áreas gengivectomiza<strong>das</strong> e observaram umacicatrização satisfatória quan<strong>do</strong> o cimento cirúrgiconão foi usa<strong>do</strong>. Também ORBAN 12 (1941), no estu<strong>do</strong>que realizou em humanos, observou que quan<strong>do</strong> ocimento cirúrgico não era usa<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois dagengivectomia, podia encontrar uma cicatrização maissatisfatória.Por sua vez, BERNIER e KAPLAN 3 (1947)<strong>de</strong>ixaram claro que o uso <strong>do</strong> cimento facilitava oprocesso <strong>de</strong> cicatrização, por proporcionar benefíciosprimários <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ação com a superfície em contatocom a ferida, mas os contituintes <strong>das</strong> fórmulas <strong>do</strong>cimento pareceram adquirir uma importânciasecundária para os pesquisa<strong>do</strong>res.Contrarian<strong>do</strong> as proposições acima,WAERHAUG et al. 17 (1955) opinava que a aplicação<strong>do</strong> cimento cirúrgico não influenciava no resulta<strong>do</strong> dacicatrização.O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> BAER et al. 2 (1969), indicava queos cimentos cirúrgicos perio<strong>do</strong>ntais não exerciamqualquer influência perceptível sobre o final dacicatrização, após uma cirurgia perio<strong>do</strong>ntal.STAHL et al. 15 (1969) também reportaramdiferenças, não significantes, na seqüência <strong>do</strong> reparoentre as áreas protegi<strong>das</strong> e as não protegi<strong>das</strong> comcimento cirúrgico. É possível somar a estes autoresa pesquisa <strong>de</strong> JONES e CASSINGHAN 6 (1979), queem um estu<strong>do</strong> comparativo sobre cicatrização após acirurgia perio<strong>do</strong>ntal, concluíram que os resulta<strong>do</strong>s nãomostraram diferenças quanto aos parâmetrosestuda<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> o cimento perio<strong>do</strong>ntal foi ou nãousa<strong>do</strong>.Mais recentemente, alguns resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>sa partir <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s clínicos, bem como <strong>das</strong>experiências clínicas, sugerem que um cimentoperio<strong>do</strong>ntal po<strong>de</strong>, freqüentemente, ser <strong>de</strong>snecessárioapós os procedimentos à retalho e po<strong>de</strong> ser útil a suasubstituição pelo bochecho com clorexidina (SANZet al., 14 1989; VAUGHAN e GARNICK 16 , 1989) eListerine (YUKNA et al., 18 1986; ZAMBON et al., 191999).A nosso ver as respostas levam-nos araciocinar que o uso ou não <strong>do</strong> cimento cirúrgico estádiretamente liga<strong>do</strong> a <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s procedimentoscirúrgicos, on<strong>de</strong> teci<strong>do</strong>s conjuntivos possam ou nãoestar expostos.Na verda<strong>de</strong>, os resulta<strong>do</strong>s <strong>das</strong> respostas daquestão fechada apresentam-se similares aos estu<strong>do</strong>s<strong>de</strong> alguns pesquisa<strong>do</strong>res, uma vez que estes revelamrespostas muitas vezes contraditórias aos outros, oque <strong>de</strong>monstra não existir um consenso entre utilizarou não o cimento cirúrgico <strong>nas</strong> cirurgias perio<strong>do</strong>ntais,principalmente porque a literatura revela que esseprocedimento era a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> ou não em muitos <strong>do</strong>sestu<strong>do</strong>s, o que dificulta um direcionamento correto eespecífico. Têm-se 34,7% <strong>de</strong> usuários constantes;55,6% <strong>de</strong> usuários esporádicos (in<strong>de</strong>cisos oucoerentes com o tratamento necessário e específicoem cada caso, pois não a<strong>do</strong>tam uma forma única <strong>de</strong>trabalho); e firmemente posicionam-se como nãousuários 9,7% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s. Chega-se àconclusão <strong>de</strong> que apesar <strong>das</strong> respostas divergentesé pequeno o número daqueles que afirmam não utilizaro produto, portanto contrapon<strong>do</strong>-se aos que realmenteutilizam e há aqueles que esporadicamente tambéma<strong>de</strong>rem ao procedimento. Assim inferi<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se dizerque o cimento cirúrgico vem sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> <strong>nas</strong>cirurgias perio<strong>do</strong>ntais cuida<strong>do</strong>samente e quan<strong>do</strong>realmente necessário, ou seja, há uma afirmação dateoria aliada ao uso constante <strong>nas</strong> clínicas, sen<strong>do</strong>que cada profissional estabelece suas normas,basean<strong>do</strong>-se ou não em estu<strong>do</strong>s. Percebe-se aindaclaramente que nesta questão o que conta é aexperiência profissional adquirida e a necessida<strong>de</strong>particular <strong>de</strong> cada paciente.As respostas da questão em aberto mostramque <strong>do</strong>s 72 entrevista<strong>do</strong>s, na sua maioria, ao relacionarquais os procedimentos cirúrgicos produzem feri<strong>das</strong>que não precisam ser protegi<strong>das</strong>, o fazem quase comum consenso. Inferem que quan<strong>do</strong> os teci<strong>do</strong>sexpostos por procedimentos cirúrgicos cicatrizam porsegunda intenção, como é o caso <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s ósseo<strong>de</strong>snuda<strong>do</strong> e o teci<strong>do</strong> conjuntivo exposto, é que a área<strong>de</strong>ve ser protegida com cimento cirúrgico <strong>de</strong> injúriasadicionais durante a fase inicial <strong>de</strong> cicatrização.Segun<strong>do</strong> WAERHAUG et al. 17 (1957); LÖE eSILNESS 7 (1961); BAER e WERTHEIMER 1 (1961);FRISCH e BHASKAR 5 (1967); STAHL et al. 15 (1969);MILANEZI e HOLLAND 10 (1972); FARNOUSH 4 (1978);MILANEZI e HOLLAND 11 (1979); SACHS et al. 13 (1984),com a proteção <strong>das</strong> áreas cruentas,consequentemente, o <strong>de</strong>sconforto pós-operatório <strong>do</strong>paciente será diminuí<strong>do</strong>.Percebe-se nitidamente que cada profissionaltem um mo<strong>do</strong> diferente <strong>de</strong> agir, nem semprecorrespon<strong>de</strong>nte ao conteú<strong>do</strong> literário, mais coerentecom a sua experiência <strong>de</strong> trabalho, levan<strong>do</strong>-se emconsi<strong>de</strong>ração o caso <strong>de</strong> cada paciente e <strong>de</strong> suarecuperação pós-operatória.A nosso ver esses posicionamentos sãobasea<strong>do</strong>s em resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s a partir <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>sclínicos, bem como <strong>de</strong> experiências clínicas, quesugerem que um cimento perio<strong>do</strong>ntal po<strong>de</strong>,frequentemente, ser <strong>de</strong>snecessário ou até mesmoin<strong>de</strong>sejável após procedimentos à retalho.Trabalhos mais recentes sugerem até mesmoa sua substituição pelo bochecho <strong>de</strong> clorexidina(YUKNA et al., 18 1986; SANZ et al., 14 1989; VAUGHANe GARNICK, 16 1989) ou Listerine (ZAMBON et al., 191999), porque durante o pós-operatório a higiene bucal<strong>do</strong> paciente é ina<strong>de</strong>quada, e essas medi<strong>das</strong> químicas,que po<strong>de</strong>m reduzir a placa bacteriana melhoram aresposta cicatricial inicial.Queremos somar ainda ao inferi<strong>do</strong> naliteratura, o exposto por MANSON e ELEY 9 (1999)que as cirurgias à retalho não têm necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>proteção <strong>de</strong> cimento cirúrgico, porque durante osprocedimentos da cirurgia to<strong>do</strong> o espaço é utiliza<strong>do</strong>Revista O<strong>do</strong>ntológica <strong>de</strong> Araçatuba, v.24, n.1, p. 09-13, Janeiro/Julho, 200311


ISSN 1677-670415 - STAHL, S. S. et al. Gengival healing. III. Theeffects of perio<strong>do</strong>ntal dressings on gingivectomyrepair. J Perio<strong>do</strong>ntol, v. 40, n.3, p.34-37, Jan.1969.16 - VAUGHAN, M. E.; GARNICK, J. J. The effect ofa 0,12% chlorhexidine rinse on inflammation afterperio<strong>do</strong>ntal surgery. J Perio<strong>do</strong>ntol, v.60, n.12,p.704-708, Dec. 1989.17 - WAERHAUG, J. et al. Tissue reaction togengivectomy pack. Oral Surg Oral Med OralPathol, v.10, p.923-937, 1957.18 - YUKNA, R. A. et al. Comparison of Listerinemonth wash and perio<strong>do</strong>ntal dressing followingperio<strong>do</strong>ntal flap surgery. I. Inicial findings. ClinPrev Dent, v.8, n.4, p.14-19, Jul. – Aug. 1986.19 - ZAMBON, S. G. et al. Efeito <strong>de</strong> bochechoantimicrobiano na cicatrização inicial <strong>de</strong> feri<strong>das</strong><strong>de</strong> cirurgia gengival a retalho. Alerta O<strong>do</strong>ntol,v.2, n.4, p.1-4, 1999.Revista O<strong>do</strong>ntológica <strong>de</strong> Araçatuba, v.24, n.1, p. 09-13, Janeiro/Julho, 200313

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