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Corrida para o mar - Coppe - UFRJ

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Agora, vivemos outro momento histórico. A descoberta dos depósitos na camadado pré-sal, que tem potencial <strong>para</strong> elevar as reservas brasileiras dos atuais 14bilhões de barris <strong>para</strong>, talvez, mais de 80 bilhões e que fará do Brasil um grandeprodutor de petróleo, traz desafios tecnológicos semelhantes aos da Bacia deCampos – agora numa escala muito maior em termos de profundidades e distânciasa serem vencidas. E traz à discussão aspectos regulatórios e ambientais.Do ponto de vista regulatório, a principal questão é formular um sistema <strong>para</strong> oaproveitamento do pré-sal que contemple, sobretudo, o interesse nacional, e não odeixe ao sabor das injunções de mercado. Caberá, então, ao país bem aproveitar arenda a ser gerada pelo petróleo, investindo no resgate de seus variados passivossociais e na diversificação de suas atividades produtivas. É vital cuidar <strong>para</strong> queo Brasil não venha a se tornar excessivamente dependente da renda do petróleo,configurando-se apenas como exportador de um recurso natural finito e que tendea ser progressivamente substituído. Isso, é importante lembrar, ocorreu com outrosciclos de monoprodução – açúcar, ouro, café e borracha – que <strong>mar</strong>caram a históriaeconômica brasileira.Quanto aos desafios tecnológicos e ambientais embutidos no pré-sal, estes começarama ser enfrentados pela Petrobras, com a contribuição das universidades, naqual se destaca a participação pioneira da <strong>Coppe</strong>. A parceria <strong>Coppe</strong>/Petrobras,focada primeiro no desenvolvimento da engenharia <strong>para</strong> a produção de petróleo,vem se estendendo <strong>para</strong> o estudo dos problemas ambientais associados ao uso dopetróleo e <strong>para</strong> o desenvolvimento de energias alternativas. Dentre esses estudos,destacam-se as pesquisas e iniciativas voltadas <strong>para</strong> o enfrentamento das mudançasclimáticas. Como se verá nas páginas a seguir, a <strong>Coppe</strong> está pronta <strong>para</strong> o présale seus desdobramentos. Está pronta, sobretudo, <strong>para</strong> ajudar o Brasil a conciliarenergia com clima, desenvolvimento com sustentabilidade.A base de conhecimento científico e tecnológico gerada pela corrida <strong>para</strong> o <strong>mar</strong> embusca de petróleo constitui uma excelente oportunidade <strong>para</strong> o país montar umaestratégia de aproveitamento, ocupação e preservação de seus domínios <strong>mar</strong>inhos.Com um litoral de 8 mil quilômetros de extensão, o Brasil é senhor de uma área<strong>mar</strong>ítima de 3,5 milhões de quilômetros quadrados reconhecida pela ONU, à qualainda reivindica o acréscimo de 1 milhão de quilômetros quadrados. É o equivalenteao tamanho da Amazônia e a metade do território continental. Com<strong>para</strong>dacom tais grandezas, a presença efetiva do Brasil nessa área, do ponto de vista econômicoe de retorno social dos recursos nela existentes, é insignificante.4

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