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Riscos Ocupacionais em Centros de Radiodiagnóstico - Uerj

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Artigo <strong>de</strong> PesquisaOriginal ResearchArtículo <strong>de</strong> Investigacióntodos os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> lotados no serviço,assim como para pacientes, que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser orientados<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento <strong>em</strong> que o médico pe<strong>de</strong> o exame,como também na ocasião do seu agendamento e antesda realização do procedimento radiológico 1,3,4,12,13 .O alto índice <strong>de</strong> rejeito das radiografias sugere anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um melhor monitoramento dos equipamentose principalmente do treinamento dos técnicospara a realização <strong>de</strong> exames com boa qualida<strong>de</strong>9 . A manutenção mais a<strong>de</strong>quada dos equipamentos<strong>de</strong> forma preventiva também seria mais um diferencialnesse controle, evitando-se também gastos financeiros<strong>de</strong>snecessários e rejeição dos filmes e dasdoses <strong>de</strong> radiação nos pacientes 9,12,13 .Contrariando as normas vigentes, as instituições <strong>em</strong>estudo não disponibilizavam avisos <strong>de</strong> advertência Quandoa luz vermelha estiver acesa, a entrada é proibida, sinalizaçãoesta que é mais um controle <strong>de</strong> segurança. Também nãoexistiam processos implantados para o uso <strong>de</strong> protetores <strong>de</strong>tireói<strong>de</strong> e <strong>de</strong> gônadas conforme recomendado 1-3,12,13 .A ausência <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> técnicas radiográficase/ou tabela <strong>de</strong> exposição, junto ao painel <strong>de</strong> comando doequipamento, também é um ponto que merece atenção,pois a sua falta permite que os exames sejam realizadoss<strong>em</strong> alguma referência <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o que possibilitaerros, principalmente quando o profissional tiver dúvidassobre a técnica.É importante saber que os serviços <strong>de</strong> radiologia e<strong>de</strong> diagnóstico por imag<strong>em</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar disponíveis paraaten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s do paciente e que todos essesserviços <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar <strong>de</strong> acordo com padrões, leis e regulamentoslocais e nacionais/ internacionais 1,3,7,8,12 .Na manutenção <strong>de</strong> políticas e programas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><strong>em</strong> centros <strong>de</strong> radiodiagnóstico, é fundamentalque todos os equipamentos utilizados sejam sist<strong>em</strong>aticamenteinspecionados no que concerne à manutenção(preventiva e corretiva), calibração einterfaces com a biossegurança, assim como <strong>de</strong>veráhaver registros apropriados <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s 1,3 .CONCLUSÃOCom base nos resultados apresentados, po<strong>de</strong>-seobservar que as não conformida<strong>de</strong>s técnicas e/ouoperacionais ocorreram, basicamente, <strong>em</strong> função do<strong>de</strong>sconhecimento da legislação; da ausência <strong>de</strong> políticase programas escritos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e segurançado paciente; da falta <strong>de</strong> uma sist<strong>em</strong>atização <strong>de</strong> rotinas/processos preventivos para a manutenção dosequipamentos e escasso investimento <strong>em</strong> treinamentose/ou cursos <strong>de</strong> atualização profissional, tanto parao manuseio dos equipamentos como no respeito àsnormas <strong>de</strong> biossegurança para a prevenção <strong>de</strong> riscosfísicos, biológicos, químicos e outros, segundo as recomendaçõesda NR-32.Santos Junior BJ, Hinrichsen SL, Lira C, Vilella TASDiante <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>, recomenda-se aosgestores das instituições pesquisadas: a realização <strong>de</strong>treinamentos técnicos periódicos sobre biossegu-rançapara todos os profissionais dos serviços <strong>de</strong>radiodiagnóstico, segundo a legislação existente, fornecendoEPIs a<strong>de</strong>quados às ativida<strong>de</strong>s práticas conformeo risco ocupacional; elaboração e impl<strong>em</strong>entaçãodo plano <strong>de</strong> proteção radiológica; impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong>política e programa <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e manutençãopreventiva dos equipamentos e realização <strong>de</strong>ações educativas tanto para os funcionários quantopara os pacientes, principalmente gestantes, informandosobre os riscos da radiação aos quais estão expostose as suas consequências, focados na qualida<strong>de</strong> e segurançado paciente <strong>de</strong> todo corpo profissional.REFERÊNCIAS1.Ministério do Trabalho e Emprego (Br). Portaria N o 485,<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005. Aprova a Norma Regulamentadoran o 32 (Segurança e Saú<strong>de</strong> no Trabalho <strong>em</strong> Estabelecimentos<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>). 2005. [citado <strong>em</strong> 02 out 2009].Disponível <strong>em</strong>: www.mte.gov.br/legislacao/Portarias/2005/p_20051111_485.pdf.2.Pacheco JG, Santos MB, Tavares JN. Avaliação dosserviços <strong>de</strong> radiodiagnóstico convencional <strong>de</strong> dois hospitaisda re<strong>de</strong> pública estadual <strong>de</strong> Rio Branco. Acre RadiolBras. 2007; 40:39-44.3.Ministério da Saú<strong>de</strong> (Br). Portaria N o 453, <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> junho<strong>de</strong> 1998. Aprova o Regulamento Técnico que estabeleceas diretrizes básicas <strong>de</strong> proteção radiológica <strong>em</strong>radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre ouso dos raios-x diagnósticos <strong>em</strong> todo território nacional edá outras providências. 2009. [citado <strong>em</strong> 02 out 2009].Disponível <strong>em</strong>: http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=1021.4.World Health Organization. Diagnostic imaging: whatis it. When and how to use it where resources are limited.Geneva (Swi): World Health Organization; 2001.5.Organização Panamericana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Organización,<strong>de</strong>sarrollo, garantia <strong>de</strong> calidad y radioproteccíon enlos servicios <strong>de</strong> radiologia: imaginogía y radioterapia.Washington (DC): OPAS; 1997.6.Navarro MVT. Conceito e controle <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong><strong>em</strong> radiodiagnóstico: uma abordag<strong>em</strong> <strong>de</strong> vigilância sanitária[tese <strong>de</strong> doutorado]. Salvador (BA): Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral da Bahia; 2007.7.Conselho Nacional do Meio Ambiente (Br). ResoluçãoN o 001 <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1986. Dispõe sobre procedimentosrelativos a estudo <strong>de</strong> impacto ambiental. 1986.[citado <strong>em</strong> 02 out 2009]. Disponível <strong>em</strong>: www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html.8.Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária (Br). ResoluçãoN o 64 <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2003 da Agência Nacional <strong>de</strong>Vigilância Sanitária. Dispõe sobre orientação técnica elaboradapor grupo técnico, sobre guia <strong>de</strong> procedimentos parasegurança e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> radiodiagnósticomédico. 2003. [citado <strong>em</strong> 02 out 2009]. Disponível <strong>em</strong>:Recebido <strong>em</strong>: 12.01.2010 – Aprovado <strong>em</strong>: 15.05.2010Rev. enferm. UERJ, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):365-70. • p.369


<strong>Riscos</strong> ocupacionais <strong>em</strong> radiodiagnósticohttp://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php.9.Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Epid<strong>em</strong>iológica (Br).Radiodiagnóstico Médico. Segurança e <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong>equipamentos. Série A. Normas e Manuais Técnicos.Brasília (DF); 2005.10.Oliveira SR, Azevedo ACP, Carvalho ACP. Elaboração<strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> monitoração ocupacional <strong>em</strong> radiologiapara o Hospital Universitário Cl<strong>em</strong>entino Fraga Filho.Radiol Bras. 2003; 36:27-34.11.Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. OrganizaçãoPanamericana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong>radiodiagnóstico. Public. Científica n o 469. GenevaArtigo <strong>de</strong> PesquisaOriginal ResearchArtículo <strong>de</strong> Investigación(Swi): OMS; 1984.12.International Commission on Radiological Protection.ICRP 60. 1990 Recommendations of the InternationalCommission on Radiological Protection. Washington(USA): Pergamon; 1991.13.Ayad M. Risk assessment of an ionizing-radiation energyin diagnostic radiology. Applied Energy. 2000; 65:321-8.14.Hinrichsen SL, Lira MC, Dourado H. Risco sanitáriohospitalar: qualida<strong>de</strong> e segurança. In: HinrichsenSL. Biossegurança e controle <strong>de</strong> infecções.Risco sanitário hospitalar. Rio <strong>de</strong> Janeiro (RJ): Medsi;2004. p.289-305.p.370 • Rev. enferm. UERJ, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):365-70.Recebido <strong>em</strong>: 12.01.2010 – Aprovado <strong>em</strong>: 15.05.2010

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