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Controle Inteligente do Caminhar de Robôs Móveis Simulados

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<strong>Controle</strong> <strong>Inteligente</strong> <strong>do</strong> <strong>Caminhar</strong> <strong>de</strong> RobôsMóveis Simula<strong>do</strong>sMilton Roberto Heinen 1 e Fernan<strong>do</strong> Santos Osório 21 UFRGS, Instituto <strong>de</strong> Informática, CEP 91501-970, Porto Alegre, RS, Brasil2 USP, ICMC, CEP 13560-970, São Carlos, SP, Brasilmrheinen@inf.ufrgs.br, fosorio@icmc.usp.brResumo Este artigo <strong>de</strong>screve o simula<strong>do</strong>r LegGen, que realiza a conguraçãoautomática <strong>do</strong> caminhar em robôs com pernas simula<strong>do</strong>s com abiblioteca Open Dynamics Engine (ODE). Este simula<strong>do</strong>r utiliza re<strong>de</strong>sneurais articiais <strong>do</strong> tipo Elman para o controle das juntas <strong>do</strong>s robôs ealgoritmos genéticos para a evolução <strong>do</strong>s pesos sinápticos das mesmas.Além disto, o simula<strong>do</strong>r permite a evolução da morfologia <strong>do</strong> robô emconjunto com os parâmetros <strong>de</strong> controle, o que torna possível a seleção<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> robôs bastante ecientes. o mo<strong>de</strong>lo proposto foi valida<strong>do</strong>através da realização <strong>de</strong> diversos experimentos estatisticamente váli<strong>do</strong>s,que <strong>de</strong>monstraram que o mo<strong>de</strong>lo proposto é eciente tanto no controledas juntas <strong>do</strong> robô quanto na evolução da morfologia.Stu<strong>de</strong>nt level: MSc (Mestra<strong>do</strong>)Date of Conclusion: 20/02/2007URL: http://bdtd.unisinos.br/t<strong>de</strong>_busca/arquivo.php?codArquivo=3801 IntroduçãoOs robôs móveis autônomos tem atraí<strong>do</strong> a atenção <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong>pesquisa<strong>do</strong>res, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao <strong>de</strong>sao que este novo <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> pesquisas propõe:<strong>do</strong>tar sistemas <strong>de</strong> uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> raciocínio inteligente e <strong>de</strong> interação como meio em que estão inseri<strong>do</strong>s [1]. Atualmente os robôs móveis atuam em diferentesáreas, como <strong>de</strong>sarmamento <strong>de</strong> bombas, exploração <strong>de</strong> ambientes hostis, ea condução <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> forma semi-autônoma. A maioria <strong>do</strong>s robôs móveis<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s até o momento se <strong>de</strong>slocam através <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> rodas, o que facilitabastante o controle, mas impe<strong>de</strong> que eles sejam capazes <strong>de</strong> se <strong>de</strong>slocarem em ambientesirregulares que possuam <strong>de</strong>sníveis e <strong>de</strong>graus [2]. Assim, para que um robômóvel possa se <strong>de</strong>slocar em ambientes irregulares, ele precisaria ser <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>do</strong>mesmo mecanismo <strong>de</strong> locomoção utiliza<strong>do</strong> pelos seres humanos e a um gran<strong>de</strong>número <strong>de</strong> seres vivos, ou seja, ele precisaria <strong>de</strong> pernas ou articulações [3,4].Mas o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> robôs com pernas que consigam se <strong>de</strong>slocar livrementeem ambientes irregulares é uma tarefa bastante árdua, que exige a con-guração <strong>de</strong> diversos parâmetros relativos ao caminhar. A conguração manual<strong>de</strong>stes parâmetros exige muitas horas <strong>de</strong> um especialista humano, e os resulta<strong>do</strong>sobti<strong>do</strong>s são sub-ótimos e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da arquitetura especíca <strong>do</strong> robô [5].


2Desta forma, seria bastante útil realizar a conguração <strong>do</strong> caminhar <strong>de</strong> formaautomática, através da utilização <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> máquina [6].O objetivo <strong>de</strong>ste artigo é <strong>de</strong>screver o simula<strong>do</strong>r LegGen [7,8,9,10], que é umsimula<strong>do</strong>r capaz <strong>de</strong> realizar a conguração <strong>do</strong> caminhar <strong>de</strong> robôs com pernas<strong>de</strong> forma automática através <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> máquina.Neste simula<strong>do</strong>r, o controle das juntas <strong>do</strong> robô é realiza<strong>do</strong> através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s neuraisarticiais (articial neural networks ANN) [11] cujos pesos sinápticos sãoevoluí<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> algoritmos genéticos (genetic algorithms GA). Além disto,a morfologia <strong>do</strong> robô é evoluída em conjunto com os pesos da re<strong>de</strong> neural. Asprincipais contribuições <strong>de</strong>ste trabalho são: (i) o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> caminharproposto; (ii) a elaboração <strong>de</strong> uma função <strong>de</strong> tness mais eciente para atarefa em questão; (iii) a realização <strong>de</strong> diversos experimentos visan<strong>do</strong> <strong>de</strong>terminaros melhores mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> robôs e as formas <strong>de</strong> controle mais ecientes; (iv) aevolução da morfologia <strong>do</strong> robô; e (v) o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> simula<strong>do</strong>r LegGen.Este artigo está estrutura<strong>do</strong> da seguinte forma: A Seção 2 <strong>de</strong>screve diversostrabalhos <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> da arte da área em questão; A Seção 3 <strong>de</strong>screve o uso <strong>de</strong>simulação baseada em física e a biblioteca ODE; A Seção 4 <strong>de</strong>screve o mo<strong>de</strong>loproposto e o protótipo implementa<strong>do</strong>; A Seção 5 <strong>de</strong>screve os experimentosrealiza<strong>do</strong>s e os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s; Por último, a Seção 6 traz as conclusões nais.2 Trabalhos relaciona<strong>do</strong>sNa área <strong>de</strong> controle inteligente <strong>de</strong> robôs com pernas, os primeiros trabalhosdatam <strong>do</strong> nal <strong>do</strong>s anos 80 e início <strong>do</strong>s anos 90, como o trabalho <strong>de</strong> Lewis[12], que utilizou algoritmos genéticos para a evolução <strong>do</strong>s controla<strong>do</strong>res <strong>de</strong> umrobô <strong>de</strong> seis pernas (hexapod). Neste trabalho, o controla<strong>do</strong>r foi evoluí<strong>do</strong> em umrobô cujo caminhar era inspira<strong>do</strong> no caminhar <strong>do</strong>s insetos. Através <strong>de</strong> váriosestágios <strong>de</strong> evolução, seu comportamento foi sen<strong>do</strong> modica<strong>do</strong> até atingir umcaminhar razoavelmente satisfatório. Bongard [13] evoluiu os parâmetros <strong>de</strong> umare<strong>de</strong> neural articial dinâmica utilizada para controlar diversos tipos <strong>de</strong> robôssimula<strong>do</strong>s. Busch [14] utilizou programação genética para evoluir os parâmetros<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> diversos tipos <strong>de</strong> robôs simula<strong>do</strong>s. Jacob [15] utilizou aprendiza<strong>do</strong>por reforço para o controle <strong>de</strong> um robô <strong>de</strong> quatro pernas (tetrapod) simula<strong>do</strong>através da biblioteca <strong>de</strong> software ODE. Reeve [16] utilizou algoritmos genéticospara a evolução <strong>do</strong>s parâmetros <strong>de</strong> diversos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s neurais utilizadaspara o controle <strong>de</strong> diversos tetrapods simula<strong>do</strong>s utilizan<strong>do</strong> o DynaMechs.Na maioria das abordagens <strong>de</strong>scritas acima, a função <strong>de</strong> tness utilizadafoi a distância percorrida pelo robô durante um certo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo. Emboraesta função <strong>de</strong> tness seja largamente utilizada, ela po<strong>de</strong> fazer com que aevolução privilegie formas <strong>de</strong> caminhar pouco estáveis em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> soluçõesum pouco mais lentas porém muito mais estáveis [17]. Em nossos estu<strong>do</strong>s, alémda distância percorrida pelo robô, foram utilizadas como critério <strong>de</strong> tness informaçõessensoriais, provenientes <strong>de</strong> um giroscópio e bumpers simula<strong>do</strong>s, a m<strong>de</strong> se garantir que os caminhares obti<strong>do</strong>s fossem rápi<strong>do</strong>s e estáveis [18,19].


33 Simulação <strong>de</strong> robôs móveisPara que uma simulação <strong>de</strong> robôs móveis seja realista, diversos elementos <strong>do</strong>mun<strong>do</strong> real precisam estar presentes no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> simulação, para que os corposse comportem <strong>de</strong> forma similar à realida<strong>de</strong>. Em especial, é necessário queum robô sofra quedas se não for bem controla<strong>do</strong> ou se não estiver bem posiciona<strong>do</strong>,e que colida contra os objetos <strong>do</strong> ambiente <strong>de</strong> forma realista. Para queisto ocorra, é necessário que as leis da física sejam mo<strong>de</strong>ladas no ambiente <strong>de</strong>simulação (gravida<strong>de</strong>, inércia, fricção e colisão) [20,21,22]. Atualmente existemvárias bibliotecas <strong>de</strong> software disponíveis para a implementação <strong>de</strong> simulaçõesbaseadas em física. Após o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> diversas possibilida<strong>de</strong>s, optou-se pela utilização<strong>de</strong> uma biblioteca <strong>de</strong> código aberto e gratuita chamada Open DynamicsEngine (ODE) 3 , que permite a realização <strong>de</strong> simulações da dinâmica <strong>de</strong> corposrígi<strong>do</strong>s articula<strong>do</strong>s com bastante realismo. Utilizan<strong>do</strong> a ODE, é possível criardiversos corpos rígi<strong>do</strong>s, e estes po<strong>de</strong>m ser conecta<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> juntas <strong>de</strong> váriostipos. Para a movimentação das juntas, é possível que sejam aplicadas forçasdiretamente aos corpos, ou po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>do</strong>s os motores angulares que estãodisponíveis no ambiente ODE. Com o uso <strong>de</strong> juntas e motores angulares, é possívelque sejam reproduzidas as diversas articulações presentes em um robô real,em seres humanos e nos animais com um alto nível <strong>de</strong> precisão [23,20].4 Mo<strong>de</strong>lo propostoEsta seção <strong>de</strong>screve o simula<strong>do</strong>r LegGen [1], proposto e implementa<strong>do</strong> para avalidação <strong>de</strong> diferentes estratégias <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> caminhar <strong>de</strong> robôs com pernas.Ele foi implementa<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong> a linguagem <strong>de</strong> programação C++ e a biblioteca<strong>de</strong> software ODE, <strong>de</strong>scrita anteriormente. Este simula<strong>do</strong>r recebe como entrada<strong>do</strong>is arquivos, um <strong>de</strong>screven<strong>do</strong> o formato e as dimensões <strong>do</strong> robô e o outro<strong>de</strong>screven<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> simulação. O funcionamento <strong>do</strong> simula<strong>do</strong>r LegGenocorre da seguinte forma: inicialmente o arquivo que <strong>de</strong>screve o robô é li<strong>do</strong>, eo robô é cria<strong>do</strong> no ambiente virtual <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as especicações presentesneste arquivo. Em seguida, os parâmetros <strong>do</strong> simula<strong>do</strong>r LegGen são li<strong>do</strong>s, e o GAé inicializa<strong>do</strong> e executa<strong>do</strong> até que seja atingi<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> gerações <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>.A avaliação <strong>do</strong>s indivíduos ocorre da seguinte forma: O robô é coloca<strong>do</strong> na orientação e na posição inicial <strong>do</strong> ambiente virtual; O cromossomo é li<strong>do</strong>, e a partir <strong>de</strong>le são congura<strong>do</strong>s os pesos da re<strong>de</strong> neural; A simulação física é realizada por um tempo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> (30 segun<strong>do</strong>s); Durante a simulação física, são coletadas diversas informações sensoriaisatravés <strong>de</strong> um giroscópio e bumpers simula<strong>do</strong>s; O tness é calcula<strong>do</strong> e retorna<strong>do</strong> para o GA.A função <strong>de</strong> tness F utilizada pelo GA é calculada através da fórmula:3 ODE http://www.o<strong>de</strong>.orgF =D1 + B + a × G(1)


4on<strong>de</strong> D é a distância percorrida pelo robô em relação ao eixo x, B é o índice<strong>do</strong>s bumpers, G é a taxa <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>, e a é uma constante que serve paraalterar a inuência <strong>de</strong> G na função <strong>de</strong> tness. Nos experimentos realiza<strong>do</strong>s, foiutiliza<strong>do</strong> a = 10. O bumpers B é calcula<strong>do</strong> através da equação:B = ∑ P( nii=1 N − 2) 1 2(2)on<strong>de</strong> P é o número <strong>de</strong> endpoints (patas), n i é a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amostras sensoriaisnas quais o endpoint i estava em contato com o solo, e N é o número total <strong>de</strong>leituras sensoriais realizadas. Nesta função <strong>de</strong> tness, o valor <strong>de</strong> B ten<strong>de</strong>rá a zeroquan<strong>do</strong> o robô mantiver as patas no chão por aproximadamente 50% <strong>do</strong> tempo,que é o comportamento <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> durante o caminhar. Já se o robô mantivertodas as patas no chão durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> simulação B será igual a 1. Omesmo ocorrerá se o robô mantiver todas as patas no ar durante a simulação.Para o cálculo da taxa <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>, várias leituras <strong>de</strong> um giroscópiosimula<strong>do</strong> são realizadas durante a simulação, e ao nal da mesma é calculada ataxa <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> robô G (Gyro) [17]:√∑Ni=1G =(x i − x) 2 + ∑ Ni=1 (y i − y) 2 + ∑ Ni=1 (z i − z) 2(3)Non<strong>de</strong> N é o número <strong>de</strong> amostras coletadas, x i , y i e z i são os da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>spelo giroscópio simula<strong>do</strong> no tempo i, e x, y e z são as médias das leituras <strong>do</strong>giroscópio, calculadas através das equações:∑ Ni=1x =x ∑ NiN, y = i=1 y ∑ NiN, z = i=1 z i(4)NA Equação 1 foi <strong>de</strong>nida, congurada e validada através da realização <strong>de</strong>diversos experimentos prévios [1], que comprovaram a sua superiorida<strong>de</strong> em relaçãoa outras funções <strong>de</strong> tness na tarefa em questão. Utilizan<strong>do</strong> esta função <strong>de</strong>tness, o indivíduo mais bem qualica<strong>do</strong> é aquele que possui a melhor relaçãoentre velocida<strong>de</strong> e estabilida<strong>de</strong>, pois: (i) um robô instável terá um baixo tness,pois valores eleva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> G funcionam como uma espécie <strong>de</strong> termo <strong>de</strong> punição;(ii) um robô que se <strong>de</strong>slocar muito pouco também terá um baixo tness in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<strong>do</strong>s valores <strong>de</strong> B e G. Assim, os indivíduos mais bem avalia<strong>do</strong>s serãoaqueles que conseguirem manter um compromisso entre D, B e G, pois assimconseguirão se <strong>de</strong>slocar da forma rápida e estável.4.1 <strong>Controle</strong> das juntas <strong>do</strong> robôNo simula<strong>do</strong>r LegGen, o controle das juntas <strong>do</strong> robô é realiza<strong>do</strong> através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>sneurais articiais (articial neural networks ANN) [11]. Esta abordagempossui uma limitação: não é possível se obter <strong>de</strong> antemão informações locaispara o cálculo <strong>do</strong> gradiente e a correção <strong>do</strong>s erros, o que limita a utilização <strong>do</strong>salgoritmos <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> supervisiona<strong>do</strong> tradicionais (backpropagation e similares)[24]. Por isto, foram utiliza<strong>do</strong>s GAs para a evolução <strong>do</strong>s pesos sinápticos.


7(a) Valores <strong>de</strong> tness (b) Distância percorrida (c) Taxa <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>Figura 2. Grácos que mostram a média e intervalo <strong>de</strong> conança a 95%útil no projeto <strong>de</strong> robôs com pernas, embora nem todas as morfologias evoluídassejam ecientes em termos <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>. A Figura 3(a) mostra as morfologiasque evoluíram ao nal das 700 gerações, para cada experimento controla<strong>do</strong>pela tabela <strong>de</strong> ângulos. Os números no canto superior esquer<strong>do</strong> se referem aoexperimento no qual a morfologia <strong>do</strong> robô foi evoluída. A Figura 4(a) mostra acaminhada <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> robô evoluí<strong>do</strong>s, e a Figura 4(b) mostra umexemplo <strong>de</strong> caminhar evoluí<strong>do</strong> para o robô padrão 4 .(a) Morfologias evoluídas(b) Progresso da evoluçãoFigura 3. Exemplos <strong>de</strong> morfologias evoluídas ao nal <strong>do</strong>s experimentosA Figura 3(b) mostra as alterações da morfologia <strong>de</strong> um robô durante aevolução. Os números no canto superior esquer<strong>do</strong> se referem a geração na qualcada mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> robô se tornou <strong>do</strong>minante. Percebe-se que a morfologia vai aospoucos sen<strong>do</strong> melhorada, até que se chegue a um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> robô satisfatório.Cabe ressaltar que o espaço <strong>de</strong> esta<strong>do</strong>s permite surjam diversas soluções ecientes,a exemplo <strong>do</strong> que ocorre na natureza.4 Ví<strong>de</strong>os <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração disponíveis em http://www.inf.ufrgs.br/~mrheinen/leggen


9Figura 6. Robôs treina<strong>do</strong>s para transpor <strong>de</strong>sníveis e escadas<strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> neural) através <strong>de</strong> robôs simula<strong>do</strong>s em um ambiente virtual realista.Além disso, o protótipo <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo proposto permite a evolução da morfologia <strong>do</strong>robô em conjunto com os parâmetros <strong>de</strong> controle. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>de</strong>monstramque: (i) as re<strong>de</strong>s neurais são bastante ecientes no controle das juntas<strong>do</strong> robô; (ii) o uso <strong>de</strong> algoritmos genéticos para a evolução <strong>do</strong>s pesos sinápticossurge como uma alternativa bastante atrativa <strong>de</strong> se resolver o problema da falta<strong>de</strong> informações locais para o cálculo <strong>do</strong> gradiente; (iii) a evolução da morfologiapermite que sejam <strong>de</strong>scobertos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> robôs bastante ecientes.Agra<strong>de</strong>cimentosAgra<strong>de</strong>cemos ao apoio da CAPES e <strong>do</strong> CNPq a este traballho.Referências1. Heinen, M.R.: <strong>Controle</strong> inteligente <strong>do</strong> caminhar <strong>de</strong> robôs móveis simula<strong>do</strong>s.Dissertação <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong>, Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Rio <strong>do</strong>s Sinos (UNISI-NOS), São Leopol<strong>do</strong>, RS, Brasil (2007) Data <strong>de</strong> Conclusão: 20/02/2007. URL:http://bdtd.unisinos.br/t<strong>de</strong>_busca/arquivo.php?codArquivo=380.2. Knight, R., Nehmzow, U.: Walking robots - a survey and a research proposal.Technical Report CSM-375, Univ. Essex, Essex, UK (2002)3. Bekey, G.A.: Autonomous Robots: From Biological Inspiration to Implementationand Control. MIT Press, Cambridge, MA (2005)4. Pfeifer, R., Scheier, C.: Un<strong>de</strong>rstanding Intelligence. MIT Press, Cambridge, MA(1999)5. Chernova, S., Veloso, M.: An evolutionary approach to gait learning for four-leggedrobots. In: Proc. IEEE/RSJ Int. Conf. Intelligent Robots and Systems (IROS),Sendai, Japan (2004)6. Mitchell, T.: Machine Learning. McGrall-Hill, New York (1997)7. Heinen, M.R., Osório, F.S.: Applying genetic algorithms to control gait of physicallybased simulated robots. In: Proc. IEEE Congr. Evolutionary Computation(CEC), Vancouver, Canada (2006)8. Heinen, M.R., Osório, F.S.: Applying genetic algorithms to control gait of simulatedrobots. In: Proc. IEEE Electronics, Robotics and Automotive Mechanics Conf.(CERMA) 2007, Cuernavaca, Morelos, Mexico (2007) 5005059. Heinen, M.R., Osório, F.S.: Gait control generation for physically based simulatedrobots using genetic algorithms. In: Proc. Int. Joint Conf. 2006, 10thIbero-American Conference on AI (IBERAMIA), 18th Brazilian Symposium onAI (SBIA). LNCS, Ribeirão Preto - SP, Brazil, Springer-Verlag (2006)


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