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Avaliação do reembasamento na moldagem com resina acrílica ...

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26SOARES, J. de C. F.; MONDELLI , J.<strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>reembasamento</strong> <strong>na</strong> <strong>moldagem</strong> <strong>com</strong> resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong> geladaTABELA 1 - Média das 12 leituras, por troquel, da alteração dimensio<strong>na</strong>l em micrometros (µm) <strong>do</strong>s 3 grupos de materiais paramolde e, médias e desvios-padrão por grupoTroquel Resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong> sem <strong>reembasamento</strong> Resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong> <strong>com</strong> <strong>reembasamento</strong> Permlastic1 734,9 409,6 26,22 703 484,7 143 625 468,4 25,34 619,7 387,8 13,55 601,4 324,5 27,76 655,6 407 15,17 624 364 19,28 749,7 262,6 12,99 735 282,3 11,310 739,7 408,6 23,2Média 678,8 379,9 18,8Desvio-Padrão 59,2 72,9 6,2TABELA 2 - Análise de Variância a um critério de classificação aplicada aos três grupos experimentais segun<strong>do</strong> sua alteraçãodimensio<strong>na</strong>lFonte de Variação Soma de Quadra<strong>do</strong>s Graus de Liberdade Quadra<strong>do</strong> Médio “F”Entre grupos 3923530 5 784706,1 477,3958Dentro de grupos 88761 54 1643,722 *Valor crítico à 5% = 2,4TABELA 3 - Comparações individuais pelo méto<strong>do</strong> de Tukey - Kramer da alteração dimensio<strong>na</strong>l entre os três grupos demateriais para moldeCOMPARAÇÕES DIFERENÇA DAS MÉDIAS VALOR CRÍTICODuralay s/ ree X Duralay c/ ree 298,85 53,59083 *Duralay s/ ree X Permlastic 659,9 53,59083 *Duralay c/ ree X Permlastic 361,1 53,59083 ** Significante: p < 0,05A óbvia diferença entre as médias obtidas foiconfirmada pela análise de variância, onde os três gruposexperimentais apresentaram diferença estatisticamentesignificante entre si.A resi<strong>na</strong> é um material rígi<strong>do</strong>, de <strong>com</strong>portamentodiferente em relação à mercapta<strong>na</strong>, que é um elastômero,ou seja, um material à base de borracha que possuipropriedade elástica 15 , isto é, volta a sua condição origi<strong>na</strong>lapós esforços de tração ou <strong>com</strong>pressão (distorçõesdurante a retirada <strong>do</strong> molde de áreas retentivas) depeque<strong>na</strong> magnitude.Segun<strong>do</strong> SCHAFFER; DUMFAHRT; GAUSCH 12 ,1989, a precisão dimensio<strong>na</strong>l <strong>do</strong>s modelos dependeriadiretamente <strong>do</strong> material e técnica de <strong>moldagem</strong> e <strong>do</strong>material de modelo. Como nesta fase <strong>do</strong> trabalho a técnicafoi padronizada pelo dispositivo de <strong>moldagem</strong> e to<strong>do</strong>sos troquéis obti<strong>do</strong>s pela galvanização à prata, a únicavariável foi <strong>do</strong>s materiais de molde utiliza<strong>do</strong>s. Isto nosfez concluir que, dentro da meto<strong>do</strong>logia empregada, adiscrepância nos resulta<strong>do</strong>s foi em função <strong>do</strong>s materiaisde <strong>moldagem</strong>.Diversos autores 2,6,11,14 têm descrito as importantescaracterísticas de fidelidade, precisão e, principalmenteresistência <strong>do</strong>s modelos metaliza<strong>do</strong>s por galvanoplastia,


Rev. FOBV.8, n. 1/2, p.23-29, jan./jun. 200027sem similares até hoje.Como a técnica divulgada pelo Prof. João RODRIGUESJÚNIOR. indica o vazamento <strong>do</strong> molde de resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong><strong>com</strong> resi<strong>na</strong> epóxica ou sua metalização, optamos por esteúltimo, já que nosso principal objetivo foi avaliar osmateriais de <strong>moldagem</strong>, poden<strong>do</strong> assim confiar <strong>na</strong>precisão <strong>do</strong> material de troquel.Nas últimas décadas os materiais de <strong>moldagem</strong> têmsofri<strong>do</strong> grande evolução, <strong>na</strong> tentativa de encontrar ummaterial ideal, o qual segun<strong>do</strong> EDUARDO 5 , 1996, devecorresponder favoravelmente aos seguintes requisitos:praticidade, tempo de polimerização, elasticidade,estabilidade dimensio<strong>na</strong>l, características hidrofílicas,temperatura de plastificação, adesividade, toxicidade,sabor, simplicidade de técnica, baixo custo e, ainda,relação custo benefício.Atualmente os elastômeros são os materiais deescolha pelos clínicos. Porém a técnica de <strong>moldagem</strong><strong>com</strong> a resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong> gelada vem sen<strong>do</strong> utilizadaapresentan<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s clínicos satisfatórios.LIMA 7 , 1980 em dissertação de mestra<strong>do</strong> nãoencontrou diferença <strong>na</strong> adaptação de coroas de ouroobtidas <strong>com</strong> moldes em Duralay e mercapta<strong>na</strong>.SILVEIRA 13 , 1990 encontrou diferençaestatisticamente significante entre <strong>moldagem</strong> <strong>com</strong>silico<strong>na</strong> de adição e troquel de gesso tipo IV quan<strong>do</strong><strong>com</strong>parada à <strong>moldagem</strong> <strong>com</strong> resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong>termocondicio<strong>na</strong>da e troquel metaliza<strong>do</strong> à cobre. Porém,considerou que as alterações dimensio<strong>na</strong>is encontradasnão restringiam clinicamente o uso de nenhuma dastécnicas, já que vários são os fatores responsáveis pelasdistorções fi<strong>na</strong>is das restaurações fundidas até a fundição,e não ape<strong>na</strong>s o processo de obtenção molde/modelo.Prof. João RODRIGUES JÚNIOR aplica e divulga emcursos e conferências a técnica de <strong>moldagem</strong> de preparospara coroas totais <strong>com</strong> a resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong> Duralaytermocondicio<strong>na</strong>da (resi<strong>na</strong> gelada) e afirma que tem ti<strong>do</strong>grande aceitação por parte <strong>do</strong>s clínicos. Ela consiste <strong>na</strong><strong>moldagem</strong> <strong>com</strong> casquete acrílico preenchi<strong>do</strong> por resi<strong>na</strong><strong>acrílica</strong> gelada e <strong>com</strong> <strong>reembasamento</strong>s eventuais, e aobtenção <strong>do</strong> modelo em resi<strong>na</strong> epóxica ou metaliza<strong>do</strong>.O resfriamento da resi<strong>na</strong> prolonga seu tempo de presafacilitan<strong>do</strong> o procedimento de <strong>moldagem</strong>.Segun<strong>do</strong> LOPES; MONDELLI 8 ,1993, a <strong>moldagem</strong><strong>com</strong> resi<strong>na</strong> Duralay termocondicio<strong>na</strong>da apresenta asseguintes vantagens e desvantagens:-Vantagens: reproduz <strong>com</strong> nitidez os detalhes <strong>do</strong> dentemolda<strong>do</strong>; é dimensio<strong>na</strong>lmente estável após apolimerização; promove afastamento gengival; nãonecessita de isolamento rigoroso; união química entre ocasquete e a resi<strong>na</strong>; permite testar a precisão <strong>do</strong> moldeantes <strong>do</strong> vazamento, escultura e fundição da peça; fácilexecução; custo reduzi<strong>do</strong> em relação aos elastômeros.-Desvantagens: só pode ser usada em preparos paracoroas totais; necessita de preparo liso e <strong>com</strong> incli<strong>na</strong>çõesadequadas; o modelo precisa ser metaliza<strong>do</strong> ou <strong>com</strong>oalter<strong>na</strong>tiva pode-se usar materiais à base de resi<strong>na</strong>epóxica; há risco <strong>do</strong> molde ficar reti<strong>do</strong> devi<strong>do</strong> a preparos<strong>com</strong> retenção, bifurcação ou <strong>com</strong> núcleos de resi<strong>na</strong>.Como descrito anteriormente, a técnica preconizadapelo Prof. João RODRIGUES JÚNIOR aponta <strong>com</strong>o uma dasvantagens da <strong>moldagem</strong> <strong>com</strong> a resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong> gelada apossibilidade de eventuais <strong>reembasamento</strong>s quan<strong>do</strong>necessário.CÔRTES 3 , 1992 considerou a hipótese da efetividade<strong>do</strong> <strong>reembasamento</strong> bastante plausível, ten<strong>do</strong> em vista aboa adaptação clínica obtida <strong>com</strong> este méto<strong>do</strong> de<strong>moldagem</strong>. Porém, afirmou não haver <strong>com</strong>provaçãocientífica de que o <strong>reembasamento</strong> possa corrigir falhase aumentar a <strong>com</strong>pressão da resi<strong>na</strong>, melhoran<strong>do</strong> aqualidade <strong>do</strong> molde. Ressaltou ainda a possibilidade dassucessivas remoções <strong>do</strong> casquete acarretarem distorções<strong>na</strong> <strong>moldagem</strong>. Daí a proposta deste estu<strong>do</strong> em avaliar aefetividade <strong>do</strong> <strong>reembasamento</strong> <strong>na</strong> <strong>moldagem</strong> <strong>com</strong> resi<strong>na</strong><strong>acrílica</strong> gelada. As médias obtidas da desadaptação <strong>do</strong>anel mestre sobre os troquéis reproduzi<strong>do</strong>s, em µm,foram: 678,8 e 379,9 para os grupos experimentais resi<strong>na</strong>sem <strong>reembasamento</strong>/metalização e resi<strong>na</strong> <strong>com</strong><strong>reembasamento</strong>/metalização, respectivamente.Fica evidente <strong>com</strong> esses resulta<strong>do</strong>s a efetividade <strong>do</strong><strong>reembasamento</strong> em diminuir a alteração dimensio<strong>na</strong>l <strong>do</strong>molde, além de outros benefícios que parecem seremconsegui<strong>do</strong>s <strong>com</strong> o <strong>reembasamento</strong> da resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong>termocondicio<strong>na</strong>da <strong>com</strong>o: afastamento gengivalbiológico devi<strong>do</strong> a vasoconstricção provocada pela resi<strong>na</strong>gelada, facilitan<strong>do</strong> sua penetração no sulco gengival semcausar danos ao epitélio juncio<strong>na</strong>l, e a insolubilidade daresi<strong>na</strong>, permitin<strong>do</strong> sua utilização em locais úmi<strong>do</strong>s ou<strong>com</strong> sangramento.O processo de obtenção das fundições o<strong>do</strong>ntológicasé <strong>com</strong>posto basicamente de cinco passos: <strong>moldagem</strong> <strong>do</strong>preparo, obtenção <strong>do</strong> modelo, enceramento <strong>do</strong> padrão,inclusão em revestimento e fundição da liga metálica 4 .TJAN et al. 16 , 1986 e MONDELLI 10 , 1995 afirmaramque as ligas metálicas sofrem contração durante oresfriamento <strong>com</strong>o resulta<strong>do</strong> da solidificação àtemperatura ambiente, e que a maioria <strong>do</strong>s materiais derevestimento atualmente em uso são formula<strong>do</strong>s paraexpandir, <strong>com</strong>pensan<strong>do</strong> esta contração. Mas, infelizmentenem sempre esta expansão é suficiente.Em virtude da necessidade de <strong>com</strong>pensar estacontração das ligas metálicas e obter espaço para ocimento alguns autores re<strong>com</strong>endam a utilização deartifícios técnicos <strong>com</strong>o: contração <strong>do</strong> material de


Rev. FOBV.8, n. 1/2, p.23-29, jan./jun. 20002911 - NEWMAN, A., WILLIANS, J.D. Die materials for inlay,crow and bridge work. Brit. dent J., v.27, p.415, 1969.12 - SCHÄFFER, H., DUMFAHRT, H., GAUSCH, K. Distancealterations of dies in sagittal direction in dependence ofthe die material. J. prosth. Dent., v.61, n.6, p.684-8, 1989.13 - SILVEIRA, A.M. <strong>Avaliação</strong> <strong>com</strong>parativa da resi<strong>na</strong> <strong>acrílica</strong><strong>com</strong>o material de <strong>moldagem</strong>. São Paulo, 1990. 43p.Dissertação (Mestra<strong>do</strong>) - Faculdade de O<strong>do</strong>ntologia daUniversidade de São Paulo.14 - SHILLINGBURG, H.T. et al. Fundamentos de prótese fixa.Rio de Janeiro, Quintessence, 1986.15 - SKINNER, E.W., PHILLIPS, R.W. Materiais dentários deSkinner. 8. ed. Rio de Janeiro: Ed. Gua<strong>na</strong>bara, 1986.16 - TJAN, A.H.L. et al. Clinically oriented evaluation of theaccuraccy of <strong>com</strong>monly used impression materials. J.prosth. Dent., v.56, n.1, p.4 - 8, July 1986.Endereço para correspondência:Faculdade de O<strong>do</strong>ntologia de Bauru – USP.Depto de Dentística.Al. Otávio Pinheiro Brisola, 9-75CEP 17043-101 Bauru – S.P.

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