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Revista - ABAS

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CAPAas águas do igarapé do Quarenta. “Assim, as águascontaminadas do igarapé estão se infiltrando, processoinverso na cidade, e se espalhando em profundidadesegundo as novas direções de fluxo”. Ele apontaainda que uma explotação sustentável do recurso temque passar primeiramente por uma Lei de RecursosHídricos abrangente com relação à sua realidade,como também por uma equipe técnica qualificada epor trabalhos que retratem as principais característicasdos aquíferos, inclusive limites e previsões.“Sempre sugeri a reunião dos melhores especialistaspara que se pudesse realizar um estudo científicodo nosso aquífero e com isso poder tomar asmedidas corretas para preservar esse recurso nãorenovável. Basicamente, os governos estaduais ouda União devem patrocinar esse estudo, que deveser realizado principalmente por técnicos das universidades.Teoricamente este seria o caminho aseguir. Na prática, acho que essa decisão simplesesbarrará certamente em algum tipo de interesse,que não estará em sintonia com o do bem comum.Gostaria de pensar de uma maneira mais otimista,mas o nosso dia a dia me leva a concluir dessa forma”,argumenta Carlos Augusto de Azevedo.Impactos ambientais e odesafio do uso sustentávelA falta do uso de técnicas adequadas para a construçãoe a manutenção do poço, somadas à falta defiscalização e de controle dos órgãos gestores, bemcomo à superexplotação, compõem um quadro alarmante,com impactos visíveis já sentidos pela cidadee com possíveis e danosas consequências futuras.Na área do Distrito Industrial, já se sabe que nosúltimos 30 anos houve um rebaixamento expressivodos níveis de água, mas que ainda não são suficientespara decretar um estado de emergência. FabíolaTavares explica que no Distrito já se registrou níveis30 metros menores aos comparados há anos anteriores.Isso quer dizer que antes havia captaçãode água aos 60 metros, mas hoje no mesmo localsurge água a partir dos 90 metros de profundidade.“Isso obriga os perfuradores a explorarem mais fundoo aquífero existente. Como não há critério técnicopara a maioria dos perfuradores, se verifica umagrande possibilidade de contaminação ambientaldo aquífero”.OUTUBRO/NOVEMBRO de 2010ÁGUA E MEIO AMBIENTE SUBTERRÂNEO21

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