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Estação de Avisos de Castelo Branco - DRAP Centro

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Direção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> DesenvolvimentoAgroalimentar, Rural e LicenciamentoDivisão <strong>de</strong> Apoio à Agricultura e PescasESTAÇÃO DE AVISOS AGRÍCOLASDE CASTELO BRANCORELATÓRIO DE ATIVIDADES 2012<strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>


ÍNDICEPág.INTRODUÇÃO 11‐ Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Postos Meteorológicos 21.1 – Registos meteorológicos – Cálculo das horas <strong>de</strong> frio 51.2 – Estações Meteorológicas Automáticas – registos <strong>de</strong> temperatura e precipitação 62 ‐ Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Postos <strong>de</strong> Observação Fenológica 103 ‐ Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Postos <strong>de</strong> Observação Biológica 144 ‐ VINHA 174.1 ‐ Pragas 184.1.1 ‐ Traça da uva (Lobesia botrana) 184.1.2 ‐ Cica<strong>de</strong>lí<strong>de</strong>os ou cigarrinha ver<strong>de</strong> (Empoasca vitis) 194.2 ‐ Doenças 204.2.1 ‐ Escoriose (Phomodpsis vitícola) 204.2.2 ‐ Oídio (Erysiphe necator) 214.2.3 ‐ Míldio ( Plasmopara vitícola) 225 ‐ POMÓIDEAS – Macieiras e Pereiras 265.1 ‐ Pragas 265.1.1 ‐ Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi) 265.1.2 ‐ Bichado (Cydia pomonella) 305.1.3 ‐ Afí<strong>de</strong>os (Aphis pomi e Dysaphis plantagineae) 335.1.4 ‐ Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 335.1.5 ‐ Cochonilha <strong>de</strong> São José (Quadrispidiotus perniciosus) 345.2 ‐ Doenças 365.2.1 – Pedrado (Venturia inaequalis e Venturia pirina) 365.2.2 – Fogo bacteriano (Erwinia amylovora) 386. ‐ OLIVAL 386. 1 ‐ Pragas 396 1.1 ‐ Traça da oliveira (Prays oleae) 396.1.2 ‐ Mosca da azeitona (Bactrocera oleae) 40


6.1.3 ‐ Euzophera pingüis 446.1.4 ‐ Traça ver<strong>de</strong> (Margaronia /Palpita unionalis) 456.2 ‐ Doenças 466.2.1 ‐ Gafa (Colletotrichum acutatum) 466.2.2 ‐ Olho <strong>de</strong> pavão (Spilocaea oleagina) 487 ‐ PRUNÓIDEAS – Cerejeiras e Pessegueiros 487.1 ‐ Pessegueiros 497.1.1 ‐ Pragas 497.1.1.1 ‐ Mosca da Fruta ou do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 497.1.1.2 ‐ Anarsia (Anarsia lineatella) 507.1.1.3 ‐ Afí<strong>de</strong>o ver<strong>de</strong> (Mysus persicae) 517.1.2 – Doenças 517.1.2.1 ‐ Lepra (Taphrina <strong>de</strong>formans) 517.1.2.2 ‐ Oídio (Sphaerotheca pannosa) 527.2 – Cerejeiras 527.2.1 – Pragas 527.2.1.1 ‐ Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) 527.2.1.2 – Mosca drosofila (Drosophila susuky) 647.2.2 – Doenças 657.2.2.1 – Moniliose 658 ‐ CITRINOS 668.1 – Pragas 668.1.1 ‐ Afí<strong>de</strong>os (Toxoptera aurantii) 668.1.2 ‐ Mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella) 678.1.3 ‐ Cochonilhas 688.1.4 ‐ Mosca da Fruta ou Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 688.2 – Doenças 698.2.1 – Míldio (Phytophthora spp) 699 – RESUMO DAS CIRCULARES DE AVISOS EMITIDAS EM 2012 7010 – ANEXOS 76• ANEXO I – Fichas Técnicas• ANEXO II – Registo <strong>de</strong> Temperatura e Precipitação para avaliação da seca no distrito <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>• ANEXO III – Aplicação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> previsão MARYBLYT na <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> fogo bacterianoPág.


ÍNDICE DE FIGURASFig.1 – Estação Meteorológica Automática instalada em Fadagosa, concelho do Fundão, mo<strong>de</strong>lo ADCON A733 GSMequipado com sensores <strong>de</strong> Temperatura, Humida<strong>de</strong> Relativa, Precipitação, Folha Molhada, Direção e Velocida<strong>de</strong> doVento e Radiação Solar 3Fig.2 – Localização das Estações Meteorológicas Automáticas no Distrito <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> 4Fig.3 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> Alcains em 2012 7Fig.4 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim em 2012 7Fig.5 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> Chão Galego em 2012 8Fig.6 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> Vila Velha <strong>de</strong> Rodão em 2012 8Fig.7 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Novo em 2012 9Fig.8 – Gráfico dos registos meteorológicos do Teixoso em 2012 9Fig.9 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> Belmonte em 2012 10Fig.10 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura da Vinha 18Fig.11 – Monitorização da Traça da uva, nos POBs <strong>de</strong> Cernache, Sarzedas, Sobreira,Soalheira, Lamaçais e Belmonte 18Fig.12 – Monitorização dos Cica<strong>de</strong>lí<strong>de</strong>os nos POBs <strong>de</strong> Cernache, Sarzedas, SobreiraSoalheira, Lamaçais e Belmonte 19Fig.13 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola) no POB <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim 23Fig.14 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB <strong>de</strong> Sobreira Formosa 23Fig.15 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB <strong>de</strong> Sarzedas 24Fig.16 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Novo 24Fig.17 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB <strong>de</strong> Lamaçais 25Fig.18 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB <strong>de</strong> Belmonte 25Fig.19 – Representação gráfica dos avisos emitidos para Pomói<strong>de</strong>as 26Fig.20 – Monitorização da eclosão das larvas <strong>de</strong> Panonychus ulmi no POB <strong>de</strong> Cernache Bonjardim<strong>Castelo</strong> Novo, Teixoso, Belmonte e Casteleiro 29Fig.21 – Gráfico da curva <strong>de</strong> voo <strong>de</strong> bichado em macieiras nos POB <strong>de</strong> Cernache Bonjardim,Belmonte, <strong>Castelo</strong> Novo, Teixoso. 31Pág.Fig.22 ‐ Gráfico da curva <strong>de</strong> voo <strong>de</strong> bichado em pereiras nos POB <strong>de</strong> Cernache Bonjardim,Belmonte, <strong>Castelo</strong> Novo, Teixoso. 32Fig.23 – Monitorização da Ceratitis capitata em macieiras no POB <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim 34Fig.24 – Curva <strong>de</strong> eclosão dos machos e ninfas da cochonilha <strong>de</strong> S. José no POB<strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim 35


Pág.Fig.25 – Evolução das condições <strong>de</strong> infecção <strong>de</strong> pedrado em macieiras (Cernache <strong>de</strong> Bonjardim) 37Fig.26 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura do Olival 39Fig.27 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POBs <strong>de</strong> Perais, Sarzedas,Sobreira Formosa, <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>, S. Miguel d`Acha e Pedrogão <strong>de</strong> S. Pedro 40Fig.28 – Evolução do ataque <strong>de</strong> Bactrocera oleae no POB <strong>de</strong> Sarzedas 41Fig.29 – Evolução do ataque <strong>de</strong> Bactrocera oleae no POB <strong>de</strong> Sobreira 42Fig.30 – Evolução do ataque <strong>de</strong> Bactrocera oleae no POB <strong>de</strong> Perais 42Fig.31 – Monitorização da Bactrocera oleae em garrafas mosqueiras nos POBs <strong>de</strong>Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>, S. Miguel d`Acha e Pedrogão <strong>de</strong> S. Pedro 43Fig.32 – Monitorização da Bactrocera oleae em placas cromotrópicas nos POBs <strong>de</strong>Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão, <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>, S. Miguel d`Acha e Pedrogão <strong>de</strong> S. Pedro 43Fig.33 – Monitorização da Euzophera pingüis no POB <strong>de</strong> Sobreira, Perais e Perdigão. 44Fig.34 – Monitorização da Margaronia/Palpita unionalis no POB <strong>de</strong> Sobreira, Perais e Perdigão. 45Fig.35 – Gráfico termopluviométrico do POB <strong>de</strong> Sarzedas 46Fig.36 – Gráfico termopluviométrico do POB <strong>de</strong> Sobreira Formosa. 47Fig.37 – Gráfico termopluviométrico do POB <strong>de</strong> Perais 47Fig.38 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura das Prunói<strong>de</strong>as 49Fig.39 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros no POB <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> BonjardimSoalheira, Teixoso e Belmonte 49Fig.40 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros no POB <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim 50Soalheira, Teixoso e BelmonteFig.41 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em placa cromotrópica no POB <strong>de</strong> Proença ‐a‐ Nova. 53Fig.42 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em garrafas mosqueiras no POB <strong>de</strong> Proença‐ a ‐Nova 53Fig.43 – Graus dia acumulados / fase <strong>de</strong>senvolvimento da mosca da cereja em 2012 55Fig.44 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> armadilha para captura <strong>de</strong> Drosophila suzukii 64Fig.45 – Recolha <strong>de</strong> insetos em laboratório para observação à lupa binocular 65Fig.46 – Macho <strong>de</strong> Drosophila suzukii com mancha característica nas asas 65Fig.47 – Fêmea <strong>de</strong> Drosophila suzukii sem manchas nas asas mas com ovipositor caracteristico 65Fig.48 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura dos Citrinos 66Fig.49 – Monitorização da Mosca da Fruta (Ceratitis capitata) em garrafas mosqueiras nos POBs<strong>de</strong> Cernache do Bonjardim e Sobreira Formosa 68Fig.50 – Monitorização da Ceratitis capitata em placas cromotropicas no POB <strong>de</strong>Cernache do Bonjardim e Sobreira Formosa 69


ÍNDICE DE QUADROSPág.Quadro 1 ‐ Localização das Estações Meteorológicas Automáticas (EMAs) em 2012 3Quadro 2 ‐ Horas <strong>de</strong> frio acumulado abaixo dos 7 o C a partir <strong>de</strong> 01‐11‐2011 6Quadro 3 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE MACIEIRAS / 2012 10Quadro 4 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE PEREIRAS / 2012 11Quadro 5 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE PESSEGUEIROS / 2012 11Quadro 6 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE CEREJEIRAS / 2012 12Quadro 7‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE AMENDOEIRAS / 2012 13Quadro 8 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE CITRINOS / 2012 13Quadro 9 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DA VIDEIRA / 2012 13Quadro 10 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DA OLIVEIRA / 2012 14Quadro 11 ‐ I<strong>de</strong>ntificação dos Postos <strong>de</strong> Observação Fenológica (POFs) ePostos <strong>de</strong> Observação Biológica (POBs) 15Quadro 12 – Aranhiço vermelho POB Qtª do Ribeiro – Cernache do Bonjardim ‐‐ 2012 27Quadro 13 – Aranhiço vermelho POB Qtª da Fadagosa ‐‐ Soalheira ‐‐ 2012 27Quadro 14 ‐ Aranhiço vermelho POB Qtª <strong>de</strong> Lamaçais ‐‐ Teixoso ‐‐ 2012 28Quadro 15‐ Aranhiço vermelho POB Qtª da Torre – Belmonte ‐‐ 2012 28Quadro 16 ‐ Aranhiço vermelho POB Qtª do Espinhal – Casteleiro ‐‐ 2012 28Quadro 17 – Fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e somatório <strong>de</strong> temperaturas <strong>de</strong> Bichado em 2012 30Quadro 18 – Somatório <strong>de</strong> temperaturas acumuladas para adultos e ninfas da 1ª e 2ª geraçãoRegistadas no POB <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim em 2012 35Quadro 19 – Metodologia <strong>de</strong> avaliação da Prays oleae. 39Quadro 20 – Metodologia <strong>de</strong> avaliação da Bactrocera oleae 41Quadro 21 – Acumulação <strong>de</strong> graus ‐ dia para cada estádio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Rhagoletis cerasipara os POBs Qtª da Fadagosa, S. Macário, Qtª <strong>de</strong> Lamaçais, Chão do Galego 54Quadro 22 – Registos Acumulados ( > 5ºC) <strong>de</strong> Temperatura <strong>de</strong> Solo da EMA <strong>de</strong> Chão Galego 56Quadro 23 – Registos Acumulados ( > 7ºC) <strong>de</strong> Temperatura <strong>de</strong> Solo da EMA <strong>de</strong> Chão Galego 57Quadro 24 – Cálculo <strong>de</strong> graus dia <strong>de</strong> Rhagoletis cerasi para o posto biológico daQtª da Fadagosa – Soalheira, Sul da Serra da Gardunha. 58Quadro 25 – Cálculo <strong>de</strong> graus dia <strong>de</strong> Rhagoletis cerasi para o posto biológico daQtª <strong>de</strong> S. Macário – Alcongosta, Norte da Serra da Gardunha 60Quadro 26 – Cálculo <strong>de</strong> graus dia <strong>de</strong> Rhagoletis cerasi para o posto biológico daQtª <strong>de</strong> Lamaçais – Teixoso, Norte da Cova da Beira 62Quadro 27 – Circulares emitidas em 2012 pela Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> 70


INTRODUÇÃOA Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> Agrícolas <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> (EACB) enquadra‐se na Direção Regional <strong>de</strong>Agricultura e Pescas do <strong>Centro</strong> ‐ Direção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Desenvolvimento Agroalimentar, Rurale Licenciamento – Divisão <strong>de</strong> Apoio à Agricultura e Pescas, encontra‐se localizada na se<strong>de</strong> da<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> em <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>, integrando a re<strong>de</strong> do Serviço Nacional <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> Agrícolas daDireção Geral <strong>de</strong> Agricultura e Veterinária, Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente eOr<strong>de</strong>namento do Território.Este serviço tem como objetivo a nível regional a correta cobertura dos inimigos das principaisculturas, permitindo um apoio ao agricultor relativamente à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervençãofitossanitária, contribuindo para o uso sustentável dos produtos fitofarmacêuticos e para aproteção do meio ambiente, visando o equilíbrio do ecossistema agrário.A EACB emite as circulares <strong>de</strong> avisos para as culturas das pomói<strong>de</strong>as, prunói<strong>de</strong>as, olival, vinhae citrinos e divulga diversas informações <strong>de</strong> caracter técnico e legislativo.O acompanhamento fitossanitário das culturas é feito pelos técnicos da EACB semanalmente,com observações no campo, muitas vezes com recolha <strong>de</strong> amostras para análise emlaboratório e avaliação simultânea dos dados meteorológicos, fenológicos e biológicos, paraque a informação recolhida seja tratada e divulgada em tempo útil.A EACB tem uma re<strong>de</strong> meteorológica <strong>de</strong> apoio constituída por 16 Estações MeteorológicasAutomáticas (EMA), distribuídas no distrito <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> em locais previamenteestudados, junto das quais estão instalados gran<strong>de</strong> parte dos postos <strong>de</strong> observação fenológicae biológica.A divulgação das circulares é feita via postal, via correio eletrónico, por mensagem via SMS evia INTERNET na página da <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> e do SNAA.Em 2012 a EACB teve 153 utentes inscritos com assinatura paga e mais 11 colaboradores,emitiu 15 circulares <strong>de</strong> avisos num total <strong>de</strong> 2460 circulares. Salientamos que <strong>de</strong>ste universofazem parte as Associações <strong>de</strong> Protecção/Produção Integrada, Cooperativas <strong>de</strong> Fruticultores,A<strong>de</strong>gas e Lagares Cooperativos que fazem a divulgação da circular junto dos seus associados.É objectivo da EACB contribuir também para a divulgação da exigente legislação comunitária,prestando assim um serviço público <strong>de</strong> alerta fitossanitário, cada vez mais importante para osucesso da ativida<strong>de</strong> agrícola.


Recursos humanosA equipa técnica da Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> foi constituída em 2012 pelosseguintes elementos:Ana Maria Lança S. Cunha M. Manteigas – Eng.ª AgrónomaManuel Sequeira – Eng.º AgrícolaAntónio Ricardo Monteiro – Assistente TécnicoLaurinda Lavado – Assistente TécnicoCARACTERIZAÇÃO DA ESTAÇÃO DE AVISOS DE CASTELO BRANCOA EACB é caracterizada por uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> postos meteorológicos, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> postos <strong>de</strong>observação fenológica e uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> observação biológica.1‐ Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Postos MeteorológicosA Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> tem uma re<strong>de</strong> meteorológica constituída por 16Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) distribuídas pela área <strong>de</strong> intervenção da Estação<strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> e localizadas <strong>de</strong> acordo com as especificações e características climáticaspreviamente <strong>de</strong>finidas.Elementos que compõem uma EMA:• Sistema <strong>de</strong> aquisição armazenamento e transmissão <strong>de</strong> dados (GSM) mo<strong>de</strong>lo A733 addWAVE;• Painel solar Mastro <strong>de</strong> 2m em inox;• Sensor combinado <strong>de</strong> temperatura e humida<strong>de</strong> relativa• Sensor <strong>de</strong> folha molhada• Sensor <strong>de</strong> precipitação• Sensor combinado <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> e direção do vento• Sensor <strong>de</strong> radiação solar• Sensor <strong>de</strong> temperatura do solo2


Fig. 1 – Estação Meteorológica Automática instalada no local Fadagosa, concelho do Fundão, mo<strong>de</strong>loADCON‐A733 GSM equipado com sensores <strong>de</strong> Temperatura, Humida<strong>de</strong> Relativa, Precipitação, Folha Molhada,Direção e Velocida<strong>de</strong> do Vento e Radiação Solar. (Foto R. Monteiro)A recolha <strong>de</strong> dados é feita diariamente <strong>de</strong> forma automática sendo a transmissão efetuadaatravés <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>m GSM.O servidor da base <strong>de</strong> dados meteorológicos está na re<strong>de</strong> interna da <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> po<strong>de</strong>ndo seracedido a qualquer momento pelos técnicos das Estações <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong>, pelo Núcleo Informáticoda Delegação <strong>de</strong> Coimbra e pelo Serviço Nacional <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> Agrícolas da Direção Geral <strong>de</strong>Agricultura e Veterinária.Segue‐se o Quadro nº 1 com a localização das 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA)afetas à EACB e localizadas no Distrito <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>.Quadro 1 ‐ Localização das Estações Meteorológicas AutomáticasEMA FREGUESIA CONCELHOAlcains Alcains <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>Alcongosta Alcongosta FundãoBelmonte Colmeal da Torre BelmonteBrejo Peroviseu FundãoCapinha Capinha Fundão3


Cernache Cabeçudo SertãChão do Galego Montes da Senhora Proença‐a‐NovaFadagosa <strong>Castelo</strong> Novo FundãoFerro Ferro CovilhãLamaçais Teixoso CovilhãMalpica Malpica do Tejo <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>Oleiros Estreito OleirosPedrogão Pedrógão <strong>de</strong> São Pedro PenamacorPenamacor Benquerença PenamacorRódão Perais Vila Velha RódãoMapa com a localização das Estações Meteorológicas Automáticas em 2012EMAFig.2 – Localização das Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) afetas à EACB4


1.1 ‐ Registos meteorológicos – Cálculo das horas <strong>de</strong> frioOs registos meteorológicos fornecidos pelas estações automáticas permitem calculardiferentes mo<strong>de</strong>los com base nos somatórios <strong>de</strong> temperaturas acumuladas para diversaspragas e executar os mo<strong>de</strong>los do pedrado das pomói<strong>de</strong>as e míldio da vinha. Também sãoimportantes, os registos obtidos <strong>de</strong> temperatura do solo para a validação do mo<strong>de</strong>lo para amosca da cereja e as temperaturas médias para aplicação do método UC IPM “PhenologyMo<strong>de</strong>l Database”, tal como o registo <strong>de</strong> temperaturas que permitem o cálculo das horas <strong>de</strong>frio nos diferentes locais da região.Este ano os dados meteorológicos foram também aplicados ao mo<strong>de</strong>lo Maryblit para previsãoda Erwinia amylovora em pomares <strong>de</strong> pomoi<strong>de</strong>as da região. (Ver anexo I)Cálculo das horas <strong>de</strong> frioAs espécies fruteiras necessitam <strong>de</strong> um período <strong>de</strong> repouso vegetativo para po<strong>de</strong>r vegetar eflorescer a<strong>de</strong>quadamente.O frio tem um papel importante na quebra da dormência em várias espécies <strong>de</strong> fruteiras.Consi<strong>de</strong>ra‐se quebra <strong>de</strong> dormência, quando as necessida<strong>de</strong>s em horas <strong>de</strong> frio para cadacultura são cumpridas, traduzindo‐se o resultado numa melhor floração.As necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> frio para um bom abrolhamento romper a dormência dos gomos e a plantaflorescer uniformemente diverge segundo as espécies fruteiras e as varieda<strong>de</strong>s e me<strong>de</strong>m‐sepelo nº <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> frio abaixo <strong>de</strong> 7ºC acumuladas a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Novembro.A EACB divulgou os valores acumulados <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> frio <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2011 até 28 <strong>de</strong>Fevereiro <strong>de</strong> 2012, segundo os registos obtidos nas estações automáticas da nossa re<strong>de</strong>meteorológica, aplicando para o cálculo das horas <strong>de</strong> frio a fórmula <strong>de</strong> Crossa‐Raynaud:Y= [(7‐ tmin) / (Tmax‐ tmin)] x 24{Y= nº <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> frio diárias, T= Temperatura máxima diária, t = Temperatura mínima diária}5


Quadro 2 – Horas <strong>de</strong> frioHoras <strong>de</strong> frio acumuladas abaixo dos 7 o C a partir <strong>de</strong> 01-11-2011LOCALCOORDENADASNovembro2011Dezembro2011Janeiro2012Fevereiro2012SomaAlcains N: 39 o 55' 00,0'' W: 007 o 28' 17,9'' 66,10 262,70 295,10 308,70 932,60Alcongosta N: 40 o 06' 56,6'' W: 007 o 30' 11,4'' 126,00 293,40 390,30 395,00 1204,70Belmonte N: 40 o 22' 21,0'' W: 007 o 20' 26,3'' 171,40 380,10 429,10 424,50 1405,10Brejo N: 40 o 11' 35,6'' W: 007 o 28' 06,2'' 137,40 328,00 409,40 382,50 1257,30Capinha N: 40 o 10' 57,8'' W: 007 o 22' 10,3'' 130,20 333,50 398,60 402,30 1264,60Cernache N: 39 o 49' 30,4'' W: 008 o 08' 40,4'' 116,60 271,70 344,80 355,90 1089,00C. do Galego N: 39 o 46' 32,9'' W: 007 o 47' 09,5'' 12,30 150,30 184,90 215,20 562,70Ferro N: 40 o 13' 26,0'' W: 007 o 27' 42,9'' 131,50 338,60 405,00 395,40 1270,50Fadagosa N: 40 o 01' 46,5'' W: 007 o 26' 36,3'' 45,10 229,30 265,40 300,20 840,00Lamaçais N: 40 o 18' 27,5'' W: 007 o 23' 53,0'' 162,50 361,00 415,80 390,10 1329,40Malpica N: 39 o 41' 47,1'' W: 007 o 24' 21,1'' 35,40 211,90 272,70 284,20 804,20Oleiros N: 39 o 58' 38,6'' W: 007 o 51' 23,5'' 126,30 293,60 357,50 370,60 1148,00Pedrógão N: 40 o 06' 18,5'' W: 007 o 13' 54,5'' 77,80 257,30 310,10 329,70 974,90Penamacor N: 40 o 14' 50,9'' W: 007 o 15' 50,3'' 158,30 368,50 403,20 414,10 1344,10Ródão N: 39 o 40' 47,5'' W: 007 o 36' 56,4'' 73,80 250,20 333,90 331,60 989,50Várzea N: 39 o 53' 25,1'' W: 007 o 17' 21,0'' 75,80 273,50 348,60 334,90 1032,801.2 ‐ Estações Meteorológicas Automáticas – registos <strong>de</strong> temperatura e precipitaçãoAs estações meteorológicas automáticas estão instaladas em parcelas on<strong>de</strong> sãoacompanhados os postos <strong>de</strong> observação fenológica e os postos <strong>de</strong> observação biológica oulocalizadas muito perto da área da sua influência.Os gráficos que se seguem apresentam os registos meteorológicos dos locais on<strong>de</strong> estãoinstalados alguns postos fenológicos e biológicos das culturas que acompanhamos e queabrangem a zona do Pinhal Interior Sul, Campo Albicastrense e Cova da Beira.De salientar que em 2012 foi consi<strong>de</strong>rado o inverno mais seco dos últimos 40 anos e no final<strong>de</strong> Março já se consi<strong>de</strong>rava gran<strong>de</strong> parte da região em situação <strong>de</strong> seca extrema.6


Temperaturas Médias Mensais e Pluviosida<strong>de</strong> TotalAlcains ‐ 2012Tm (ºC)35302520151050Σ P ( mm )Med. Temp. max (ºC)Med.Temp. min (ºC)Med. Temp.med (ºC)Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezP (mm)200150100500Fig.3 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> Alcains em 2012.Temperaturas Médias Mensais e Pluviosida<strong>de</strong> TotalCernache do Bonjardim ‐ 2012Tm (ºC)35302520151050Σ P ( mm )Med. Temp. max (ºC)Med.Temp. min (ºC)Med. Temp.med (ºC)Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezP (mm)200150100500Fig.4 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim em 2012.7


Temperaturas Médias Mensais e Pluviosida<strong>de</strong> TotalChão do Galego ‐ 2012Tm (ºC)35302520151050Σ P ( mm )Med. Temp. max (ºC)Med.Temp. min (ºC)Med. Temp.med (ºC)Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezP (mm)200150100500Fig.5 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> Chão do Galego em 2012.Temperaturas Médias Mensais e Pluviosida<strong>de</strong> TotalVila Velha <strong>de</strong> Rodão ‐ 2012Tm (ºC)35302520151050Σ P ( mm )Med. Temp. max (ºC)Med.Temp. min (ºC)Med. Temp.med (ºC)Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezP (mm)200150100500Fig.6 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> Vila Velha <strong>de</strong> Rodão em 2012.8


Temperaturas Médias Mensais e Pluviosida<strong>de</strong> Total<strong>Castelo</strong> Novo (Fadagosa) ‐ 2012Tm (ºC)35302520151050Σ P ( mm )Med. Temp. max (ºC)Med.Temp. min (ºC)Med. Temp.med (ºC)Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezP (mm)200150100500Fig.7 – Gráfico dos registos meteorológicos <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Novo em 2012.Temperaturas Médias Mensais e Pluviosida<strong>de</strong> TotalTeixoso (Lamaçais) ‐ 2012Tm (ºC)35302520151050Σ P ( mm )Med. Temp. max (ºC)Med.Temp. min (ºC)Med. Temp.med (ºC)Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezP (mm)200150100500Fig.8 – Gráfico dos registos meteorológicos do Teixoso em 2012.9


Temperaturas MédiasMensais e Pluviosida<strong>de</strong>TotalBelmonte (Torre) ‐ 2012Tm(ºC)353025Σ P ( mm )Med. Temp. max (ºC)Med.Temp. min (ºC)Med. Temp.med (ºC)P (mm)2001502015100105500JanFev Mar AbrMaiJunJulAgoSetOutNovDez0Fig.9 – Gráfico dos registoss meteorológicos <strong>de</strong> Belmonte em 2012.2 – Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Postos <strong>de</strong> Observação FenológicaA observação dos estados fenológicos foi efetuada em plantas representativas do estado <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimentoo médio da cultura nos nossos postoss <strong>de</strong> observação fenológica (POFs).A periodicida<strong>de</strong>semanal das observações está <strong>de</strong>acordo com as diferentes escalas <strong>de</strong>orientação para cada cultura (Bagiollini, Lausanne,Fleckinger,Colbrant, etc.). Os registosreportam‐se ao estado precoce, dominante e tardio, no entanto, nos quadrosqueapresentamos, apenas estão registadas as datas do estado fenológico dominante da cultura.Em 2012, o estado fenológico das fruteiras atrasou, principalmente noinício dovegetativo, cerca duas semanas em comparação com o ano anterior.cicloQuadro 3 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOSDE MACIEIRAS / 2012EstadoFenológicoMacieirasCernacheBonjardimStarkingCernacheBonjardimGol<strong>de</strong>nCernacheBonjardimB. <strong>de</strong> EsmolfeQtª FadagosaB. <strong>de</strong> EsmolfeAB2‐3‐12 9‐3‐1229‐2‐12 2‐3‐122‐3‐12 19‐3‐12C‐‐‐‐‐‐28‐3‐127‐3‐12 13‐03‐1220‐3‐12Qtª LamaçaisB. <strong>de</strong> Esmolfe 13‐3‐12 20‐3‐122 23‐3‐12C3D3E21‐3‐12 ‐‐‐‐ 28‐3‐1221‐3‐12 ‐‐‐‐ 28‐3‐122‐4‐12 ‐‐‐‐ 9‐4‐1227‐3‐12 3‐4‐12 ‐‐‐27‐3‐12 3‐4‐12 ‐‐‐E22‐4‐12F218‐4‐12G17‐4‐12H4‐5‐12I17‐5‐12 J23‐5‐122‐4‐12 18‐4‐12 17‐4‐124‐5‐12 17‐5‐12 23‐5‐1217‐4‐12 26‐4‐12 4‐5‐12 18‐5‐12 23‐5‐12 1‐6‐1210‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐102‐5‐12 14‐5‐12 21‐5‐1210‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐122 2‐5‐12 14‐5‐12 21‐5‐1210


Qt. da TorrePrecoceQt. da TorreTardia7‐3‐12 13‐3‐1213‐3‐1220‐3‐122 20‐3‐1223‐3‐12Qt. da TorreSpur 29‐2‐12 7‐3‐12 13‐3‐1223‐3‐12 27‐3‐12 30‐3‐1227‐3‐12 30‐3‐12 3‐4‐1220‐3‐12 27‐3‐12 30‐3‐123‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐1226‐4‐12 2‐5‐12 21‐5‐1210‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐122 2‐5‐12 14‐5‐12 21‐5‐123‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐1226‐4‐12 14‐5‐12 21‐5‐12Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRAROFonte: DGPC – SNAA; Métodos <strong>de</strong> Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas POMÓIDEASA – Botão <strong>de</strong> inverno/B – Botão inchado/C‐ C 3 – Inchamento aparente/DD – Aparecimentodos botões florais/E‐ E 2 – Sépalas<strong>de</strong>ixamver as pétalas/FF – Primeira Flor/FF 2 – Plena floração/G – Queda das pétalas/H – Queda da última pétala/I ‐‐ VingamentoJ – Engrossamento do fruto(Segundo: Fleckinger, INRA)Quadro 4 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE PEREIRAS / 2012EstadoFenológicoPereirasQtªRibeiroVar.RochaaQtª LamaçaisRochaQtª LamaçaisPré. MorettiniQtª da TorrePrecoceQtª da TorreTardiaA‐‐‐13‐3‐127‐3‐1213‐3‐1213‐3‐12B C3 D9‐3‐12 19‐3‐12 28‐3‐1220‐3‐12 22‐3‐12 24‐3‐1213‐3‐12 20‐3‐12 22‐4‐1220‐3‐12 27‐3‐12 28‐3‐1220‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12E E3 F2 G2‐4‐12 ‐‐‐ 2‐4‐12 9‐4‐1229‐3‐12 30‐3‐12 3‐4‐12 10‐4‐121‐3‐12 3‐4‐12 5‐4‐12 10‐4‐1231‐3‐12 2‐4‐12 3‐4‐12 10‐4‐127‐4‐12 9‐4‐12 10‐4‐1217‐4‐12H I J17‐4‐12 24‐4‐12 4‐5‐1217‐4‐12 26‐4‐12 7‐5‐1217‐4‐12 26‐4‐12 7‐5‐1217‐4‐12 26‐4‐12 2‐5‐1226‐4‐12 2‐5‐122 7‐5‐12Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRARO /Fonte: DGPC – SNAA; Métodos <strong>de</strong> Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas POMÓIDEASA – Botão <strong>de</strong> inverno/BB – Botão inchadoC‐ C 3 – Inchamento aparente/DD ‐D 3 – Aparecimento dos botões florais/E‐ E 2 – Sépalas<strong>de</strong>ixamver as pétalas/FF – Primeira flor/ F 2 – Plena floração/G – Queda das pétalas/H – Queda da última pétala/I –Vingamento/ J‐Engrossamento do fruto(Segundo: Fleckinger, INRA)Quadro 5 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE PESSEGUEIROS / 2012EstadoFenológicoPessegueiroA BQtª Ribeiro(Pessegueiros) Qtª Fadagosa(Pêss.) Ruby RickQtª Fadagosa(Nect.) FlaegloQtª Fadagosa(Pavi.)Tardibelle 11‐2‐12 10‐2‐12 10‐2‐12 10‐2‐12 22‐2‐1217‐2‐1222‐2‐1229‐2‐12C2‐3‐12D9‐3‐12 E19‐3‐1222‐2‐12 29‐2‐12 7‐3‐1229‐2‐12 5‐3‐12 7‐3‐127‐3‐12 9‐3‐12 13‐3‐12F28‐3‐1213‐3‐1213‐3‐1220‐3‐12G H I J9‐4‐12 19‐4‐12 4‐5‐12 111‐5‐1220‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 17‐4‐1220‐3‐12 3‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐123‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐12 24‐4‐1211


Qtª Lamaçais(Pessegos) 17‐2‐12 22‐2‐12 29‐2‐12 7‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 17‐4‐12 24‐4‐12Qtª Lamaçais(Nectarinas) 17‐2‐12 22‐2‐12 29‐2‐12 7‐3‐12 9‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 3‐4‐12 17‐4‐12 24‐4‐12Qtª da Torre(Nectarinas) 17‐2‐12 22‐2‐12 29‐3‐12 7‐3‐12 ‐‐‐ 13‐3‐12 20‐3‐12 3‐4‐12 17‐4‐12 24‐4‐12Qtª da Torre(Pesse.‐ Preco.) 17‐2‐12 22‐2‐12 7‐3‐12 ‐‐‐‐ 13.3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 17‐4‐12 24‐4‐12Estados fenológicos (Fotos) Originais – AZAFRA / (Escala segundo Baggiolini, Lausanne)A – Botão <strong>de</strong> inverno/B – Botão inchado/C – Cálice à vista/D – Corola à vista/E – Estames à vista /F – Flor aberta/G – Queda daspétalas/H – Fruto vingado/I – Jovem fruto/J – Fruto em crescimentoQuadro 6‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE CEREJEIRAS / 2012EstadoFenológicoCerejeirasA B C D E F G H I JCatraiaCimeira 1‐3‐12 9‐3‐12 15‐3‐12 22‐3‐12 28‐3‐12 9‐4‐12 17‐4‐12 23‐4‐12 4‐5‐12 11‐5‐12Chão doGalego 20‐2‐12 1‐3‐12 9‐3‐12 15‐3‐12 22‐3‐12 28‐3‐12 2‐4‐12 9‐4‐12 17‐4‐12 27‐4‐12Montes daSenhora 1‐3‐12 9‐3‐12 15‐3‐12 22‐3‐12 28‐3‐12 2‐4‐12 9‐4‐12 17‐4‐12 24‐4‐12 4‐5‐12Qtª FadagosaVar. Bourlat 17‐2‐12 23‐2‐12 29‐2‐12 7‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐12Qtª FadagosaVar. Sweetheart29‐2‐12 7‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 ‐‐‐ 10‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐12Qtª FadagosaVar. Cristalina 29‐2‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 3‐4‐12 10‐4‐10 17‐4‐12 26‐4‐12 2‐5‐12<strong>Castelo</strong> Novo(Casimi)Bourlat 23‐2‐12 29‐2‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 24‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐12<strong>Castelo</strong> Novo(Casimi)Sunbut 7‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 10‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐12AlcongostaS. Mac.‐Earlise 23‐2‐12 7‐3‐12 13‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐12AlcongostaS. Mac‐ Saco 7‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 30‐3‐12 3‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐12 2‐5‐12LamaçaisPrecoce 7‐3‐12 9‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐12LamaçaisTardia 7‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 10‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐12 2‐5‐12Estados fenológicos (fotos) Azafra / (A – Botão <strong>de</strong> inverno/B – Botão inchado/C – Botões visíveis/D – Botões separados/E – Estames à vista/F – Flor aberta/G – Queda das pétalas/H – Vingamento/I – Cálice tombado/J – Jovem fruto)12


Quadro 7 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE AMENDOEIRAS / 2012EstadoFenológicoAmendoeiraA B C D I D3 E F I G C1 H I JLamaçais 22‐2‐12 29‐2‐12 7‐3‐12 7‐3‐12 9‐3‐12 13‐3‐12 20‐3‐12 27‐3‐12 3‐4‐12 17‐4‐12 27‐4‐12Catraia 15‐2‐12 22‐2‐12 29‐2‐12 1‐3‐12 1‐3‐12 9‐3‐12 19‐3‐12 28‐3‐12 9‐4‐12 22‐4‐12 28‐4‐12Estados fenológicos originais ‐ AZAFRAA – Botão <strong>de</strong> inverno/B – Botão inchado/C – Cálice à vista/D1 – Botão aberto, ver as folhas/D3 – Flores c/ sépalas abertas ver aspétalas/E – Começam a ver os estames/F – Flor aberta/G – Queda das pétalas/C1 – Início do <strong>de</strong>senvolvimento das folhas/H ‐ Ovário em <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sprendimento das sépalas/I ‐ Frutos com 50% <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento/J ‐ Frutos atingem otamanho <strong>de</strong>finitivo.Quadro 8 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DE CITRINOS / 2012EstadoFenológicosCitrinosCernacheBonjardimB C C1 D E F G H I J13‐3‐12 27‐3‐12 2‐4‐12 22‐4‐12 7‐5‐12 17‐5‐12 23‐5‐12 28‐5‐12 3‐6‐12SobreiraFormosa 29‐2‐12 4‐3‐12 19‐3‐12 2‐4‐12 22‐4‐12 29‐4‐12 6‐5‐12 17‐5‐12 28‐5‐12Vila Velha<strong>de</strong> Ródão 6‐3‐12 12‐3‐12 26‐3‐12 2‐4‐12 12‐4‐12 16‐4‐12 29‐4‐12 6‐5‐12 14‐5‐12Estados fenológicos (original <strong>de</strong> DPC / DRAALG)B – Abrolhamento/C ‐ Crescimento dos gomos mistos/C1 ‐ Crescimento dos gomos foliares/D‐ Aparecimento da corola/E‐ Estames visíveis/F‐ Primeira flor/G‐ Plena floração/H ‐Queda das pétalas /I –Vingamento /J‐ Frutos em crescimentoQuadro 9 ‐ ESTADOS FENOLÓGICOS DA VIDEIRA / 2012EstadoFenológicoVinhaA B C D E F G H I J K L MCernacheBonjardim28‐3‐12 2‐4‐12 9‐4‐12 17‐4‐12 4‐5‐12 11‐5‐12 23‐5‐12 1‐6‐12 14‐6‐12 26‐6‐12 11‐7‐12 22‐8‐12Sarzedas 2‐4‐12 9‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐12 18‐5‐12 23‐5‐12 5‐6‐12 14‐6‐12 5‐7‐12 11‐7‐12 26‐7‐12 29‐8‐12SobreiraFormosa 19‐3‐12 28‐3‐12 2‐4‐12 9‐4‐12 17‐4‐12 4‐5‐12 18‐5‐12 23‐5‐12 5‐6‐12 14‐6‐12 5‐7‐12 11‐8‐1213


<strong>Castelo</strong> Novo 27‐3‐12 3‐4‐1210‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐127‐5‐12 14‐5‐12 28‐5‐124‐5‐12 19‐6‐12 2‐7‐129‐7‐12 11‐9‐12Qtª Lamaçais10‐4‐12 26‐4‐122‐5‐12 7‐5‐12 14‐5‐1221‐5‐12 28. 5‐12 4‐5‐1219‐6‐12 25‐6‐12 2‐7‐129‐7‐12 25‐9‐12Qtª da Torre ‐10‐4‐1217‐4‐12 26‐4‐12 7‐5‐1214‐5‐12 21‐5‐12 4‐5‐1211‐6‐12 19‐6‐12 2‐7‐129‐7‐12 21‐9‐12Estadoss fenológicos originais ‐ DGPCA – Gomo <strong>de</strong> inverno/BB – Gomo <strong>de</strong> algodão/C – Ponta ver<strong>de</strong> /E – 2a 3 Folhas livres/F – Cachos visíveis/G – Cachos separados/H – Flores separadas/I – Floração/J – Alimpa/K – Bago <strong>de</strong>ervilha/L – Cacho fechado/M – PintorQuadro 10 ‐ ESTADOSS FENOLÓGICOS DA OLIVEIRA / 2012EstadoFenológicoOlivalABCDEF IF IIGHIJSarzedas 9‐3‐129‐4‐124‐5‐12 18‐5‐1223‐5‐12 5‐6‐12 14‐6‐12 21‐6‐12SobreiraFormosa 22‐2‐1228‐3‐1217‐4‐12 28‐4‐1211‐5‐12 17‐5‐12 23‐5‐12 5‐6‐12Perais29‐2‐129‐4‐1226‐4‐12 18‐5‐1223‐5‐12 5‐6‐12 14‐6‐12 21‐6‐12ESACB27‐3‐12S. MiguelD`Acha27‐3‐123‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐123‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐1228‐5‐12 6‐6‐12 8‐6‐1211‐6‐12 25‐6‐12 29‐10‐1228‐5‐12 6‐6‐12 8‐6‐1211‐6‐12 25‐6‐12Pedrogãoo S.Pedro27‐3‐12 3‐4‐12 17‐4‐12 26‐4‐12Estadoss fenológicos originais – DGPC28‐5‐12 6‐6‐12 8‐6‐1211‐6‐12 25‐6‐12A – Gomo <strong>de</strong> Inverno/BB – Início vegetativo/C – Aparecimento dos botões florais/D – Formação da corola/E – Visualização dosestames/F I – Inicio da floração/FII – Plena floração/G – Frutos formados (queda pétalas)/ H – Lenhificação do caroço/I – Início damaturação/J – Maturação do fruto3 – Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Postos <strong>de</strong> Observação BiológicaA escolha da parcela para instalação doposto <strong>de</strong> observação fenológico (POF) e posto <strong>de</strong>observação biológico (POB) teve em conta a representativida<strong>de</strong> do ponto <strong>de</strong> vista agronómicoda zona on<strong>de</strong> está inserido e pela existência no local ou <strong>de</strong> estar instalada nas proximida<strong>de</strong>suma Estação Meteorológica Automática (EMA) que permita fornecer em tempo útil os dadosclimáticos, fundamentais para acompanhar os inimigos das culturas e <strong>de</strong>terminar aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento.A Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> em2012 fez o acompanhamento <strong>de</strong> 42 POF e <strong>de</strong> 173POB em 19 locaisdispersos por 9 dos 11 concelhos dodistrito <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>. Preten<strong>de</strong>moscom esta dispersão fazer uma cobertura alargadaa duma região que é tão vasta quantoheterogénea, abrangendo aszonas do Pinhal Interior Sul, Campina, Campo Albicastrense eCova da Beira.14


Segue‐se o Quadro com a i<strong>de</strong>ntificação e localização em 2012, dos postos <strong>de</strong> observaçãofenológica (POF) e postos <strong>de</strong> observação biológica (POB).Quadro 11 ‐I<strong>de</strong>ntificação dos Postos <strong>de</strong> Observação Fenológica (POF) ePostos <strong>de</strong> Observação Biológica (POB) ‐ 2012CONCELHOLOCALPOF(cultura)POB(inimigo)PRAGASDOENÇASPomói<strong>de</strong>as(Macieiras /Pereiras)Afí<strong>de</strong>osÁcarosBichadoCocho. <strong>de</strong> S. JoséMosca da frutaPsilasPedradoOídioSertãCernachedoBonjardim(Qtª do Ribeiro)Prunói<strong>de</strong>as(Pessegueiros)VinhaAnársiaMosca da frutaAfí<strong>de</strong>osTraça da uvaCica<strong>de</strong>lí<strong>de</strong>osLepraMonilioseCancroOídioMíldioOídioCitrinosAfí<strong>de</strong>osMosca da frutaMosca brancaLagarta mineiraMíldioProença ‐ a ‐NovaSobreiraFormosa(Giesteiras)CitrinosOlivalAfí<strong>de</strong>osMosca da frutaLagarta mineiraTraça da oliveiraEuzophera pinguisPalpita vitrealisMosca da azeitonaMíldioOlho <strong>de</strong> PavãoGafaVinhaTraça da uvaCica<strong>de</strong>li<strong>de</strong>osMíldioOídioMontesdaSenhoraPrunói<strong>de</strong>as(Cerejeiras)Afí<strong>de</strong>osMosca da cerejaCarocho negroMonilioseCancroChão do GalegoPrunói<strong>de</strong>as(Cerejeiras)Afí<strong>de</strong>osMosca da cerejaCarocho negroMonilioseCancroCatraia CimeiraPrunói<strong>de</strong>as(Cerejeiras)(Amendoeiras)Afí<strong>de</strong>osCarocho negroMosca da cerejaCarocho negroMonilioseCancro15


PerdigãoOlivalEuzophera pinguisPalpita vitrealisTraça da oliveiraMosca da AzeitonaOlho PavãoGafaVila Velha <strong>de</strong>Rodão<strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>PeraisSarzedasE.S.A.C.B.Louriçal Campo(Qtª da Nave)Citrinos Mosca da Fruta MildioOlivalOlivalVinhaOlivalPomói<strong>de</strong>as(Macieiras)Traça da oliveiraEuzophera pinguisPalpita vitrealisMosca da azeitonaTraça da oliveiraMosca da azeitonaTraça da uvaCica<strong>de</strong>li<strong>de</strong>osTraça da oliveiraMosca da azeitonaÁcarosAfí<strong>de</strong>osBichadoCocho. S. JoséOlho <strong>de</strong> PavãoGafaOlho <strong>de</strong> PavãoGafaMíldioOídioOlho <strong>de</strong> PavãoGafaPedradoOídioIdanha‐a‐NovaS. Miguel.D`Acha(Qtª doArrojado)OlivalTraça da oliveiraMosca da azeitonaOlho <strong>de</strong> PavãoGafa<strong>Castelo</strong> NovoVinhaOlivalTraça da uvaCica<strong>de</strong>li<strong>de</strong>osEuzophera pinguisPalpita vitrealisMosca da azeitonaMíldioOídioOlho <strong>de</strong> PavãoGafaFundãoPomói<strong>de</strong>as(Macieiras)ÁcarosAfí<strong>de</strong>osBichadoCocho. S. JoséPedradoOídio<strong>Castelo</strong> Novo(Qtª Fadagosa)<strong>Castelo</strong> Novo(Casimiro)Alcongosta(Qtª <strong>de</strong>S. Macário)Prunói<strong>de</strong>as(Cerejeiras)Prunói<strong>de</strong>as(PessegueirosNectarinas)Afí<strong>de</strong>osMosca da cerejaCarocho negroAfí<strong>de</strong>osAnársiaMosca da frutaMonilioseCancroLepraMonilioseCancroOídio(Cerejeiras) Mosca da cereja MoniliosePrunói<strong>de</strong>as(Cerejeiras)Afí<strong>de</strong>osMosca da cerejaCarocho negroMonilioseCancroPenamacorP.S.Pedro(Qta Estacal)OlivalTraça da oliveiraMosca da azeitonaOlho <strong>de</strong> PavãoGafa16


Pomói<strong>de</strong>asMacieiras / PereirasÁcarosAfí<strong>de</strong>osBichadoCocho. S. JoséPsilasPedradoOídioCovilhãTeixoso(Qtª <strong>de</strong>Lamaçais)Prunói<strong>de</strong>as(PessegueirosNectarinas)Prunói<strong>de</strong>as(Cerejeiras)Afí<strong>de</strong>osAnársiaMosca da frutaAfí<strong>de</strong>osMosca da cerejaCarocho negroLepraMonilioseCancroOídioMonilioseCancroVinhaTraça da uvaCica<strong>de</strong>lí<strong>de</strong>osMíldioOídioBelmonteColmeal daTorre(Qtª da Torre)Prunói<strong>de</strong>as(PessegueirosNectarinas)Pomói<strong>de</strong>asMacieiras / PereirasAfí<strong>de</strong>osAnársiaMosca da frutaÁcarosAfí<strong>de</strong>osBichadoCocho. S. JoséPsilasLepraMonilioseCancroOídioPedradoOídioVinhaTraça da uvaCica<strong>de</strong>li<strong>de</strong>osMíldioOídioCulturas Acompanhadas pela Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> Agrícolas <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>4 ‐ VINHAO acompanhamento do estado fenológico da vinha registou‐se em 6 POF.A monitorização <strong>de</strong> pragas e doenças foi acompanhada em 24 POB.Para esta cultura foram emitidos apenas 6 aconselhamentos, meta<strong>de</strong> dos quais dirigidos parao oídio com 3 recomendações.Segue‐se o gráfico com a dispersão mensal das circulares emitidas para a cultura da vinha em2012.17


<strong>Avisos</strong> emitidos para a Vinha - 2012Nº <strong>de</strong> Tratamentos6543210D. lenhoOídioEscorioseM.CulturaisFig. 10– Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura da vinha.4.1 ‐ Pragas4.1.1‐ Traça da uva (Lobesia botrana)Monitorização dapraga:• Colocação <strong>de</strong> armadilhas sexuais tipo <strong>de</strong>lta com feromonasexual• Observação visual (ninhos, ovos e perfurações)Dinâmica populacional daTraça da uvaCapturas <strong>de</strong>Lobesia botrana - 2012Nº <strong>de</strong> capturas sem anais4540353025201510Cast. NovoLamaçaisQtª da TorreCernaheSarzedasSobreira502-M ai9-M ai16-Mai2323-Mai30-M ai6-Ju n3-Jun20-Jun27-Ju n4134-Jul11-Ju l18-Ju l25-J5-Ju l1-Ago8-Ago15-AgAgo22-Ago29-AgoSet12-Set19-Set5-Se26-SetFig 11. – Monitorização daTraça da uvanos POBs <strong>de</strong><strong>Castelo</strong> Novo, Lamaçais, Belmonte Cernache,Sarzedas e Sobreira.18


Aconselhamento:Foi seguida a dinâmica populacional da traça da uva mas, tal como se tem registado nosúltimos anos, não houve necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aconselhar uma intervenção contra esta praga,pois o nível economico <strong>de</strong> ataque (1‐10%) ao nível <strong>de</strong> cachos perfurados, nunca foi atingidonos POBs instalados na zona do Pinhal Sul e Campo Albicastrense.Também o nivel populacional da praga nos POB da Soalheira, Lamaçais e Belmonte foi baixo,não se justificando realizar tratamento.No entanto, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar o registo <strong>de</strong> duas gerações, a primeira em finais <strong>de</strong> Junho e asegunda no início <strong>de</strong> Agosto.4.1.2 ‐ Cica<strong>de</strong>lí<strong>de</strong>os ou cigarrinha ver<strong>de</strong> (Empoasca vitis)Monitorização da praga:• Colocação <strong>de</strong> armadilhas cromotrópicas amarelas• Evolução <strong>de</strong> ninfasDinâmica populacional da cigarrinha ver<strong>de</strong>Capturas <strong>de</strong> cica<strong>de</strong>li<strong>de</strong>os em vinha - 2012125Nº <strong>de</strong> capturas semanais100755025Cast. NovoQtª <strong>de</strong> LamaçaisQtª da TorreQtª do RibeiroSarzedasSobreira025-Abr2-Mai9-Mai16-Mai23-Mai30-Mai6-Jun13-Jun20-Jun27-Jun4-Jul11-Jul18-Jul25-Jul1-Ago8-Ago15-Ago22-Ago29-Ago5-Set12-Set19-Set26-Set3-OutFig.12 – Monitorização dos Cica<strong>de</strong>lí<strong>de</strong>os nos POB <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Novo, Teixoso, Belmonte, Cernache.19


Aconselhamento:As armadilhas foram colocadas ao nível da folhagem e as contagens foram semanais.As placas cromotropicas foram renovadas quinzenalmente e observadas à lupa.No acompanhamento que foi feito nos POBs da região, as observações realizadas nuncaatingiram o nível económico <strong>de</strong> ataque (50 ninfas/ 100 folhas), não se justificando a emissãodo aviso para tratamento <strong>de</strong>sta praga. Este ano continuámos com a malha alargada <strong>de</strong>observações com a colocação <strong>de</strong> mais placas cromotropicas em diversos locais, tendo porobjectivo a prospecção na região <strong>de</strong> outra espécie <strong>de</strong> cica<strong>de</strong>lí<strong>de</strong>o, o Scaphoi<strong>de</strong>us titanus,responsável pela transmissão do virus da flavescência dourada nas vinhas. As placas analisadasapresentaram resultados negativos em relação à espécie <strong>de</strong> cica<strong>de</strong>lí<strong>de</strong>o Scaphoi<strong>de</strong>us titanusque até ao momento continua a não ser <strong>de</strong>tetada no distrito <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>.4.2 ‐ Doenças4.2.1 ‐ Escoriose (Phomopsis viticola)A Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> recolheu informação regional sobre a doença durante orepouso vegetativo e ao longo <strong>de</strong> todo o ciclo vegetativo da vi<strong>de</strong>ira assinalando a existência ounão <strong>de</strong> sintomas da doença.Monitorização da doença:Inverno: <strong>de</strong>tecção da doença (observação <strong>de</strong> sintomas nas varas, presença <strong>de</strong> varasesbranquiçadas com picní<strong>de</strong>os)Primavera/Verão: acompanhamento da doençaAconselhamento:• registo semanal da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ataque em parcelas sensíveis <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oabrolhamento até ao atempamento das varas• avaliação final da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ataque (incidência e severida<strong>de</strong>)A estratégia seguida pela EACB tem como objectivo a protecção preventiva nos períodos <strong>de</strong>maior sensibilida<strong>de</strong> da planta à doença. Assim, a emissão das circulares <strong>de</strong> avisos teve ematenção o seguinte:• medidas profiláticas (podas, <strong>de</strong>sinfecções, queima <strong>de</strong> materialinfectado e selecção <strong>de</strong> garfos para enxertia)• períodos <strong>de</strong> maior sensibilida<strong>de</strong>: estados fenológicos D ( saída dasfolhas) e E (folhas separadas)• chamada <strong>de</strong> atenção aos viticultores para a realização dos tratamentosà medida que se atingiam os estados fenológicos sensíveis (D/E) nassuas vinhas20


Aconselhamento:A EACB emitiu a circular nº 1 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> janeiro o aconselhamento <strong>de</strong> medidas profiláticas tendopor objetivo a redução do inoculo da doença. Na circular nº 5 <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> abril foi renovada aestratégia para a proteção da doença, nomeadamente aconselhou‐se o viticultor a ter ematenção os períodos <strong>de</strong> maior risco da doença e qual o tipo <strong>de</strong> luta química a adotar. Para talalertámos os viticultores para avaliarem as suas parcelas em relação ao estado fenológico maissensível à doença e a optar <strong>de</strong>pois por uma das duas estratégias <strong>de</strong> tratamentos apresentadasque melhor se enquadre nas vinhas.4.2.2 ‐ Oídio (Erysiphe necator)A Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> recolheu informação regional sobre a doença ao longo<strong>de</strong> todo o ciclo vegetativo da vi<strong>de</strong>ira: existência ou não <strong>de</strong> ataques no início do ciclo,originados por micélio hibernante nas escamas dos gomos e presença ou não <strong>de</strong> cleistotecasnas folhas.Monitorização da doença:Inverno ‐ <strong>de</strong>tecção da doença com observação <strong>de</strong> sintomas nas varas (presença <strong>de</strong> varasenegrecidas)Primavera/Verão ‐ avaliação semanal da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ataque em parcelas <strong>de</strong> referência.Previsão do risco: A estratégia seguida pela EACB foi a protecção preventiva baseada nosperíodos <strong>de</strong> maior sensibilida<strong>de</strong> da planta e nas condições favoráveis à doença.Aconselhamento:• Períodos <strong>de</strong> maior sensibilida<strong>de</strong> da planta : cachos visíveis, botõesflorais separados a fecho dos cachos• Condições favoráveis à doença (HR>25% e entre 10ºC


Aconselhamento:A EACB emitiu a circular nº 7 no dia 8 <strong>de</strong> maio porque muitas vinhas da região já seencontravam nesta altura nos estados fenológicos cachos visíveis (F) e cachos separados (G),estados fenológicos muito sensíveis ao oídio, pelo que foi aconselhado a realização <strong>de</strong>tratamento nesta fase, dando preferência ao enxofre em pó.Na circular nº 10 <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> junho, as condições meteorológicas <strong>de</strong>corriam favoráveis ao<strong>de</strong>senvolvimento da doença, registando‐se temperatura amena e humida<strong>de</strong> relativa alta,aconselhando‐se tratamento dada a fase também muito sensível das vinhas (Floração/Alimpa)períodos <strong>de</strong> elevado risco para as infeções <strong>de</strong> oídio.Na circular nº11 <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> julho encontrando‐se as vinhas no estado fenológico dominante bago<strong>de</strong> ervilha (K) fase sensível ao oídio, foi aconselhado manter a vinha protegida até ao fecho docacho. Também se aconselharam medidas culturais, pois nesta fase as vinhas <strong>de</strong>vem estar bemorientadas, realizando‐se <strong>de</strong>spontas e <strong>de</strong>spampas a<strong>de</strong>quadas para promover um bomarejamento dos cachos e uma boa eficácia dos produtos fitofarmacêuticos aplicados.No presente ano o oídio manifestou‐se com gran<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> nas vinhas que seencontravam <strong>de</strong>siquilibradas e que apresentavam falta <strong>de</strong> arejamento e em algumas castasmais susceptíveis ou que apresentavam maior vigor.4.2.3 ‐ Míldio (Plasmopara viticola)Monitorização da doença: Primavera/Verão• Detecção das primeiras manchas• Avaliação semanal da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ataque em parcelas <strong>de</strong> referência• Estados fenológicos particularmente sensíveis ao míldio(planta com 7‐8 folhas, pré‐floração e alimpa)Previsão do risco: Previsão das primeiras infecções aplicando‐se a regra dos três 10• Periodo <strong>de</strong> incubação e saída das primeiras manchas• Previsão das infecções secundáriasO acompanhamento <strong>de</strong>sta doença foi efectuado através <strong>de</strong> observações fenológicas,biológicas e <strong>de</strong> parâmetros climáticos, com periodicida<strong>de</strong> semanal, com o objectivo <strong>de</strong>avaliarmos os períodos <strong>de</strong> risco da doença, nomeadamente as condições <strong>de</strong> contaminaçãodas infecções primárias.As EMAs estão também preparadas com mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> previsão, nomeadamente para omo<strong>de</strong>lo do míldio – regra dos 10, cujos registos apresentamos seguidamente em relação aospostos biologicos que foram acompanhados.22


Segue‐se a análise dos dados meteorológicos nos diferentes POB em que foi realizadaa monitorização do míldio.Registos <strong>de</strong> previsão do míldio – Cernache do BonjardimFig.13 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola) no POB <strong>de</strong> Cernache do BonjardimRegistos <strong>de</strong> previsão do míldio – Chão GalegoFig.14 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola) no POB <strong>de</strong> Chão do Galego (Sobreira Formosa)23


Registos <strong>de</strong> previsão do míldio – AlcainsFig.15 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola) no POB <strong>de</strong> SarzedasRegistos <strong>de</strong> previsão do míldio – <strong>Castelo</strong> NovoFig.16 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola) no POB <strong>de</strong> Fadagosa (<strong>Castelo</strong> Novo)24


Registos <strong>de</strong> previsão do míldio – LamaçaisFig.17 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola) no POB <strong>de</strong> LamaçaisRegistos <strong>de</strong> previsão do míldio – BelmonteFig. 18 – Monitorização <strong>de</strong> Míldio (Plasmopara vitícola) no POB da Qtª da Torre (Belmonte)25


Aconselhamento:Na região da Beira Interior,normalmente, a pressão da doença é reduzida não havendonecessida<strong>de</strong>, salvo em anosexcepcionais, <strong>de</strong> realizar tratamentos para além do estadofenológico K (grão<strong>de</strong> ervilha) ).Analisando os registos obtidos do mo<strong>de</strong>lo regra dos10 das EMA que estãoafetas aos POBsque acompanhamos, observa‐se que não estiveram reunidas as condições para o<strong>de</strong>senvolvimentoo <strong>de</strong>sta doença.No presente anoa EACB nãoemitiu circular <strong>de</strong> aviso par ao míldio pois consi<strong>de</strong>rou não sernecessário fazer tratamentoespecífico para esta doença, e o míldio praticamente não semanifestou nas vinhas da região.5 ‐ POMÓIDEAS – Macieiras e PereirasO acompanhamento do estado fenológicoo dos pomares registou‐se em 5 POF.A monitorização <strong>de</strong> pragas e doenças foi acompanhada em 34 POBPara as Pomói<strong>de</strong>as foram emitidos 30 aconselhamentos e o maior número foi dirigido nasdoenças para o pedrado com 6 e nas pragas para o bichado também com 6 recomendações.Segue‐se o gráfico com a dispersão mensal dos avisoss emitidos para as pomói<strong>de</strong>as em 2012.<strong>Avisos</strong> emitidos para POMÓIDEAS - 2012Nº <strong>de</strong> Tratamentos302520151050JanFev Mar AbrMaiJunJulAgo Set Out Nov DezTotalM.profil.CecidomiaPsilaAranhiçoPedradoOídioAfíd.cinzBichadoCoch.S.JAfíd.ver.Mosca FrutaTrat. Out.Fig. 19 – Representação gráfica dos avisos emitidos para Pomói<strong>de</strong>as.5.1 ‐ Pragas5.1.1 ‐ Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi)Metodologia seguida:• Estudo da eclosãotabuinhas)das larvasprovenientes dos ovos <strong>de</strong> Inverno (métodoo das26


• Avaliação da taxa <strong>de</strong> ocupação das formas móveis em folhas na Primavera e Verão• Método: Segmentos ocupados com ovos <strong>de</strong> Inverno em tábuas com vaselina eefectuar a contagem das larvas eclodidas semanalmente• Amostra: 2 tábuas cada com um ramo <strong>de</strong> 2 anos com cerca <strong>de</strong> 20 cmApresenta‐se no quadro abaixo, para cada tábua e data <strong>de</strong> observação, o nº <strong>de</strong> larvaseclodidas entre essa observação e a prece<strong>de</strong>nte e o somatório <strong>de</strong> larvas eclodidas atéà referida data; são também referidos os quantitativos relativos à totalida<strong>de</strong> dastábuas e os estados fenológicos das macieiras.Seguem‐se os quadros com os dados obtidos nos diferentes postos <strong>de</strong> observaçãorelativos à eclosão das larvas <strong>de</strong> aranhiço vermelho.Quadro 12 ‐ Aranhiço vermelho (Qtª do Ribeiro ‐ Cernache do Bonjardim) ‐ 2012N º <strong>de</strong> larvas eclodidas (entre datas <strong>de</strong> observação)PLACASDatas <strong>de</strong> observação7/ Março14/Março21/Março 28/Março 4/Abril 11/Abril 18/Abril 26/Abril1 0 10 7 15 8 14 38 92 0 5 4 3 6 11 22 1Σ 0 15 11 18 14 25 60 10EstadoFenológicoB C3 D3 E E2 F 2 H HQuadro 13 ‐ Posto Biológico (Qtª da Fadagosa – <strong>Castelo</strong> Novo) ‐ 2012N º <strong>de</strong> larvas eclodidas (entre datas <strong>de</strong> observação)PLACASDatas <strong>de</strong> observação29‐7/ MarçoFevereiro14/Março 21/Março 28/Março 4/Abril 11/Abril1 0 6 7 7 1 0 02 0 21 23 3 2 0 0Σ 0 27 30 10 3 0 0EstadoFenológicoA A B C C3 D3 E227


Quadro 14 ‐ Posto Biológico (Q. tª <strong>de</strong> Lamaçais – Teixoso) ‐‐ 2012N º <strong>de</strong> larvas eclodidas (entre datas <strong>de</strong> observação)Σ 0 17 37 18 25 7 0EstadoFenológicoA A A B C3 D3 E2Quadro 15 ‐ Posto Biológico (Q. tª da Torre – Belmonte) ‐‐ 2012N º <strong>de</strong> larvas eclodidas (entre datas <strong>de</strong> observação)Σ 0 2 17 26 38 19 0EstadoFenológicoA A B C D3 E2 FQuadro 16 ‐ Posto Biológico (Q. tª do Espinhal – Casteleiro) ‐‐2012N º <strong>de</strong> larvas eclodidas (entre datas <strong>de</strong> observação)PLACASDatas <strong>de</strong> observação29‐7/ MarçoFevereiro14/Março 21/Março 28/Março 4/Abril 11/Abril1 0 12 23 8 7 5 02 0 5 14 10 18 2 0PLACASDatas <strong>de</strong> observação29‐7/ MarçoFevereiro14/Março 21/Março 28/Março 4/Abril 11/Abril1 0 0 0 4 7 6 02 0 2 17 22 31 13 0PLACASDatas <strong>de</strong> observação29‐7/ MarçoFevereiro14/Março 21/Março 28/Março 4/Abril 11/Abril1 0 0 13 5 8 5 12 0 0 14 8 24 9 0Σ 0 0 21 13 32 14 1EstadoFenológicoA A B C C3 D3 HPara o estudo da eclosão das larvas foi utilizado o método das tabuinhas o qual consiste emrecolher ramos <strong>de</strong> 2 anos com aproximadamente 20 cm e são observados à lupa binocularpara contabilizar os ovos <strong>de</strong> Inverno neles existentes. Os ramos são presos em tábuas comvaselina sendo estas <strong>de</strong>pois colocadas, voltadas para baixo, numa árvore do pomar. Foramcolocadas 2 tábuas por cada posto biológico. As contagens das eclosões das larvas foramefetuadas uma vez por semana.28


Dinâmica populacional do aranhiço vermelhoEclosão <strong>de</strong> (Panonychus ulmi - Aranhiço vermelho) emtábuas <strong>de</strong> eclosão -- 2012Nº <strong>de</strong> eclosões semanais706050403020100Qtªdo RibeiroQtª FadagosaQtª LamaçaisQtª TorreQtª Espinhal22-F ev29-F ev7-Mar14-M ar21-Mar28-Mar4-Abr11-Abr18-Abr25-Abr2-MaiFig. 20 – Monitorização da eclosão das larvas <strong>de</strong> (Panonychus ulmi – Aranhiço vermelho) provenientes<strong>de</strong> ovos <strong>de</strong> Inverno nos POBs <strong>de</strong> Cernache do Bonjardim, <strong>Castelo</strong> Novo, Teixoso. Belmonte e Casteleiro.Estimativa das populações <strong>de</strong> formas móveis <strong>de</strong> ácaros fitófagos.Para este estudo recolhemos semanalmente amostras <strong>de</strong> 100 folhas no pomar as quais sãoobservadas individualmente à lupa binocular para <strong>de</strong>terminação da percentagem <strong>de</strong> ocupação.Consi<strong>de</strong>ra‐se folha ocupada quando apresenta pelo menos uma forma móvel.Aconselhamento:O controlo <strong>de</strong>sta praga começou no Inverno com a indicação <strong>de</strong> tratamento às formashibernantes com a emissão da circular nº 2 no dia 20 <strong>de</strong> fevereiro. Na circular nº 4 emitida nodia 26 <strong>de</strong> março foi aconselhado um tratamento, por se ter observado o início das eclosões daslarvas, aconselhando‐se um produto <strong>de</strong> ação ovicida.A circular nº 6 do dia 20 <strong>de</strong> abril, aconselhou os tratamentos com larvicidas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> atingidoo pico <strong>de</strong> eclosão das larvas. A circular nº 12 <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> julho, recomendou que fosse aplicadonos pomares a estimativa <strong>de</strong> risco e só realizar um tratamento se fosse atingido o NEA (50‐75%<strong>de</strong> folhas ocupadas com formas móveis) pois nesta altura a expansão da praga apresentava‐selocalizada e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do histórico <strong>de</strong> cada pomar.29


5.1.2 ‐ Bichado (Cydia pomonella)A metodologia utilizada pela EACB para monitorizar esta praga e avaliar a estimativa <strong>de</strong> riscofoi a seguinte:• Avaliação do somatório das temperaturas acumuladas• Determinação da curva <strong>de</strong> voo utilizando armadilha sexual tipo <strong>de</strong>lta com difusor <strong>de</strong>feromona• Métodos <strong>de</strong> previsãoA periodicida<strong>de</strong> das observações foi semanal e a mudança <strong>de</strong> feromona <strong>de</strong>correu no período<strong>de</strong> 5 a 6 semanas. A armadilha foi instalada no POB antes do aparecimento dos primeirosadultos.Métodos <strong>de</strong> Previsão <strong>de</strong> Bichado:Os métodos <strong>de</strong> previsão <strong>de</strong> bichado servem para estudar a dinâmica das populações.Os métodos <strong>de</strong> previsão baseiam‐se em temperaturas crepusculares, curvas <strong>de</strong> voo(utilização <strong>de</strong> armadilhas sexuais com feromonas), observação <strong>de</strong> posturas em folhas e frutos e<strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> penetrações, utilização <strong>de</strong> cintas <strong>de</strong> cartão canelado, insectário com caixas <strong>de</strong>eclosão, bem como, a soma das temperaturas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.Consi<strong>de</strong>rando o somatório das temperaturas médias diárias acima <strong>de</strong> 10 ºC (zero <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento) nos diversos POB que são acompanhados, obtivemos os seguintes registos:Quadro 17 – Fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e somatório <strong>de</strong> temperaturas <strong>de</strong> Bichado em 2012.Fases <strong>de</strong> DesenvolvimentoΣ Temperatura> 10ºCQtª do Ribeiro(Cernache)Qtª Fadagosa(Soalheira)Qtª Lamaçais(Teixoso)Qtª da Torre(Belmonte)Início do voo 90º C 16 abril 25 março 8 maio 11 maioInício das posturas 130ºC 10 maio 2 abril 12 maio 15 maioInício das penetrações 200ºC 17 maio 10 maio 23 maio 26 maioPico do vooda 1ª geração340ºC 6 junho 24 maio 7 junho 12 junhoPrimeiras larvasa saírem dos frutos470º C 24 junho 5 junho 26 junho 3 julhoInício da 2ª geração 700º C 17 julho 26 junho 13 julho 18 julhoPico do vooda 2ª geração780º C 23 julho 3 julho 19 julho 24 julho30


Para <strong>de</strong>terminar a data do 1º tratamento, <strong>de</strong>termina‐se o número <strong>de</strong> dias entre a postura e asaída das larvas, aplicando a fórmula <strong>de</strong> Azzi (N=90/Tm‐10).O zero <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do embrião situa‐se a 10º C e exige, para se completar, um total <strong>de</strong>90º C.A data <strong>de</strong> tratamento é calculada <strong>de</strong> modo a que quando as larvas eclodirem, os frutos já<strong>de</strong>vem estar cobertos com um inseticida homologado para o efeito.Monitorização do bichado (Cydia pomonella)em pomares <strong>de</strong>r macieirasNº <strong>de</strong> capturas semanais252015105028-Mar4-Abr11-AbrCapturas <strong>de</strong> Cydia pomonella em Macieiras - 2012Fig. 21 – Gráfico da curva <strong>de</strong> voo <strong>de</strong> bichado em macieira, em quatro postos biológicos, a sul da Serra daGardunha (Cernache <strong>de</strong> Bonjardim ‐ Qtª do Ribeiro) e (<strong>Castelo</strong> Novo ‐ Qtª da Fadagosa) a norte da serrada Gardunha na Cova da Beira na (Teixoso ‐ Qtª <strong>de</strong> Lamaçais) e (Belmonte ‐ Qtª da Torre).Nota: Os tratamentos ovicidas são assinalados com setas ver<strong>de</strong>s, os larvicidas a vermelho e a azul arenovação dos tratamentos.Monitorização do bichado (Cydia pomonella)em pomares <strong>de</strong> pereirasQtª do RibeiroQtª FadagosaQtª LamaçaisQtª da Torre18-Abr25-Abr2-Mai9-Mai16-Mai23-Mai30-Mai6-Jun13-Jun20-Jun27-Jun4-Jul11-Jul18-Jul25-Ju l1-Ago8-Ago15-Ago22-Ago29-Ag o5-Set12-Set19-Set26-Set31


Fig.22 – Gráfico da curva <strong>de</strong> voo <strong>de</strong> bichado em pereiras nos postos biológicos, a sul da Serra daGardunha (Cernache <strong>de</strong> Bonjardim ‐ Qtª do Ribeiro) e a norte da serra da Gardunha na Cova da Beira(Teixoso ‐ Qtª <strong>de</strong> Lamaçais) e (Belmonte ‐ Qtª da Torre).Nota: Os tratamentos ovicidas são assinalados com setas ver<strong>de</strong>s, os larvicidas a vermelho e a azul arenovação dos tratamentos.Aconselhamento:As recomendações emitidas nas circulares tiveram por base o NEA e a indicação do modo <strong>de</strong>ação dos produtos a utilizar, ovicida ou larvicida, conforme as gerações da praga e em funçãoda dinâmica populacional do bichado.O tratamento ovicida na 1ª geração <strong>de</strong> bichado foi emitido a 14 maio, pois foram observadas a7 <strong>de</strong> Maio as primeiras posturas nas folhas.O tratamento larvicida contra a 1ª geração <strong>de</strong> bichado foi emitido a 25 <strong>de</strong> maio quando severificaram as primeiras penetrações nos frutos na Qtª da Fadagosa e Qtª <strong>de</strong> Lamaçais.Aconselhou‐se a renovação do tratamento a 11 <strong>de</strong> Junho porque o voo mantinha‐se elevadoem alguns POBs, como se po<strong>de</strong> observar no gráfico na Qtª do Ribeiro e Qtª da Torre.O voo da segunda geração teve começou no início <strong>de</strong> junho.O tratamento ovicida na 2ª geração foi recomendado a 3 <strong>de</strong> julho e o larvicida a 9 <strong>de</strong> julho, a1ª renovação foi indicada a 25 <strong>de</strong> julho e a 2ª renovação a 24 <strong>de</strong> agosto.Segundo os resultados obtidos do acompanhamento e da observação biológica da praga nosPOBs, os tratamentos para o bichado, foram indicados nas seguintes datas:32


Tratamentos ‐‐1ª geração2ª geração14/5 3/7 ‐ produtos com ação ovicida25/5 9/7 ‐ * produtos com ação larvicida11/6 25/7 ‐ renovação tratamento24/8 ‐ renovação tratamento* Nota: O tratamento larvicida na 2ª geração foi indicado no mesmo aviso do ovicida (CircularNº 11/2012).5.1.3 ‐ Afí<strong>de</strong>os (Aphis pomi e Dysaphis plantagineae)Metodologia:Observação visual <strong>de</strong> 100 órgãos (rebentos, inflorescências, infrutescências) em 50 árvorespara seguir a evolução das populações a partir do estado fenológico C e registar apercentagem (%) <strong>de</strong> órgãos infestados.O Dysaphis plantagineae é uma praga muito importante em que existe necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervirlogo que são <strong>de</strong>tectados os primeiros indivíduos no pomar. A simples presença do afí<strong>de</strong>ocinzento no pomar é indicativa <strong>de</strong> uma intervenção fitossanitária.Aconselhamento:Em 2012 foi aconselhado um tratamento a 8 <strong>de</strong> Maio para Dysaphis plantagineae e umtratamento a 11 <strong>de</strong> Junho para o Aphis pomi referindo‐se também a importância do agricultorfazer a avaliação da estimativa <strong>de</strong> risco no seu pomar e tratar em função do nível económico<strong>de</strong> ataque (15% <strong>de</strong> rebentos atacados)Consi<strong>de</strong>ramos que este ano, na generalida<strong>de</strong> dos pomares, a praga não teve uma pressão fortena cultura.5.1.4 ‐ Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata)Metodologia:Para <strong>de</strong>terminação da curva <strong>de</strong> voo foram instaladas garrafas mosqueiras com atractivotrimedlure mais a solução <strong>de</strong> hidrolisado <strong>de</strong> proteína.No presente ano comparámos a eficácia <strong>de</strong> capturas da garrafa mosqueira mais trimedlurecom armadilha <strong>de</strong>lta mais trimedlure e verificámos que a garrafa mosqueira tem po<strong>de</strong>ratrativo superior a esta armadilha, que apesar <strong>de</strong> ser mais pratica <strong>de</strong> manusear, não é tãoeficaz a capturar como a garrafa mosqueira.33


Ceratitis capitata em Macieiras ‐ 201225Nº <strong>de</strong> Capturas semanais2015105G. MosqueiraArm. Delta0Fig.23 – Monitorização da Ceratitis capitata em macieiras no POB <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim.Aconselhamento:Em 2012 o ataque da mosca, tal como aconteceu no ano anterior, em geral não foi relevantenos pomares <strong>de</strong> pomói<strong>de</strong>as da região, por isso apenas foi aconselhado um tratamento contraesta praga na circular nº 13 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> agosto dirigido às varieda<strong>de</strong>s tardias, com uma notaimportante <strong>de</strong> recomendação para o agricultor ter sempre em atenção o intervalo <strong>de</strong>segurança do produto fitofarmacêutico a utilizar, na medida em que já estava perto o início dacolheita.5.1.5 ‐ Cochonilha <strong>de</strong> São José (Quadraspidiotus perniciosus)Metodologia:Determinar o somatório da temperatura com base nas temperaturas médias diárias superioresao zero <strong>de</strong> <strong>de</strong>sensolvimento da praga que é 7,3º C <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Janeiro do ano.Antes do início das eclosões colocam‐se armadilhas <strong>de</strong> intercepção para ninfas que são cintasou fitas a<strong>de</strong>sivas <strong>de</strong> cor branca, sendo a<strong>de</strong>sivas <strong>de</strong> ambos os lados para permitirem boa fixaçãoaos ramos e permitir a captura das ninfas. As armadilhas são colocadas em abril e sãorenovadas semanalmente, com observação e contagem à lupa binocular para <strong>de</strong>tectar asprimeiras ninfas móveis e <strong>de</strong>terminar o início, pico e fim das eclosões.As armadilhas sexuais para capturar os machos foram colocadas em março para <strong>de</strong>terminar oinício <strong>de</strong> voo dos machos da geração hibernante conforme apresentado no quadro seguinte.34


Quadro 18 ‐ Somatório <strong>de</strong> temperaturas acumuladas para adultos e ninfas da 1ª e 2ªgeração registadas no POB <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim em 2012Fase<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>Início do voo dos machos dageração hibernanteAparecimento das ninfas da 1 ªgeraçãoFim da 1º geraçãoSomatório <strong>de</strong>temperaturas (> 7,3 ºC<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Janeiro)200ºC500ºC770ºCData201210 <strong>de</strong> abril25 <strong>de</strong> maio24 <strong>de</strong> junhoNo POB <strong>de</strong> Cernache do Bonjardim registámos a emergência das ninfas da 1ª geração no dia 25<strong>de</strong> Maio com 500º graus acumulados e o fim da 1ª geração no dia24 <strong>de</strong> Junho.Dinâmica populacional da Cochonilha <strong>de</strong> S. José- 201218161412108642014-Mar21-Mar28-Mar04-Abr11-Abr18-Abr26-Abr02-Mai09-Mai16-Mai23-Mai30-Mai06-Jun13-Jun20-Jun27-Jun04-Jul11-Jul18-Jul25-Jul01-Ago08-Ago16-Ago22-Ago29-AgoNinfasMachosFig. 24 – Curva <strong>de</strong> eclosãoo dos machos e ninfas da cochonilha <strong>de</strong> S.José no POB<strong>de</strong> CernacheAconselhamento:Foi emitido um aviso para tratar as formas hibernantes no dia 20 <strong>de</strong> Fevereiro com arecomendação para o tratamento ser feito o mais próximo possível da rebentação, istoé aoestado fenológicoo B‐C, inchamento do gomo.Recomendou‐se tratamento contra esta praga a 25 <strong>de</strong> Maio e 3 <strong>de</strong> Julho, seguindo a estratégia<strong>de</strong> tratar ao inícioe pico <strong>de</strong> saída das ninfas da 1ª geração e ninfas da 2ª geração.35


Continuamos a observar no POB <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim poucos adultos capturados nasarmadilhas sexuais tal como uma diminuição <strong>de</strong> larvas capturadas nas cintas a<strong>de</strong>sivas o quenão tem correspondido ao aumento dos sintomas da praga observados nos frutos.5.2 – Doenças5.2.1 ‐ Pedrado (Venturia inaequalis e Venturia pirina)O método <strong>de</strong> previsão seguido pela EACB foi o indicado pelo SNAA. Para se <strong>de</strong>terminar osriscos <strong>de</strong> infecção da doença fizeram‐se observações em laboratório, ao microscópio, sobre oestado <strong>de</strong> maturação das peritecas.Para a previsão da oportunida<strong>de</strong> do primeiro tratamento é fundamental que se verifiquem asseguintes condições: estado fenológico C3/D, ascósporos maduros e previsão <strong>de</strong> chuva.Quando estas condições se verificam simultaneamente a EACB avisa o agricultor para aplicarum produto <strong>de</strong> contacto, antes da ocorrência das primeiras chuvas, impedindo assim que osesporos germinem. Caso não tenha sido feito este tratamento preventivo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início daocorrência das chuvas contaminadoras, antes <strong>de</strong> se completarem as 48 horas, <strong>de</strong>ve ser feitoum tratamento curativo. Se nenhum dos tratamentos anteriores foi possível, aconselha‐se umtratamento antes do aparecimento das manchas, mas o mais próximo possível <strong>de</strong>ssa data.Quando o inoculo é gran<strong>de</strong>, este <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>struído no Outono ‐ inverno com a aplicação <strong>de</strong>ureia e enterramento ou <strong>de</strong>struição das folhas.Esta foi a estratégia <strong>de</strong> aconselhamento seguida para a emissão <strong>de</strong> circulares <strong>de</strong> avisos, tendosempre presente a previsão meteorológica do tempo.36


Evolução das condições <strong>de</strong> infecções <strong>de</strong> Pedrado (Cernache Bonjardim) ‐ 20123030Temperatura (ºC)2520151025201510Precipitação (mm)550001‐Mar08‐Mar15‐Mar22‐Mar29‐Mar05‐Abr12‐Abr19‐Abr26‐Abr03‐Mai10‐Mai17‐Mai24‐Mai31‐Mai07‐Jun14‐Jun21‐Jun28‐JunPrecipitação (mm)T Med ºCFig.25 – Evolução das condições <strong>de</strong> infeção <strong>de</strong> Pedrado em Macieiras (Cernache <strong>de</strong> Bonjardim)Aconselhamento:Na circular nº 4 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> março foi emitido aviso para as varieda<strong>de</strong>s precoces <strong>de</strong> macieiras epereiras que se encontravamno estado fenológico botão ver<strong>de</strong> (C 3 ‐ D) consi<strong>de</strong>rando tambémas previsões do IM para a ocorrência <strong>de</strong> precipitação, aconselha‐se um tratamentocomfungicida <strong>de</strong> açãopreventiva.Na circular nº 5 <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> abril consi<strong>de</strong>rámos importante manter o pomar protegido renovandoo tratamento, <strong>de</strong>vido à instabilida<strong>de</strong> do tempo e às previsões <strong>de</strong> precipitação. Na circular nº 6emitida no dia 20<strong>de</strong> abril mantivemos a estratégia <strong>de</strong>renovação tal como nacircular nº 7 <strong>de</strong> 8<strong>de</strong> maio <strong>de</strong>vido ao períodoo <strong>de</strong> precipitação registada era aconselhadomanter o pomarprotegido.Na circular nº 10<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> junho fez‐se a sugestão para ao ser realizado o tratamento para ooídio das macieiras, ser utilizado um produto que combatessesimultaneamente o pedrado,<strong>de</strong>vido ao tempo instável quese registavaa nesta altura com ocorrência <strong>de</strong> precipitação.Em 2012 esta doença não teve infeções com manchas generalizadas <strong>de</strong> pedrado nos pomaresda região. Também os períodos <strong>de</strong> risco da doença foram alternados com períodos secos o quepermitiu aos fruticultores realizar os tratamentos comoportunida<strong>de</strong> para ummelhor controloda doença.37


5.2.2 – Fogo bacteriano (Erwinia amylovora)A bactéria Erwinia amylovora, responsável pelo fogo bacteriano, é uma bactéria <strong>de</strong>quarentena incluída no anexo II A2 do Decreto‐lei 154/2005 e afeta essencialmente asfruteiras da família Rosaceae, em particular macieiras, pereiras e marmeleiros.Na sequência dos trabalhos <strong>de</strong> prospeção no ano anterior foram i<strong>de</strong>ntificados alguns focos<strong>de</strong>sta doença em pomares localizados na região centro. Assim, na circular <strong>de</strong> avisos nº 5 <strong>de</strong> 5<strong>de</strong> abril fizemos questão <strong>de</strong> informar os fruticultores da região para este problema, divulgandoum folheto informativo sobre esta doença importante das pomói<strong>de</strong>as.No presente ano, dadas as condições ambientais <strong>de</strong>sfavoráveis ao <strong>de</strong>senvolvimento dadoença, não se registaram focos <strong>de</strong> Erwinia amylovora nos pomares localizados no distrito <strong>de</strong><strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>. Dado tratar‐se <strong>de</strong> uma doença <strong>de</strong> quarentena com gran<strong>de</strong> impacto naeconomia agrícola, foi também realizada pelos inspetores oficiais, uma prospeção apertadanos diferentes concelhos do distrito <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>.Também foi testado o mo<strong>de</strong>lo Maryblite em diversos POBs da EACB, conforme apresentado eanalisado no anexo III.6 ‐ OLIVALO acompanhamento do estado fenológico do olival registou‐se em 7 POFs.A monitorização <strong>de</strong> pragas e doenças foi acompanhada em 30 POBs.Para esta cultura foram emitidos 11 aconselhamentos, sendo o maior número <strong>de</strong>recomendações dirigido para as pragas, nomeadamente 3 para a mosca da azeitona (azeitona<strong>de</strong> conserva e azeitona para azeite) e nas doenças para a gafa com 2 recomendações.Segue‐se um gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para o olival em 2012.38


<strong>Avisos</strong> emitidos para o OLIVAL - 2012Nº <strong>de</strong> Tratamentos121086420Med.Profil.TraçaMoscaAz. AzeiteTuberculoseAlgodãoGafaOlho PavãoMosca Az. ConservaFig. 26 – Representação gráficados avisos emitidos para a cultura do olival.6.1 ‐ Pragas6.1.1 ‐ Traça da oliveira ( Prays oleae)A EACB acompanha nos diferentes POBs da regiãoo ciclo biológico dautilizando a metodologia abaixo indicada.traça da oliveira,Quadro 19 – Metodologia <strong>de</strong> avaliação da Prays oleae.GeraçãoAntófagaCarpófagaFilófagaMétodos <strong>de</strong>amostragemArmadilha sexualObservação visual <strong>de</strong> 100 cachosfloraisArmadilha sexualObservação visual <strong>de</strong> 100 frutosObservação visual <strong>de</strong> 100 gomosRegistos a efectuarNº <strong>de</strong> adultoscapturados/dia/armadilha (>15adultos/dia)Nº <strong>de</strong> cachos florais atacados(5% a 11%) <strong>de</strong> inflorescênciasatacadas)Nº <strong>de</strong> adultoscapturados/dia/armadilha(>25 adultos/dia)Nº <strong>de</strong> frutos atacados(20%a40%)Nº<strong>de</strong> gomos terminais atacados(10% <strong>de</strong> ápices)39


Dinâmica populacional da traça da oliveiraCapturas / dia <strong>de</strong> Traça da Oliveira -- 2012Nº <strong>de</strong> capturas / dia35302520151050SarzedasSobreiraPeraisPerdigãoC. <strong>Branco</strong>Pedrogão S.PedroS.M ig . D`Acha28-Mar4-Abr11-A br18-A br25-A br2-Mai9-Mai16-Mai23-M ai30-M ai6-Jun13-Ju n20-Ju n27-Ju n4-Jul11-Jul18-Ju l25-Ju lFig.27 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POBs <strong>de</strong> Perais, Perdigão, SarzedasSobreira, <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>, S. Miguel d`Acha e Pedrogão <strong>de</strong> S. Pedro..Aconselhamento:A intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> voo da traça na geração antófaga foi muito baixa em todos os postos <strong>de</strong>observação biológicos. Também as inflorescências analisadas apresentaram um nº baixo <strong>de</strong>ovos e larvas nos botões florais. No entanto, como a floração dos olivais não se apresentavahomogénea, foi aconselhado um tratamento na circular <strong>de</strong> avisos nº 9 no dia 25 <strong>de</strong> maio,apenas para os olivais com pouca floração e on<strong>de</strong> o ataque da praga costuma ser frequente.Na geração carpófaga, a intensida<strong>de</strong> do voo só foi registada em alguns POB tal como aobservação <strong>de</strong> ovos e larvas nos frutos vingados, levou a EACB a emitir na circular nº 11 <strong>de</strong> 3<strong>de</strong> julho aconselhamento para tratar esta geração, também dirigido aos olivais que seapresentavam com fraco vingamento, dado ser esta geração responsável pela queda <strong>de</strong> frutos.6.1.2 ‐ Mosca da azeitona (Bactrocera oleae)A EACB acompanha nos diferentes POBs da região o ciclo biológico da mosca da azeitona,utilizando a metodologia indicada no seguinte quadro:40


Quadro 20 – Metodologia <strong>de</strong> avaliação da Bactrocera oleae.Métodoo <strong>de</strong> amostragemArmadilhas alimentaresArmadilhascromotrópicas + feromonaRegistos a efectuarNº<strong>de</strong> adultos capturados/dia/armadilha (+5 adultosfêmea/dia/armadilha)Nºadultos capturados/dia/armadilha (+3 adultosfêmea/dia/armadilha)Observação visual <strong>de</strong> 100 frutosAzeitona <strong>de</strong> conservaAzeitona para azeiteNº <strong>de</strong> frutospicados (1% formas vivas)Nº <strong>de</strong> frutos picados (8% a12% <strong>de</strong> formas vivas)Nos diferentes POB são colhidas semanalmente amostras constituídas por100 frutosparaobservação laboratorial, cujos resultadoss são uma indicação da evolução do ataque da moscada azeitona nesses locais.Seguidamente, apresentam‐se os resultados obtidosdas observações realizadas às amostrasconstituídas por 100 frutos e colhidas semanalmentenos seguintes postos biológicos.Evolução da Mosca da Azeitona(Sarzedas) ‐ 2012Nº <strong>de</strong> Frutos Atacados252015105003‐Ago09‐Ago15‐Agog21‐Ago27‐Ago02‐Set08‐Set14‐Set20‐Set26‐Set02‐Out08‐Out14‐Out20‐Out26‐OutOvosLarvasPupasOrifícios saídaPicadasFig. 28 – Evolução do ataque da moscada azeitona (Bactrocera oleae ) no POB<strong>de</strong> Sarzedas41


Evolução da Mosca daAzeitona (Sobreira Formosa) ‐ 201290Nº <strong>de</strong> Frutos Atacados8070605040302010003‐Ago09‐Ago15‐AgoOvosFig.29 – Evolução do ataque da mosca da azeitona (Bactrocera oleae)no POB <strong>de</strong> Sobreira FormosaEvolução da Mosca da Azeitona (Perais) ‐ 201245Nº <strong>de</strong> Frutos Atacados403530252015105003‐Ago09‐Ago15‐Agog21‐Ago27‐Ago02‐SetLarvasg21‐Ago27‐Ago02‐Set08‐Set14‐Set20‐SetPupasOrifícios saída08‐Set14‐Set20‐Set26‐Set02‐Out08‐Out26‐Set02‐Out08‐Out14‐Out20‐Out26‐OutPicadas14‐Out20‐Out26‐OutOvosLarvasPupasOrifícios saídaPicadasFig.30 – Evolução do ataque da mosca da azeitonaa ( Bactrocera oleae) no POB <strong>de</strong> PeraisRegistou‐se no final <strong>de</strong> Outubro um nº elevado <strong>de</strong> picadas e orifícios <strong>de</strong> saída nas amostrasanalisadas, resultado <strong>de</strong> uma população também elevada quese observava nesta altura,consequência dascondições ambientais favoráveis aoseu <strong>de</strong>senvolvimento.Seguem‐se os gráficos das curvas <strong>de</strong> voo da Bactrocera oleae nos diferentes POB da região, emque a captura dos adultos foirealizada <strong>de</strong>duas maneiras, uma utilizando garrafas mosqueiras,mo<strong>de</strong>lo McPhail, mais hidrolisado <strong>de</strong> proteína e outra complacas cromotrópicasmaisferomona.42


Dinâmica populacional da Bactrocera oleaeMosca da azeitona-- 2012700600Nº <strong>de</strong> capturas (Garrafa)5004003002001000Sarzedas Sobreira Perais Perdigão C. <strong>Branco</strong> Pedrogão S.Pedro S.Mig. D`AchaFig.31 – Monitorização da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) em garrafas mosqueiras, nos POBs <strong>de</strong>Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão, C. <strong>Branco</strong>, Pedrogão, S. Miguel d’Acha.Dinâmica populacional da Bactrocera oleaeMosca da azeitona-- 2012140120Nº <strong>de</strong> capturas (Placa)100806040200Sarzedas Sobreira Perais Perdigão C. <strong>Branco</strong> Pedrogão S.Pedro S.Mig. D`AchaFig.32 – Monitorização da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) em placas cromotrópicas, nos POBs <strong>de</strong>Sarzedas, Sobreira, Perais, Perdigão, C. <strong>Branco</strong>, Pedrogão, S. Miguel d’Acha.43


Aconselhamento:Nos POB instalados no Pinhal Interior Sul, Campo Albicastrense, Campina <strong>de</strong> Idanha‐a‐Nova eCova da Beira, os ataques <strong>de</strong> mosca foram observados com algum significado no mês <strong>de</strong>novembro, principalmente nos olivais não tratados. As recomendações que foram emitidastiveram por base o nível económico <strong>de</strong> ataque, quando este foi atingido nas nossasobservações <strong>de</strong> campo e laboratoriais. Assim, foi indicado um tratamento na circular nº 13 nodia 24 <strong>de</strong> agosto para a azeitona <strong>de</strong> conserva e dois tratamentos dirigidos aos olivais cujaprodução se <strong>de</strong>stinava a azeite este na circular nº 14 no dia 21 <strong>de</strong> Setembro e outro pararenovar o tratamento na circular nº 15 no dia 15 <strong>de</strong> Outubro. A produção <strong>de</strong> azeitona emtermos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> em geral foi inferior ao ano anterior, que também foi um anoexcecional, mas a qualida<strong>de</strong> manteve‐se nos olivais tratados.6.1.3 – Euzofera (Euzophera pingüis)Monitorização da praga:Os períodos do risco são avaliados com a instalação <strong>de</strong> armadilhas sexuais para a captura <strong>de</strong>adultos. Verificada a existência <strong>de</strong> voo e <strong>de</strong>terminado o pico das capturas, a observação visualdo tronco e a procura <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> das jovens larvas, serão dados complementaresimportantes para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> tratamento.Época <strong>de</strong> observação – a partir <strong>de</strong> MarçoMetodo <strong>de</strong> amostragem – colocar armadilha sexual e observação visual semanalOrgãos a observar – avaliar as capturas da armadilha e fazer a observação visual dos troncosNEA – tratar ao pico <strong>de</strong> vooDinâmica populacional da Euzophera pingüis7060Euzophera pinguis ‐ 2012Nº <strong>de</strong> Capturas5040302010004‐Abr11‐Abr18‐Abr25‐Abr02‐Mai09‐Mai16‐Mai23‐Mai30‐Mai06‐Jun13‐Jun20‐Jun27‐Jun04‐Jul11‐Jul18‐Jul25‐Jul01‐Ago08‐Ago15‐Ago22‐Ago29‐Ago05‐Set12‐Set19‐Set26‐Set03‐Out10‐Out17‐Out24‐Out31‐OutSobreira Perais PerdigãoFig. 33– Monitorização da Euzophera pingüis no POB <strong>de</strong> Sobreira, Perais, Perdigão44


As armadilhas sexuais para capturar adultos, foram colocadas no início do mês <strong>de</strong> abril nospostos <strong>de</strong> observação biológica <strong>de</strong> Sobreira, Perais e Perdigão, localizados no Pinhal InteriorSul e Campo Albicastrense. Em face das capturas registadas não verificamos umacorrespondência em estragos na cultura o que po<strong>de</strong> levar a pensar que existe um equilíbrio dapraga face aos seus inimigos naturais.O pico populacional em Maio acabou por coincidir novamente com o estado fenológico F(floração) tal como se tem registado nos ultimos anos.Aconselhamento:O NEA não foi atingido pelo que não se recomendou tratar contra este inimigo.6.1.4 ‐ Traça ver<strong>de</strong> (Palpita unionalis(vitrealis)= Margaronia unionalis)Monitorização:Os períodos <strong>de</strong> risco po<strong>de</strong>m ser avaliados utilizando‐se armadilhas tipo funil ou <strong>de</strong>lta com aferomona sexual do insectoAs capturas permitem esclarecer a presença da praga no olival e traçar a curva <strong>de</strong> voo.A intensida<strong>de</strong> do ataque é <strong>de</strong>terminada por observação do ataque nos rebentos.Época <strong>de</strong> observação – início da PrimaveraMétodo <strong>de</strong> amostragem – observação visualOrgãos a observar – 5 rebentos x 20 árvoresNEA ‐ >5% <strong>de</strong> rebentos atacados (árvores jovens)Dinâmica populacional da traça ver<strong>de</strong>876Palpita (Margaronia) unionalis ‐ 2012Nº <strong>de</strong> Capturas54321004‐Abr11‐Abr18‐Abr25‐Abr02‐Mai09‐Mai16‐Mai23‐Mai30‐Mai06‐Jun13‐Jun20‐Jun27‐Jun04‐Jul11‐Jul18‐Jul25‐Jul01‐Ago08‐Ago15‐Ago22‐Ago29‐Ago05‐Set12‐Set19‐Set26‐Set03‐Out10‐Out17‐Out24‐Out31‐OutSobreira Perais PerdigãoFig. 34 – Monitorização da Margaronia/Palpita unionalis no POB <strong>de</strong> Sobreira, Perais, Perdigão45


As capturas forammuito baixas apesar <strong>de</strong> se observarem alguns estragos causados pela pragana rebentação nova. Só se forem árvores novas emfase <strong>de</strong> formação é que o ataque <strong>de</strong>stapragaa po<strong>de</strong>rá causar gran<strong>de</strong>s prejuízos nacultura.Aconselhamento:O NEA não foi atingido nos POB da região, pelo quenão se recomendou tratamento contraeste inimigo.6.2 ‐ Doenças6.2.1 ‐ Gafa (Colletotrichum acutatum)A estratégia seguida pela EACB é a protecção preventiva baseada no historial da região e nascondições favoráveis à doença como: HR>92%, neblinas ou nevoeiros, folhas molhadasdurante um elevado nº <strong>de</strong> horas, temperatura entre 10 o C e 30 o C (óptimo entre 20 o C e 25o C).Nos POBs foi efectuada a observação visual e a colheita semanal <strong>de</strong> amostras constituídas por100 frutos para observação laboratorial e <strong>de</strong>terminação da % <strong>de</strong> frutos atacados.Registos TermopluviométricosSarzedas ‐ 20123030Temperatura Média ºC25201510502010001‐Set11‐SetPrecipitação (mm)21‐Set01‐Out11‐Out21‐Out31‐OutPrecipitaçãoTemp.MediaFig.35 – Gráfico termopluviométrico do POB <strong>de</strong> Sarzedas46


Sobreira Formosa ‐ 20123040Temperatura Média ºC2520151050302010001‐Set11‐SetFig.36 – Gráfico termopluviométrico doPOB <strong>de</strong> Sobreira Formosa30Temperatura Média ºC252015105001‐Set11‐Set21‐SetPrecipitação21‐SetPrecipitação (mm)01‐Out01‐Out11‐OutTemp.MediaPerais‐ 2012211‐Out21‐Out31‐Out21‐Out31‐Out50403020100Precipitação (mm)PrecipitaçãoTemp.MediaFig.37 – Gráfico termopluviométrico do POB <strong>de</strong>PeraisAconselhamento:O período <strong>de</strong> maior risco correspon<strong>de</strong> aomomento em que os frutos se encontram na fase <strong>de</strong>maturação e simultaneamente ocorrem as primeiras chuvas. Assim, as observações para a gafa<strong>de</strong>correm geralmente nos meses <strong>de</strong> setembro, outubro e novembro.A EACB recomendou a realização <strong>de</strong> dois tratamentos preventivos a partir da fase <strong>de</strong>maturação dos frutos, quando houveconjugaçãoo <strong>de</strong> condições ambientais favoráveis,nomeadamente,humida<strong>de</strong> relativa elevada, temperatura a<strong>de</strong>quada e precipitação prevista47


pelos serviços <strong>de</strong> meteorologia. Os tramentos foram aconselhados na circular nº 14 <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong>setembro após o início das chuvas outonais e na circular nº 15 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> outubro para renovardada a instabilida<strong>de</strong> do tempo com previsões <strong>de</strong> precipitação.6.2.2 ‐ Olho <strong>de</strong> pavão (Spilocaea oleagina)Monitorização da doença: <strong>de</strong>teção <strong>de</strong> manchas nas folhas e avaliação semanal da intensida<strong>de</strong><strong>de</strong> ataque.Entre os factores <strong>de</strong> nocivida<strong>de</strong> do olho <strong>de</strong> pavão, <strong>de</strong>stacam‐se os <strong>de</strong> natureza climática, comoa humida<strong>de</strong> relativa superior a 98% e a chuva, sendo os ataques favorecidos por temperaturassituadas entre 15 o C e 20 o C.A estimativa do risco teve lugar no início da Primavera, antes das primeiras chuvas <strong>de</strong>staestação e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cessarem os frios <strong>de</strong> Inverno e no fim do Verão por volta <strong>de</strong> Outubro,antes das primeiras chuvas. Nos POBs além da observação visual é efectuada, nos períodossusceptíveis, a colheita semanal <strong>de</strong> amostras.Aconselhamento:A estratégia da EACB teve como base a protecção preventiva acompanhando a evolução dascondições meteorológicas, na medida em que estão directamente relacionadas com o<strong>de</strong>senvolvimento da doença.Foi emitida a circular nº 4 no dia 26 <strong>de</strong> março, aconselhando um tratamento preventivo aoolho <strong>de</strong> pavão, principalmente dirigido aos olivais com cultivares sensíveis como a Cordovil ePicual, para evitar as <strong>de</strong>sfoliaçãoes intensas que o olho <strong>de</strong> pavão costuma provocar .7 ‐ PRUNÓIDEAS – Cerejeiras, PessegueirosO acompanhamento do estado fenológico dos pomares registou‐se em 13 POFs.A monitorização <strong>de</strong> pragas e doenças foi seguida em 13 pomares e foram acompanhados 44POBs.Para as pomói<strong>de</strong>as foram emitidos 20 aconselhamentos para pragas e doenças.O cultura que teve mais recomendações foi a cerejeira com 5 tratamentos para a moniliose,seguindo‐se o pessegueiro com 2 aconselhamentos para a mosca da fruta.48


Segue‐se o gráfico com a dispersão mensal dos avisoss emitidos para as prunói<strong>de</strong>as em 2012.<strong>Avisos</strong> emitidos para PRUNÓIDEAS - 2012Nº <strong>de</strong> Tratamentos211815129630Trat.OuttTrat.Inv. CrivadoLepraOídioMonilioseAfí<strong>de</strong>o negroAfí<strong>de</strong>o ver<strong>de</strong>AnarsiaCancroMosca CerejaMosca FrutaFig.38 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura das Prunói<strong>de</strong>as.7.1 ‐ Pessegueiros7.1 .1‐ Pragas7.1.1.1 ‐ Mosca da Fruta ou do Mediterrâneo (Ceratitis capitata)Monitorização dapraga:A dinâmica populacional dapraga foi seguida, acompanhando‐se a evolução do voo dosadultos, com as armadilhas alimentares mo<strong>de</strong>lo McPhail, utilizando hidrolisado <strong>de</strong> proteína etrimedlure.25Capturas <strong>de</strong> Ceratitis capitataa em Pessegueiros - 2012N º <strong>de</strong> capturas semanais2015105Qtª do RibeiroQtª FadagosaQtª LamaçaisQtª da Torre030-Mai6-Jun13-Jun20-Jun27-Jun4-Jul11-Jul18-Jul25-Jul1-Ag o8-Ago15-Ag o22-Ago29-A9-Ag o5-Set12-Set19-Set26-Set3-OutFig.39 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros nos POBs <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim(Qt.ªdo Ribeiro), Soalheira (Qtª da Fadagosa), Teixoso (Qtª Lamaçais) e Belmonte (Qtª da Torre)49


Aconselhamento:A dinâmica populacional da praga foi baixa no início do ciclo, na altura das varieda<strong>de</strong>sprecoces, havendo um aumento populacional nas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estação, nectarinas, pessegose por fim nas pavias.Os tratamentos indicados tiveram por base o NEA com o objectivo <strong>de</strong> proteger principalmenteas varieda<strong>de</strong>s sensíveis on<strong>de</strong> é frequente o ataque <strong>de</strong> mosca da fruta, para evitar possíveisprejuízos na fase da comercialização.Foi emitida a circular nº 12 no dia 25 <strong>de</strong> julho aconselhando um tratamento contra a mosca dafruta nos pomares <strong>de</strong> pessegueiros, pavias e nectarinas com cultivares tardias on<strong>de</strong> éfrequente o ataque da praga. Na circular nº 13 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> agosto aconselhou‐se a renovação dotratamento nas mesmas varieda<strong>de</strong>s, apenas se o intervalo <strong>de</strong> segurança do produtofitofarmacêutico a utilizar ainda permitir, dada a proximida<strong>de</strong> da colheita.7.1.1.2 ‐ Anarsia (Anarsia lineatella)Metodologia:Evolução do voo <strong>de</strong> adultos nas armadilhas sexuais e observação visual <strong>de</strong> sintomas comperiodicida<strong>de</strong> semanal.Dinâmica populacional da pragaNº <strong>de</strong> capturas semanais4035302520151050Capturas <strong>de</strong> Anársia lineatella em Pessegueiro - 201216-Mai23-Mai30-M ai6-Jun13-Ju n20-Jun27-Jun4-Jul11-Ju lQtª do RibeiroQtª FadagosaQtª LamaçaisQtª da Torre18-Ju l25-Ju l1-Ago8-Ago15-Ag o22-Ag o29-A go5-Set12-Set19-Set26-Set3-OutFig.40 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros no POB <strong>de</strong> Cernache <strong>de</strong> Bonjardim,Soalheira, Teixoso, Belmonte.50


Aconselhamento:Este ano a praga esteve presente em alguns pomares mas sem causar estragos significativos.Assim, apenas foi indicado um tratamento na circular nº 12 no dia 25 <strong>de</strong> julho, chamando aatenção do agricultor para observar primeiro a sua parcela e <strong>de</strong>cidir em função do níveleconómico <strong>de</strong> ataque registado no seu pomar e avaliar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar ou não umtratamento contra esta praga.Nesta circular foi também divulgada uma ficha técnica sobre a Anarsia lineatella dado tratar‐se<strong>de</strong> uma praga importante que afeta as prunói<strong>de</strong>as, causando prejuízos significativos nospomares <strong>de</strong> pessegueiros na região da Beira Interior Sul, <strong>de</strong>signadamente na Cova da Beira esul da Serra da Gardunha. (Ver ficha técnica da Anarsia lineatella no Anexo I)7.1.1.3 ‐ Afí<strong>de</strong>o ver<strong>de</strong> (Mysus persicae)Metodologia:Observação visual em 100 raminhos e avaliar a taxa <strong>de</strong> ocupação (7% a 10%).Aconselhamento:Foi recomendado tratamento na circular nº 10 no dia 11 <strong>de</strong> junho com um aficida e foisolicitado ao agricultor para fazer a estimativa do risco na sua parcela, observando 100raminhos (2 raminhos/árvore x50 árvores) e só tratar se atingir o NEA (7% a 10% <strong>de</strong> raminhosatacados).7.1.2 ‐ Doenças7.1.2.1 ‐ Lepra (Taphrina <strong>de</strong>formans)Monitorização da doença: A observação inci<strong>de</strong> sobre os gomos terminais e folhas <strong>de</strong> ramos doano. A avaliação da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ataque é semanal a partir <strong>de</strong> finais <strong>de</strong> Fevereiro.Previsão do risco: Avaliar se as condições meteorológicas são favoráveis à doença (períodos <strong>de</strong>frio e tempo húmido) e ter em conta o período <strong>de</strong> maior sensibilida<strong>de</strong> da planta (início do<strong>de</strong>senvolvimento do botão floral e aparecimento da ponta ver<strong>de</strong> da primeira folha).Aconselhamento:A oportunida<strong>de</strong> do tratamento preventivo à ponta ver<strong>de</strong> é muito importante para o sucesso daproteção da cultura contra esta doença. Assim, foi indicado o primeiro tratamento no estadofenológico B com fungicidas orgânicos e a sua renovação posterior, conforme as condiçõesmeteorológicas eram favoráveis ao <strong>de</strong>senvolvimento da doença.Foi emitida a circular nº 2 <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> fevereiro para tratar com cobres ao gomo inchado, estadofenológico B. A circular nº 3 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> março aconselhava um tratamento preventivo ao estadofenológico cálice visível (C) e a renovação do tratamento na circular nº 4 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> março e51


circular nº 5 <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> abril, nesta altura para proteger as novas folhas. Na circular nº 15 <strong>de</strong> 15<strong>de</strong> outubro aconselha‐se três tratamentos com cobres à queda das folhas (início, meio e fim daqueda das folhas).7.1.2.2 ‐ Oídio (Sphaerotheca pannosa)Monitorização da doença:A valiação semanal da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ataque e a observação visual da sintomatologia nosrebentos.Previsão do risco:períodos <strong>de</strong> maior sensibilida<strong>de</strong> da planta (estado fenológico à queda das pétalas e jovensfrutos) e condições meteorológicas favoráveis à doença (necessário humida<strong>de</strong> na folha mas épouco exigente em temperatura).Aconselhamento:A EACB indicou na circular nº 8 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> maio um tratamento dirigido às varieda<strong>de</strong>s maissensíveis, principalmente para a protecção dos frutos nos pomares <strong>de</strong> prunói<strong>de</strong>as comcultivares mais sensíveis. Não foi complicado este ano controlar esta doença, pois o oídio nãoapresentou gran<strong>de</strong> pressão nos pessegueiros.7.2 ‐ Cerejeiras7.2.1 ‐ Pragas7.2.1.1 ‐ Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi)Metodologia:Evolução do voo dos adultos utilizando garrafas mosqueiras com hidrolisado <strong>de</strong> proteína eplacas cromotropicas com plaquetas <strong>de</strong> amónio.Seguem‐se os graficos com os resultados obtidos da monitorização da mosca da cereja em2012.52


Dinâmica populacional da mosca da cereja (Rhagoletis cerasi)Capturas <strong>de</strong> Rhagoletis cerasi em Placas Cromotropicas -2012Nª <strong>de</strong> capturas semanais9080706050403020100M. da SenhoraCatraiaChão GalegoQtª da Fadagosa<strong>Castelo</strong> NovoQtª das PedralvasQtª <strong>de</strong> Lamaçais4-Abr11-Abr18-Abr25-Abr2-Mai9-M ai16-M ai23-Mai30-M ai6-Jun13-Jun20-Ju n27-Ju n4-Ju lFig.41 – Monitorização da mosca da cereja em placas cromotrópicas nos POBs da regiãoCapturas <strong>de</strong> Rhagoletis cerasi em garrafas mosqueiras -20121614Nº <strong>de</strong> capturas semanais121086420M. da SenhoraCatraiaChão Galego4-Abr11-Abr18-Abr25-Abr2-Mai9-Mai16-Mai23-Mai30-Mai6-Jun13-Jun20-Jun27-JunFig. 42 – Monitorização da mosca da cereja em garrafas mosqueiras em POBs da região.53


Seguidamente apresenta‐se os resultados do ensaio realizado com base no mo<strong>de</strong>lopreconizado por UC IPM ‐ fenologia <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los biológicos através <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> graus – dia,utilizado por AliNiazee, MT 1979 para Rhagoletis indifferens (Díptera:Tephritidae). Po<strong>de</strong>r. Ent.111:1101‐1109. Em Albany, Oregon.Quadro 21 – Acumulação <strong>de</strong> graus dia para cada estádio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Rhagoletiscerasi para os POBs <strong>de</strong> Qtª da Fadagosa (Soalheira); Qtª <strong>de</strong> S.Macário (Alcai<strong>de</strong>); Qtª <strong>de</strong>Lamaçais (Teixoso), Chão do Galego (Proença a Nova) com data <strong>de</strong> início: 1 <strong>de</strong> Março, 2012.Estádios <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimentoMo<strong>de</strong>loΣ GD (ºC)Qtª daFadagosaDataΣ GD(ºC)Qtª <strong>de</strong> S.MacárioDataΣ GD(ºC)Qtª <strong>de</strong> LamaçaisDataΣ GD(ºC)Chão do GalegoDataΣ GD(ºC)Emergência doprimeiro adulto462,20 ºC04Maio461 ºC12Maio467,8ºC12Maio462,7 ºC02Maio456.5ºCInício <strong>de</strong> postura<strong>de</strong> ovos:541,0 ºC11Maio545.5C17Maio549,9ºC18Maio546,6 ºC10Maio537.3ºCOvos viáveis: 594,0 ºC14Maio601.ºC23Maio605,4ºC24Maio603,7 ºC13Maio593.8ºC50% <strong>de</strong> postura<strong>de</strong> ovos:631,0 ºC16Maio635,1C25Maio634,7ºC27Maio633,5 ºC15Maio629ºCO pico <strong>de</strong> postura<strong>de</strong> ovos:685,0 ºC21Maio685,8C30Maio696,2ºC31Maio688,9 ºC19Maio683.5ºCPupação: 795,0 ºC29Maio795,8C6Junho808,4ºC8Junho804,6ºC28Maio793.1ºCFoi efetuado o cálculo <strong>de</strong> graus dia <strong>de</strong> mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) para os postosbiológicos a Sul da Serra da Gardunha (Chão do Galego ‐ Proença‐a‐Nova e Qtª da Fadagosa ‐Soalheira) e para o posto biológico a Norte da Serra da Gardunha ( Qtª <strong>de</strong> S.Macário ‐ Alcai<strong>de</strong>)54


Segue‐se o gráfico referente aos graus dia necessários para cada fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,registado nos diferentes pomares <strong>de</strong> cerejeiras da região, on<strong>de</strong> está a ser aplicado o mo<strong>de</strong>loUC IPM.Registo dos graus dia acumulados/fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da mosca da cerejaFig. 43‐ Graus dia acumulados / fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento – 2012Consi<strong>de</strong>rações:O controlo <strong>de</strong>sta praga está muito condicionado pelas épocas em que se regista oaparecimento dos primeiros adultos. Após surgirem as primeiras capturas, os tratamentos<strong>de</strong>vem ser feitos ao fim <strong>de</strong> uma semana, tendo em atenção o escalonamento da maturação.Este ano, continuou a ser testado na EACB, o método <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção dos primeiros adultos combase nas temperaturas <strong>de</strong> solo acumuladas. Para tal, utilizamos os registos do termómetro <strong>de</strong>solo da EMA do Chão do Galego e com base nas temperaturas <strong>de</strong> solo acumuladas aplicamos omo<strong>de</strong>lo, segundo o qual, a emergência <strong>de</strong> adultos está <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das temperaturasprimaveris e po<strong>de</strong>rá ser prevista através <strong>de</strong>le.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> temperaturas <strong>de</strong> solo indica a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existir para o início do voo damosca da cereja, o somatório <strong>de</strong> 430 graus‐dia acima <strong>de</strong> 5ºC ou o somatório <strong>de</strong> 370 graus‐diaacima <strong>de</strong> 7ºC, acumulados a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Janeiro do termómetro <strong>de</strong> solo instalado a 5 cm <strong>de</strong>profundida<strong>de</strong>. Os dados obtidos em 2012 na EMA <strong>de</strong> Chão do Galego, consi<strong>de</strong>rando atemperatura base <strong>de</strong> 370ºC acima <strong>de</strong> 7ºC, indicaram o dia 4 <strong>de</strong> Maio para o início do voo.Consi<strong>de</strong>rando o somatório <strong>de</strong> 430 graus‐dia acima <strong>de</strong> 5ºC <strong>de</strong> temperatura registada no solo adata prevista para o início do voo seria 17 <strong>de</strong> Abril.55


Confirma‐se novamente este ano, que o valor dado pelos acumulados <strong>de</strong> 370 graus‐dia acima<strong>de</strong> 7ºC da temperatura media <strong>de</strong> solo, se torna mais compatível com a realida<strong>de</strong> encontradanos pomares da região <strong>de</strong> Proença‐a‐Nova, na medida em que nas armadilhas instaladas oaparecimento dos primeiros adultos <strong>de</strong> mosca da cereja registaram‐se este ano a 2 <strong>de</strong> Maio.Seguem‐se os Quadros com os registos acumulados <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> solo.Quadro 22 – Registos Acumulados (> 5 o C) <strong>de</strong> Temperatura <strong>de</strong> Solo da EMA <strong>de</strong> Chão GalegoChão doGalegoTemperaturamédia do solo( o C)Exce<strong>de</strong>nte> 5 o CAcumulado> 5 o C<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 01‐01‐2012291,8001-04-2012 13,8 8,8 300,602-04-2012 14,3 9,3 309,903-04-2012 13,2 8,2 318,104-04-2012 13,1 8,1 326,205-04-2012 13 8,0 334,206-04-2012 12 7,0 341,207-04-2012 11 6,0 347,208-04-2012 12,9 7,9 355,109-04-2012 15 10,0 365,110-04-2012 14,2 9,2 374,311-04-2012 12,6 7,6 381,912-04-2012 13 8,0 389,913-04-2012 12,1 7,1 397,014-04-2012 13,4 8,4 405,415-04-2012 13 8,0 413,416-04-2012 13,5 8,5 421,917-04-2012 14,8 9,8 431,718-04-2012 13,7 8,7 440,419-04-2012 12,9 7,9 448,320-04-2012 13,5 8,5 456,821-04-2012 14,8 9,8 466,622-04-2012 13,6 8,6 475,223-04-2012 12,8 7,8 483,024-04-2012 13,8 8,8 491,825-04-2012 12,8 7,8 499,626-04-2012 12,6 7,6 507,227-04-2012 12,4 7,4 514,628-04-2012 13,1 8,1 522,729-04-2012 13,3 8,3 531,030-04-2012 13,2 8,2 539,256


Quadro 23 – Registos Acumulados (>7 o C) <strong>de</strong> Temperatura <strong>de</strong> Solo <strong>de</strong> Chão do GalegoChão do GalegoTempera. médiado solo( o C)Exce<strong>de</strong>nte> 7o CAcumulado> 7 o C<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 01‐01‐2012165,301-04-2012 13,8 6,8 172,102-04-2012 14,3 7,3 179,403-04-2012 13,2 6,2 185,604-04-2012 13,1 6,1 191,705-04-2012 13 6,0 197,706-04-2012 12 5,0 202,707-04-2012 11 4,0 206,708-04-2012 12,9 5,9 212,609-04-2012 15 8,0 220,610-04-2012 14,2 7,2 227,811-04-2012 12,6 5,6 233,412-04-2012 13 6,0 239,413-04-2012 12,1 5,1 244,514-04-2012 13,4 6,4 250,915-04-2012 13 6,0 256,916-04-2012 13,5 6,5 263,417-04-2012 14,8 7,8 271,218-04-2012 13,7 6,7 277,919-04-2012 12,9 5,9 283,820-04-2012 13,5 6,5 290,321-04-2012 14,8 7,8 298,122-04-2012 13,6 6,6 304,723-04-2012 12,8 5,8 310,524-04-2012 13,8 6,8 317,325-04-2012 12,8 5,8 323,126-04-2012 12,6 5,6 328,727-04-2012 12,4 5,4 334,128-04-2012 13,1 6,1 340,229-04-2012 13,3 6,3 346,530-04-2012 13,2 6,2 352,701-05-2012 12,1 5,1 357,802-05-2012 11,6 4,6 362,403-05-2012 12,5 5,5 367,904-05-2012 13,8 6,8 374,705-05-2012 14,6 7,6 382,306-05-2012 14,1 7,1 389,407-05-2012 13,6 6,6 396,008-05-2012 15,9 8,9 404,909-05-2012 17,5 10,5 415,410-05-2012 19,5 12,5 427,957


Quadro 24 ‐ Calculo <strong>de</strong> graus dia <strong>de</strong> Rhagoletis cerasi para o posto biológico da Qtª da Fadagosa –Soalheira, Sul da Serra da GardunhaLimiar inferior 5ºC a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Março, 2012 Rhagoletis cerasi - Qtª FadagosaData Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo1-Mar-12 17,3 3,6 5,45 5,45 1-Abr-12 21,1 6,9 9 254,152-Mar-12 16,2 2,8 4,5 9,95 2-Abr-12 19,4 8,8 9,1 263,253-Mar-12 14,3 3 3,65 13,6 3-Abr-12 17,4 7,1 7,25 270,54-Mar-12 15,9 5,2 5,55 19,15 4-Abr-12 17,1 7,6 7,35 277,855-Mar-12 16,8 5,6 6,2 25,35 5-Abr-12 15,1 5,4 5,25 283,16-Mar-12 18,5 5,1 6,8 32,15 6-Abr-12 13,1 2,7 2,9 2867-Mar-12 18,4 6,7 7,55 39,7 7-Abr-12 13,9 2,5 3,2 289,28-Mar-12 21,6 5,8 8,7 48,4 8-Abr-12 21,7 4,3 8 297,29-Mar-12 22,2 8,8 10,5 58,9 9-Abr-12 23,7 6,5 10,1 307,310-Mar-12 20 8,2 9,1 68 10-Abr12 15,7 8 6,85 314,1511-Mar-12 21,6 9,7 10,65 78,65 11-Abr 12 15,6 6,6 6,1 320,2512-Mar-12 23,7 5,8 9,75 88,4 12-Abr12 16,4 6,7 6,55 326,813-Mar-12 23,7 7,7 10,7 99,1 13-Abr12 14,4 7,7 6,05 332,8514-Mar-12 24 7,3 10,65 109,75 14-Abr12 13,7 7,8 5,75 338,615-Mar-12 18,4 6,6 7,5 117,25 15-Abr12 14,2 5,4 4,8 343,416-Mar-12 18,8 7,4 8,1 125,35 16-Ab 12 17,6 5,7 6,65 350,0517-Mar-12 13 4,1 3,55 128,9 17-Abr 12 19,5 4,9 7,2 357,2518-Mar-12 13,7 4 3,85 132,75 18-Abr 12 12,4 7,8 5,1 362,3519-Mar-12 15,3 4,1 4,7 137,45 19-Abr12 13,6 9,3 6,45 368,820-Mar-12 14,7 4,1 4,4 141,85 20-Abr-12 18,9 8,4 8,65 377,4521-Mar-12 15,2 3,8 4,5 146,35 21-Abr12 18,8 10,3 9,55 38722-Mar-12 17,8 0,1 3,95 150,3 22-Abr12 16,3 3,8 5,05 392,0523-Mar-12 20,5 9,2 9,85 160,15 23-Abr12 17,9 5,2 6,55 398,624-Mar-12 17,4 10,5 8,95 169,1 24-Abr12 17,4 6,1 6,75 405,3525-Mar-12 22,4 11,4 11,9 181 25-Abr12 13 7 5 410,3526-Mar-12 23,9 9,5 11,7 192,7 26-Abr12 13,5 7,5 5,5 415,8527-Mar-12 22,3 10,3 11,3 204 27-Abr12 14,1 7,7 5,9 421,7528-Mar-12 21,7 10,4 11,05 215,05 28-Abr12 15,6 7,5 6,55 428,329-Mar-12 22,2 10,3 11,25 226,3 29-Abr12 14,6 6,8 5,7 43430-Mar-12 22,1 9 10,55 236,85 30-Abr12 16,4 3,9 5,15 439,1531-Mar-12 20,5 6,1 8,3 245,1558


Limiar inferior 5ºC a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Março, 2012Rhagoletis cerasi - Qtª FadagosaData Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo1-Mai-12 13,2 2,5 2,85 4422-Mai-12 12,5 6,8 4,65 446,653-Mai-12 15,7 9,1 7,4 454,054-Mai-12 15,9 9,2 7,55 461,65-Mai-12 16,8 8,9 7,85 469,456-Mai-12 18,3 6,4 7,35 476,87-Mai-12 13,6 8,2 5,9 482,78-Mai-12 23,1 13,6 13,35 496,059-Mai-12 27,3 10,2 13,75 509,810-Mai-12 30,7 15 17,85 527,6511-Mai-12 29,5 16,2 17,85 545,512-Mai-12 32,1 17,4 19,75 565,2513-Mai-12 32,2 14,9 18,55 583,814-Mai-12 30,4 14,7 17,55 601,3515-Mai-12 30,3 11,8 16,05 617,416-Mai-12 31,4 14,1 17,75 635,1517-Mai-12 26,8 13,8 15,3 650,4518-Mai-12 25,1 8,4 11,75 662,219-Mai-12 18,2 8,5 8,35 670,5520-Mai-12 16,4 7,6 7 677,5521-Mai-12 18 8,4 8,2 685,7522-Mai-12 26,4 7,8 12,1 697,8523-Mai-12 29,4 13,5 16,45 714,324-Mai-12 31,4 15,1 18,25 732,5525-Mai-12 25,8 13,4 14,6 747,1526-Mai-12 21,5 9 10,25 757,427-Mai-12 24,6 7,5 11,05 768,4528-Mai-12 28,4 9,7 14,05 782,529-Mai-12 27,7 8,9 13,3 795,830-Mai-12 31,4 12,8 17,1 812,931-Mai-12 34,4 19,8 22,1 83559


Quadro 25 ‐ Calculo <strong>de</strong> graus dia <strong>de</strong> Rhagoletis cerasi para o posto biológico da Qtª <strong>de</strong> S. Macário ‐Alcongosta Norte da Serra da Gardunha, 2012Limiar inferior 5ºC a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Março, 2012 Rhagoletis cerasi - Qtª <strong>de</strong> S. MacarioData Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo1-Mar-12 15,7 6,2 5,95 5,95 1-Abr-12 19,1 6,9 8 225,952-Mar-12 13,6 4,6 4,1 10,05 2-Abr-12 17,7 7 7,35 233,33-Mar-12 12,8 5,9 4,35 14,4 3-Abr-12 15,5 7,4 6,45 239,754-Mar-12 12,5 6,6 4,55 18,95 4-Abr-12 14,4 7 5,7 245,455-Mar-12 15 3 4 22,95 5-Abr-12 13,9 3,2 3,55 2496-Mar-12 16,2 4,1 5,15 28,1 6-Abr-12 11,9 1,9 1,9 250,97-Mar-12 16,7 5,8 6,25 34,35 7-Abr-12 11,1 3,3 2,2 253,18-Mar-12 19,6 5,9 7,75 42,1 8-Abr-12 20,1 4,7 7,4 260,59-Mar-12 19,9 4,7 7,3 49,4 9-Abr-12 21,8 7,5 9,65 270,1510-Mar-12 19,5 7,4 8,45 57,85 10-Abr12 12,3 5,6 3,95 274,111-Mar-12 19,2 8,1 8,65 66,5 11-Abr12 13,6 5,5 4,55 278,6512-Mar-12 22 7,1 9,55 76,05 12-Abr12 13,4 6,1 4,75 283,413-Mar-12 22,1 9 10,55 86,6 13-Abr12 12,5 4,5 3,5 286,914-Mar-12 22,2 10 11,1 97,7 14-Abr12 9,8 4,6 2,2 289,115-Mar-12 18,2 9,9 9,05 106,75 15-Abr12 12,6 2,1 2,35 291,4516-Mar-12 16,8 7,3 7,05 113,8 16-Abr12 15,7 2,3 4 295,4517-Mar-12 10,2 4,8 2,5 116,3 17-Abr12 16,1 6 6,05 301,518-Mar-12 12 3,4 2,7 119 18-Abr12 8,9 4,6 1,75 303,2519-Mar-12 13,3 1,8 2,55 121,55 19-Abr12 10,1 6,1 3,1 306,3520-Mar-12 12,6 0,5 1,55 123,1 20-Abr12 15,7 6,6 6,15 312,521-Mar-12 13,2 1,1 2,15 125,25 21-Abr12 14,6 7,5 6,05 318,5522-Mar-12 16,1 1,6 3,85 129,1 22-Abr12 13,4 5,5 4,45 32323-Mar-12 19,9 7,5 8,7 137,8 23-Abr12 13,6 5,3 4,45 327,4524-Mar-12 17,4 8,4 7,9 145,7 24-Abr12 15,1 4,5 4,8 332,2525-Mar-12 21,8 12,3 12,05 157,75 25-Abr12 11,7 5,8 3,75 33626-Mar-12 22,6 11,8 12,2 169,95 26-Abr12 10,5 4,7 2,6 338,627-Mar-12 21 9,6 10,3 180,25 27-Abr12 12,2 5,1 3,65 342,2528-Mar-12 20,2 9,5 9,85 190,1 28-Abr12 13,5 4,3 3,9 346,1529-Mar-12 20,8 9,5 10,15 200,25 29-Abr12 12,3 4 3,15 349,330-Mar-12 20,5 9,2 9,85 210,1 30-Abr12 14,4 4,7 4,55 353,8531-Mar-12 18,9 6,8 7,85 217,9560


Limiar inferior 5ºC a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Março Qtª S. Macário -- Rhagoletis cerasiData Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo1-Mai-12 10,1 3 1,55 355,4 1-Jun-12 31,1 20,6 20,85 736,752-Mai-12 9,9 5,8 2,85 358,25 2-Jun-12 23,4 14,3 13,85 750,63-Mai-12 13,8 7,5 5,65 363,9 3-Jun-12 25,7 12,9 14,3 764,94-Mai-12 14,7 7,9 6,3 370,2 4-Jun-12 27,1 10,7 13,9 778,85-Mai-12 15,8 7,4 6,6 376,8 5-Jun-12 27,7 12,4 15,05 793,856-Mai-12 16,4 6,3 6,35 383,15 6-Jun-12 24,6 14,4 14,5 808,357-Mai-12 13,4 8,4 5,9 389,05 7-Jun-12 21,7 11,5 11,6 819,958-Mai-12 21,6 13,1 12,35 401,4 8-Jun-12 20,8 9,3 10,05 8309-Mai-12 24,9 10,3 12,6 414 9-Jun-12 23,5 10,4 11,95 841,9510-Mai-12 28,7 15,8 17,25 431,25 10-Jun-12 22,4 12,9 12,65 854,611-Mai-12 27 16,8 16,9 448,15 11-Jun-12 20,5 10,4 10,45 865,0512-Mai-12 30,3 19 19,65 467,8 12-Jun-12 22,2 8,9 10,55 875,613-Mai-12 29,7 17,9 18,8 486,6 13-Jun-12 26 8,8 12,4 88814-Mai-12 28,4 16,3 17,35 503,95 14-Jun-12 24,8 12 13,4 901,415-Mai-12 28,4 11,4 14,9 518,85 15-Jun-12 26 13,1 14,55 915,9516-Mai-12 29 15,2 17,1 535,95 16-Jun-12 25,3 14 14,65 930,617-Mai-12 25,1 12,9 14 549,95 17-Jun-12 27,4 11,4 14,4 94518-Mai-12 23,3 9,4 11,35 561,3 18-Jun-12 23 10,9 11,95 956,9519-Mai-12 16,9 6,6 6,75 568,05 19-Jun-12 25,9 8,9 12,4 969,3520-Mai-12 14,8 5,4 5,1 573,1521-Mai-12 16,7 6,5 6,6 579,7522-Mai-12 23,4 8,7 11,05 590,823-Mai-12 27 12,3 14,65 605,4524-Mai-12 29,4 14,7 17,05 622,525-Mai-12 24,7 9,8 12,25 634,7526-Mai-12 19,7 8,2 8,95 643,727-Mai-12 22,2 7,8 10 653,728-Mai-12 26,9 8,6 12,75 666,4529-Mai-12 26,4 12,3 14,35 680,830-Mai-12 29,1 11,7 15,4 696,231-Mai-12 32,2 17,2 19,7 715,961


Quadro 26 ‐ Calculo <strong>de</strong> graus dia <strong>de</strong> Rhagoletis cerasi para o posto biológico da Qtª <strong>de</strong> Lamaçais –Teixoso, Norte da Cova da Beira, 2012.Limiar inferior 5ºC a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Março, 2012 Rhagoletis cerasi - Qtª <strong>de</strong> LamaçaisData Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo1-Mar-12 18,2 -2,9 2,65 2,65 1-Abr-12 21,7 3,2 7,45 189,82-Mar-12 16,2 -0,9 2,65 5,3 2-Abr-12 19,9 5,2 7,55 197,353-Mar-12 15 -1,8 1,6 6,9 3-Abr-12 18,8 4,8 6,8 204,154-Mar-12 15,2 5,8 5,5 12,4 4-Abr-12 16,9 8,2 7,55 211,75-Mar-12 16,8 4,8 5,8 18,2 5-Abr-12 13,5 4,2 3,85 215,556-Mar-12 18,3 5,3 6,8 25 6-Abr-12 12,4 -1,6 0,4 215,957-Mar-12 19 3,8 6,4 31,4 7-Abr-12 14,7 1,3 3 218,958-Mar-12 21,3 -0,3 5,5 36,9 8-Abr-12 21,8 0,2 6 224,959-Mar-12 22 5,5 8,75 45,65 9-Abr-12 24 0,8 7,4 232,3510-Mar-12 22,6 5,4 9 54,65 10-Abr12 16,2 4,3 5,25 237,611-Mar-12 20,8 2,6 6,7 61,35 11-Abr12 16,2 3,2 4,7 242,312-Mar-12 24 -0,3 6,85 68,2 12-Abr12 17,8 5,1 6,45 248,7513-Mar-12 24,1 0,2 7,15 75,35 13-Abr12 15,2 7,3 6,25 25514-Mar-12 25,1 0,6 7,85 83,2 14-Abr12 14,5 7,1 5,8 260,815-Mar-12 20,9 2,8 6,85 90,05 15-Abr-1214,4 5,8 5,1 265,916-Mar-12 18,9 4,3 6,6 96,65 16-Abr12 17,6 3,3 5,45 271,3517-Mar-12 14 3,8 3,9 100,55 17-Abr12 20,9 4,2 7,55 278,918-Mar-12 14,1 3,2 3,65 104,2 18-Abr12 13,6 5,5 4,55 283,4519-Mar-12 15,2 2,3 3,75 107,95 19-Abr12 14,7 8,4 6,55 29020-Mar-12 15 2,3 3,65 111,6 20-Abr12 17,3 6,9 7,1 297,121-Mar-12 15,4 -0,1 2,65 114,25 21-Abr12 19 5,7 7,35 304,4522-Mar-12 18,3 -4 2,15 116,4 22-Abr12 16,7 -0,3 3,2 307,6523-Mar-12 21,5 0,8 6,15 122,55 23-Abr12 18,2 0,8 4,5 312,1524-Mar-12 18,9 3,1 6 128,55 24-Abr12 18 5,6 6,8 318,9525-Mar-12 23,9 7,5 10,7 139,25 25-Abr12 13,1 2,2 2,65 321,626-Mar-12 24,8 1,4 8,1 147,35 26-Abr12 13,8 4,3 4,05 325,6527-Mar-12 23,1 1,6 7,35 154,7 27-Abr12 14,7 7,1 5,9 331,5528-Mar-12 22,7 0 6,35 161,05 28-Abr12 17,2 6,7 6,95 338,529-Mar-12 22,8 0,8 6,8 167,85 29-Abr12 14,5 6,1 5,3 343,830-Mar-12 23,3 1,9 7,6 175,45 30-Abr12 16,2 3,2 4,7 348,531-Mar-12 20,5 3,3 6,9 182,3562


Limiar inferior 5ºC a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Março Qtª <strong>de</strong> Lamaçais -- Rhagoletis cerasiData Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo1-Mai-12 12,1 0,4 1,25 349,75 1-Jun-12 33,4 14,3 18,85 707,752-Mai-12 11,9 7,7 4,8 354,55 2-Jun-12 25,3 14,7 15 722,753-Mai-12 16 9 7,5 362,05 3-Jun-12 27,6 10,5 14,05 736,84-Mai-12 18,3 9 8,65 370,7 4-Jun-12 29,1 7,6 13,35 750,155-Mai-12 18,7 7,5 8,1 378,8 5-Jun-12 30,7 7,9 14,3 764,456-Mai-12 19 1,6 5,3 384,1 6-Jun-12 27,7 10,6 14,15 778,67-Mai-12 13 4,9 3,95 388,05 7-Jun-12 24,6 13,9 14,25 792,858-Mai-12 24,5 12,7 13,6 401,65 8-Jun-12 22,5 11,1 11,8 804,659-Mai-12 26,3 7,5 11,9 413,55 9-Jun-12 26,2 5 10,6 815,2510-Mai-12 30 9,7 14,85 428,4 10-Jun-12 27,7 13,5 15,6 830,8511-Mai-12 28,8 12,5 15,65 444,05 11-Jun-12 22,1 10,7 11,4 842,2512-Mai-12 32,5 14,9 18,7 462,75 12-Jun-12 23,6 11 12,3 854,5513-Mai-12 31,5 12,6 17,05 479,8 13-Jun-12 27,8 10,2 14 868,5514-Mai-12 30 10,2 15,1 494,9 14-Jun-12 25,6 5,7 10,65 879,215-Mai-12 29,5 8,7 14,1 509 15-Jun-12 27 5,5 11,25 890,4516-Mai-12 30,4 8,3 14,35 523,35 16-Jun-12 28,1 8,5 13,3 903,7517-Mai-12 26,4 9,9 13,15 536,5 17-Jun-12 29,4 8,7 14,05 917,818-Mai-12 24,9 5,3 10,1 546,6 18-Jun-12 26,5 9,2 12,85 930,6519-Mai-12 17,2 6,9 7,05 553,65 19-Jun-12 28,5 10 14,25 944,920-Mai-12 15 3,8 4,4 558,0521-Mai-12 17,7 5,6 6,65 564,722-Mai-12 25,7 5,1 10,4 575,123-Mai-12 29,4 7,3 13,35 588,4524-Mai-12 31,8 8,8 15,3 603,7525-Mai-12 26,5 9,7 13,1 616,8526-Mai-12 22,3 3,7 8 624,8527-Mai-12 24,6 2,8 8,7 633,5528-Mai-12 29 4,2 11,6 645,1529-Mai-12 28,4 4 11,2 656,3530-Mai-12 31,4 8,2 14,8 671,1531-Mai-12 35 10,5 17,75 688,963


Aconselhamento:A EACB enviou na circular nº 7 no dia 8 <strong>de</strong> maio tratamento para a mosca da cereja, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>registadas as capturas <strong>de</strong> adultos nos POBs da região, aconselhando‐se apenas tratamentopara as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maturação tardia.7.2.1.2 – Mosca drosófila da asa manchada (Drosophila suzukii)Esta mosca, também conhecida por mosca do vinagre, pertence à lista A2 da OrganizaçãoEuropeia <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Plantas (OEPP) e é a única espécie <strong>de</strong> drosófila capaz <strong>de</strong> causar danosem frutos sãos tais como morangos, mirtilos, amoras, framboesas, cerejas, ameixas, pêssegose damascos. Atualmente faz parte do plano anual <strong>de</strong> prospeção <strong>de</strong> organismos prejudiciais àsplantas. Assim, no âmbito da prospeção monitorizámos em cerejeiras esta praga com recurso aarmadilhas que construímos utilizando garrafas <strong>de</strong> plástico. Foram colocadas 2 armadilhas porcampo (fig. 1) contendo um isco. O isco consiste numa mistura <strong>de</strong> fruta muito madura, tendopor base 50% <strong>de</strong> banana e <strong>de</strong>ve ser renovado ao fim <strong>de</strong> duas semanas. Os insetos sãorecolhidos semanalmente para posterior i<strong>de</strong>ntificação. A mosca é <strong>de</strong> tamanho pequeno (2‐3mm), <strong>de</strong> cor amarelada acastanhada e com olhos vermelhos (fig.3 e fig. 4). Os machos <strong>de</strong>Drosophila suzukii são facilmente i<strong>de</strong>ntificáveis por apresentarem uma mancha negra nas asas.Nas observações realizadas tanto no campo, como no laboratório, não foram i<strong>de</strong>ntificadosindivíduos <strong>de</strong>sta espécie <strong>de</strong> drosófila.Fig. 44 – Mo<strong>de</strong>lo da armadilha utilizada no campo para monitorizar Drosophila suzukii no pomar <strong>de</strong>cerejeiras em Chão do Galego64


Fig. 45 – Recolha <strong>de</strong> insetos em laboratório para análise à lupa binocularFig. 46 ‐ Macho com a mancha característica na asa(foto OEPP)Fig. 47 ‐ Fêmea sem manchas nas asas mas comovipositor característico (foto OEPP)7.2.2 ‐ Doenças7.2.2.1 ‐ MonilioseA evolução <strong>de</strong>sta doença foi acompanhada com observação visual, tendo em conta afenologia da cultura e as condições climáticas mais susceptíveis.Aconselhamento:A EACB emitiu a circular nº 2 <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> fevereiro para tratamento ao estado fenológico gomoinchado (B) com produtos à base <strong>de</strong> cobre. Na circular nº 3 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> março aconselh‐se tratar apartir do estado fenológico (C) botões visíveis e na circular nº 4 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> março para asvarieda<strong>de</strong>s mais precoces nos pomares localizados a sul da Serra da Gardunha e que se65


encontravam no estado floração – queda das pétalas, recomendamos novoo tratamentocomrenovação na circular nº 5 <strong>de</strong>5 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong>vido à ocorrência <strong>de</strong> precipitação.Na circular nº 7 <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> maio, tendoem conta a precipitação ocorridaque provocou orachamento dosfrutos, além do tratamento paraa a moniliose, aconselhou‐se também apulverização comsais <strong>de</strong> cálcio, para diminuir o rachamento fisiológico da cereja.8 ‐ CITRINOSO acompanhamento do estado fenológicoo dos pomares foi registado em 3 POF.A monitorização <strong>de</strong> pragas e doenças foi acompanhada em 15 POB.Para esta cultura foram emitidos 4 aconselhamentospara pragas e doenças.O inimigo com mais recomendações foi o míldio com 2 tratamentos.Segue‐se o gráfico com a dispersão mensal dos avisoss emitidos para os citrinos em 2012<strong>Avisos</strong> emitidos para Citrinos ‐ 201224Nº <strong>de</strong> Tratamentos3210MíldioAfí<strong>de</strong>osMosca da frutaFig. 48– Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura dos citrinos.8.1 ‐ Pragas8.1.1 ‐ Afí<strong>de</strong>os (Toxoptera aurantii)Monitorização:Observação visual <strong>de</strong> 100 rebentos paraa <strong>de</strong>terminar a percentagem <strong>de</strong> rebentos infestados(NEA = 25% a 30% %). A recolha<strong>de</strong> indivíduos alados <strong>de</strong>verá ser efectuada através da armadilha66


<strong>de</strong> Moericke. No entanto, este ano por motivos logísticos utilizámos as placas cromotropicasamarelas e efectuámos a colheita <strong>de</strong> raminhos para serem observados em laboratório e aplicaros procedimentos laboratoriais a<strong>de</strong>quados para pesquisa do afí<strong>de</strong>o negro dos citrinos.A periodicida<strong>de</strong> das observações foi semanal e <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> Abril a Novembro.Aconselhamento:O aviso emitido pela EACB na circular nº 9 no dia 25 <strong>de</strong> Maio, alertou para o aparecimento <strong>de</strong>focos <strong>de</strong> afí<strong>de</strong>os na nova rebentação, e que estando estes focos ainda numa fase inicial é nestaaltura que o seu combate <strong>de</strong>verá ser efectuado e apenas direccionado para as plantasinfestadas. Chamou‐se a atenção para o facto <strong>de</strong> algumas espécies <strong>de</strong> afí<strong>de</strong>os seremimportantes vetores <strong>de</strong> viroses, nomeadamente o afí<strong>de</strong>o negro dos citinos Toxopteracitricidus, praga <strong>de</strong> quarentena, responsável pela transmissão do virus da tristeza dos citrinos.Assim, torna‐se importante tratar os focos <strong>de</strong> infestação logo que são observados, para evitardanos elevados nos jovens rebentos e prejuízos maiores nesta cultura.8.1.2 ‐ Mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella)Monitorização:Observação <strong>de</strong> 20 rebentos para <strong>de</strong>terminar a percentagem <strong>de</strong> folhas e <strong>de</strong> rebentosinfestados. A observação inci<strong>de</strong> sobre os jovens rebentos que apresentem as folhas do terçosuperior com comprimento inferior a 3 cm. A periodicida<strong>de</strong> das observações é semanal <strong>de</strong>Março a Outubro.A temperatura mínima para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta praga é <strong>de</strong> 12,1 ºC e necessita <strong>de</strong> 206graus‐dia para completar o seu ciclo <strong>de</strong> vida.Aconselhamento:Em 2012, a praga surgiu no POB <strong>de</strong> Vila Velha <strong>de</strong> Rodão no dia 19 <strong>de</strong> Maio, na SobreiraFormosa no dia 23 <strong>de</strong> Maio e em Cernache do Bonjardim no dia 4 Junho.No entanto, a EACB acompanhou o <strong>de</strong>senvolvimento da praga mas não emitiu aviso paracombatê‐la porque os ataques na nova rebentação foram <strong>de</strong> fraca intensida<strong>de</strong> e a praga nãocausou prejuízos significativos nos jovens rebentos que justificá‐se aconselhar um tratamentocontra a lagarta mineira dos rebentos dos citrinos.67


8.1.3 ‐ CochonilhasMonitorização:Acompanhamento da dinâmica populacional por observação visual.Aconselhamento:A EACB acompanhou nos POBs o iníciodas eclosões e a evolução das jovens ninfas dasdiferentes cochonilhas.Noentanto, em2012 a praga nãoapresentou um aumentopopulacional significativo que causá‐se prejuízos consi<strong>de</strong>ráveisna cultura, pelo que não foiemitido aconselhamentos para se realizarr tratamentos para o seucontrolo.8.1.4 ‐ Mosca da Fruta ou Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata)Monitorização:Instalação <strong>de</strong> armadilhas (garrafas mosqueiras tipo McPhaile com hidrolisado e trimedlure) eobservação semanal em laboratório das fêmeas capturadas.Seguem‐se os gráficos com o registo dos adultos capturados da mosca do Mediterrâneo.Dinâmica populacional da Ceratitis capitata350Mosca do Mediterrâneo ‐ Citrinos 20122Nº <strong>de</strong> Capturas (Garrafa)30025020015010050002‐Jun09‐Jun16‐Jun23‐Jun30‐Jun07‐Jul14‐Jul21‐Jul28‐Jul04‐Ago11‐Ago18‐Ago25‐Ago01‐Set08‐Set15‐Set22‐Set29‐Set06‐Out13‐Out20‐Out27‐OutCernacheSobreiraFig.49– Monitorização da Mosca da frutaCernache do Bonjardim e Sobreira Formosa(Ceratitis capitata) em garrafas mosqueiras nos POBs <strong>de</strong>68


Mosca do Mediterrâneo ‐ Citrinos 2012270605040302010002‐Jun09‐Jun16‐Jun23‐Jun30‐Jun07‐Jul14‐Jul21‐JulNº <strong>de</strong> Capturas (Placa)28‐Jul04‐Ago11‐Ago18‐Ago25‐Ago01‐Set08‐Set15‐Set22‐Set29‐Set06‐Out13‐Out20‐Out27‐OutCernacheSobreiraFig. .50 ‐ Monitorização da Mosca da fruta (Ceratitis capitata) em placas cromotrópicas nos POBs <strong>de</strong>Cernache do Bonjardim e Sobreira FormosaAconselhamento:Na indicação do tratamento a 21 <strong>de</strong> Setembro a EACBteve em atenção o estado fenológico dacultura favorável ao ataque da pragaa (mudança<strong>de</strong> cor dofruto) oNEA (20 adultosarmadilha/semana nas varieda<strong>de</strong>s precoces e <strong>de</strong> meia‐estaçãoe 1 adulto/armadilha/dia nasvarieda<strong>de</strong>s tardias) e o aumento <strong>de</strong> fêmeas fecundadas.8.2 ‐ Doenças8.2.1 ‐ Míldio (Phytophthoraspp.)Previsão do risco:A estratégia seguida pela EACB tem como base aprotecção preventiva acompanhando ascondições meteorológicas e os períodos <strong>de</strong> maior sensibilida<strong>de</strong> daplanta.Aconselhamento:A partir do iníciodas primeiras chuvas <strong>de</strong> Outono recomendámmos o tratamento contraestadoença aconselhando a aplicação direccionada do fungicida para o solo eterço inferior dasplantas.A protecção doscitrinos relativamentee ao míldiobaseia‐seprincipalmente em medidasculturais, das quais aconselhamos a drenagem do soloo para facilitar o excesso<strong>de</strong> água e a podaracional para facilitar a circulação do ar.69


A EACB emitiu na circular nº 1 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> janeiro um tratamento com produtos à base <strong>de</strong> cobre.Na circular nº 15 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> outubro aconselha‐se os tratamentos preventivos nos períodos <strong>de</strong>tempo frio e húmido pois favorecem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste fungo nos frutos.9 ‐ Resumo da Emissão <strong>de</strong> Circulares <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> em 2012Em 2012 foram emitidos pela Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> 15 circulares <strong>de</strong> avisos ediversas Informações, conforme <strong>de</strong>scriminadas no seguinte Quadro.Quadro 27 ‐ Circulares emitidas pela Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>Circular Data Cultura Inimigo Observações‐‐‐FRUTEIRASDoenças <strong>de</strong> lenhoMedidas profiláticas (poda)OLIVALMíldioMedidas profiláticasNº1 19‐01‐12VINHATratamento com cobreCITRINOSAnexosQuadro com fungicidas homologadospara míldio dos citrinosPOMÓIDEASFormas hibernantes <strong>de</strong> insectos eácarosTratamento <strong>de</strong> InvernoCancroTratamento com cobrePRUNÓIDEASCancro, Lepra, Crivado, MonilioseCochonilha <strong>de</strong> S. JoséTratamento com cobre ao estado BTratamento com óleo <strong>de</strong> Verão aoestado B‐CNº2 20‐02‐12OLIVALTuberculoseMedidas profilácticasAnexosQuadro com fungicidas homologadospara as doenças dos pessegueirosQuadro com fungicidas homologadospara as doenças das cerejeirasQuadro com fungicidas homologadospara o cancro das pomoi<strong>de</strong>asQuadro com inseticidas homologadospara formas hibernantes <strong>de</strong> insetos eácaros70


PRUNÓIDEASNº3 02‐03‐12PessegueirosCerejeirasFRUTEIRASLepraCrivado, MonilioseQuebra <strong>de</strong> dormênciaTratamento ao aparecimento da pontaver<strong>de</strong> (1ª folha do gomo terminalestado fenologico C)Tratar no estado fenologico B‐CHoras <strong>de</strong> frio acumulado (Quadro)AnexosLista das Frases <strong>de</strong> Segurança e RiscoDivulgação Despacho 1722/2012 <strong>de</strong> 6Fev. – Apoio à reconversão da vinhaPRUNÓIDEASPessegueirosLepraRenovaçãoCerejeirasCrivado, MonilioseTratamento com orgânico (estado F‐G)Nº4 26‐03‐12POMÓIDEASMacieiras e PereirasPedradoAranhiço vermelhoTratamento C – C3 (M) e C3 – D (P)com produto preventivo (previsão <strong>de</strong>precipitação)Ovicida ‐ início da eclosãoOLIVALOlho <strong>de</strong> PavãoTratamento preventivo com cobresAnexosQuadro com inseticidas homologadospara aranhiço vermelho daspomói<strong>de</strong>asQuadro com fungicidas homologadospara pedrado das pomoi<strong>de</strong>asQuadro com fungicidas homologadospara olho <strong>de</strong> pavão no olivalPRUNÓIDEASPessegueirosLepraRenovaçãoCerejeirasCrivado, MonilioseRenovaçãoAfí<strong>de</strong>o ver<strong>de</strong>Tratar ao NEA (7‐10% raminhos)Nº5 05‐04‐12POMÓIDEASMacieiras e PereirasAfí<strong>de</strong>o negroPedradoTratar ao NEA (3% raminhos)Tratamento preventivo (renovação)PsilaTratar ao NEA (10‐15% rebentos)Fogo bacterianoFolheto informativo Erwinia amylovoraVINHAEscorioseTratamento ao estado D ou D / EAnexosQuadro com fungicidas homologados71


para escoriose da vi<strong>de</strong>iraQuadro com inseticidas homologadospara afí<strong>de</strong>os das cerejeirasQuadro com inseticidas homologadospara afí<strong>de</strong>o ver<strong>de</strong> dos pessegueirosPOMÓIDEASMacieiras e PereirasPedradoTratamento preventivo (tempoinstável)OídioPrimeiros sintomas. Tratamento comproduto que combatasimultaneamente o pedrado e o oídioAranhiço vermelhoTratar ao NEA (M 50‐65% ‐ P 40% )Nº6 20‐04‐12PRUNÓIDEASCerejeirasCecidomia da pereiraMonilioseTratar ao NEA (50% rebentosinfestados)Renovação do tratamentoAnexosEpitix similaris – folheto informativo elista <strong>de</strong> produtos homologadosPortaria 104/2012 – Impacto da SecaDespacho 1722/2012 – candidaturasreestruturação da vinhaQuadro com fungicidas homologadospara oídio das macieirasPOMÓIDEASMacieiras e PereirasPedradoRenovar o tratamentoAfí<strong>de</strong>o cinzentoTratamento ao NEA (2‐5% rebentosinfestados)Nº7 08‐05‐12PRUNÓIDEASCerejeirasMonilioseTratar com fungicida homologado.Aconselhamento para pulverizaçõescom sais <strong>de</strong> cálcio para reduzir orachamento fisiológico da cerejaMosca da cerejaInício <strong>de</strong> voo (tratar varieda<strong>de</strong>stardias)VINHAOídioTratar vinhas no estado fenológico F/GAnexosQuadro com fungicidas homologadospara oídio da vi<strong>de</strong>iraQuadro com inseticidas homologados72


para afí<strong>de</strong>os das pomoi<strong>de</strong>asQuadro com inseticidas homologadospara mosca da cerejaPOMÓIDEASMacieiras e PereirasBichado da frutaTratamento com produto <strong>de</strong> acçãoovicidaPedradoCondições para novas infecções,renovar o tratamentoOídioRenovar o tratamento com produtoque combata simultaneamente opedrado e o oídioNº8 14‐05‐12PRUNÓIDEASPessegueirosOídioTratar varieda<strong>de</strong>s sensíveis (primeirosfocos)AnexosQueimadas por motivos fitossanitários‐ informação disponibilizada peloSNAAInformação sobre a recolha <strong>de</strong>embalagens vazias <strong>de</strong> pesticidasQuadro com inseticidas homologadospara bichado das pomói<strong>de</strong>asQuadro com fungicidas homologadospara oídio dos pessegueirosPOMÓIDEASMacieiras e PereirasBichadoTratar com produto <strong>de</strong> ação larvicidaCochonilha <strong>de</strong> S. JoséSaída <strong>de</strong> larvas da 1ª geraçãoVINHAMedidas culturaisEliminação dos lançamentosOLIVALTraça da oliveiraTratar os olivais com fraca floraçãoNº9 25‐05‐12Algodão da oliveiraTratar à presença da pragaCITRINOSAfí<strong>de</strong>osTratar os focos <strong>de</strong> infestaçãoAnexosQuadro com inseticidas homologadospara a traça da oliveiraQuadro com inseticidas homologadospara afí<strong>de</strong>os dos citrinos73


POMÓIDEASMacieiras e PereirasPedradoTratamento com fungicida <strong>de</strong> açãopreventivaOídioRenovar o tratamento com produto quecombata simultaneamente o pedrado eo oídioBichado da frutaRenovação do tratamento.Cecidómia da pereiraTratar ao NEA (50% ramos infestados)Nº10 11‐06‐12PRUNÓIDEASPessegueirosAfí<strong>de</strong>o ver<strong>de</strong>Tratar ao NEA (7‐10%)VINHAOídioTratar no estado fenologicofloração/alimpaAnexosInformação preventiva do IVVPortaria 178‐A/2012 – Seca ‐ apoiosconcedidos para minorar prejuízosPOMÓIDEASMacieiras e PereirasBichadoInício da 2ª geraçãoNº11 03‐07‐12OLIVALCochonilha <strong>de</strong> S. JoséTraça da oliveiraTratar com produto que combata emsimultâneo o bichadoTratar geração carpófaga (para olivaiscom fraco vingamento)VINHAOídioTratamento ao estado J/K (bago <strong>de</strong>chumbo/bago <strong>de</strong> ervilha)Medidas culturaisIntervenções em ver<strong>de</strong> (<strong>de</strong>sponta)POMÓIDEASMacieiras e PereirasBichadoRenovar tratamentoAranhiço vermelhoAcaricida ao NEANº12 25‐07‐12PRUNÓIDEASPessegueirosAnarsiaTratamento ao NEAMosca do MediterrâneoTratamento (cultivares tardias)AnexosQuadro com inseticidas homologadospara mosca da fruta em prunoi<strong>de</strong>asQuadro com inseticidas homologados74


para anarsia em pessegueirosFicha técnica ‐ AnarsiaPOMÓIDEASMacieiras e PereirasBichado da frutaRenovaçãoMosca do MediterrâneoTratamento (cultivares tardias)Doenças <strong>de</strong> conservaçãoTratar antes da colheitaPRUNÓIDEASNº13 24‐08‐12PessegueirosMosca do MediterrâneoTratamento (cultivares tardias)OLIVALMosca da azeitonaTratar azeitona para conservaAnexosQuadro com inseticidas homologadospara mosca da fruta em pomoi<strong>de</strong>asQuadro com inseticidas homologadospara mosca da azeitonaOLIVALMosca da azeitonaTratar azeitona para azeiteGafaTratamento preventivo com cobresCITRINOSMosca do MediterrâneoTratar na mudança <strong>de</strong> cor dos frutos(fase sensível ao ataque)Nº14 21‐09‐12AnexosQuadro com inseticidas homologadospara mosca dos citrinosQuadro com fungicidas homologadospara gafa da azeitonaOLIVALMosca da azeitonaRenovaçãoGafaRenovaçãoNº 15 15‐10‐12TRATAMENTOS DEOUTONO(Pomói<strong>de</strong>asPrunói<strong>de</strong>as)CancroCrivado e LepraAnexosSeca 2012‐ Ajuda à eletricida<strong>de</strong>(Informações)CITRINOSMíldioQuadro com registos da precipitaçãoocorrida neste ano agrícola75


ANEXOS76


Anársia - Anarsia lineatella, ZellerFicha Técnica Nº 2 /EACB/2012IntroduçãoAnársia é uma praga importante que afetaas Prunói<strong>de</strong>as e surge com frequência nospomares <strong>de</strong> pessegueiros na região da BeiraInterior Sul, <strong>de</strong>signadamente Cova da Beirae sul da Serra da Gardunha.Os técnicos da Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong><strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> têm acompanhado ao longodos anos esta praga, através <strong>de</strong> observaçãovisual <strong>de</strong> sintomas e monitorização dadinâmica populacional, o que nos permitefazer as seguintes consi<strong>de</strong>rações:1-observa-se no início do ciclo vegetativoda planta a saída das larvas hibernantes(Março) que vão causar estragos nos botõese pequenos raminhos (Fig. 3 e 4);2-em Maio regista-se nas armadilhas comferomona (Fig1) as primeiras capturas <strong>de</strong>adultos da geração hibernante, e em Julhoobserva-se o pico <strong>de</strong> voo dos adultos da 1ªgeração, cujas larvas irão provocar maistar<strong>de</strong> as perfurações nos frutos (Fig.5);3-verifica-se uma 2ª geração da praga emAgosto, já com estragos elevados nos frutosem maturação, provocando acentuadasquebras na produção <strong>de</strong> pêssegos,principalmente nas varieda<strong>de</strong>s mais tardias.Descrição do insectoÉ um inseto da or<strong>de</strong>m Lepidoptera e tem asseguintes fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento:Adulto: borboleta com 10 a 16 mm <strong>de</strong>comprimento, asas estreitas, <strong>de</strong> cor cinzentacom manchas escuras e claras (Fig.1)Ovo: 0.3 x 0.5 mm, alongado, cor branca ebrilhante, fica amarelado com o tempo.Larva: 14 a 16 mm <strong>de</strong> comprimento, cabeçanegra, corpo acastanhado alternando anéisclaros e escuros à volta do abdómen o quelhe confere um aspecto anelado (Fig.2).Pupa: 4 a 6 mm, cor acastanhada encontrasegeralmente em lugares protegidos naárvore.Hospe<strong>de</strong>irosPlantas do género Prunus, principalmentepessegueiro, mas também damasqueiro,ameixeira, amendoeira e cerejeira.BiologiaHiberna na forma <strong>de</strong> larva na própriaárvore. No início da primavera a larvaretoma a sua ativida<strong>de</strong> alimentando-se dosbotões e jovens lançamentos. Em Maio/Junho o inseto pupa nas pregas das folhasou nas rugosida<strong>de</strong>s do tronco. Em Junho/Julho surge na fase <strong>de</strong> adulto as borboletasda 1ª geração que vão <strong>de</strong>positar os ovos nasfolhas e jovens frutos. As larvas resultantes<strong>de</strong>stas posturas alimentam-se dos rebentos efrutos já existentes. Estas larvas apóscompletarem o seu <strong>de</strong>senvolvimento vãopupar nas rugosida<strong>de</strong>s do tronco ou nacavida<strong>de</strong> peduncular dos frutos.Posteriormente dão origem às borboletas da2ª geração, que vão fazer novas posturasdas quais surgem as larvas da geraçãohibernante.EstragosOs estragos causados por esta praga são <strong>de</strong>elevada importância económica e po<strong>de</strong>mverificar-se tanto ao nível dos lançamentoscomo ao nível dos frutos. Os estragos noslançamentos são causados pela introduçãoda larva no seu interior, provocandomurchidão, gomose e morte dos gomos erebentos (Fig.3 e Fig.4). Estes estragos sãoparticularmente graves nas plantas jovens.Nos frutos, a larva introduz-se pela zona dopedúnculo ou na zona <strong>de</strong> contacto entredois frutos e dirige-se ao caroço,<strong>de</strong>preciando o fruto e causando a sua quedaprematura (Fig.5 e Fig.6). Os prejuízosmais significativos ocorrem em frutos <strong>de</strong>varieda<strong>de</strong>s semi-tardias e tardias.77


Meios <strong>de</strong> LutaLuta cultural – eliminar pela poda e <strong>de</strong>struirlançamentos infestadosLuta biológica – fomentar a limitaçãonatural preservando os insetos auxiliares,nomeadamente, himenópteros parasitoi<strong>de</strong>s.Luta biotécnica – método da confusãosexual.Luta química – avaliar a estimativa do riscono pomar (observar 4 rebentos + 4 frutos /árvore x 50 árvores) e <strong>de</strong>terminar o níveleconómico <strong>de</strong> ataque (NEA) - (1-5% <strong>de</strong>frutos+ rebentos atacados) quando atingidoo NEA <strong>de</strong>verá ser realizado um tratamentoutilizando um produto fitofarmacêuticohomologado.EACBEACBFig.1: Armadilha com feromona sexual e adultoFig.2: LarvaFig.4: Estragos nos raminhosFig.3: Estragos nos botõesFig.4: Estragos nos raminhosEACBFig.5: Estragos nos frutosEACBFig.6: Estragos nos frutosFonte: Gonçalves, M & Ribeiro, J.R. (1997). Proteção Integrada <strong>de</strong> Prunói<strong>de</strong>as DGPC; Bárcia, M. (1981). Principais pragas dopessegueiro. ISA; UC IPM Plum peach twig borer (1999); http://aym.juntaex.es; http://www.dgadr.min-agricultura.ptDirecção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Agricultura e PescasDivisão <strong>de</strong> Protecção e Qualida<strong>de</strong> da ProduçãoEstação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>R. Amato Lusitano Lote Nº 3Apartado 107 6001 - 909 <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>Telefone: 272 348 600 Fax: 272 348 625E-mail: eacastelobranco@drapc.min-agricultura.pt78


Principais Doenças e Pragas da Melancia Citrillus vulgaris L.Ficha Técnica Nº 3 / EACB /2012DOENÇASOídio (Sphaerotheca fuliginea)Esta doença é causada pelo fungo Oidium sp.A parte aérea da planta apresenta-se coberta porum pó branco na superfície das folhas (Fig. 1),que vai cobrindo toda a parte vegetativachegando a atingir a totalida<strong>de</strong> da folha, talos epecíolos. As primeiras folhas a apresentarsintomas são as mais velhas, que secam daextremida<strong>de</strong> do limbo para o centro. A doença éfavorecida por temperaturas à volta <strong>de</strong> 26ºC ehumida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> 70%.Alternaria (Alternaria cucumerina)Este fungo ataca principalmente as folhas maisvelhas da planta, provocando o aparecimento <strong>de</strong>pequenas manchas castanhas escuras (Fig.3).Esta doença ocorre com maior frequência comtemperaturas acima <strong>de</strong> 25ºC e orvalhadas ouquando a rega é por aspersão.Fig.3: Manchas <strong>de</strong> alternaria em folha <strong>de</strong> melanciaFig.1: Sintomas <strong>de</strong> oídio em folha <strong>de</strong> melanciaAntracnose (Colletotrichum orbiculare)A antracnose é causada pelo fungoColletotrichum orbiculare. Na melancia asmanchas são irregulares e aparecem emprimeiro lugar nas folhas, junto às nervurassecundárias, apresentando no início uma corclara que <strong>de</strong>pois vai escurecendo com contornoacentuado. Quando o ataque é intenso, asplantas ficam com aspecto queimado. Ossintomas nos frutos são pequenas <strong>de</strong>pressões,que po<strong>de</strong>m atingir até 1 cm <strong>de</strong> diâmetro (Fig. 2).As temperaturas e humida<strong>de</strong>s elevadasfavorecem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta doença.Fusariose vascular (Fusarium oxysporum)Nas jovens plantas causa a podridão das raízes.Nas plantas adultas observa-se clorose emurchidão que começa pelas folhas da base,progri<strong>de</strong>, atinge a planta inteira, levando-a àmorte. Nos caules po<strong>de</strong> observar-se a formação<strong>de</strong> gotas <strong>de</strong> goma. Os sintomas são mais severosdurante os dias quentes <strong>de</strong> verão (Fig.4).Não existe substância activa homologada paraesta finalida<strong>de</strong>.A luta cultural aconselha eliminar as plantasdoentes, alternar a parcela da cultura e utilizarsementes sãs.Fig.2: Manchas <strong>de</strong> antracnose em frutoFig.4: Sintomas <strong>de</strong> fusariose em folhas79


PRAGASÁcaros (Tetranychus urticae e Tetranychusturkestani)A melancia é atacada por ácaros do género T.urticae (Fig. 4) e T. turkestani (Fig. 5), queatacam as folhas causando <strong>de</strong>scoloraçõespontilhadas ou manchas amareladas, que po<strong>de</strong>mser vistas como os primeiros sintomas. Quandoeste ataque é gran<strong>de</strong> provocam bronzeamento<strong>de</strong>vido à morte dos tecidos, conferindo à plantaum aspeto crestado e posteriormente uma<strong>de</strong>sfoliação. Os ataques mais graves verificamseno início do ciclo vegetativo. As altastemperaturas e a baixa humida<strong>de</strong> relativafavorecem o <strong>de</strong>senvolvimento da praga.Quando o grau <strong>de</strong> infestação é muito gran<strong>de</strong> atéos frutos po<strong>de</strong>m ser afetados.Lagartas (Spodoptera exígua e S.litorallis, Autographa gamma)A maioria dos lepidópteros consi<strong>de</strong>rados pragasdas hortícolas pertence à família Noctuidae. Éuma família muito importante do ponto <strong>de</strong> vistaagrícola, pois causam graves prejuízoseconómicos às culturas. Aten<strong>de</strong>ndo aocomportamento alimentar estas são lagartas dasfolhas. É no estado larvar que provocam osestragos (Fig. 8), mais importantes nas culturas.Fig 8: Adulto <strong>de</strong> S. exígua e estragos causados pela larvaFig.4: T. urticaeFig.5: T. turkestaniLarvas mineiras (Liriomyza trifolii)Afí<strong>de</strong>os (Aphis gossypii, Myzus persicae)Os afí<strong>de</strong>os (Fig.6eFig.7) constituem umproblema fitossanitário <strong>de</strong>vido à sua enormecapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reprodução e ativida<strong>de</strong> alimentarcausando graves prejuízos na cultura. Os afí<strong>de</strong>osalimentam-se da seiva da planta, originandofolhas enroladas e manchas amareladas.Os adultos das larvas mineiras são pequenasmoscas <strong>de</strong> coloração amarela e negra (Fig.9). Asposturas são efectuadas pelas fêmeas no interiordo tecido das folhas jovens, on<strong>de</strong> se<strong>de</strong>senvolvem. As larvas ao alimentarem-seoriginam galerias ou minas nas folhas (Fig. 10).A forma das galerias é diferente entre asespécies. Logo que as larvas atingem o máximo<strong>de</strong>senvolvimento, saem das folhas para pupar. Afase <strong>de</strong> pupa ocorre frequentemente no solo, emais tar<strong>de</strong> as pupas dão origem a novos adultos.Lagartas (Fig.9: Adulto<strong>de</strong> LiriomyzatrifoliiFig.10: Folha com galeria <strong>de</strong>mineiFig. 6: Folha com afi<strong>de</strong>os Fig. 7: Afi<strong>de</strong>osDirecção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Agricultura e PescasDivisão <strong>de</strong> Protecção e Qualida<strong>de</strong> da ProduçãoEstação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>R. Amato Lusitano Lote Nº 3Apartado 107 6001 - 909 <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>Telefone: 272 348 600 Fax: 272 348 625E-mail: eacastelobranco@drapc.min-agricultura.pt80


Protecção Fitossanitária da MelanciaDoenças / Pragas/InfestantesDOENÇASAntracnoseeCladosporioseOídioSubstânciasactivasModo <strong>de</strong>AcçãoNome Comercialfolpete Actua como preventivo FOLPAN 500 SC,FOLPAN 80 WDG,FOLPETIS WG, FOLPEC50 AZUL, BELPRON F-50,FOLPEC 50,FOLPAN50 WP.mancozebebupirimatoenxofreActua como preventivoSistémico: Actua compreventivo e curativoInorgânico: Actua compreventivo e curativoVARIOS PRODUTOSNIMRODVARIOS PRODUTOSNº <strong>de</strong>aplicaçõesMax. 2 aplica.consecutivasObservações/MedidasCulturaisAplicar apósemergência enquantotempo <strong>de</strong>corre húmidoEvitar rega poraspersãoEliminar plantasatacadasUsar sementes tratadasà base <strong>de</strong> tirameAplicações <strong>de</strong>vem serfeitas a partir doaparecimento dos 1ºsfocos <strong>de</strong> oídioIniciar as aplicaçõesquando as plantastiverem 3-5 folhas<strong>de</strong>finitivasUsar plantasresistentesPRAGASÁcarosÁcarosTetraniqui<strong>de</strong>osAfí<strong>de</strong>osLagartashexitiazoxetaxazoleacetamipridaimidaclopri<strong>de</strong>alfa- cipermetrinapirimetrozinatiametoxameclorantranilipolbifentrinaindoxacarbeAcaricida específico queactua por contacto(especialmente como ovicida;tem também acção sobrelarvas).Acaricida <strong>de</strong> contacto:ovicida e larvicidaSistémico. Atua por contactoe ingestãoSistémico. Atua por contactoe ingestãoPiretroi<strong>de</strong> actua por contactoe ingestãoInsecticida sistémico queactua por contacto e ingestãoSistémico. Atua por contactoe ingestãoSistémico, atua por contacto eingestãoPiretrói<strong>de</strong>: atua por contacto eingestão.Oxidiazina: Atua por contactoe ingestãoNISSORUN, DIABLO,TENOR,BORNEOEPIK SG, GAZELLE SG,GAZELLE, EPIKCONFIDOR O-TEQFASTACPLENUM 50 WGACTARA 25 WGALTACORTALSTARSTEWARD, EXPLICITWGMax.1aplicaçãoEfetuarapenas 1aplicação porciclo culturalMax.2aplicaçõesMax.2aplicaçõesMax.2aplicaçõesMax.3aplicaçõesMax.2aplicaçõesMax.2aplicaçõespor cicloculturalMax.2aplicaçõesMax.4aplicaçõesEliminar asinfestantes.Realizar rotaçõesculturais.Eliminar os restos daculturaTratar quando seobservam as primeirasformas moveis dosácarosTratar ao aparecimentoda praga.Eliminar as infestantesEliminar os restos daculturaRealizar rotaçõesculturaisMobilizar o soloTratar ao aparecimentoda praga.Eliminar as infestantesEliminar os restos daculturaRealizar rotaçõesculturaisMoscabrancaspinoza<strong>de</strong>alfa-cipermetrinaSpinosina. Atua por contactoe ingestão.Piretrói<strong>de</strong>: atua por contacto eingestão.SPINTORFASTACMax.2aplicaçõesMax.1aplicaçãoEliminar as infestantesEliminar os restos daculturaRealizar rotaçõesculturais81


MoscabrancaazadiractinaInseticida. Regulador <strong>de</strong>crescimento. Produtoindicado para utilizaçãoexclusiva em agriculturabiológicaALIGN, FORTUNE AZApimetrozinaSistémico: Atua por contactoe ingestãoPLENUM 50 WGMax.3aplicaçõesflonicamidaNicotinoi<strong>de</strong>. Atua porcontacto e ingestãoTEPPEKIMax.2aplicaçõesLarvasmineirasTripesabamectinaciromazinafometanato(hidrocloreto)Inseticida e acaricida. Atuapor contacto e ingestãoInseticida reguladorcrescimento com açãosistémica e translaminarCarbamato:Atua por contacto e ingestão.VERTIMEC 18ECMax.2aplicaçõesTRIGARD 75 WP ----DICARZOLMax.1aplicaçãoEliminar as infestantesEliminar os restos daculturaRealizar rotaçõesculturaisNoctuasMonocotiledóneasalfa-cipermetrinaazadiractinaquizalope-P-etiloPiretrói<strong>de</strong>: atua por contacto eingestãoInseticida Regulador <strong>de</strong>crescimento Produto indicadopara utilização em agriculturabiológica.Sistémico: absorvido pelasfolhas.FASTAC.ALIGN, FORTUNE AZA.TARGA GOLDMax.2aplicaçõesEliminar as infestantesEliminar os restos daculturaRealizar rotaçõesculturaisMobilizar o soloAplicar em pósemergênciada culturae das infestantesINFESTANTESMonocotiledóneasDicotiledóneasMonocotiledóneasDicotiledóneasdiquato Absorvido pelas folhas. REGLONEGlifosato (sal <strong>de</strong>amónio)Absorvido pelas folhas ecaules.TOUCHDOWNPREMIUM, TORNADOAplicar antes dainstalação da culturaou em póssementeira/plantação<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja feita naentrelinha comcampânula para nãoatingir a culturaAplicar antes dainstalação da cultura,quando as infestantesse encontram emcrescimento ativo.Notas: 1 – Antes <strong>de</strong> aplicar qualquer produto fitofarmacêutico, leia atentamente o rótulo da respetiva embalagem, <strong>de</strong>le constam asindicações para a sua correta aplicação.2 – Os produtos comerciais com base nas substâncias ativas constam da lista <strong>de</strong> produtos fitofarmacêuticos divulgada pela Direção Geral <strong>de</strong>Alimentação e Veterinária (DGAV).Fontes - Circular técnica 61; Brasília, DF Julho, 2008; Autor: Carlos Alberto Lotes, Pesquisador; Monografia <strong>de</strong> la Sandía ComissionVeracruzana <strong>de</strong> Comercializacion Agropecuaria; Embrasa Seminário, Sistemas <strong>de</strong> Produção, 6 ISSN 1807-0027 Versão Electronica Agos/2008;Produção Integrada em Hortícolas - Família das Cucurbitáceas DGPC (2006); www. agrolink.com.br; www.dgav.pt;Direcção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Agricultura e PescasDivisão <strong>de</strong> Protecção e Qualida<strong>de</strong> da ProduçãoEstação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>R. Amato Lusitano Lote Nº 3Apartado 107 6001 - 909 <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>Telefone: 272 348 600 Fax: 272 348 625E-mail: eacastelobranco@drapc.min-agricultura.pt82


Anexo II – Registos <strong>de</strong> Temperatura Média e Precipitação para avaliação da seca naregião <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong>Normais climatológicas <strong>de</strong> temperatura do ar em <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> (1971-2000)(Atlas climático IM, IP, AEMet)TA – Temperatura média das máximas / TI - Temperatura média das mínimasTMA – Temperatura máxima absoluta / TMI – Temperatura mínima absolutaNormais climatológicas da precipitação em <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> (1971-2000)(Atlas climático IM, IP, AEMet)P – Precipitação total médiaPM – Precipitação máxima diária83


Os quadros que se apresentam são registos <strong>de</strong> Estações MeteorológicasAutomáticas afetas à EACB e que nos permitiu trabalhar os dados para comparare avaliar a extensão da seca que a região atravessou no início <strong>de</strong>ste ano agrícola.84


<strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> (Alcains)Temperatura ºC20151050200180160140120100806040200OutNovDezPrecipitação mmJanFevP 2000/2010TMed 2000/2010P 2011/2012TMed 2011/201287


PenamacorTemperatura ºC20151050200180160140120100806040200OutPrecipitação mmNovDezJanFevP 2000/2010TMed 2000/2010P 2011/2012TMed 2011/201288


BelmonteTemperatura ºC20151050200180160140120100806040200OutPrecipitação mmNovDezJanFevP 2000/2010TMed 2000/2010P 2011/2012TMed 2011/201289


OleirosTemperatura ºC20151050200180160140120100806040200OutNovDezPrecipitação mmJanFevP 2000/2010 P 2011/2012TMed 2000/2010 TMed 2011/2012Precipitação registada no ano agrícola 2011/2012Set.2011Out.2011Nov.2011Dez.2011Jan.2012Fev.2012Mar.2012Abr.2012Mai.2012Jun.2012Jul.2012Ago.2012Total(mm)Alcains 26,6 92,2 180,6 16 6 0 2,4 49,4 74,2 0,2 1,8 10 459,4Alcongosta 70 203,6 234,4 19,4 5,6 0,6 4,4 70,2 138,4 0,8 1,2 11,4 760Belmonte 58 120,8 161,8 13,8 8,8 0 3,6 58,2 75,4 1,2 2,6 10,4 514,6Brejo 46,2 104,8 167,4 23,8 10,4 0,2 12,8 52,6 85,2 0,2 8,4 6 518Capinha 51,4 138 212,8 24,6 11 0 4,2 43,8 107,6 1,4 1,6 8 604,4Cernache 91 134 162,8 35,4 10,6 1 3,8 105,4 102,2 3,4 0 8 657,6Chão doGalego 19,6 126,2 209,2 32,8 6,6 0 2,6 49,8 97,8 3,2 0 9,8 557,6Fadagosa 32 85,4 181,6 18,8 3,6 0 2,4 44 77,2 0,2 1,8 5,6 452,6Ferro 49 103,4 182,8 24,6 7,6 0 9 62,2 85 0,2 17,4 5,6 546,8Lamaçais 71,4 114,6 186,4 22,2 8,8 0 12,2 73,6 89,4 0,4 5,6 5 589,6Malpica 62,6 53,4 176,2 20 6,2 0 0,6 48,2 50,4 0,6 0 5,4 423,6Oleiros 28 114,4 170,6 37,6 12,2 1 14 90,8 83 4,2 0 8,6 564,4Pedrogão 38 90,4 190 12,8 3,4 0 1,8 29 53,6 0,6 2,6 9,4 431,6Penamacor 33 101,8 168,4 20,8 5 0 8,6 52,8 88,2 1,2 0,4 10,8 491VVRodão 42,8 59,2 178,2 20,6 7,2 0 0,4 45,8 90,4 0 0 7 451,6Várzea 40 71,8 197,2 17 6,2 0 1,2 56,6 68,4 0 0 7,2 465,690


Anexo III ‐ Aplicação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> previsão MARYBLYT versão 7 na <strong>de</strong>terminação dorisco <strong>de</strong> infeção <strong>de</strong> fogo bacterianoO fogo bacteriano é uma doença provocada pela bactéria Erwinia amylovora, afeta plantas dafamília das rosáceas causando graves prejuízos nas Pomói<strong>de</strong>as, particularmente em pomares<strong>de</strong> macieiras, pereiras e marmeleiros.Consi<strong>de</strong>rando que no ano anterior se registaram dois focos positivos na região centro comuma expressão consi<strong>de</strong>rável, este ano resolvemos acompanhar no campo com maisintensida<strong>de</strong> alargando o nº <strong>de</strong> observações nos pomares localizados no distrito <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong><strong>Branco</strong>.Consi<strong>de</strong>rando que os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> previsão são <strong>de</strong> extrema utilida<strong>de</strong>, permitindo estabeleceruma ligação entre os factores meteorológicos e o risco <strong>de</strong> infeção torna‐se fundamentalutilizar mais esta ferramenta auxiliar na previsão do aparecimento do risco <strong>de</strong> infeção do fogobacteriano para posterior aconselhamento aos fruticultores. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> previsão Maryblyt<strong>de</strong>senvolvido por Steiner em 1990 possibilita prever o risco <strong>de</strong> infeção e o aparecimento <strong>de</strong>sintomas na floração, rebentos e cancros.Com a colaboração da Estação <strong>de</strong> <strong>Avisos</strong> do Dão que já aplica este mo<strong>de</strong>lo na sua região,aplicámos também este ano para as nossas condições o mo<strong>de</strong>lo Maryblyt <strong>de</strong> modo acontribuir, se possível, para a validação do mo<strong>de</strong>lo Maryblyt versão 7 para a região centroAssim, conjugando nos inputs a temperatura máxima, mínima, precipitação/horas <strong>de</strong> folhamolhada e o estado fenológico da cultura, surge no output o grau <strong>de</strong> risco que é <strong>de</strong>terminadocom o número <strong>de</strong> condições observadas.Seguem‐se os resultados e respetiva análise do mo<strong>de</strong>lo aplicado nos seguintes locais:91


Belmonte (Qta da Torre)Em Belmonte, segundo o output do mo<strong>de</strong>lo, estiveram reunidas três das condições <strong>de</strong> riscosendo i<strong>de</strong>ntificada pela cor laranja e que assinala um grau <strong>de</strong> risco elevado para os dias 18 e 22<strong>de</strong> Maio altura em que ainda po<strong>de</strong>m existir florações secundárias. No entanto, observações nocampo não confirmaram o aparecimento <strong>de</strong> sintomas e o risco também acabou por diminuirporque a falta <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> condicionou a infeção.Cernache do Bonjardim (Qta do Ribeiro)Em Cernache <strong>de</strong> Bonjardim as condições não foram favoráveis ao <strong>de</strong>senvolvimento da doençatendo‐se verificado risco baixo e médio no mês <strong>de</strong> Abril registando‐se o EIP (Epiphytic92


inoculum potencial) com valores muito baixos (


Teixoso (Qta. dos Lamaçais)Na Qta dos Lamaçais as condições também não foram favoráveis ao <strong>de</strong>senvolvimento dadoença tendo‐se verificado dias <strong>de</strong> risco baixo e médio ao longo do período <strong>de</strong> maior risco <strong>de</strong>infeção registando‐se EPI 18.3ºC a partir das primeiras flores abertas.Consi<strong>de</strong>rando os dados obtidos este ano nos locais analisados juntamente com os pontos <strong>de</strong>prospeção observados e análises realizadas em viveiros com resultados negativos, po<strong>de</strong>mosconcluir que a bactéria em 2012 não teve condições para se manifestar na região.94

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