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estimativa do risco e o nível económico de ataque da traça e da ...

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CIGARRINHA VERDE(Empoasca vitis Göthe)A cigarrinha ver<strong>de</strong> passa por três esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento (ovo, ninfa e adulto).Ovo - branco hialino e alonga<strong>do</strong>s (cerca <strong>de</strong> 0,7mm). Sãocoloca<strong>do</strong>s no interior <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s vegetais, sen<strong>do</strong>invisíveis a olho nu.Ninfas - passam por cinco instares ninfais. Sãoalonga<strong>da</strong>s (cerca <strong>de</strong> 1 a 3mm), cor branca no primeiroinstar, passan<strong>do</strong> a ver<strong>de</strong> ou rosa<strong>da</strong> nos instares seguintese são visíveis apenas a partir <strong>do</strong> terceiro instar.As exúvias são esbranquiça<strong>da</strong>s e resultam <strong>da</strong> passagem<strong>do</strong> último esta<strong>do</strong> ninfal ao esta<strong>do</strong> adulto.Adulto - apresenta cor ver<strong>de</strong> clara, por vezes rosa<strong>da</strong>,asas translúci<strong>da</strong>s ver<strong>de</strong> e me<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2 a 3mm. Asasas anteriores são membranosas e, quan<strong>do</strong> em repouso,dispõem-se em telha<strong>do</strong>.Ninfa e insecto adulto <strong>de</strong> cigarrinha ver<strong>de</strong>A cigarrinha ver<strong>de</strong> hiberna no esta<strong>do</strong> adulto em plantashospe<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> folha persistente (abetos, pinheiros,madressilvas e outras), manifestan<strong>do</strong> preferência porresinosas.Na Primavera, fins <strong>de</strong> Abril / inícios <strong>de</strong> Maio, as fêmeasfecun<strong>da</strong><strong>da</strong>s migram para a vinha e efectuam as posturasna página inferior <strong>da</strong>s folhas <strong>da</strong> vi<strong>de</strong>ira. Os ovos sãopostos junto ou no interior <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s nervuras e dãoorigem às ninfas <strong>da</strong> primeira geração.As primeiras ninfas, que aparecem geralmente em fins <strong>de</strong>Maio / inícios <strong>de</strong> Junho, encontram-se na página inferior<strong>da</strong>s folhas e passam por cinco estádios ninfais até atingiro esta<strong>do</strong> adulto. Possuem eleva<strong>da</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> e<strong>de</strong>slocam-se obliquamente. Os estragos são causa<strong>do</strong>spelas pica<strong>da</strong>s <strong>de</strong> alimentação <strong>da</strong>s ninfas.A duração <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> cigarrinha ver<strong>de</strong> é <strong>de</strong>aproxima<strong>da</strong>mente 55-60 dias, verifican<strong>do</strong>-se, <strong>de</strong> formageral, três gerações anuais e o início <strong>de</strong> uma quartageração, se as condições climáticas forem favoráveis.Ataques <strong>de</strong> cigarrinha em casta branca (A) e casta tinta (B)ESTRATÉGIAS DE PROTECÇÃOEstimativa <strong>do</strong> Risco e Nível Económico <strong>de</strong> Ataque (N.E.A)Estimativa <strong>do</strong> RiscoNívelÉpoca <strong>de</strong>observaçãoMéto<strong>do</strong> <strong>de</strong>amostragemÓrgãos aobservarEconómico<strong>de</strong> AtaqueVinhasjovens, até4 anosDurante aculturaPrimavera(Esta<strong>do</strong> H)Verão(início <strong>de</strong>Agosto)Observaçãovisual, noquadranteEste <strong>da</strong>cepa2 folhas x50 cepasVinhas com mais <strong>de</strong> 4 anos:Observaçãovisual, no 2 folhas (3ªquadrante e 4ª folha)Este <strong>da</strong> x 50 cepascepaObservaçãovisual, noquadranteEsteArmadilha cromotrópicaamarela, para capturarinsectos <strong>de</strong> cigarrinha2 folhas (7ªe 8ª folha)x 50 cepasPresença50 a 100ninfas em100 folhas50 ninfasem 100folhasLuta cultural - po<strong>da</strong>s emver<strong>de</strong> que favorecem aluminosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e oarejamento <strong>da</strong> vinha.Luta biotécnica - utilizan<strong>do</strong>INIBIDORES DE CRESCIMENTODOS INSECTOS (ICI).Luta química - utilizan<strong>do</strong> osinsectici<strong>da</strong>s homologa<strong>do</strong>s.Folheto elabora<strong>do</strong> pela Estação <strong>de</strong> Avisos <strong>da</strong> Bairra<strong>da</strong>Direcção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Agricultura e PescasDivisão <strong>de</strong> Protecção e Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ProduçãoDivisão <strong>de</strong> Produção Agrícola e PescasACÇÃO DE DIVULGAÇÃOPragas e Doenças eIntervenções em Ver<strong>de</strong> na VinhaCantanhe<strong>de</strong>, 4 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2008Organização:Estação <strong>de</strong> Avisos <strong>da</strong> Bairra<strong>da</strong>Estação Vitivinícola <strong>da</strong> Bairra<strong>da</strong>Com o apoio <strong>da</strong>:A<strong>de</strong>ga Cooperativa <strong>de</strong> Cantanhe<strong>de</strong>Objectivos:- I<strong>de</strong>ntificar, no campo, algumas <strong>da</strong>s principaispragas e <strong>do</strong>enças, que afectam as vinhas <strong>da</strong>região;- Fazer a <strong>estimativa</strong> <strong>do</strong> <strong>risco</strong> e conhecer o níveleconómico <strong>de</strong> <strong>ataque</strong> para as principais pragas:traça <strong>da</strong> uva e cigarrinha ver<strong>de</strong>;- Demonstrar a importância <strong>de</strong> intervir, comoportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, na condução <strong>da</strong> vinha: <strong>de</strong>spontar,<strong>de</strong>sfolhar, “<strong>de</strong>spampanar”, “embar<strong>da</strong>r”, etc.


Na Protecção Fitossanitária <strong>da</strong>s Culturas, principalmenteno controlo <strong>da</strong>s pragas, assume especial importância aESTIMATIVA DO RISCO e a utilização <strong>do</strong> NÍVELECONÓMICO DE ATAQUE.ESTIMATIVA DO RISCO – tem como objectivo avaliar operigo real ou potencial <strong>do</strong>s inimigos (pragas, <strong>do</strong>enças einfestantes) para as culturas. Para ca<strong>da</strong> inimigo são<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s as épocas <strong>de</strong> observação, os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong>amostragem e os órgãos <strong>da</strong>s plantas a observar.NÍVEL ECONÓMICO DE ATAQUE (N.E.A.) – é aintensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>ataque</strong> <strong>do</strong> inimigo <strong>da</strong> cultura a que se<strong>de</strong>vem aplicar medi<strong>da</strong>s limitativas ou <strong>de</strong> combate, paraimpedir que a cultura corra o <strong>risco</strong> <strong>de</strong> sofrer prejuízossuperiores ao custo <strong>de</strong>ssas medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> luta, acresci<strong>do</strong>s<strong>do</strong>s efeitos in<strong>de</strong>sejáveis que as mesmas possamprovocar.Na ESTIMATIVA DO RISCO <strong>de</strong>vem-se utilizar as seguintestécnicas <strong>de</strong> amostragem simples, práticas e rigorosas,para avaliar a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>ataque</strong> e a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>do</strong> tratamento: observação visual <strong>de</strong> um certo número <strong>de</strong> órgãos(folhas, cachos) representativos <strong>da</strong>s cepas; armadilhas para captura <strong>de</strong> pragas e <strong>de</strong> auxiliares.Em parcelas até 4 ha, <strong>de</strong>vem-se observar 100 órgãos:um órgão em 100 cepas ou <strong>do</strong>is órgãos em 50 cepas.Percorre-se a parcela em zig-zag, entre duas linhas,seleccionan<strong>do</strong> uma cepa <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> e <strong>do</strong> outro <strong>da</strong> linha,perfazen<strong>do</strong> o total <strong>de</strong> 50 ou 100 cepas, ao acaso, <strong>de</strong>mo<strong>do</strong> a percorrer to<strong>da</strong> a parcela.As armadilhas fornecem informação sobre a época <strong>do</strong>aparecimento e activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> certas pragas e auxiliares.São muito úteis para medir o início e o pico <strong>do</strong> voo <strong>da</strong>spragas, permiti<strong>do</strong> realizar os tratamentos, na <strong>da</strong>ta certa.O N.E.A. é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para um <strong>da</strong><strong>do</strong> inimigo por cultura, ediz respeito a uma <strong>da</strong><strong>da</strong> fase <strong>do</strong> ciclo biológico <strong>do</strong>inimigo ou <strong>do</strong> ciclo vegetativo <strong>da</strong> cultura, para uma<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> região geográfica.Os N.E.A. expressam-se em números <strong>de</strong> indivíduospresentes ou <strong>de</strong> estragos por eles provoca<strong>do</strong>s, naquanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas ou órgãos vegetais observa<strong>do</strong>s(geralmente 100). Se as observações efectua<strong>da</strong>s naparcela estiverem acima <strong>de</strong>ste nível, <strong>de</strong>vem-se aplicarmedi<strong>da</strong>s limitativas ou <strong>de</strong> combate para impedir que osprejuízos tenham importância económica.TRAÇA DA UVA(Lobésia botrana Schiff)L. botrana passa por quatro esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento(ovo, larva, pupa e adulto) e cinco estádios larvares.Ovo - circulares, com diâmetro <strong>de</strong> 0,6 a 0,7mm eligeiramente convexos, parecen<strong>do</strong> pequenas gotas <strong>de</strong>cera. Inicialmente branco amarela<strong>do</strong>s, escurecem àmedi<strong>da</strong> que amadurecem (se viáveis), adquirin<strong>do</strong> maistar<strong>de</strong> um tom cinzento claro translúci<strong>do</strong>.Larva - nascem com 1 mm <strong>de</strong> comprimento e chegam aatingir 1,5 cm no 5º estádio larvar. A cor varia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oamarelo até ao castanho claro, incluin<strong>do</strong> os tons ver<strong>de</strong>s.Pupas - com cerca <strong>de</strong> 7 mm <strong>de</strong> comprimento (macho 4-7mm; fêmea 5-9mm), são fusiformes. Inicialmente comcoloração branca azula<strong>da</strong> ou esver<strong>de</strong>a<strong>do</strong>, passan<strong>do</strong> acastanho-escuro em poucas horas. Estão envolvi<strong>da</strong>s porum casulo branco, com aspecto se<strong>do</strong>so.Adulto - é um lepidóptero com cerca <strong>de</strong> 6-8mm <strong>de</strong>comprimento e 10-13 mm <strong>de</strong> envergadura. Possuiantenas longas e finas. As asas castanho acinzenta<strong>da</strong>sapresentam algumas manchas escuras, <strong>de</strong> formasirregulares, alternan<strong>do</strong> com zonas claras.Ovo e Pupa <strong>de</strong> traça <strong>da</strong> uvaLarva e insecto adultoA espécie Lobesia botrana apresenta, geralmente, trêsgerações anuais e o início <strong>de</strong> uma quarta geração, se ascondições climáticas forem favoráveis.ESTRATÉGIAS DE PROTECÇÃOA estratégia <strong>de</strong> protecção passa pelo acompanhamento<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> insecto através <strong>da</strong> observaçãovisual e <strong>da</strong>s armadilhas sexuais, <strong>de</strong> forma a avaliar aintensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>ataque</strong> e a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tratamento.Estimativa <strong>do</strong> Risco e Nível Económico <strong>de</strong> Ataque (N.E.A)Estimativa <strong>do</strong> RiscoNívelÉpoca <strong>de</strong>observaçãoMéto<strong>do</strong> <strong>de</strong>amostragemÓrgãos aobservarEconómico<strong>de</strong> Ataque1ª geração(antes <strong>da</strong>floração)2ª e 3ªgeração(1-2 semanasapós o início<strong>do</strong>s voos)ObservaçãovisualObservaçãovisual2 cachos(ao acaso)x 50 cepas2 cachos(ao acaso)x 50 cepas100 a 200ninhos em100 cachos1 a 10 % <strong>de</strong>cachos comovos e/ouperfuraçõesArmadilha sexual para captura <strong>de</strong> insectos <strong>de</strong> traçaA armadilha <strong>de</strong>ve ser coloca<strong>da</strong>, no início <strong>da</strong> Primavera,antes <strong>do</strong> aparecimento <strong>do</strong>s adultos <strong>da</strong> 1ª geração.Luta cultural - po<strong>da</strong>s em ver<strong>de</strong> que favorecem aluminosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e o arejamento <strong>da</strong> vinha.Luta biotécnica - através <strong>da</strong> CONFUSÃO SEXUAL, instalan<strong>do</strong>se“difusores” que saturam a atmosfera com feromonasexual feminina, evitan<strong>do</strong> que o macho seja capaz <strong>de</strong>localizar a fêmea, impedin<strong>do</strong> o acasalamento e a postura.Utilizan<strong>do</strong> produtos menos tóxicos, como sejam osREGULADORES DE CRESCIMENTO DOS INSECTOS (RCI) ouINIBIDORES DE CRESCIMENTO DOS INSECTOS (ICI).Luta química - utilizan<strong>do</strong> os insectici<strong>da</strong>s homologa<strong>do</strong>s.Geralmente, na Beira Litoral, só é necessário tratar a 2ºgeração <strong>da</strong> traça (entre o bago <strong>de</strong> ervilha e o fecho <strong>do</strong>scachos) e a 3ª geração (entre o pintor e a maturação).REALIZAR OS TRATAMENTOS RECOMENDADOS, NA DATAOPORTUNA E COM OS PRODUTOS ADEQUADOS, AUMENTA A SUAEFICÁCIA E DIMINUI OS CUSTOS DE PRODUÇÃO E OS PREJUÍZOSAMBIENTAIS.

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