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Manobra de Osler

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200indicar necessariamente a presença <strong>de</strong>pseudo-hipertensão, visto não ser infalível,ela auxilia no diagnóstico e naavaliação do controle da pressão apóso uso <strong>de</strong> medicamentos na populaçãomais idosa. O fato <strong>de</strong> encontrarmos apositivida<strong>de</strong> não nos indica que <strong>de</strong>vemosnecessariamente pedir a avaliação intraarterialda pressão, que é um procedimentoinvasivo, mas que reconsi<strong>de</strong>remoso uso <strong>de</strong> drogas, utilizando, quandofor o caso, dosagens menores comajustes cuidadosos.Há casos <strong>de</strong> idosos que são normotensos,porém a pressão intra-arterial ésignificativamente menor do que a obtidapelo método tradicional. Tal fato po<strong>de</strong>ter relevância clínica quando foremnecessárias drogas com efeito hipotensivopara outras patologias, que não ahipertensão, como angina pectoris,insuficiência cardíaca e parkinsonismo,entre outras. Por outro lado, po<strong>de</strong>haver diferença entre a pressão medidaem consultório e a intra-arterial, masambas po<strong>de</strong>m ser elevadas, existindo,portanto, um indivíduo realmentehipertenso com um falso aumento dascifras já alteradas. Neste caso éimportante lembrar que a diferençaentre os dois métodos, em pacientescom a manobra <strong>de</strong> <strong>Osler</strong> positiva,variou, em estudos realizados, <strong>de</strong> 10 acerca <strong>de</strong> 60 mmHg. Então, se oindivíduo tem, por exemplo, pressão<strong>de</strong> consultório 220 x 100 mmHg, coma manobra <strong>de</strong> <strong>Osler</strong> positiva, ele <strong>de</strong>veser consi<strong>de</strong>rado hipertenso, mesmoque os valores não sejam realmentetão elevados. O fato <strong>de</strong> encontrarmospositivida<strong>de</strong> na manobra não nos indicanecessariamente que o indivíduo emquestão tem risco cardiovascular maisbaixo do que aquele com pressão <strong>de</strong>mesmo nível e manobra <strong>de</strong> <strong>Osler</strong>negativa, pois o primeiro tem maiorrigi<strong>de</strong>z do sistema arterial, geralmenteassociada a maior pressão <strong>de</strong> pulso.Têm-se procurado métodos maiseficazes do que a manobra <strong>de</strong> <strong>Osler</strong> emenos invasivos do que a medida intraarterialda pressão para i<strong>de</strong>ntificarpresença da pseudo-hipertensão, comoa medida da velocida<strong>de</strong> da onda <strong>de</strong>pulso, mas ainda não há resultadosaplicáveis na prática clínica.Concluindo, é importante conhecera manobra <strong>de</strong> <strong>Osler</strong> e utilizá-la nospacientes com suspeita <strong>de</strong> pseudohipertensão,<strong>de</strong>vido à praticida<strong>de</strong> ebaixo custo do método, pois terapiaanti-hipertensiva inapropriada po<strong>de</strong>causar hipotensão, efeitos adversosdas drogas e custos <strong>de</strong>snecessários.Por outro lado, <strong>de</strong>ve-se saber que elanão é infalível e que o indivíduo commanobra <strong>de</strong> <strong>Osler</strong> positiva po<strong>de</strong> serverda<strong>de</strong>iramente hipertenso, além <strong>de</strong>ter o sistema arterial com rigi<strong>de</strong>zaumentada, não o liberando do seguimentoambulatorial e eventual tratamento.Lima NKC Rev Bras Hipertens vol 9(2): abril/junho <strong>de</strong> 2002

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