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livro CC 6/6/07 2:57 PM Page 1 - Universidade de Coimbra

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<strong>livro</strong> <strong>CC</strong> 6/6/<strong>07</strong> 2:<strong>57</strong> <strong>PM</strong> <strong>Page</strong> 1414da mãe à criança uma nova esperançaPelas razões atrás expostas, po<strong>de</strong>mos concluir quenão existem habitualmente razões físicas oufisiológicas para que a mulher infectada não possaengravidar. Mas no entanto, há algumasquestões importantes que não <strong>de</strong>vem seresquecidas nem ocultadas a essas mulheres,pois po<strong>de</strong>m justificar a opção <strong>de</strong> não ter filhos. E essas questõessão as seguintes:1 — O risco <strong>de</strong> transmissão vertical do VIH po<strong>de</strong> ser hojefrancamente reduzido com as terapêuticas anti-retrovíricasdisponíveis, mas ninguém po<strong>de</strong> afirmar que ele sejanulo; há sempre uma probabilida<strong>de</strong>, mesmoque pequena, <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ocorrer transmissão;2 — Não se sabe ainda se alguns dos anti-retrovíricos usados no tratamento dosadultos infectados, têm efeitos in<strong>de</strong>sejáveis (nomeadamente <strong>de</strong> provocaremmalformações) sobre os fetos; por esse motivo, as grávidas (sobretudo noprimeiro trimestre <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z), não po<strong>de</strong>m beneficiar <strong>de</strong> todas as opçõesterapêuticas disponíveis para a restante população;3 — Desconhecem-se também os efeitos a longo prazo da medicação anti-retrovíricasobre as crianças e adolescentes a ela submetidos, durante a vida intra-uterina;4 — A gravi<strong>de</strong>z po<strong>de</strong> ser responsável por uma redução da contagem <strong>de</strong> linfócitos, daqual a mãe seropositiva não venha a recuperar após o parto;5 — A mulher infectada que opte por engravidar, <strong>de</strong>ve assegurar-se <strong>de</strong> que dispõe <strong>de</strong>bons apoios (familiares ou outros) que possam proporcionar os cuidadosa<strong>de</strong>quados aos seus filhos, se por acaso vier a necessitar <strong>de</strong> internamentoshospitalares; estas preocupações colocam-se com maior acuida<strong>de</strong> se o seuparceiro, for também ele, seropositivo;6 — A mulher seropositiva que opte por engravidar, <strong>de</strong>verá estar consciente <strong>de</strong> que,na eventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a sua criança estar infectada, irá necessitar do seu apoio eafecto, bem como <strong>de</strong> um seguimento médico apertado, com medicações nemsempre bem toleradas pelas crianças muito pequenas.Com o conhecimento <strong>de</strong>stas informações, caberá à mulher, em última instância,<strong>de</strong>cidir sobre se <strong>de</strong>verá ou não ter filhos.

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