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Cartilha EA- COMPLETO_PARA_WEB - Idesam

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30 Semeando Sustentabilidade em ApuíDesta forma, o Projeto Político Pedagógico vai além de um simples agrupamento deplanos de ensino e de atividades diversas, pois necessita ser o retrato de todo oprocesso educacional. De forma alguma é um produto acabado, definitivo ou umacartilha normatizadora, mas um processo de gestão contínua orientada por princípiose objetivos educacionais do grupo que o elabora e que deve ser representativo,legitimado e sensível às demandas do contexto para o qual o projeto se destina.CONSTRUINDO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICOA construção do Projeto Político Pedagógico é a própria organização do trabalhopedagógico da escola, por meio de uma reflexão feita anteriormente pelosprincípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização domagistério. Assim, sete elementos básicos serão apontados:Finalidades de escola: os educadores precisam ter clareza das finalidades da suaescola. Faz-se necessário refletir sobre a ação educativa que a escola desenvolve combase nas finalidades e nos objetivos que ela define. (ALVES 1992, p15 e 19) afirma quehá necessidade de saber se a escola dispõe de alguma autonomia na determinaçãodas finalidades e, consequentemente, seu desdobramento em objetivos específicos. Oautor enfatiza que: “interessará reter se as finalidades são impostas por entidadesexteriores ou se são definidas no interior do território social e são definidas porconsenso ou por conflito ou até se é matéria ambígua, imprecisa ou marginal”.Estrutura organizacional: a escola de forma geral dispõe de dois tipos deestrutura, administrativas e pedagógicas. As primeiras asseguram a locação e agestão de recursos humanos, físicos e financeiros. As pedagógicas determinam aação das administrativas, “organizam as funções educativas para que a escolaatinja de forma eficiente e eficaz as suas finalidades” (Alves 1992, p21);Currículo: implica, necessariamente, a interação entre sujeitos que têm ummesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente. É umaconstrução social do conhecimento pressupondo a sistematização dos meios paraque esta construção se efetive. Na organização curricular, é preciso consideraralguns pontos básicos. Ele não é um instrumento neutro, é influenciado por umaideologia. A escola precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos doconhecimento educativo que a classe dominante utiliza para a manutenção deprivilégios. Ele não pode ser separado do contexto social, uma vez que éhistoricamente situado e culturalmente determinado. Também se deve evitar aorganização hierárquica e fragmentada do conhecimento escolar, assim privilegiandoa integração, que irá reduzir o isolamento entre as diferentes disciplinascurriculares, agrupando-as num todo mais amplo. O currículo oculto entendidocomo as “mensagens transmitidas pela sala de aula e pelo ambiente escolar”(CORNBLETH, 1992, p56), instrumentaliza o controle social.Toda a gama de visões do mundo, as normas e os valores dominantes são passadosaos alunos no ambiente escolar, no material didático e mais especificamentepor intermédios dos livros, na relação pedagógica e nas rotinas escolares.Orientar a organização curricular para fins emancipatórios implica, inicialmente,em desvelar as visões simplificadas de sociedade, concebidas como um todohomogêneo, e de ser humano, com alguém que tende a aceitar papéis necessáriosà sua adaptação ao contexto em que vive. Controle social, na visão crítica, éuma contribuição e uma ajuda para a contestação e a resistência à ideologiaveiculada por intermédio dos currículos escolares;Tempo escolar: o tempo é um dos constitutivos da organização do trabalho pedagógico.A escola precisa reformular seu tempo, estabelecendo períodos de estudo e reflexão deequipes de educadores, fortalecendo a escola como instância de educação continuada;Processo de decisão: uma estrutura administrativa adequada à realização deobjetivos educacionais, de acordo com os interesses da população, deve prevermecanismos que estimulem a participação de todos no processo de decisão. Istorequer uma revisão das atribuições específicas e gerais, bem como da distribuiçãodo poder e da descentralização no processo de decisão. São necessáriosinstrumentos institucionais visando à participação política de todos os envolvidoscom o processo educativo da escola, tais como: “processos eletivos de escolha dediretores, colegiados com representação de alunos, pais, associação de pais eprofessores, grêmio estudantil, processos coletivos de avaliação continuada dosserviços educacionais” (PARO,1993,p.34).Relações de trabalho: deverão ser calcadas nas atitudes de solidariedade,reciprocidade e participação coletiva, em contraposição à organização regida pelosprincípios da divisão de trabalho, fragmentação e controle hierárquico. “O processode luta é visto como uma das formas de contrapor-se à dominação, o que pode

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