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Augusto Cury O Semeador de Ideias - Recursos.portoeditora.pt

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<strong>Augusto</strong> <strong>Cury</strong>– Quem sou? – Confuso pelo dramático stress e pela violênciados traumas que sofrera, tentou respon<strong>de</strong>r: – Tento ser um pequenosemeador <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias para dar significado à minha vida.– Mas qual é o teu nome? On<strong>de</strong> moras?– Não tenho morada certa, sou alguém em busca <strong>de</strong> mim mesmo.Eles ficaram confusos. Sabiam, entretanto, que era um homemcom uma dívida impagável. Tentando soprar ‐lhe uma brisa <strong>de</strong> consolo,acrescentaram a uma voz:– Deus po<strong>de</strong> perdoar ‐te, meu filho.O coleccionador <strong>de</strong> lágrimas agra<strong>de</strong>ceu ‐lhes comovido e completou:– Sei que o Artesão da existência po<strong>de</strong> perdoar as loucuras doshomens, e quem sabe as minhas também. Mas o meu problema é euperdoar ‐me a mim mesmo.Nesse instante, olhou ao redor e viu ‐se ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> amigos queo amavam. Rico, viveu isolado no meio das multidões; miserável,construiu notáveis relações. Chegou a vez <strong>de</strong> os discípulos ajudarem oMestre. Usámos um dos seus cortantes pensamentos para o instigar:– Mestre, não traia as suas palavras. Você mesmo nos disse quea maior vingança contra um inimigo é perdoá ‐lo. Perdoe ‐o, e elemorrerá <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si; o<strong>de</strong>ie ‐o, e ele viverá no centro da sua história eaterrorizá ‐lo ‐á dia e noite…O intrigante <strong>de</strong>bate que realizou, somado ao impacte das nossaspalavras, refrigerou ‐lhe a mente, pelo menos um pouco. Era precisoaceitar a sua falibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> mutilar a sua emoção pela autopunição.Era preciso também sepultar os filhos <strong>de</strong> uma vez por todasno seu psiquismo e continuar a escrever a sua história.Eram gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cisões e, como tais, solitárias. Se não as tomasse,a perda tornar ‐se ‐ia um cárcere psíquico, que bombar<strong>de</strong>aria a suamente com i<strong>de</strong>ias pessimistas; a sua mente pessimista, então, asfixiariao seu prazer <strong>de</strong> viver e geraria uma <strong>de</strong>pressão que se arrastaria continuamentee contaminaria toda a sua agenda existencial. Transformar‐‐se ‐ia num zumbi, num morto ‐vivo.40o semeador <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias_CS4***.indd 40 28/02/11 18:01

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