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Apostila de pintura - Giulliano Polito.pdf - DEMC

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Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas GeraisEscola <strong>de</strong> EngenhariaDepto. <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Materiais e ConstruçãoPrincipais Sistemas <strong>de</strong> Pinturas e suasPatologiasAutor: <strong>Giulliano</strong> <strong>Polito</strong>Março 20061


1. ConceitoPintar significa proteger e embelezar. É necessário assegurar que as qualida<strong>de</strong>s da tintapermanecerão firmes e a<strong>de</strong>ridas ao substrato mantendo por um <strong>de</strong>terminado tempo, asproprieda<strong>de</strong>s essenciais. Esta mesma preocupação <strong>de</strong>verá ser direcionada à preparação dassuperfícies a serem pintadas. Sem o que tudo estará comprometido. Por fim, <strong>de</strong>ver-se-áexigir profissionais com qualida<strong>de</strong>, experiência e, porque não, equipamentos mo<strong>de</strong>rnos.2. A história da tintaA história do uso das cores e da <strong>pintura</strong> se confun<strong>de</strong> com a própria história da humanida<strong>de</strong>.O ser humano na pré-história, possuidor <strong>de</strong> limitados recursos verbais para transmitir suasexperiências, viu-se obrigado a <strong>de</strong>senvolver alternativas que complementassem suacomunicação e que perpetuasse a informação.2.1. A cor na pré-históriaDescobertas atuais <strong>de</strong>monstram que as gravuras encontradas em cavernas remetem aoúltimo Período Glacial. Os nossos ancestrais perceberam que certos produtos, como osangue por exemplo, uma vez espalhado nas rochas <strong>de</strong>ixavam marcas que não<strong>de</strong>sapareciam. Logo estes materiais começaram a ser utilizados para transmitir informações.Com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar a durabilida<strong>de</strong> das <strong>pintura</strong>s e diversificar as cores, aschamadas <strong>pintura</strong>s rupestres passaram a utilizar óxidos naturais, presumivelmenteabundantes junto à superfície do solo naquele tempo, como os ocres e vermelhos.Para que fosse possível "pintar" era necessário um ligante que pu<strong>de</strong>sse fixar os pigmentos àsuperfície conferindo alguma durabilida<strong>de</strong>. A solução foi misturá-los ao sebo ou seivavegetal.Com o aprimoramento da competência artesanal, ainda no período glacial, começaram asurgir as primeiras ferramentas e equipamentos auxiliares para executar as <strong>pintura</strong>s, bemcomo para manufaturar as matérias-primas utilizadas na preparação das tintas.Depois disso, durante milhares <strong>de</strong> anos, pouco se acrescentou às <strong>de</strong>scobertas iniciais. Ahistória começa a registrar novida<strong>de</strong>s quando várias civilizações surgem do longo período<strong>de</strong> maturação da mente humana.2.2. EgitoDurante o período <strong>de</strong> 8000 a 5800 a.C. surgiram, <strong>de</strong>senvolvidos pelos egípcios, osprimeiros pigmentos sintéticos. Estes pigmentos eram <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> compostos <strong>de</strong> cálcio,alumínio, silício e cobre, razão pela qual possuíam gran<strong>de</strong> gama <strong>de</strong> azuis, como o até hojeutilizado Azul do Egito. Além do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pigmentos baseados em materiaisminerais também foram <strong>de</strong>senvolvidos os <strong>de</strong> origem orgânica.2


Os produtos usados como ligantes incluíam goma arábica, albumina <strong>de</strong> ovo, cera <strong>de</strong> abelhaentre outros.2.3. Grécia e RomaGregos e romanos utilizavam pigmentos como os egípcios, tendo <strong>de</strong>senvolvido gran<strong>de</strong>varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pigmentos minerais, <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> chumbo, zinco, ferro e orgânicos; <strong>de</strong>rivados<strong>de</strong> ossos. Assim como no Egito, os bálsamos naturais eram utilizados como proteção paranavios, revestindo os cascos.Neste período da história são relatados usos <strong>de</strong> ferramentas como espátulas e trinchas.2.4. A <strong>pintura</strong> no OrienteOs orientais utilizavam diversos materiais orgânicos e minerais para suas <strong>pintura</strong>s.Os chineses e japoneses preparavam materiais para <strong>de</strong>coração <strong>de</strong> suas porcelanas, sendoque os indianos e persas faziam uso <strong>de</strong> trinchas e elementos <strong>de</strong> corte para executar a<strong>pintura</strong>.Ainda neste período os maiores <strong>de</strong>senvolvimentos se davam em função do uso <strong>de</strong>corativoda <strong>pintura</strong>, sem gran<strong>de</strong> importância ao aspecto <strong>de</strong> conservação.2.5. As AméricasOs índios das Américas, especialmente no que hoje conhecemos como América do Norte,faziam uso <strong>de</strong> vários materiais <strong>de</strong> origem vegetal nas suas <strong>pintura</strong>s e em seus cosméticos,além dos minerais retirados <strong>de</strong> rios e lagos.Os nativos da América do Sul utilizavam penas <strong>de</strong> pássaros para a confecção <strong>de</strong> seusapetrechos <strong>de</strong> <strong>pintura</strong>. Neste período, algumas <strong>pintura</strong>s já possuíam boa durabilida<strong>de</strong>.2.6. Ida<strong>de</strong> MédiaNeste período surgem os primeiros registros da utilização <strong>de</strong> vernizes como proteção parasuperfícies.Estes materiais eram preparados a partir do cozimento <strong>de</strong> óleos naturais e adição <strong>de</strong> algunsligantes.2.7. O impulso da Revolução IndustrialAssim como em outros setores industriais, foi durante o período da Revolução Industrialque a indústria <strong>de</strong> tintas e vernizes se <strong>de</strong>senvolveu com maior rapi<strong>de</strong>z.O copal e o âmbar eram as resinas mais comumente utilizadas.As primeiras indústrias surgiram na Inglaterra, França, Alemanha e Áustria.As fórmulas eram tratadas sob sigilo absoluto, e tidas como uma informação <strong>de</strong> poucosprivilegiados.2.8. Novos <strong>de</strong>senvolvimentos3


Durante o século XX, a indústria <strong>de</strong> tintas passou por gran<strong>de</strong> evolução tecnológica, o quegerou o aparecimento <strong>de</strong> novos materiais, cada vez mais a<strong>de</strong>quados ao usuário.Os <strong>de</strong>senvolvimentos também trouxeram produtos <strong>de</strong> maior resistência, garantindolongevida<strong>de</strong> às superfícies tratadas.2.9. Início <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> industrial no BrasilA história da indústria <strong>de</strong> tintas brasileira teve início por volta do ano 1900, quando ospioneiros Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da UsinaSão Cristóvão, ambos imigrantes alemães, iniciaram suas ativida<strong>de</strong>s na nova pátria e lar.Sucessivamente outras empresas, atraídas pelo novo mercado potencial, começaram a seinstalar em nosso País e <strong>de</strong>senvolver fortemente o setor.3. TiposExistem duas classificações básicas para tintas:• À base <strong>de</strong> óleo ou solventes• À base <strong>de</strong> águaAs <strong>de</strong>nominações citadas espelham a principal diferença entre as duas categorias <strong>de</strong> tintas,<strong>de</strong>nominada porção líquida, ou veículo da tinta. A porção líquida <strong>de</strong> uma tinta à base <strong>de</strong>óleo contém solventes como o mineral spirits. Nas tintas à base <strong>de</strong> látex. A porção líquidacontém água.3.1. As vantagens das tintas a base <strong>de</strong> solvente são:• Proporciona melhor cobertura na primeira <strong>de</strong>mão• A<strong>de</strong>re melhor a superfícies que não estão muito limpas• Tempo <strong>de</strong> abertura maior (espaço <strong>de</strong> tempo em que a tinta po<strong>de</strong> ser aplicada compincel antes <strong>de</strong> começar a secar)• Depois <strong>de</strong> seca apresenta maior resistência à a<strong>de</strong>rência e a abrasão3.2. As vantagens das tintas à base <strong>de</strong> água são:• Melhor flexibilida<strong>de</strong> em longo prazo• Maior resistência a rachaduras e lascas• Maior resistência ao amarelecimento, em ares prot4egidas da luz do sol• Exala menos cheiro• Po<strong>de</strong> ser limpa com água• Não é inflamável4


Tabela comparativa da performanceara avaliação <strong>de</strong> tintas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>Durabilida<strong>de</strong>Retenção <strong>de</strong>corFacilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>aplicaçãoResistência aomofoVersabilida<strong>de</strong>LimpezaTempo <strong>de</strong>secagemÓLEOA<strong>de</strong>são excelente. Oferecem elhora<strong>de</strong>são que as <strong>de</strong> látex quandopintadas sobre superfíciespadronizadasNão são melhores que as látex. Apelícula po<strong>de</strong> se <strong>de</strong>gradar emcontato com o solSão mais difíceis <strong>de</strong> aplicar, pois éMais pesada. No entanto, comapenas uma <strong>de</strong>mão, oferecem maiorcobertraSendo formadas á base <strong>de</strong> óleosvegetais, fornecem nutrientes para ocrescimento ou <strong>de</strong>senvolvimento domofo.Po<strong>de</strong>m ser aplicadas na maioria dassuperfícies,menos em superfíciescujo aglomerante seja o cimentoportland, como concreto, emboços erebocos tradicionais. Dever-se-áaplicar um protetor penetrante paraisolar a superfície. Não po<strong>de</strong>m seraplicadas diretamente sobresuperfícies galvanizadasSó é possível com solventes<strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> petróleo, como xilol,toluol e etc.<strong>de</strong> 8 a 24 horasLÁTEXA<strong>de</strong>são excelente em todo tipo <strong>de</strong>superfícies, oferecendo melhorelasticida<strong>de</strong> que as tintas à base <strong>de</strong> óleoGran<strong>de</strong> resistência contra a <strong>de</strong>terioraçãoda película, quando exposta à luz solar.São mais fáceis <strong>de</strong> aplicarOferecem poucas condições aocrescimento <strong>de</strong> colônias <strong>de</strong> mofo. O uso<strong>de</strong> fungicidas inibe o crescimento domofo.Po<strong>de</strong>m ser aplicadas praticamente sobretodo tipo <strong>de</strong> superfície. Sugere-se usarprimer antesLavam-se apenas com água1 a 6 horas, permitindo re<strong>pintura</strong>3.3. Tintas à base <strong>de</strong> óleoAs tintas à base <strong>de</strong> óleo têm boa cobertura (característica da tinta <strong>de</strong> cobrir ou mudar asuperfície original) e a<strong>de</strong>são ao substrato aplicado. Por outro lado, em aplicações externas,algumas <strong>de</strong>stas tintas ten<strong>de</strong>m a oxidar, fazendo com que a película, com o passar do tempotorne-se quebradiça, ocorrendo diversas linhas <strong>de</strong> trincas e fissuras. Em aplicações internas,costuma ocorrer o amarelamento e, às vezes, pequenos <strong>de</strong>splacamentos da película. Estastintas são mais difíceis <strong>de</strong> aplicação que as formuladas com látex, <strong>de</strong>morando <strong>de</strong> 8 a 24horas para proce<strong>de</strong>r a secagem da película aplicada.Não <strong>de</strong>vem ser aplicadas sobre superfícies com características alcalinas e, maisespecificamente, sobre aquelas que não se apresentem totalmente curadas. Também não<strong>de</strong>vem ser aplicadas diretamente sobre superfícies metálicas galvanizadas. Em ambos oscasos há esta contra indicação <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> que, <strong>de</strong>sta forma, haverá a saponificaçãodo filme.5


3.4. Tintas base águaAs tintas base água divi<strong>de</strong>m-se em acrílicas e copolímero <strong>de</strong> acetato <strong>de</strong> vinila (PVA).3.4.1. Tintas à base <strong>de</strong> PVAAs tintas à base <strong>de</strong> PVA oferecem mais qualida<strong>de</strong>s para fins externos que as tintas à base <strong>de</strong>óleo, já que apresentam maior varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> cores, retenção do brilho, melhor resistência asurgência <strong>de</strong> fissuras, à radiação UV e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mofo.3.4.2. Tintas à base <strong>de</strong> AcrílicoAs tintas <strong>de</strong> acrílico <strong>de</strong> fórmula pura oferece em relação ao látex maior resistência:• Ao amolecimento por gordura• Ao <strong>de</strong>scascamento• À formação <strong>de</strong> bolhas• Ao crescimento <strong>de</strong> algas e fungos• À formação <strong>de</strong> manchas por água, mostarda, molho <strong>de</strong> tomate, café• Aos produtos <strong>de</strong> limpeza doméstica• Manutenção <strong>de</strong> cor• A<strong>de</strong>são em condições úmidasA qualida<strong>de</strong> das tintas à base <strong>de</strong> látex para utilização externa, hoje, é inquestionável,Particularmente aquelas formuladas com resinas 100% acrílicas, já que seu filme mantém aflexibilida<strong>de</strong> por anos.6


COMPOSIÇÃO TÍPICA DE UMATINTA LÁTEX27%8%65%Tinta com brilho26%9%65%Tinta semi-brilhoPIGMENTORESINAÁGUA,ADITIVOSE CARGAS23%12%65%20%15%65%Tinta acetinadaTinta foscapara interiores16%19%65%6%19%75%Tinta fosca parainteriores <strong>de</strong>baixa qualida<strong>de</strong>Tinta fosca parainteriores <strong>de</strong>baixa qualida<strong>de</strong>e preço7


4. ComponentesTodas as tintas são compostas por quatro componentes básicos, que darão efeitosparticulares em suas performances, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando o fato <strong>de</strong> serem à base <strong>de</strong> solvente ouágua. Os componentes são: O pigmento, a resina, a porção líquida e os aditivos. Os trêsúltimos formam o veículo da tinta.4.1. PigmentoSão materiais insolúveis, geralmente com gran<strong>de</strong> finura, sendo sintéticos ou naturais, quedão cor e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> cobertura à tinta. O dióxido <strong>de</strong> titânio, pigmento branco, é o maisempregado na formulação das tintas, é um dos ingredientes que melhora a qualida<strong>de</strong> datinta, garantindo alto po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> cobertura, alvura, durabilida<strong>de</strong>, brilho e opacida<strong>de</strong>.. Os“exten<strong>de</strong>rs” ou “cargas” também são pigmentos, inertes como o carbonato <strong>de</strong> cálcio,silicatos <strong>de</strong> magnésio e <strong>de</strong> alumínio, sílica, etc., que são adicionados às tintas <strong>de</strong> modo a darvolume, sem acrescentar praticamente nada em seu custo.Os pigmentos po<strong>de</strong>m ser divididos em Orgânicos e inorgânicos.Os inorgânicos são todos ospigmentos brancos e cargas e uma gran<strong>de</strong> faixa <strong>de</strong> pigmentos coloridos, sintéticos ounaturais. Os orgânicos são substâncias corantes insolúveis e normalmente não temcaracterísticas ou funções anticorrosivas. Uma dos aspectos mais importantes a se observar,é sua durabilida<strong>de</strong> ou proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> permanência sem alteração <strong>de</strong> cor.4.1.1.Pigmentos inorgânicosCargasPigmentos verda<strong>de</strong>irosDióxido <strong>de</strong> titânioÓxido <strong>de</strong> ferroCromatos <strong>de</strong> chumboCromatos <strong>de</strong> zincoVer<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cromoAzul <strong>de</strong> PrússiaÓxido <strong>de</strong> zincoOxido <strong>de</strong> cromoNegro fumoPigmentos metálicosFosfato <strong>de</strong> zinco4.1.2.Pigmentos OrgânicosMonoazóicosVermelho toluidinaVermelho paracloradoLaranja <strong>de</strong> dinitroanilina8


4.2. ResinaÉ um material ligante ou aglomerante, normalmente um polímero, normalmente umpolímero, não volátil, também chamado <strong>de</strong> “veículo sólido” que fixa, junta e faz a<strong>de</strong>rir aspartículas do pigmento, dando integrida<strong>de</strong> à película <strong>de</strong> <strong>pintura</strong>. Proprieda<strong>de</strong>s da tinta comodureza, resistência à abrasão, resistência aos álcalis e a<strong>de</strong>são são governadas basicamentepela resina.Quando a <strong>pintura</strong> é aplicada e seca, seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência à superfície <strong>de</strong>ve-se à resina que, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo e quantida<strong>de</strong> adicionada à formulação da tinta será fundamental paradar resistência ou retenção <strong>de</strong> cor, brilho, flexibilida<strong>de</strong> ao filme e, finalmente, durabilida<strong>de</strong>.Deduz-se, portanto, que uma tinta com pouca ou nenhuma resina terá uma performance<strong>de</strong>ficiente e, por fim uma durabilida<strong>de</strong> extremamente baixa. A caiação é uma tinta que ,essencialmente, não contém resina.Proprieda<strong>de</strong> Resistência aDureza Estabilida<strong>de</strong> Cores CustoLuz solar Ambientes Abrasão Atmosfera Álcalis Solventes ao calor relativoÚmidos ouácidaimersãoHidrocarbonetos 1 5 2 5 3 0 1 0 limitada 1,00Nitrocelulósicas 2 1 2 2 2 1 1 0 todas 1,90Borracha clorada 2 5 3 5 3 0 2 1 muitas 3,80Borracha clorada/ 3 2/3 2 2/3 2 0 1 2 todas 2,80alquídicasamarelaVinílica / 3 3 2 3 2 2 1 2 todas 3,90alquídicaamarelalevementePVC 3 5 3 5 3 2 2 3 todas 5,50copolimerizadoPVC 3 5 5 5 5 2 2 4 restrições 6,00Vinil / acrílica 4 4 3 4 4 2 2 3 todas 5,20Acrílica 5 3 3 3 4 2 2 3 todas 4,60Epóxi poliamida 2 4/5 4 4 3 4 3 4/5 restrições 6,60Epóxi poliamina 2 4/5 5 5 5 5 4 4/5 restrições 7,00Poliuretano aromático 2 3 5 4 5 5 4 4/5 restrições 7,00Poliuretano alifático 5 3 5 5 5 5 4 4/5 todas 10,40Legenda 5 = Excelente 4 = Muito bom 3 = Bom 2 = Regular 1= Insuficiente 0 = Não indicado9


As tintas compostas <strong>de</strong> solventes po<strong>de</strong>m ser formuladas com resinas sintéticas ou naturais.É interessante ressaltar que mais <strong>de</strong> 90% das tintas a base <strong>de</strong> solvente usam resinasalquídicas (reação <strong>de</strong> álcools polihidricos, como os glicols e a glicerina, adicionando-seácidos orgânicos como o maleic e o sebaic) como aglomerante. Este aglomerante,explicando <strong>de</strong> outra maneira, é composto por resinas modificadas com óleos vegetais, comoo <strong>de</strong> linhaça e <strong>de</strong> tungue que secam rapidamente e formam uma película dura,diferentemente dos óleos vegetais e resinas sintéticas. Estas tintas não <strong>de</strong>vem ser aplicadasdiretamente sobre pare<strong>de</strong>s ou superfícies alcalinas, a não ser que se aplique um isolanteresistente aos álcalis. De outra forma, ocorrerá a saponificação do veículo. Nas tintas à based´água, a resina é essencialmente sintética, sendo que a acrílica ( ou 100% acrílica) e a vinilacrílica( também chamada acetato <strong>de</strong> polivinil ou PVA) são mais comuns. Já é <strong>de</strong>conhecimento geral que as tintas formadas com 100% <strong>de</strong> resina acrílica promovem melhora<strong>de</strong>são à superfície e dão maior durabilida<strong>de</strong> que as tintas vinil acrílicas, particularmenteem superfícies alcalinas ( existem tiras <strong>de</strong> papel e lápis que me<strong>de</strong>m o PH da superfície)4.3. Porção líquida ou volátil ( solvente)Com diferentes funções, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo da tinta, mantém os pigmentos e as resinasdispersas ou dissolvidas em um estado fluido ou com baixa viscosida<strong>de</strong>, tornando a tintafácil <strong>de</strong> aplicar. Após a aplicação da tinta, a porção líquida evapora totalmente e <strong>de</strong>ixa atrásuma película <strong>de</strong> pigmentos estruturada com a resina. Normalmente não reagem com osconstituintes da tinta.A porção volátil mais freqüente nas tintas à base <strong>de</strong> óleo são: a trupentina (solvente<strong>de</strong>stilado do pinheiro) e os <strong>de</strong>rivados do petróleo como xilol, toluol, etc., que dissolvem aresina.São os produtos que tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dissolver outros materiais sem alterar suasproprieda<strong>de</strong>s químicas. O resultado <strong>de</strong>ssa interação é <strong>de</strong>nominado solubilização. Ossolventes são, via <strong>de</strong> regra, voláteis e na sua maioria inflamáveis. Eles estão presentes nastintas com duas finalida<strong>de</strong>s.• Solubilizar a resina• Conferir viscosida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada à aplicaçãoA solubilização da resina é necessária para que haja um melhor contato da tinta com osubstrato, favorecendo a a<strong>de</strong>rência. A utilização <strong>de</strong> solventes ina<strong>de</strong>quados, que não tenhampo<strong>de</strong>r <strong>de</strong> solvência sobre a resina, po<strong>de</strong> causar problemas nas tintas, como a coagulação ouprecipitação da resina, perda <strong>de</strong> brilho, diminuição da resistência à água.Normalmente, são utilizados composições <strong>de</strong> solventes com diferentes pontos <strong>de</strong> ebulição,<strong>de</strong> maneira que os solventes “ mais leves” formam a película logo após a aplicação,evitando o escorrimento, e os “ mais pesados” possibilitam a correção <strong>de</strong> imperfeiçõescomo marcas <strong>de</strong> pincel e crateras.10


Características gerais:• Incolores• Voláteis, sem formação <strong>de</strong> resíduos• Quimicamente estáveis, não se alterando no armazenamento• Neutros (não <strong>de</strong>vem reagir com os <strong>de</strong>mais componentes da tinta)• Inodoros ou <strong>de</strong> odor fraco ou agradável• Estáveis, com proprieda<strong>de</strong>s físicas constantes.Os solventes mais amplamente utilizados são :• Hidrocarbonetos alifáticos (po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> solvência e volatilida<strong>de</strong> baixo <strong>de</strong>vidoseu alto peso molecular) e aromáticos (forte po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> solvência e odor. Sãoeles: benzeno, tolueno, etc.). São muito utilizados <strong>de</strong>vido ao seu custorelativamente baixo e indicação para a maioria das resinas.• Oxigenados: Caracterizado genericamente por ser hidrosolúveis. São eles:Álcoois, ésteres, cetonas e os glicóis.Limites <strong>de</strong> tolerância.A água é o único solvente absolutamente sem perigo como, porém, muitas substâncias nãose dissolvem na água, houve na segunda guerra um extraordinário <strong>de</strong>senvolvimento do uso<strong>de</strong> solventes orgânicos.Entre eles alguns são poucos nocivos, como o etanol e a acetona. Outros como o benzeno, odissulfeto <strong>de</strong> carbono e o sulfato <strong>de</strong> dimetila, são extremamente perigosos. Em função doperigo potencial que eles representam os higienistas fixaram limites <strong>de</strong> tolerância diária, osquais não <strong>de</strong>vem ser ultrapassados em locais <strong>de</strong> trabalho. Estes limites estão <strong>de</strong>finidos nasNRs.Nas tintas à base <strong>de</strong> látex, a porção líquida principal é a água, que não dissolve a resina,mantendo-a apenas dispersada, funcionando como um diluente. Além da água, nas tintas àbase <strong>de</strong> látex, são usados outros solventes coalescentes que a<strong>de</strong>rem à resina, amolecendo-a,fazendo com que a tinta sofra uma secagem mais rápida.4.4. AditivoCombinam-se aos componentes primários, <strong>de</strong> modo a incrementar a performance da tinta.Os aditivos variam, <strong>de</strong> preservativos (que impe<strong>de</strong>m que a tinta estrague ao ser estocada naprateleira) aos fungicidas (que evitam o crescimento <strong>de</strong> colônias <strong>de</strong> mofo na superfície dapelícula aplicada). As sílicas garantem a homogeneida<strong>de</strong> do revestimento, evitando osurgimento <strong>de</strong> fissuras e outros tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação, seus principais benefícios são: altopo<strong>de</strong>r <strong>de</strong> fosqueamento, alta porosida<strong>de</strong>, consistência, fácil dispersão e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filme,proporcionando excelente resistência a riscos e manchas. O glicol também entra nacomposição das tintas com a função <strong>de</strong> impedir que, após a aplicação o filme sequerapidamente.11


Os modificadores reológicos são uma outra linha <strong>de</strong> aditivos usado nas tintas à base <strong>de</strong>látex, coma função <strong>de</strong> melhorar suas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação e a aparência do produtofinal, fazendo com que o sistema tenha boa flui<strong>de</strong>z ou espalhamento, interferindoeficazmente na cobertura da <strong>pintura</strong> e, principalmente, em sua durabilida<strong>de</strong>.Quanto ao mecanismo <strong>de</strong> atuação, os aditivos divi<strong>de</strong>m-se em:• Aditivos <strong>de</strong> cinéticao Secanteso Catalisadoreso Antipeles• Aditivos <strong>de</strong> Reologiao Espessanteso Niveladoreso Antiescorrimento• Aditivos <strong>de</strong> processoo Surfactantes• Aditivos <strong>de</strong> preservaçãoo Biocidaso Estabilizantes <strong>de</strong> ultravioleta5. Qualida<strong>de</strong>Ao variar a quantida<strong>de</strong> e o tipo <strong>de</strong> resina, pigmento, porção, líquida e aditivos, po<strong>de</strong>m criaruma vasta varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tintas. O teor <strong>de</strong> sólidos, o conteúdo <strong>de</strong> pigmentos e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>óxido <strong>de</strong> titânio são os três indicadores da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma tinta.Quanto maior a porcentagem <strong>de</strong> sólidos em volume, não em peso, na tinta; maior espessurada película, consi<strong>de</strong>rando-se uma <strong>de</strong>terminada taxa <strong>de</strong> espalhamento. Esta vantagem,simplesmente traduz-se em uma melhor cobertura e, obviamente, em uma verda<strong>de</strong>iraproteção da superfície, significando, no fim das contas, durabilida<strong>de</strong>.Por exemplo, as tintas comuns à base <strong>de</strong> látex apresentam-se com cerca <strong>de</strong> 15 a 20% <strong>de</strong>sólidos em volume e 80 a 85% <strong>de</strong> água. As boas tintas ou <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, normalmenteapresentam cerca <strong>de</strong> 35 a 35% <strong>de</strong> sólidos e, conseqüentemente, 55 a 65% <strong>de</strong> água.Se pintarmos com uma tinta <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e uma tinta comum, em igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> condições,uma mesma espessura <strong>de</strong> filme molhado (recém pintado), após a secagem obteremos umapelícula mais espessa, que dará mais proteção e durabilida<strong>de</strong>. De fato, com uma tinta <strong>de</strong>40% <strong>de</strong> sólidos em volume após a secagem da <strong>pintura</strong>, obteremos uma película seca (EPS)três vezes mais espessa do que com a tinta 30% <strong>de</strong> sólidos.12


TINTA LATEXAlta Qualida<strong>de</strong>Baixa Qualida<strong>de</strong>Resina e PigmentosResina e PigmentosLíquidosEAditivosLíquidosEAditivosEspessura do filmeantes da secagemEspessura do filme após da secagem13


6. Características que uma boa tinta <strong>de</strong>ve terVariáveis para formulação <strong>de</strong> tintas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>Variáveis da formação Mudança BenefíciosTeor <strong>de</strong> sólidosPigmento: proporção com a resinaFungicidaEspessura do filmesecoPorosida<strong>de</strong> eintegrida<strong>de</strong> do filmeCobertura edurabilida<strong>de</strong>Retenção da tinta,resistência à<strong>de</strong>sintegração ( perda<strong>de</strong> pigmento, etc) e àformação <strong>de</strong> trincasModificação ReológicaViscosida<strong>de</strong>, flui<strong>de</strong>z Cobertura, aparência eestruturação do filme durabilida<strong>de</strong>A<strong>de</strong>são, resist6encia àTipo <strong>de</strong> resinachuva, flexibilida<strong>de</strong>,resistência aos álcalis eà radiação UV.Nível <strong>de</strong> TIO 2 Opacida<strong>de</strong> CoberturaSeleção <strong>de</strong> CargaDurabilida<strong>de</strong>Tinta com altaresistência à<strong>de</strong>sintegração ( perda<strong>de</strong> pigmento, etc.)Diferença <strong>de</strong> componentesTINTA À ÓLEOTINTA LÁTEXPigmentos para dar cobertura TiO2, cores orgânicas,e corcores inorgânicas, cargas.Líquidos para umaconsistência a<strong>de</strong>quada solvente águaResinas parapromovera<strong>de</strong>são eestruturação do filmeÓleo <strong>de</strong> linhaça, óleo <strong>de</strong>tungue ou alquídicoTiO2, cores orgânicas, coresinorgânicas, cargas.100% acrílico ou vinil/acrílicoou terpolímero vinílico14


6.1. ComponentesAs tintas são compostas por quatro categorias <strong>de</strong> componentes: pigmentos, ligantes,líquidos e aditivos.Como uma regra geral, quanto maior a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pigmento e ligante,melhor será a qualida<strong>de</strong> da tinta.• Pigmentos: responsáveis pela cor e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> cobertura.• Ligantes: dão "liga" aos pigmentos e proporcionam integrida<strong>de</strong> e a<strong>de</strong>são ao filme.• Líquidos: também conhecidos como veículo, proporcionam a consistência <strong>de</strong>sejada.• Aditivos: proporcionam à tinta proprieda<strong>de</strong>s específicas.6.2. Características <strong>de</strong> aplicaçãoAs principais características <strong>de</strong> aplicação são:CaracterísticaExcelente alastramento e nivelamentoCapacida<strong>de</strong> superior <strong>de</strong> coberturaNão respinga quando aplicada com roloBenefícioSuavida<strong>de</strong> da aplicação e boa aparênciaAparência, rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> aplicação,necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> menos <strong>de</strong>mãosFacilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza e rapi<strong>de</strong>z no trabalho15


6.3. Características <strong>de</strong> resistência e durabilida<strong>de</strong>As características <strong>de</strong> resistência estão intimamente relacionadas com a qualida<strong>de</strong> da tinta.Tintas para InterioresCaracterísticaBenefícioAlto grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são Menor possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>bolhas, <strong>de</strong>scascamento, maior resistência aumida<strong>de</strong> e a lavagemResistência a abrasãoMaior resistência a limpezaResistência a polimentoNão fica brilhante quando polida ou limpaNão absorve sujeira e maior facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Resistência a manchaslimpezaSuperfícies que não grudam quando seResistência a a<strong>de</strong>rênciatocamTintas para ExterioresCaracterísticaAlta a<strong>de</strong>sãoResistência a calcinaçãoResistência a mofo (bolor) e algasRetenção <strong>de</strong> coresResistência alcalinaResistência a sujeiraBenefícioMenor possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formar bolhas ou<strong>de</strong> <strong>de</strong>scascarMenor <strong>de</strong>sbotamento, menor escurecimentoda superfície e baixa taxa <strong>de</strong> erosãoImpe<strong>de</strong> o crescimento <strong>de</strong> fungos ou algasManutenção da cor e a aparênciaResiste à <strong>de</strong>terioração em alvenaria frescaNão a<strong>de</strong>rência <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> sujeira emsuspensão no ar6.4. Teor <strong>de</strong> pigmentosA proporção <strong>de</strong> pigmentos, volumetricamente falando, referida ao volume total <strong>de</strong> sólidos<strong>de</strong> resina e pigmentos <strong>de</strong> uma tinta é chamada <strong>de</strong> teor <strong>de</strong> pigmentos, e é expressa emporcentagem.Teores <strong>de</strong> pigmentos entre 10 e 2% representam uma proporção baixa na relaçãopigmento/resina, significando, certamente, uma tinta com brilho. De forma inversa, as tintas16


com altos teores <strong>de</strong> pigmentos entre 45 e 75%, apresentam-se com uma proporção superiorà resina, o que resulta em uma <strong>pintura</strong> ou acabamento fosco, sem brilho.As <strong>pintura</strong>s com acabamento acetinado ou com maio brilho apresentam-se, <strong>de</strong> um modogeral, com teores <strong>de</strong> pigmento entre 28 e 385%Uma outra forma <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o teor <strong>de</strong> pigmento é analisando-se a quetão <strong>de</strong> quanta resinaserá necessária para envolver o pigmento. As tintas, com baixos teores <strong>de</strong> pigmento, sãoconsi<strong>de</strong>radas, portanto, com alto teor <strong>de</strong> resina, isto é, mais resina do que pigmento. Logo,como já afirmamos acima obteremos uma <strong>pintura</strong> polida, com brilho.7. Aplicação7.1. Condições climáticasNão muito frio5° C é a temperatura mínima <strong>de</strong> aplicação para a maior parte das tintas à base <strong>de</strong> água ou <strong>de</strong>solvente, seja em relação à superfície a ser pintada ou ao ambiente.Temperaturas muito baixasDificultam as pinceladas e passadas <strong>de</strong> roloProlongam o tempo <strong>de</strong> secagem, o que faz com que a tinta fique mais sujeita a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong>partículas <strong>de</strong> poeira do arNão muito quenteTemperaturas muito elevadas po<strong>de</strong>m fazer com que a tinta seque rápido <strong>de</strong>mais,comprometendo a durabilida<strong>de</strong> da <strong>pintura</strong>. Evite pintar sob as seguintes condições,especialmente se mais <strong>de</strong> uma estiver presente.Temperatura do ar ou da superfície superior a 30° CLuz do sol direta, principalmente ao usar cores escurasBaixa umida<strong>de</strong>Ventilação a<strong>de</strong>quadaAo usar tintas à base <strong>de</strong> solventes, cui<strong>de</strong> para que o local seja muito bem ventilado. Issoevitará que forte odor do solvente, prejudicial à saú<strong>de</strong> das pessoas, permaneça no local pormuito tempo.17


8. Substratos8.1. Proprieda<strong>de</strong>s das superfíciesAs proprieda<strong>de</strong>s das superfícies, que influem diretamente no comportamento das <strong>pintura</strong>ssão:• Permeabilida<strong>de</strong>: É a proprieda<strong>de</strong> que tem o substrato <strong>de</strong> permitir a passagem <strong>de</strong>gases ou líquidos que po<strong>de</strong>rão resultar em diversas combinações químicas.• Porosida<strong>de</strong>: É a relação percentual entre o volume <strong>de</strong> espaços vazios e o volumetotal. Esta relação influenciará substancialmente no grau <strong>de</strong> absorção dos compostoslíquidos pela tinta.• Resistência a radiações energéticas: É a proprieda<strong>de</strong> dos materiais <strong>de</strong> nãosofrerem <strong>de</strong>terioração ou <strong>de</strong>composição quando expostos às radiações energéticas ,especial as radiações provenientes do sol , como luz ultravioleta.• Plasticida<strong>de</strong> / fragilida<strong>de</strong>: Plasticida<strong>de</strong> é a proprieda<strong>de</strong> do material <strong>de</strong> sofreralteração <strong>de</strong> forma sob ação <strong>de</strong> forças externas e as manter mesmo após a retirada<strong>de</strong>stas forças, sem o aparecimento <strong>de</strong> fissuras.Fragilida<strong>de</strong> é a proprieda<strong>de</strong> segundo a qual o material se rompe,sob a ação <strong>de</strong> forçasexternas , sem ter sofrido <strong>de</strong>formação• Reativida<strong>de</strong> química:´a capacida<strong>de</strong> do material <strong>de</strong> combinar com agentes químicosambiantais.Os materiais <strong>de</strong> alvenaria são via <strong>de</strong> regra porosos, absorvem e po<strong>de</strong>m reter água,<strong>de</strong>senvolver e abrigar fungos e possuem comportamento alcalino.As ma<strong>de</strong>iras são porosas, higroscópicas e sofrem <strong>de</strong>composição superficial sob efeito dosfungos e das radiações solares (raios infravermelho e ultravioleta). Por absorveremumida<strong>de</strong>, sofrem alteração dimensional provocando empenamentos.Os metais, basicamente as ligas ferrosas, são altamente sensíveis à corrosão quando emcontato com a umida<strong>de</strong>, o oxigênio e os elementos poluentes.As especificações <strong>de</strong> <strong>pintura</strong> na construção civil <strong>de</strong>vem ser feitas mediante plenoconhecimento das condições ambientais e dos diversos tipos <strong>de</strong> substratos.Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> superfíciesPROPRIEDADESSUPERFÍCIESALVENARIA MADEIRA METAISPorosida<strong>de</strong> alta alta nulaPermeabilida<strong>de</strong> alta alta nulaRetivida<strong>de</strong> química média baixamuito alta parametais ferrososResistência a radiações solares alta baixa altaCaracterísitca básica peculiar alcalinida<strong>de</strong> higroscopiasensibilida<strong>de</strong> àcorrosão18


9. Especificação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> <strong>pintura</strong>9.1. Classificação do ambiente segundo as diretrizes da Norma BS6150ClassificaçãobaixomédioelevadoRegime anual <strong>de</strong>chuvasMais <strong>de</strong> 6 meses secos<strong>de</strong> 4 a 5 meses secosaté 3 meses secosExemplo <strong>de</strong>cida<strong>de</strong>s brasileirasTeresina, FortalezaBelo Horizonte, CuiabáGoianiaBelém. Manaus, Rio<strong>de</strong> janeiro, São PauloPorto alegre, Curitiba,Florianópolis, Salvador9.2. Classificação do ambiente quanto à agressivida<strong>de</strong> da atmosfera localClassificaçãoBaixaMédiaElevadaAtmosferaÁrea não industrial (rural e urbana)Área semi-industrialÁrea industrial e marítima19


Grau <strong>de</strong>agressivida<strong>de</strong>FracoMo<strong>de</strong>radoIntensoMuito intenso1212Ambienteexternoárea afastada da orla marítima ( mais <strong>de</strong> 10km),não industrial e com regime <strong>de</strong> chuva médioárea próxima à orla marítima,urbana ousemi-industrial, com regime <strong>de</strong> chuva médioárea afastada da orla marítima,urbana ou semiindustrial,com poluição artmosférica média,mas afastada <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> poluiçãoárea <strong>de</strong>ntro da orla marítima( até 3km), nãoindustrial, com regime <strong>de</strong> chuva intensoárea industrial, com poluição atmosférica elevadaárea <strong>de</strong>ntro da orla marítima ( até 3km) e comelevada poluição atmosfériaAmbienteInternoAmbientes secos, bem ventilados, <strong>de</strong>edifícios resi<strong>de</strong>nciais e comerciaisAmbiente com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação<strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, como cozinhas ebanheiros, ou com pouca necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong> superfícieAmbiente frequentemente submetido àumida<strong>de</strong> e con<strong>de</strong>nsação elevadaou com necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpezafreqüente das superfíciesAmbiente industrial e/ou com umida<strong>de</strong> econ<strong>de</strong>nsação elevadas9.3. Sistemas <strong>de</strong> acabamento para substratos à base <strong>de</strong> cimento ou calTipo <strong>de</strong>ambienteGrau <strong>de</strong>agressivida<strong>de</strong>Tipos <strong>de</strong> <strong>pintura</strong>sAcrílica Vinílico Esmalte SiliconeT B F B F B F A A SCalCimentoInterno ExternoFracoMo<strong>de</strong>radoIntensoMuito intensoFracoMo<strong>de</strong>radointenso1212RRRRRXRR-RRRXX-R--RXX---R--X X R R R R R X R- -- -- -- -R X R R R X RRXX- -- -- - - - - -R R R R R- -- -RRR R R RR R X RRRR- - -R R - - -- - - - -- -- -- -RRRR – RecomendávelF -FoscoX – Recomendável até dois pavimentos T - Texturizado A- acetinado B –Brilhante20


9.4. Definindo o sistema <strong>de</strong> <strong>pintura</strong>CARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURACARACTERÍSTICAS Óleo AcrílicoBorrachaClorada VinílicaEpóxipoliaminaEpóxipoliamidaEpóxibetuminosoDureza Baixa Média Média Média Alta Alta AltaFlexibilida<strong>de</strong> Alta Média Média Média édia Média alta Média altaResistência à abrasão Baixa Média Média alta Média alta Alta Alta AltaResistência a álcalis Baixa média alta Alta Alta Alta Alta AltaResistência à água Baixa média alta Alta Alta Alta Alta AltaResistência à temperatura até 90ºC até 100ºC até 70ºC até 65ºC até 120ºC até 130ºC até 120ºCPreparação mínima da Limpezasuperfíciemecânica sobre fundo Jato Sa2 Jato Sa 2 1/2 Jato Sa 2 1/2 Jato Sa 2 1/2 Jato Sa2Resistência às intempéries Média Alta Média alta Média alta Média baixa Média baixa Média baixaResistência a solventes Baixa Baixa Baixa Baixa Alta Alta Média baixaEspessura µm/<strong>de</strong>mão 30/40 30/40 35/75 25/70 50/150 50/150 150/250Ressitência a ácidos Baixa Média Alta Alta Média baixa Média baixa AltaCARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURA (B)CARACTERÍSTICASAlquídicafenolada PoliuretanoEpóxi ricoem zincoSilicat ricoem Zn Alquídica SiliconeDureza Média Alta Alta Alta Média baixa Média altaFlexibilida<strong>de</strong> Média alta Média alta Média Baixa Média alta MédiaResistência à abrasão Média Alta Alta Alta Média baixa Média baixaResistência a álcalis Média Alta Baixa Baixa Baixa Média altaResistência à água Alta Alta Alta Alta Baixa AltaResistência à temperatura até 120ºC até 120ºC até 250ºC até 400ºC até 105ºC até 600ºCPreparação mínima dasuperfície Sobre fundo sobre fundo Jato Sa 3 Jato Sa 3 Limpeza mecânica Jato Sa 2Resistência às intempéries Alta Alta(*) Média alta Média alta Média alta AltaResistência a solventes Média baixa Alta Alta Alta Baixa Média baixaEspessura µm/<strong>de</strong>mão 30/40 30/80 70/80 75 30/40 20/25Ressitência a ácidos Média alta Alta Baixa Baixa Média baixa Média(*) Poliretano alifático21


10. Ensaios <strong>de</strong> uniformida<strong>de</strong> dos lotes <strong>de</strong> tintasDETERMINAÇÕESTINTASMÉTODOSVERNIZESTOLERÂNCIA DEVARIAÇÃOMaterial não volátil(105º) ASTM D-2369 ASTM D-1644 ± 2%Sólidos NBR - 8621 - ± 2%Pigmentos NBR - 9944 - ± 2%Dióxido <strong>de</strong> titãnio ASTM D-4563 - ± 2%Espectroscopia <strong>de</strong>infravermelho ASTM D-2621 ASTM D-2621Devem apresentarespectrogramas <strong>de</strong>mesmascaracterísticasMassa específica NBR-5829 NBR-5829 ± 0,1%Viscosida<strong>de</strong> ASTM D-562 ASTM D-562 ± 5%22


11. Ensaios <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhoESMALTETINTAS LATEX SINTÉTICOLISO TEXTURIZADO ÓLEOEnsaion.ºPROPRIEDADESMÉTODOSVERNIZ SILICONE EXIGÊNCIAS1 Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> coberturaProj. ABNT 2.02.29-012 I.E I.E I.E - - Tolerância <strong>de</strong> variação em2 absorção <strong>de</strong> águaProj. ABNT 2.02.29-18 I.E I.E - - I.E relação ao valor indicado3 evaporação <strong>de</strong> águaProj. ABNT 2.02.29-17 I.E I.E - - I.E pelo fabricante4 Resistência à água ASTM d870 - ASTM D 1647 I.E I.E I.E I(*) - Não <strong>de</strong>ve apresentar alterações5 Resistência a Alcalis ASTM D 1647 I.E I.E I.E I(*) - visíveis a olho nu nemResistência a Agentes Químicos<strong>de</strong>terioração da pelicula6 <strong>de</strong> uso domésticoASTM D 1308 I I I I -78Resistência à eflorecênciaResistência a lavabilida<strong>de</strong>Proj. ABNT 2.02.29-005Proj. ABNT 2.02.29-006I.EII.EI-II.E-I.E-não <strong>de</strong>ve apresentar falha napelícla após 3000 ciclos <strong>de</strong>ensaioResistência ao <strong>de</strong>senvolvimento Proj. ABNT 2.02.29-011 ou Baixa frequência <strong>de</strong>9 <strong>de</strong> fungos ASTM D 3273 I.E I.E I.E I.E - empolamento10 Resistência ao Empolamento ASTM D 2366 - - E E** - classificação 38tensão <strong>de</strong> arrancamentoFita a<strong>de</strong>siva ASTM D 3359 I.E - I.E - - 1,on/mm211 A<strong>de</strong>rência arrancamento ABNT D 2.02.29-008 - I.E - - -Não <strong>de</strong>ve apresentarbolhas,fissuração12Resistência àvariação <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>3ciclos ASTM D 3469 - - I** I** -alteração <strong>de</strong> cor, ou<strong>de</strong>scolamento <strong>de</strong> películaWeather-ometas(1000h)ASTM G-26 E E E E E13EnvelhecimentoaceleradoC.V.U.B.(500h) ASTM G-53 E E E E E14 Envelhecimento Natural ( 1 ano) Proj. ABNT 2.02.23-014 E E E E E15 Ensaio <strong>de</strong> Névoa Salina (200h) *** ASTM B-117 - - E - - Baixo grau <strong>de</strong> ferrugem* apenas para substratos à base <strong>de</strong> cimento** apenas em sustratos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira*** apenas indicado para substratos metálicos, em ambiente marítimo ou salinoI - InternoE - Externo23


12. Conhecendo a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua tintaOs testes mais representativos são os <strong>de</strong>: lavabilida<strong>de</strong>, cobertura úmida, cobertura seca eporosida<strong>de</strong>.Para fazer o teste são necessários:• cartela <strong>de</strong> extensão - cartão <strong>de</strong> papel branco com uma tarja preta, justamente para melhorobservar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> cobertura da tinta.• extensor - peça <strong>de</strong> metal <strong>de</strong> espessura constante para puxar a tinta sobre a cartela.Po<strong>de</strong>-se fazer o teste <strong>de</strong> uma ou mais tintas colocando-se uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>produto sobre a cartela e puxá-las ao mesmo tempo com o extensor.24


A tinta <strong>de</strong> melhor cobertura po<strong>de</strong> ser observada a olho nu, principalmente sobre a tarjapreta.Uma vez que a tinta tenha secado, po<strong>de</strong>-se fazer o teste <strong>de</strong> porosida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixando cair sobrea cartela uma corrente <strong>de</strong> água com o uso <strong>de</strong> um conta-gotas, por exemplo. As tintas <strong>de</strong>baixa qualida<strong>de</strong> têm maior porosida<strong>de</strong> e conseqüentemente absorvem mais água, fazendocom que a cobertura diminua e <strong>de</strong>ixando transparecer o substrato, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong>ser papel, tijolo ou argamassa. A porosida<strong>de</strong> da tinta po<strong>de</strong> ser melhor observada com autilização <strong>de</strong> uma lupa. Os produtos <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> são menos porosos.O teste <strong>de</strong> lavabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser realizado friccionando um pedaço <strong>de</strong> gaze cirúrgica úmidasobre as tintas aplicadas na cartela <strong>de</strong> extensão. No exemplo, a tinta A só resistiu a trêsciclos <strong>de</strong> fricção; a tinta B resistiu a 23 ciclos, e a tinta C não se <strong>de</strong>sgastou da carteladurante o teste. Segundo o engenheiro Flávio, as tintas <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> resistem a 500fricções ou mais, sem <strong>de</strong>sgaste. Por resistirem a poucos ciclos, as tintas A e B sãoconsi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.25


13. PatologiasRELAÇÃO ENTRE FATORES ENVOLVIDOS NADEGRADAÇÃO DE UM FILMEInfluência domeio ambiente• Temperaturas evariações• Tempo• Radiações• Gases• Ação mecânica• Ataque biológico• Imersãoo Efeitos cíclicoso Concentraçãoo PHFATORESInfluênciado• Ataque químico• Pré-tratamento• Aplicação• Elétrico• Efeitos térmicosSuperfície• Abrasão• Pulverulência• Fissuramento• Mudança <strong>de</strong> cor• Enfraquecimentoo Térmicoo QuímicoDEGRADAÇÃOATRAVÉS DOFILME• Fissuramento• Flexibilida<strong>de</strong>• Distenção ou<strong>de</strong>formação portração• Fissuras em V nofilme• Enfrequecimentoo Térmicoo QuímicoInterface<strong>pintura</strong>-• Películasoltando• Impacto• Bolhas26


Descrição, causas e soluções13.1. A<strong>de</strong>são <strong>de</strong> duas superfíciesA<strong>de</strong>são <strong>de</strong> duas superfícies quando pressionadas umas sobre as outras. Exemplo: a portagruda no batente.Possíveis Causas• Não aguardar portas e janelas secarem totalmente antes <strong>de</strong> fechá-las.• Uso <strong>de</strong> tintas alto ou semibrilho <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.Soluções• Usar tintas alto ou semibrilho acrílicas <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>. As tintas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> inferiorpossuem pouca resistência ao problema, principalmente sob condições <strong>de</strong> calor e vapor. Astintas acrílicas são mais resistentes à esse problema que as tintas vinílica, base óleo oualquídica. Esta última, <strong>de</strong>senvolve sua resistência à a<strong>de</strong>são com o passar do tempo.• Siga sempre o tempo <strong>de</strong> secagem recomendado pelo fabricante.• A aplicação <strong>de</strong> talco po<strong>de</strong> atenuar o problema.27


13.2. Baixa a<strong>de</strong>são a metais galvanizadosA tinta não a<strong>de</strong>re à superfícies <strong>de</strong> metal galvanizado.Possíveis Causas• Incorreta preparação da superfície, por exemplo remoção insuficiente da ferrugem.• Falha na aplicação do selador antes <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> tinta base óleo ou látex vinílico.• Não lixar corretamente superfícies <strong>de</strong> acabamento esmaltado ou brilhoso antes da <strong>pintura</strong>.Soluções• Todo e qualquer ponto <strong>de</strong> ferrugem <strong>de</strong>ve ser eliminado com auxílio <strong>de</strong> uma escova <strong>de</strong> açoe em seguida aplique sobre o substrato um selador resistente à corrosão (uma <strong>de</strong>mão é,geralmente, suficiente).• Ao pintar pela primeira vez ou repintar uma superfície galvanizada que não apresentepontos <strong>de</strong> ferrugem, po<strong>de</strong>-se utilizar um látex acrílico sem aplicação prévia <strong>de</strong> selador. Nocaso <strong>de</strong> usar tintas base óleo ou látex vinílico em superfície bruta, a aplicação <strong>de</strong> umselador se torna fundamental.28


13.3. Baixa resistência a alcalinida<strong>de</strong>Perda <strong>de</strong> cor e <strong>de</strong>terioração do filme se aplicado sobre alvenaria recém-construída.Possíveis Causas• Tinta base óleo ou vinil acrílico aplicada sobre alvenaria recém-construída, que não tenhasido curada por um ano. Construções novas, geralmente contém cal que é muito alcalino.• A alcalinida<strong>de</strong> da construção permanece tão alta a ponto <strong>de</strong> afetar a integrida<strong>de</strong> do filmeformado sobre a superfície.Soluções• O i<strong>de</strong>al é <strong>de</strong>ixar a superfície sem <strong>pintura</strong> por até um ano, para que o concreto seque bem.Se não for possível, espere pelo menos 30 dias. Antes iniciar a <strong>pintura</strong>, aplique sobre osubstrato um selador resistente à alcalinida<strong>de</strong>.• Prefira tintas 100% acrílicas, porque são mais resistentes a esse problema.29


13.4. Baixa resistência às manchasA tinta não apresenta resistência contra ao acúmulo <strong>de</strong> sujeiras e manchas.Possíveis Causas• Uso <strong>de</strong> tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> que seja muito porosa.• Aplicação <strong>de</strong> tinta em uma superfície que não tenha sido selada.Soluções• Tintas base água <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> contêm mais emulsão, ingrediente que ajuda a evitarcom que as manchas penetrem na superfície pintada. Com isso, a sujeira po<strong>de</strong> ser removidacom facilida<strong>de</strong>.• Superfícies novas, que tenham sido seladas, proporcionam formação do filme em umaespessura correta, oferecendo fácil remoção <strong>de</strong> manchas.30


13.5. Baixa resistência ao atritoRemoção parcial ou total do filme, quando esfregado.Possíveis Causas• Escolha do tipo <strong>de</strong> brilho incorreto para o ambiente.• Uso <strong>de</strong> uma tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.• Limpar o local com um material muito abrasivo.• Limpar a superfície sem que a tinta esteja totalmente seca.Soluções• Áreas que necessitam <strong>de</strong> freqüente limpeza ou que estejam expostas a gran<strong>de</strong> tráfegorequerem um tipo <strong>de</strong> tinta que ofereça gran<strong>de</strong> resistência. Nesses casos é aconselhável ouso <strong>de</strong> tintas alto ou semi brilho ao invés <strong>de</strong> tintas foscas.• Quando for limpar a superfície utilize um material não abrasivo e um <strong>de</strong>tergente bemsuave.31


13.6. Baixa retenção <strong>de</strong> brilhoDeterioração da tinta, resultando em excessiva ou rápida perda <strong>de</strong> brilho.Possíveis Causas• Uso externo <strong>de</strong> tinta indicada para superfícies internas.• Uso <strong>de</strong> tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.• Uso <strong>de</strong> tinta alto brilho base óleo ou alquídica em locais que recebem direta luz do sol.• A incidência luz do Sol diretamente sobre a superfície po<strong>de</strong> comprometer a emulsão e ospigmentos da tinta, provocando a calcinação e perda <strong>de</strong> brilho.Soluções• Com o passar do tempo, toda tinta per<strong>de</strong> um pouco do seu brilho inicial, porém as <strong>de</strong>baixa qualida<strong>de</strong> o processo se dá mais rapidamente.• Emulsões usadas em tintas acrílicas são mais resistentes aos raios UV, enquanto aspresentes em tintas base óleo e alquídicas absorvem a radiação, causando seucomprometimento.• A preparação da superfície <strong>de</strong>ve ser a mesma <strong>de</strong> locais que apresentam sinais <strong>de</strong>calcinação (ver Calcinação).32


13.7. Baixa uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> brilhoBrilho <strong>de</strong>sigual da <strong>pintura</strong> que apresenta manchas brilhantes ou foscas sobre a superfíciepintada.Possíveis Causas• Desigual taxa <strong>de</strong> espalhamento durante a <strong>pintura</strong>.• Falha na selagem <strong>de</strong> uma superfície porosa ou superfície que apresenta vários graus <strong>de</strong>porosida<strong>de</strong>.• Aplicação da tinta <strong>de</strong> maneira errada.Solução• Substratos novos <strong>de</strong>vem ser selados antes da aplicação da tinta, assegurando umauniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> porosida<strong>de</strong> na superfície. Se a superfície não for selada, uma segunda<strong>de</strong>mão <strong>de</strong> tinta é indicada.33


13.8. Baixo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> coberturaA superfície, mesmo pintada, não encobre totalmente a camada subjacente.Possíveis Causas• Uso <strong>de</strong> uma tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.• Uso <strong>de</strong> pincel ou rolo <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.• Uso <strong>de</strong> uma combinação imprópria <strong>de</strong> base <strong>de</strong> tingimento e cor <strong>de</strong> tingimento.• Pobre alastramento e nivelamento da tinta (ver Alastramento e Nivelamento).• Uso <strong>de</strong> uma tinta muito mais clara que o substrato ou que contenha pigmentos orgânicos<strong>de</strong> baixo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> cobertura.• Aplicação <strong>de</strong> tinta com taxa <strong>de</strong> espalhamento maior que o recomendado.Soluções• Use sempre tintas <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>, pois proporcionam um melhor escoamento e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>cobertura.• Use rolos ou pincéis <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>. Quando optar por rolo, verifique se é o tipoindicado para a <strong>pintura</strong>.• Se o substrato for muito escuro ou estiver com papel <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>, utilize um selador antesda aplicação da tinta.• Se optar por uma tinta tingida, utilize a base correta.• Quando a utilização <strong>de</strong> pigmentos orgânicos <strong>de</strong> baixo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> cobertura for necessária,aplique um selador antes da <strong>pintura</strong>.• Siga as recomendações do fabricante quanto a taxa <strong>de</strong> espalhamento.34


13.9. BolhasEsse problema, geralmente é resultante <strong>de</strong> perda localizada <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são e levantamento dofilme da superfície.Possíveis Causas• Aplicação <strong>de</strong> tinta base óleo ou alquídica sobre uma superfície úmida ou molhada.• Umida<strong>de</strong> infiltrando através <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s externas (menos provável com tintas base água).• Superfície pintada exposta à umida<strong>de</strong>, logo após a secagem, principalmente se houveina<strong>de</strong>quada preparação da superfície.Soluções• Se nem todas as bolhas baixaram remova-as, raspando e lixando as regiõescomprometidas e repinte com tinta acrílica, indicada para interiores.• Se todas as bolhas baixaram elimine a fonte <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, raspe e lixe o local e aplique umselador antes <strong>de</strong> aplicar a tinta.• Consi<strong>de</strong>re a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalar, um exaustor no ambiente.35


13.10. BolorEsse problema é caracterizado pela existência <strong>de</strong> manchas ou pontos pretos, acinzentadosou amarronzados sobre a superfície.Possíveis Causas• Aparece, geralmente, em áreas úmidas ou que recebem pouca ou nenhuma luz do sol,como banheiros, cozinhas ou lavan<strong>de</strong>rias.• Uso <strong>de</strong> uma tinta alquídica ou base óleo, ou <strong>de</strong> uma tinta base água <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.• Ina<strong>de</strong>quada selagem <strong>de</strong> uma superfície <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, antes da aplicação da tinta.• Pintura sobre substrato ou camada <strong>de</strong> tinta na qual o bolor não tenha sido removido.Soluções• Certifique-se <strong>de</strong> que o problema seja mesmo bolor, fazendo o seguinte teste: Pinguealgumas gotas <strong>de</strong> alvejante doméstico sobre as manchas, se elas clarearem certamente tratase<strong>de</strong> bolor. Em seguida, remova todo o bolor do local com a seguinte solução: 1 parte <strong>de</strong>alvejante para 3 <strong>de</strong> água, protegendo mãos e olhos.• Pinte a superfície com uma tinta base água <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e quando houver necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> limpeza, faça-a com alvejante /<strong>de</strong>tergente.• A instalação <strong>de</strong> um exaustor em locais <strong>de</strong> intensa umida<strong>de</strong> é uma boa opção.36


13.11. CalcinaçãoFormação <strong>de</strong> finas partículas, semelhantes a um pó esbranquiçado, sobre a superfíciepintada exposta ao tempo, causando o <strong>de</strong>sbotamento da cor. Ainda que algum<strong>de</strong>sbotamento seja normal, <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>sgaste natural, em excesso po<strong>de</strong> causar extremacalcinação.Possíveis Causas• Uso <strong>de</strong> uma tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>, que contenha alta concentração <strong>de</strong> pigmentação.• Uso externo <strong>de</strong> uma tinta indicada para superfícies internas.Soluções• Remova a tinta, usando uma escova <strong>de</strong> aço, todo e qualquer vestígio <strong>de</strong> calcinação,enxaguando bem com uma mangueira ou com jatos d’água. Verifique se ainda há presença<strong>de</strong> vestígios, passando a mão sobre a superficie já seca.• Caso o problema persista, aplique um selador base óleo ou látex acrílico e repinte comuma tinta <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>, indicada para superfícies externas.• Se a superfície estiver isenta ou apresentar mínimo sinal <strong>de</strong> calcinação e a tinta antigaestiver em boas condições não é necessário utilizar um selador.37


13.12. Crateras/espumaçãoCrateras surgem do rompimento <strong>de</strong> bolhas causadas pela espumação.Possíveis Causas• Agitação da lata <strong>de</strong> tinta parcialmente cheia.• Uso <strong>de</strong> uma tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>, ou, muito velha.• Aplicação muito rápida da tinta, especialmente com rolo.• Uso <strong>de</strong> rolo com comprimento <strong>de</strong> pêlo não a<strong>de</strong>quado.• Passar muitas vezes o rolo ou o pincel sobre o mesmo lugar.• Aplicação <strong>de</strong> tinta alto ou semi brilho sobre uma superfície porosa.Soluções• Todas as tintas espumam durante a aplicação, entretanto, tintas <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> sãoformuladas para que as bolhas se rompam enquanto a tinta ainda esteja úmida,proporcionando perfeito fluxo e aparência.• Evite passar o rolo ou o pincel várias vezes sobre um mesmo local.• Evite usar uma tinta que tenha sido fabricada há mais <strong>de</strong> um ano.• Ao pintar uma superfície com tintas alto ou semi brilho, use sempre um rolo <strong>de</strong> pêlo curto.• Antes <strong>de</strong> pintar uma superfície porosa, aplique um selador.• Prepare a<strong>de</strong>quadamente a superfície antes <strong>de</strong> aplicar a tinta.38


13.13. DesbotamentoPrematuro ou excessivo clareamento da cor original da tinta. Ocorre, geralmente, emsuperfícies expostas constantemente à luz do sol. Esse problema po<strong>de</strong> ser um resultado <strong>de</strong>calcinação.Possíveis Causas• Uso externo <strong>de</strong> tinta indicada para superfícies internas.• Uso <strong>de</strong> tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>, culminando em rápida <strong>de</strong>terioração do filme.• Uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas cores <strong>de</strong> tinta mais suscetíveis aos raios UV (como tons <strong>de</strong>vermelho, azul e amarelo).• Tingimento <strong>de</strong> tinta branca não indicada para o processo ou dosagem excessiva <strong>de</strong> umabase clara ou média.Solução• Quando o problema for <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> calcinação, remova todo e qualquer vestígio (verCalcinação). Para a re<strong>pintura</strong>, escolha tintas e cores recomendadas pelo fabricante para usoexterno.39


13.14. DescamaçãoRuptura na <strong>pintura</strong> causada pelo <strong>de</strong>sgaste natural do tempo, levando ao totalcomprometimento da superfície. No estado inicial o problema se apresenta como uma finafissura e em seguida, num estágio mais avançado, começam a ocorrer as <strong>de</strong>scamações datinta.Possíveis Causas• Uso <strong>de</strong> tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>, que oferece pouca a<strong>de</strong>são e flexibilida<strong>de</strong>.• Diluição exagerada da tinta.• Ina<strong>de</strong>quada preparação da superfície, ou aplicação <strong>de</strong> tinta sobre ma<strong>de</strong>ira bruta semselador.• Excessiva fragilização <strong>de</strong> tinta alquídica envelhecida.Solução• Remova todos os fragmentos <strong>de</strong> tinta com uma raspa<strong>de</strong>ira ou escova <strong>de</strong> aço e lixe asuperfície. Se as rupturas ocorrerem também nas camadas mais profundas, o uso <strong>de</strong> umamassa corrida po<strong>de</strong> ser necessário. Em superfícies <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira bruta use selador antes dare<strong>pintura</strong>.40


13.15. Eflorescência/manchasAspereza e <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> sais brancos que provocam manchas na superfície.Possíveis Causas• Falta <strong>de</strong> uma a<strong>de</strong>quada preparação da superfície, como total remoção <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong>eflorescência anteriores.• Excesso <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> passando para a superfície.• Eflorescências também po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>corrente do vapor, principalmente em cozinhas,banheiros e áreas <strong>de</strong> serviço.Soluções• Se a causa do problema for umida<strong>de</strong>, elimine- a totalmente. Ve<strong>de</strong> quaisquer fissuras nasuperfície com um selante acrílico base d´água ou um acrílico siliconizado.• Seja a causa umida<strong>de</strong> ou vapor, remova as manchas com uma escova <strong>de</strong> aço ou comauxílio <strong>de</strong> uma lavadora <strong>de</strong> alta pressão e enxágüe bem. Aplique um selador para alvenariabase d´água ou solvente <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e, só então aplique a tinta.• Uma boa opção para evitar que o problema ocorra em áreas suscetíveis a vapor é ainstalação <strong>de</strong> ventiladores ou exaustores.41


13.16. Encardimento da superfícieAcúmulo <strong>de</strong> sujeira, poeira e outros fragmentos sobre a superfície pintada. O problemapo<strong>de</strong> ser confundido com bolorPossíveis Causas• Uso <strong>de</strong> tintas <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>, especialmente acetinada ou semi-brilho <strong>de</strong> baixaqualida<strong>de</strong>.• Agressores externos, como poluição, aceleram o encardimento da superfície.Soluções• Em virtu<strong>de</strong> da semelhança do problema com bolor faça o seguinte teste: pingue algumasgotas <strong>de</strong> alvejante doméstico sobre o local, se as manchas <strong>de</strong>saparecerem é bolor. Nessecaso, siga as recomendações da seção Bolor. Se as manchas persistirem limpe a regiãoafetada com uma escova e <strong>de</strong>tergente, enxaguando bem.• Sujeiras mais acumuladas, portanto <strong>de</strong> difícil remoção, <strong>de</strong>vem ser limpas com auxílio <strong>de</strong>uma lavadora <strong>de</strong> alta pressão.• Para evitar a ocorrência do problema, use produtos <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>. As tintas látex e altobrilho são boas opções, por oferecerem maior resistência ao acúmulo <strong>de</strong> sujeira e à lavagemda superfície.42


13.17. EnrugamentoFormação <strong>de</strong> rugas e ondulações sobre a superfície ocorrem quando a tinta ainda estáúmida.Possíveis Causas• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa (mais provável com uso <strong>de</strong> tintasalquídicas ou base óleo).• Pintura realizada sob condições extremas <strong>de</strong> calor ou frio. Isso faz com que a camadamais externa do filme seque mais rápido, enquanto que a camada <strong>de</strong> baixo ainda permaneçaúmida.• Expor uma superfície, que não esteja totalmente seca, à muita umida<strong>de</strong>.• Aplicação <strong>de</strong> uma camada <strong>de</strong> tinta, sem que, o selador esteja totalmente seco.• Pintura sobre superfície suja ou engordurada.Soluções• Raspe ou lixe a superfície para remover a camada enrugada. Antes <strong>de</strong> aplicar um selador,certifique-se <strong>de</strong> que a superfície esteja totalmente seca. Repinte o local, evitando fazê-losob condições extremas <strong>de</strong> temperatura e umida<strong>de</strong>.• Utilize uma tinta para Interior <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>.43


13.18. Escorrimento <strong>de</strong> calcinaçãoO escorrimento da calcinação é proveniente da excessiva erosão/<strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> tinta antigaexistente sobre o substrato, comprometendo a sua aparência.Possíveis Causas• Uso <strong>de</strong> tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> que contenha alta concentração <strong>de</strong> pigmentação.• Uso externo <strong>de</strong> tinta indicada para superfícies internas.Soluções• Remova totalmente os resíduos <strong>de</strong> calcinação (ver Calcinação). Limpe bem as áreasmanchadas, esfregando <strong>de</strong>tergente sobre elas, com o auxílio <strong>de</strong> uma brocha. Em seguida,enxágüe bem. Em casos <strong>de</strong> manchas mais resistentes, substitua o <strong>de</strong>tergente por um produtoácido.• Caso ocorra clareamento <strong>de</strong> cor nos locais que foram limpos, aplique uma tinta base água<strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>.44


13.19. Escorrimento <strong>de</strong> tintaEscorrimento <strong>de</strong> tinta, logo após ser aplicada, resulta em cobertura irregular da superfície.Possíveis Causas• Aplicação <strong>de</strong> uma camada muito espessa.• Aplicação da tinta sob condições <strong>de</strong> frio ou umida<strong>de</strong>.• Uso <strong>de</strong> uma tinta muito diluída.• Usar pistola com o bico muito próximo à superfície que recebe a tinta.Soluções• Se a tinta ainda estiver úmida, passe o rolo novamente sobre o local a fim <strong>de</strong> uniformizara superfície.• Se a tinta estiver seca, lixe a superfície e reaplique uma nova <strong>de</strong>mão.• Não dilua a tinta para fazê-la ren<strong>de</strong>r mais.• Evite realizar a <strong>pintura</strong> sob condições <strong>de</strong> frio e umida<strong>de</strong>.• Lixe superfícies brilhantes, antes <strong>de</strong> pintá-las.A tinta <strong>de</strong>ve ser aplicada com taxa <strong>de</strong> espalhamento indicada pelo fabricante.• Duas <strong>de</strong>mãos <strong>de</strong> tinta, na taxa <strong>de</strong> espalhamento recomendada, são melhores do que uma<strong>de</strong>mão extremamente espessa.• Ao pintar portas, convém, se possível, retirá-las e pintá-las na posição horizontal.45


13.20. FerrugemManchas marrom avermelhadas sobre a tinta.Possíveis Causas• Pregos <strong>de</strong> ferro não galvanizado ten<strong>de</strong>m à enferrujar, causando comprometimento <strong>de</strong> todasuperfície.• Pregos não galvanizados que não tenham sido colocados até o fim.• Pregos galvanizados enferrujam após longa exposição ao tempo.Soluções• Ao pintar uma superfície que não apresente ferrugem, mas na qual há pregos nãogalvanizados, primeiramente bata-os bem, <strong>de</strong> maneira que suas cabeça fiquem poucoabaixo da superfície, ve<strong>de</strong>-os usando um selante acrílico base água ou acrílico siliconizadoe aplique tinta apenas sobre eles, para <strong>de</strong>pois pintar a superfície toda.• A <strong>pintura</strong> <strong>de</strong> uma superfície que já esteja enferrujada requer além dos procedimentoscitados acima, limpeza do local e lixamento das "cabeças" dos pregos.46


13.21. Incompatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tintasPerda da a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> uma tinta látex aplicada sobre outra camada <strong>de</strong> uma tinta alquídica oubase óleo.Possível Causa• Uso <strong>de</strong> tinta base água sobre mais <strong>de</strong> três ou quatro camadas já existentes <strong>de</strong> tinta baseóleo ou alquídica envelhecidas faz com que as tintas velhas <strong>de</strong>scolem do substrato.Solução• Repinte a superfície, usando tinta base óleo ou alquídica. Se optar por usar tinta látex,remova totalmente a tinta existente e prepare a superfície; limpando, lixando eimpermeabilizando on<strong>de</strong> houver necessida<strong>de</strong>.47


13.22. Mancha por migração <strong>de</strong> TaninoAmarelecimento ou perda da cor escura da ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>vido à migração do tanino através dosubstrato, chegando até a superfície pintada. Geralmente ocorre em ma<strong>de</strong>iras manchadas,como sequóia, cedro e mogno.Possíveis Causas• Impermeabilização incorreta da superfície antes da <strong>pintura</strong>.• Uso <strong>de</strong> um selador insuficientemente resistente à manchas.• Excesso <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> passando pela ma<strong>de</strong>ira. A água acaba conduzindo as manchas até asuperfície.Solução• Elimine a umida<strong>de</strong>, se existir (ver Eflorescência e Manchas). Após a superfície estarcompletamente limpa, aplique um selador base óleo ou acrílico <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>. Em casosextremos, uma segunda <strong>de</strong>mão <strong>de</strong> selador po<strong>de</strong> ser aplicada após secagem total da primeira.Para finalizar, aplique uma tinta <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> base água.48


13.23. Manchas causadas pelo roloMarcas causadas pelo uso <strong>de</strong> um rolo ina<strong>de</strong>quado.Possíveis Causas• Uso do tipo <strong>de</strong> rolo errado.• Uso <strong>de</strong> uma tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.• Uso <strong>de</strong> um rolo <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.• Uso incorreto das técnicas <strong>de</strong> <strong>pintura</strong> com rolo.Soluções• Use um rolo apropriado à superfície a ser pintada.• Use um rolo <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>.• Tintas <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> ten<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>slizar com maior facilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido à altaconcentração <strong>de</strong> conteúdos sólidos e as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nivelamento que possui.• Ume<strong>de</strong>ça o rolo com água e tire o excesso antes <strong>de</strong> molhá-lo com tinta base água.• Ao pintar uma pare<strong>de</strong>, comece bem próximo ao teto e vá <strong>de</strong>scendo. Procure pintar asuperfície por partes (seção <strong>de</strong> aproximadamente 1m 2 ), fazendo a forma <strong>de</strong> zigzag (M ouW). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, em linhas paralelas euniformes.49


13.24. Migração <strong>de</strong> sulfactantesConcentração <strong>de</strong> ingredientes solúveis em água sobre superfície pintada com tinta baseágua. Geralmente, aparece no teto <strong>de</strong> ambientes que possuem alta umida<strong>de</strong> ( banheiros ecozinhas ). Po<strong>de</strong> se tornar evi<strong>de</strong>nte pela formação <strong>de</strong> manchas amareladas ouamarronzadas, adquirindo, às vezes, aspecto brilhante, áspero e pegajoso.Possível Causa• Todas as tintas base água po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver esse problema se aplicadas em áreasúmidas, como em banheiros, principalmente no teto.Soluções• Lave a área, que apresenta as manchas, com água e sabão e enxague bem. Só entãorepinte-a. O problema po<strong>de</strong> ocorrer mais uma ou duas vezes até que os surfactantes sejamtotalmente removidos.• Remova todas as manchas antes <strong>de</strong> repintar.• Quando uma tinta for aplicada em banheiros, certifique-se que superfície pintada está secaantes <strong>de</strong> utilizar o chuveiro.50


13.25. Não uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corEfeito <strong>de</strong> cor não uniforme, po<strong>de</strong> aparecer quando uma superfície é pintada com rolo, e oscantos são com pincel. Geralmente, os recortes pintados com pincel ficam mais escuros e,às vezes, mais brilhantes.Isso também po<strong>de</strong> ocorrer quando a aplicação da tinta nos recortes é feita com pistola.Possíveis Causas• Usualmente um efeito <strong>de</strong> diferença na cobertura. Pinturas feitas com pincel, geralmente,resultam em menor taxa <strong>de</strong> espalhamento que o rolo, produzindo assim, um filme maisespesso e conseqüentemente com maior cobertura.• Adição <strong>de</strong> corantes em uma tinta imprópria para tingimento ou uso em quantida<strong>de</strong>ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> corante.Solução• Certifique-se <strong>de</strong> que a taxa <strong>de</strong> espalhamento seja similar, tanto com uso <strong>de</strong> pincel ou <strong>de</strong>rolo. Não faça os recortes com pincel em todo o ambiente antes da aplicação do rolo.Trabalhe em pequenos espaços para manter uma borda úmida. Isso evitará, que ao iniciar a<strong>pintura</strong> <strong>de</strong> um novo trecho, o anterior não esteja totalmente seco. Se usar tintas tingidas,certifique-se <strong>de</strong> que tenha sido usada a combinação correta da base <strong>de</strong> corantes.51


13.26. Pele <strong>de</strong> jacaréA superfície da tinta apresenta uma série <strong>de</strong> pequenas rachaduras, semelhantes à pele <strong>de</strong> umjacaré.Possíveis Causas• Aplicação <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mão <strong>de</strong> tinta que apresenta formação <strong>de</strong> filme extremamente duro ourígido, como esmalte alquídico, sobre uma camada mais flexível, como a <strong>de</strong> um seladorbase água.• Aplicação <strong>de</strong> outra camada <strong>de</strong> tinta, sem que a inferior esteja totalmente seca.• Influência <strong>de</strong> agentes externos, como oscilação <strong>de</strong> temperatura e constantes movimentos<strong>de</strong> expansão e retração sofridos pelo substrato comprometem a elasticida<strong>de</strong> do filme,principalmente se a tinta existente for base óleo.Soluções• Remova toda tinta velha existente na superfície rapando-a e lixando-a.• Antes <strong>de</strong> aplicar a tinta, prepare a superfície com um selador base óleo ou água <strong>de</strong> altaqualida<strong>de</strong>.52


13.27. Pobre alastramento/nivelamentoAo secar, a tinta apresenta marcas visíveis <strong>de</strong> rolo ou pincel.Possíveis Causas• Uso <strong>de</strong> tinta <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.• "Retoque" em áreas parcialmente secas.• Uso <strong>de</strong> tipo rolo ou pincel <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> ou ina<strong>de</strong>quados.• Uso <strong>de</strong> tipo errado <strong>de</strong> rolo, ou <strong>de</strong> um pincel <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.Soluções• Use tintas base água <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> que, geralmente, são formuladas com ingredientesque aumentam o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> escoamento da tinta, evitando a ocorrência <strong>de</strong> marcas <strong>de</strong> pincelou <strong>de</strong> rolo sobre a superfície. Isso resulta em um acabamento liso e uniforme.• Quando usar rolo, verifique se é o tipo indicado para a <strong>pintura</strong>.• Se optar por uso do pincel,é importante escolher um <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, pois um pincelruim po<strong>de</strong> causar insuficiente escoamento e nivelamento da tinta.53


13.28. Polimento da tintaAumento do brilho e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> reflexão da tinta, quando esfregada.Possíveis Causas• Uso <strong>de</strong> tintas foscas em locais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> tráfego, on<strong>de</strong> é aconselhável usar tintas altobrilho.• O local recebe freqüente limpeza para a remoção <strong>de</strong> manchas.• Móveis pressionados contra a pare<strong>de</strong>.• Uso <strong>de</strong> tintas <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>, que oferecem pouca resistência a manchas e à limpeza(ver baixa resistência a manchas).Soluções• Pinte áreas que sofrem <strong>de</strong>sgaste constante e necessitam <strong>de</strong> limpeza diária, como portas,janelas, rodapés e peitoril <strong>de</strong> janelas, com uma tinta base água <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>, pois essetipo <strong>de</strong> tinta oferece maior durabilida<strong>de</strong> e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza.• Em áreas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> tráfego escolha uma tinta alto ou semi brilho ao invés <strong>de</strong> fosca.• Para a limpeza <strong>de</strong> superfícies pintadas use um pano ou esponja macia e não abrasiva eenxágüe bem.54


13.29. Rachaduras na superfícieRachaduras profundas e irregulares na superfície.Possíveis Causas• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, geralmente, sobre superfície porosa.• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, a fim <strong>de</strong> melhorar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> cobertura<strong>de</strong> um produto <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.• Acúmulo <strong>de</strong> tinta nos cantos da superfície, durante a aplicação.Soluções• Remova a camada afetada, raspando e lixando a superfície. Em alguns casos, apenas olixamento é necessário. Em seguida, prepare a superfície e repinte-a com uma tinta baseágua <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>. Esse tipo <strong>de</strong> tinta, geralmente, previne o reaparecimento doproblema, por ser mais flexível que as tintas alquídicas, base óleo e, mesmo, à base água <strong>de</strong>baixa qualida<strong>de</strong>.• Tintas <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> têm alta concentração <strong>de</strong> conteúdos sólidos, que reduzem atendência a rachaduras na superfície, facilitando a aplicação e proporcionando gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<strong>de</strong> cobertura, o que evita a aplicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>mãos muito espessas.55


13.30. RespingoO rolo respinga tinta durante a aplicação.Possíveis Causas• Uso interno <strong>de</strong> uma tinta indicada para superfícies externas.• Uso <strong>de</strong> uma tinta base água <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.Soluções• Tintas <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> são formuladas para minimizar os respingos.• Rolos <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, também reduzem o risco <strong>de</strong> respingos.• Em alguns casos, po<strong>de</strong>-se usar uma tinta indicada para pare<strong>de</strong>s, no teto, para a diminuição<strong>de</strong> respingos.• Excesso <strong>de</strong> tinta no rolo resultará em excessivo respingamento e <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> tinta.• Procure pintar a superfície por partes (seções <strong>de</strong> aproximadamente 1m 2 ), fazendo a forma<strong>de</strong> zigzag (M ou W). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, emlinhas paralelas e uniformes.56


14. Estudo <strong>de</strong> caso14.1. Patologias sobre rebocos e concretosIntroduçãoEmboços, rebocos e concreto aparente caracterizam-se por sua alcalinida<strong>de</strong>, porosida<strong>de</strong>,friabilida<strong>de</strong> e propensão a absorver e reter a umida<strong>de</strong>. Vamos analisar estas características .Alcalinida<strong>de</strong>A maioria dos revestimentos calcários e cimentícios são alcalinos por natureza. Estaalcalinida<strong>de</strong> é usualmente, <strong>de</strong>rivada da cal no revestimento ou propriamente do concretoaparente pela hidratação do tricálcio .1 ( 3 CaO SiO 2 ) + 5.5H 2 O 3 CaO 2SiO 2 2.5H 2 O + Ca (OH) 2Silicato tricálcico Hidrato <strong>de</strong> silicato Hidróxido<strong>de</strong> cálcio<strong>de</strong> cálcioAs vezes o álcali é introduzido <strong>de</strong>liberadamente na forma <strong>de</strong> cal. Acrescentamos tambémsais solúveis. Na presença da cal, o sal solúvel produz po<strong>de</strong>rosos hidróxidos álcalimetálicos através da simples reação inorgânica.Ca (OH)2 + K2SO4 CaSO4 + 2KOHHidróxido Sulfato Sulfato Hidróxido<strong>de</strong> cálcio <strong>de</strong> potássio <strong>de</strong> cálcio <strong>de</strong> potássioOs hidróxidos álcali metálicos como os <strong>de</strong> sódio e potássio são bem mais agressivos que oshidróxidos terra alcalinos (como a cal). São exatamente estes álcalis, a fonte <strong>de</strong> todos osproblemas entre os substratos e a <strong>pintura</strong> com resinas sensíveis aos álcalis.Na presença <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, os álcalis atacam rapidamente os grupos éster da resina queestrutura a película das tintas à base <strong>de</strong> óleo ou as alquídicas simples, quebrando a ligaçãoéster e formando o conhecido sabão. Este processo é conhecido como saponificação ouhidrólise induzida por álcalis.57


OÁguaC O CH + NaOH + H 2 OOC O CH“Ligação” ésterna resina dapelícula da tintaHidróxido <strong>de</strong>sódioOOH -C O CHOH -OCOH + O- CHOC- O Na OH CHSaponificação do grupo esterResinaSaponificada(sabão)Resíduohidroxilado58


A umida<strong>de</strong> necessária para a reação é facilmente disponível no substrato formado <strong>de</strong>vido aoprocesso <strong>de</strong> hidratação do emboço ou concreto aplicados. À medida que a reação écompletada e substrato seca, o problema da alcalinida<strong>de</strong> diminui, muito embora formemgran<strong>de</strong> porosida<strong>de</strong> absorver gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> chuva.O grau <strong>de</strong> afetamento da película aplicada sobre o substrato alcalino <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> pH <strong>de</strong>ssasuperfície, da composição da tinta (composição do tipo éster do polímero), da ida<strong>de</strong> datinta, da persistência a este ciclo.Os efeito variam, po<strong>de</strong>ndo ocorrer formação <strong>de</strong> escamas e <strong>de</strong>splacamento da película,diretamente relacionados às tintas à base <strong>de</strong> ésteres aplicadas em rebocos ainda “ver<strong>de</strong>s” ouem processo <strong>de</strong> cura. Isto também acontece quando o reboco retem água, fazendo com quefique pegajoso no contato com o <strong>de</strong>do. O filme oleoso torna-se solúvel em água. Se secarficará quebradiço, fraturando a película, perda <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são, perda do brilho e muitocomumente, uma <strong>de</strong>scoloração um tanto parda. As tintas látex a base <strong>de</strong> acetato <strong>de</strong> vinil eacrílicas oferecem gran<strong>de</strong> resistência ao álcali.Porosida<strong>de</strong>Todas as superfícies a base <strong>de</strong> cimento portland são porosas., portanto são excessivamenteabsorventes. Isto traz inúmeros problemas e algumas vantagens para a película <strong>de</strong> tinta..As superfícies porosas dão mais base à película <strong>de</strong> tinta, permitindo melhor a<strong>de</strong>sãomecânica do que superfícies lisas e duras. No entanto, estas superfícies contaminamfacilmente quando qualquer líquido a<strong>de</strong>ntra nos poros.levando consigo sugida<strong>de</strong>s esubstâncias químicas.Quando pintadas com tintas viscosas ou <strong>de</strong> cura rápida, a película fecha os poros e asbolhas <strong>de</strong> ar que na fase <strong>de</strong> cura no filme, são expulsas resultando em milhares <strong>de</strong> furinhosna película <strong>de</strong> tinta.Esse problema é resolvido com o uso <strong>de</strong> primers <strong>de</strong> baixa viscosida<strong>de</strong>.59


Friabilida<strong>de</strong>Esta característica é muito comum em rebocos que não apresentam um processo <strong>de</strong>hidratação a<strong>de</strong>quado, ocorrendo com muita freqüência em materiais calcáreos. Caracterizasepela ausência <strong>de</strong> coesão e a<strong>de</strong>são à real superfície do substrato. Nesta situação, torna-senecessário reforçar tais superfícies aplicando primers do tipo penetrantes com baixa energiasuperficial e reduzida viscosida<strong>de</strong>. As tinta látex a base d´água não <strong>de</strong>vem ser aplicadaspois possuem alta energia superficial e pelo tamanho <strong>de</strong> suas partículas. A remoção <strong>de</strong>stacamada friável é sempre uma boa opção, utilizando-se o ataque ácido com posteriorneutralização por hidrojateamento, lixamento ou jato <strong>de</strong> areia.O que ocorre é que o filme a<strong>de</strong>re na camada superficial e a área imediatamente abaixopermanece sem coesão para agüentar qualquer tensionamento. O processo <strong>de</strong> ruína <strong>de</strong>vido acoesão lateral,no interior do substrato, se torna inevitável. A medida que e película <strong>de</strong>splacanota-se perfeitamente a fragilida<strong>de</strong> da camada imediatamente abaixo.. Não é um problemacausado pela tinta.60


EflorescênciaSais Inorgânicos Solúveis (SIS)- Os mais comumente encontrados são os sulfatos <strong>de</strong> sódio,cálcio e magnésio.Após a construção a água dissolve estes sais fazendo com que a soluçãoescorra pelo substrato. Uma vez escorrendo pelo substrato, seca com facilida<strong>de</strong>, formandoum filme cristalino ou ficando <strong>de</strong>positado na superfície aquele material pulverulentobranco. Este fenômeno é chamado eflorescência.Quando a superfície é pintada com tinta impermeável,os sais se <strong>de</strong>positam sob suapelícula, causando trincas no filme com presença <strong>de</strong> eflorescência , conduzindo o filme àruína. Quando a película tem uma excelente po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são,os sais vão se <strong>de</strong>positando nosporos do substrato,imediatamente abaixo do filme,criando uma pressão cristalina que<strong>de</strong>sintegrará o sistema substrato/revestimento. Este fenômeno particular é conhecido comocriptoflorescência.A única maneira correta <strong>de</strong> eliminarmos as eflorescências é preenchendo os locais por on<strong>de</strong>a água tem acesso61


14.2. Calcinação <strong>de</strong> <strong>pintura</strong> epóxiA tinta epóxi possui uma excelente resistência, principalmente à abrasão, confirmado peloestado interno do corrimão das rampas, área com alto tráfego. O mesmo <strong>de</strong>sempenho não seaplica às intempéries. Fato também confirmado pelos guarda corpos expostos ao tempo.1) Ponto <strong>de</strong> ferrugem localizado2) Desgaste da superfície <strong>de</strong> tinta3) Ponto em melhor estado por estar protegido da intempériepela planta1) Pintura em melhor estado <strong>de</strong>conservação por estar protegido daintempérie pela planta2) Ponto <strong>de</strong> ferrugem localizado3) Superfície <strong>de</strong> <strong>pintura</strong> <strong>de</strong>sgastadaPintura interna em perfeito estado <strong>de</strong> conservação, apresentando excelente resistência aabrasão, oleosida<strong>de</strong> e produtos químicos63Aumento gradual da Calcinação proporcional à exposição áintempéries.


14.3. Pintura sobre superfície galvanizada64


Bibliografiao Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume1 , 2.º Edição 1995 Abrafatio Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume2 , 2.º Edição 1995 Abrafatio Uemmoto K.L , Projeto, Execução e Inspeção <strong>de</strong> Pinturas, 1.º Edição 2002 CTEo Recuperar N.º 29 , 1999 Ed Thomasteco Recuperar N.º 9 , 1996 Ed Thomasteco Recuperar N.º 18 , 1997 Ed Thomasteco Recuperar N.º 24 , 1998 Ed Thomasteco Recuperar N.º 41 , 2001 Ed Thomasteco Recuperar N.º 21 , 1998 Ed Thomasteco Paint Quality Institute65

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