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ADRIANA FERREIRA LIMA - Pgpa.ufrpe.br

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<strong>ADRIANA</strong> <strong>FERREIRA</strong> <strong>LIMA</strong>CRESCIMENTO DE PÓS-LARVAS DE TILÁPIA DO NILO EM FUNÇÃO DADENSIDADE E DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA C NA RAÇÃORECIFE,2010


iiUNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCOPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS PESQUEIROS E AQÜICULTURACRESCIMENTO DE PÓS-LARVAS DE TILÁPIA DO NILO EM FUNÇÃO DADENSIDADE E DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA C NA RAÇÃOAdriana Ferreira LimaDissertação apresentada ao Programa dePós-Graduação em Recursos Pesqueirose Aqüicultura da Universidade FederalRural de Pernambuco como parte dosrequisitos para obtenção do título deMestre.Área de Concentração: AqüiculturaProf. Dr. José Milton BarbosaOrientadorRECIFE,Julho, 2010


iiiFicha catalográficaL732cLima, Adriana FerreiraCrescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função dadensidade e da suplementação de vitamina C na ração /Adriana Ferreira Lima. -- 2010.47 f.: il.Orientador: José Milton Barbosa.Dissertação (Mestrado em Recursos Pesqueiros e Aquicultura) –Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamentode Pesca e Aqüicultura, Recife, 2010.Inclui referências.1. Oreochromis niloticus 2. Crescimento heterogêneo3. Indução sexual 4. Resistência I. Barbosa, José Milton,orientador II. TítuloCDD 639.3


ivUNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCOPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS PESQUEIROS E AQÜICULTURACRESCIMENTO DE PÓS-LARVAS DE TILÁPIA DO NILO EM FUNÇÃO DADENSIDADE E DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA C NA RAÇÃOAdriana Ferreira LimaDissertação julgada adequada para obtençãodo título de mestre em Recursos Pesqueirose Aquicultura. Defendida e aprovada em08/07/2010 pela seguinte BancaExaminadora.Prof. Dr. José Milton Barbosa(Orientador)[Departamento de Pesca e Aquicultura][Universidade Federal Rural de Pernambuco]Prof. Dr. Emerson Carlos Soares e Silva[Universidade Federal de Alagoas]Profa. Dra. Themis de Jesus da Silva[Universidade Federal de Alagoas]Prof. Dr. Eudes de Souza Correia[Departamento de Pesca e Aquicultura][Universidade Federal Rural de Pernambuco]


vDedicatóriaDedico este trabalho as pessoas que amoprofundamente:Ao meu filho, Ruan, minha luz inspiradora;Aos meus pais, Selma e Gilberto, por me apoiaremsempre;Ao meu companheiro, Tácito, pelo carinho epaciência;À minhas irmãs, meu irmão e meu so<strong>br</strong>inho, minhafamília, minha base emocional.


viAgradecimentosÀ sociedade Brasileira, por proporcionar minha formação em uma instituição públicade ensino.À Universidade Federal Rural de Pernambuco, pelo acesso a conhecimentos tãoimportantes e valiosos para a minha formação.Ao professor José Milton, pela orientação e confiança em mim depositada, por sersempre disponível e acessível às minhas dúvidas.Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros eAquicultura por contribuírem para minha formação.Aos alunos de graduação Sidney Leite e Etevoldo Teotônio, pelo apoio nodesenvolvimento das atividades do experimento.Aos amigos de turma da Pós-Graduação pelos momentos compartilhados.A todos familiares, amigos, colegas, companheiros de estudo e de trabalho que dealguma forma deram-me forças e ânimo para iniciar, manter e finalizar mais essa etapa.A Deus, por guiar meus passos em todos os momentos da minha vida.


viiResumoA produção da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus tende a utilização de altasdensidades de estocagem em todas as fases de cultivo, o que sugere a necessidade damelhoria do manejo e estratégias que aumentem a produtividade da espécie e minimizementraves ainda existentes. Neste contexto, esta dissertação apresenta uma revisãobibliográfica so<strong>br</strong>e fatores que influenciam o desempenho da tilápia do Nilo durante a fasede indução sexual, abordando, em especial, estudos que observaram a influência dadensidade e da disponibilidade de vitamina C na dieta no crescimento, variabilidade decrescimento e so<strong>br</strong>evivência das pós-larvas, na fase de indução sexual. Posteriormente,apresenta um artigo científico que relata um estudo que objetivou avaliar o efeito dadensidade e suplementação de vitamina C na dieta no crescimento de pós-larvas de tilápiado Nilo, no período de indução sexual. Dentre os resultados encontrados está como se dá ainfluência dos fatores analisados no desempenho da espécie. O estudo concluiu que ainteração entre os fatores densidade e suplementação de vitamina C não influenciaram navariabilidade de crescimento e resistência ao estresse das pós-larvas no período de induçãosexual. Porém influenciaram no peso, sendo o fator densidade responsável pela diferençaao longo do experimento e o fator suplementação de vitamina C ao final do experimento.Palavras-chave: crescimento heterogêneo, estresse, indução sexual, nutrição,Oreochromis niloticus


viiiAbstractThe production of Nile tilapia Oreochromis niloticus tends to use high stockingdensities in all stages of cultivation, suggesting the need for improving the managementand strategies to increase the productivity of the species and minimize barriers still exist. Inthis context, this paper presents a literature review on factors influencing the performanceof Nile tilapia during the sexual induction phase, in particular, studies that observed theinfluence of density and availability of dietary vitamin C on growth, variability growth andsurvival of post-larvae at the stage of sex induction. Then, it presents a scientific paper thatreports a study aimed to evaluate the effect of density and vitamin C supplementation inthe diet on the growth of post-larvae of Nile tilapia, from sexual induction. Among theresults is how does the influence of the factors analyzed in the performance of the species.The study concluded that the interaction between density and vitamin C supplementationdid not influence the variability of growth and stress resistance of post-larvae in sexualinduction. But influenced the weight where the density factor was responsible for thedifference throughout the experiment and the factor supplementation of vitamin C at theend of the experiment.Key words: heterogeneous growth, nutrition, Oreochromis niloticus, sex induction, stress


ixLista de tabelasPáginaTabela 1- Composição em nutrientes das rações utilizadas na alimentação das pós-larvas detilápia-do-nilo Oreochromis niloticus durante a indução sexual ...................................... 21Tabela 2- Média de peso das pós-larvas de tilápia-do-nilo Oreochromis niloticussubmetidas a diferentes densidades e suplementação de vitamina C na dieta no período deindução sexual.....................................................................................................................22Tabela 3- Influência dos fatores densidades e suplementação de vitamina C na dieta nospesos de pós-larvas de tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus no período de induçãosexual...................................................................................................................................23Tabela 4- Efeito da interação entre densidade de estocagem e suplementação de vitamina Cna dieta na so<strong>br</strong>evivência (%) e coeficiente de variação (CV) do peso (%) da tilápia-doniloOreochromis niloticus no período de indução sexual..................................................25Tabela 5- Influência dos fatores densidade e suplementação de vitamina C na dieta so<strong>br</strong>e aso<strong>br</strong>evivência (%) de pós-larvas de tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus no período deindução sexual......................................................................................................................26Tabela 6- Influência dos fatores densidade e suplementação de vitamina C na dieta e dainteração entre eles na mortalidade de tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus submetidas ateste de resistência à exposição ao ar em papel secante por 5minutos.................................................................................................................................28


xSumárioPáginaDedicatória .................................................................................................................... vAgradecimentos ............................................................................................................. viResumo .......................................................................................................................... viiAbstract ......................................................................................................................... viiiLista de tabelas .............................................................................................................. ix1 – Introdução ................................................................................................................ 12 - Revisão de literatura ................................................................................................. 32.1 - A produção de tilápia.................................................................................................. 32.2 - A larvicultura e o processo de indução sexual da tilápia do Nilo............................... 32.3- A relação da densidade e so<strong>br</strong>evivência da tilápia do Nilo no período de induçãosexual................................................................................................................................... 52.4 - A relação da densidade e do crescimento da tilápia do Nilo no período de induçãosexual................................................................................................................................... 52.5 - A variabilidade de crescimento da tilápia do Nilo durante a indução sexual............. 72.6 - O uso de vitamina C na alimentação da tilápia do Nilo..............................................83 - Referência bibliográfica ............................................................................................ 124 - Artigo científico ........................................................................................................ 164.1 - Normas da Revista Brasileira de Zootecnia ............................................................ 32


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 11- IntroduçãoA tilápia destaca-se na produção piscícola por apresentar características como: curtociclo de produção, rápido crescimento, rusticidade, tolerância a ambientes superpovoados,consumo de alimento natural, consumo de rações balanceadas e resíduos agropecuários deorigem animal e vegetal e resistência ao manejo e às doenças. Por essas características vemsendo apontada como uma das espécies mais indicadas para o cultivo intensivo em regiõestropicais (LEONHARDT, 1997).O uso de sistemas intensivos para piscicultura vem se destacando no Brasil, onde já épredominante para tilapicultura. Dentre as vantagens da utilização de altas densidades deestocagem está o aumento da produtividade e minimização dos custos de produção. Porémesse sistema é facilmente influenciado por diversos fatores, entre eles a aquisição deindivíduos doentes, com grande variabilidade de tamanho, submetidos à situação deestresse, seja nutricional ou devido ao manejo e transferência de indivíduos, entre outros,que podem comprometer desde o crescimento e a so<strong>br</strong>evivência dos animais, até aconversão alimentar e a qualidade final do produto, causando prejuízos em toda a cadeiaprodutiva (CIRYNO et al., 2000).A utilização de sistemas intensivos acontece em todas as fases de produção da tilápia,desde a alevinagem, quando os indivíduos são submetidos ao processo de indução sexual,com uso de hormônios masculinizantes, até o crescimento e engorda dos animais. O usodesses hormônios é uma técnica que visa controlar a reprodução da tilápia do NiloOreochromis niloticus, que apresenta desova parcial com alta precocidade e fertilidade,causando superpopulação indesejável na piscicultura, em virtude da concorrência poralimento e espaço, o que acarreta a redução nas taxas de crescimento e, consequentemente,o excesso de peixes de pequeno porte e de tamanhos variados. Ademais, nessa espécie, os


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 2machos apresentam melhores taxas de crescimento (PHELPS e POPMA, 2000) e menorvariabilidade de tamanho (GUPTA e ACOSTA, 2004).Durante o processo de indução sexual os indivíduos são adensados, geralmente emtanques, viveiros ou hapas, onde recebem alimentação acrescida do hormônio andrógeno.Esse adensamento aumenta a produtividade e consequentemente influi no fator econômicoda atividade, seja pelo aproveitamento da mão-de-o<strong>br</strong>a, bem como pelo custo dos viveirose tanques-rede utilizados no processo de produção (SANCHES e HAYASHI, 1999).Além do fator econômico direto, a densidade influencia também no tamanho final ena uniformidade do alevino (DAMBO e RANA, 1993), que são parâmetros de qualidadedo produto ofertado no mercado, sendo refletido no preço final deste insumo.Ademais, a densidade de estocagem tem sido defendida como um dos fatores quepropicia maiores taxas de indução sexual, uma vez que os indivíduos têm menordisponibilidade de alimento natural, e, portanto, consomem a quantidade mínima de raçãonecessária para ocorrer à indução sexual (PHELPS e POPMA, 2000).A nutrição adequada nesta fase do cultivo é pré-requisito para o sucesso nas fasessubseqüentes de cultivo (HAYASHI et al., 2002). Quando cultivados, os peixes tem semostrado altamente sensíveis a dietas deficientes em ácido ascórbico, especialmente nosestágios iniciais de crescimento (LAVENS et al., 1995). O estado nutricional do animal,por ser conseqüência da quantidade e qualidade dos nutrientes disponíveis na dieta, podeser positivamente alterado. Desse modo, em virtude da ampla participação metabólica,vários aspectos da dieta podem preparar o peixe para situações adversas (FALCON et al.,2007).


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 32 - Revisão de literatura2.1 - A produção de tilápiaA tilápia é intensamente utilizada na piscicultura mundial e está hoje entre asespécies mais indicadas para o cultivo intensivo em regiões tropicais (LEONHARDT,1997). No Brasil, a produção anual de tilápia é de 95 mil toneladas, representando 45% dopescado produzido pela aqüicultura continental (IBAMA, 2007).Essa produção é destinada principalmente para exportação (SHELTON, 2002),mercado que exige melhor qualidade e padronização do produto, o<strong>br</strong>igando os produtores<strong>br</strong>asileiros a se adequarem às exigências internacionais. A obtenção de um produto de boaqualidade é diretamente relacionada com o nível de desenvolvimento tecnológico da área,que aliado às características das espécies, ao sistema de produção e ao manejo alimentar enutricional são determinantes no sucesso da atividade (TOYAMA et al., 2000).Outro fator imprescindível à consolidação de uma cadeia agroindustrial naaquicultura é o suprimento de ovos e alevinos de qualidade e em quantidades adequadas.2.2 - A larvicultura e o processo de indução sexual da tilápia do NiloO cultivo de tilápias é geralmente realizado em três fases: larvicultura e alevinagem,crescimento e engorda. A larvicultura e alevinagem de peixes é a fase que compreendedesde a eclosão das larvas até o alevino de tamanho comercial, período que, dentre outrosfatores, pode variar em função da espécie, temperatura e nutrição (MEURER et al., 2005).O mesmo autor relata que durante a larvicultura da tilápia do Nilo, geralmente, érealizado o processo de indução sexual, procedimento padrão no qual o cultivo racional daespécie implica na necessidade de obtenção de indivíduos machos para a engorda, evitandoproblemas provenientes dos gastos energéticos com a cópula e desova, excessopopulacional nos viveiros e, nesta espécie, o macho cresce mais que a fêmea.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 4Estudos para obtenção de indivíduos machos de tilápia, para cultivo, foraminicialmente baseados no processo de hi<strong>br</strong>idização entre várias espécies do gêneroOreochromis. Devido a limitações desse processo surgiu a indução sexual através dautilização de hormônios andrógenos. A técnica, que envolve a adição de esteróides noalimento durante a fase de larvicultura, mostrou ser de fácil aplicação, relativamenteconsistente na produção de populações masculina e poderia ser repetida em diversassituações em cada país pelos agricultores (GUPTA e ACOSTA, 2004).Por outro lado, estudos identificaram que vários fatores têm afetado a taxa de induçãosexual, entre eles o tamanho e a idade das pós-larvas submetida ao tratamento hormonal, aduração do tratamento, fatores ambientais, a dose utilizada do hormônio, a densidade deestocagem, entre outros (PHELPS e POPMA, 2000).Segundo Phelps e Popma (2000), 60 mg/kg de l7-α-metiltestosterona na dieta porperíodos de 2l a 28 dias é capaz de induzir para machos 80 a l00 % de pós-larvas de tilápiado Nilo, com comprimento inferior a 14,0 mm. A densidade de pós-larvas deve ser de3.000 a 5.000 indivíduos/m 3 , para otimizar o uso dos tanques-rede e reduzir a quantidadede alimento natural disponível. O alimento deve apresentar qualidade nutricional epalatabilidade, a fim de assegurar a ingestão da quantidade necessária de hormônio. Érecomendado níveis de proteína <strong>br</strong>uta de 25 a 45 %, além de suplementos vitamínicos eminerais.A influência da idade e do tamanho da larva de O. niloticus na indução sexual foiestudado por Hiott e Phelps (1993), onde os animais receberam 17-α- metiltestosterona nadose de 60 mg/kg por um período de 28 dias e os resultados demonstraram que o tamanhoinicial da larva foi mais importante que a idade para uma maior eficiência da induçãosexual. O uso de larvas com comprimento inferior a 11 mm resultou em 95,7,% de machos


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 5e larvas com comprimento superior a 16 mm em 52,6 %, sugerindo que nas menores adiferenciação sexual ainda não havia ocorrido.2.3 - A relação da densidade e so<strong>br</strong>evivência da tilápia do Nilo no período de induçãosexualCom relação à so<strong>br</strong>evivência dessas pós-larvas, alguns estudos demonstram que podehaver influência da densidade so<strong>br</strong>e esse parâmetro. Vera Cruz e Mair (1994) constataramque o aumento da densidade de estocagem reduz a so<strong>br</strong>evivência final de pós-larvas detilápias submetidas à indução sexual em “hapas” e relataram valores de 92,2; 76,1 e 68,9%de so<strong>br</strong>evivência para densidades de estocagem de 2.000; 6.000 e 10.000 pós-larvas m 3 ,respectivamente. Da mesma forma, Huang e Chiu (1997) observaram maiores taxas deso<strong>br</strong>evivência em menores densidades de estocagem da tilápia.No entanto, essa influência não é um padrão, pois, em alguns estudos, aso<strong>br</strong>evivência não esteve correlacionada com a densidade, como observado por Saes et al.(2007) para tilápia do Nilo durante o período de indução sexual e por Wagner et al. (1997)para trutas Oncorhynchus clarki utah.2.4 - A relação da densidade e do crescimento da tilápia do Nilo no período deindução sexualA taxa de crescimento dos peixes está relacionada a diversos fatores, englobando oambiente de criação, a disponibilidade de alimento e as características da espécie. Destemodo, os índices de crescimento das pós-larvas de tilápias ao final do período de induçãosexual podem variar muito. De acordo com Popma & Lovshin (1994), ao final do períodode indução sexual, o peso médio dos peixes poderá ser de 150 a 800 mg, e a temperatura daágua e a qualidade da ração são os fatores que mais influenciam esta variação.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 6Sabe-se que boas taxas de indução são conseguidas em diferentes densidades. Oefeito da densidade no desenvolvimento das larvas de tilápia foi estudado por Sanches eHayashi (1999), Saes et al. (2007), entre outros, tendo essas o crescimento diminuído como aumento da densidade.Por outro lado, Wagner et al. (1997) não encontraram diferenças significativas para opeso médio final de trutas Oncorhynchus clarki utah cultivadas em diferentes densidades,mas observaram relação indireta entre a densidade e o comprimento médio final.Phelps et al. (1995) estocaram larvas de tilápia em densidades de 260, 200 e 75larvas/m 2 em viveiros, tratadas com dieta contendo 60mg de 17-α- metiltestosterona/kg porum período de 28 dias e produziram alevinos pesando 0,86g, 0,84g e 2,77g,respectivamente, e efetivamente revertidos, nas taxas de 98,2%, 96,75% e 91,33% demachos, respectivamente. Da mesma forma, Vera Cruz e Mair (1994), que estocaramlarvas em altas densidades, nas taxas de 1.000 a 5.000 larvas/m 3 , observaram que oaumento da densidade incrementou a taxa de indução de 91,2% para 99,4% de machos,respectivamente, porém diminuiu o crescimento dos animais. Dessa forma, o que deverádefinir a densidade utilizada é o tamanho do alevino pretendido pelo mercado a que sedeseja atender.Na produção de alevinos em larga escala, o tamanho pretendido bem como auniformidade são de grande importância, pois esses parâmetros refletem diretamente naqualidade e, conseqüentemente, no preço dos exemplares para a venda, desde queapresentem boas taxas de indução (SANCHES e HAYASHI, 1999).Os mesmos autores observaram que o aumento da densidade de estocagem da tilápiado Nilo durante a indução sexual resultou em menor peso e comprimento médios finais econcluíram que duas larvas por litro devem ser usadas quando se objetiva produção de


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 7alevinos maiores, embora densidades maiores possam ser utilizadas, obtendo-se alevinosmenores, porém incrementando a biomassa total.2.5 - A variabilidade de crescimento da tilápia do Nilo durante a indução sexualA tilápia do Nilo é uma espécie de peixe de hábito territorial, apresentando hierarquiade dominância e submissão estabelecida por confrontos agonísticos entre os indivíduos, emque os animais maiores geralmente são dominantes e os menores, submissos. Oestabelecimento e a manutenção desta hierarquia provocam, tanto nos animais dominantescomo nos submissos, uma situação de estresse (estresse social), porém com maiorintensidade nos animais submissos (FERNANDES, 1997). Esse estresse social provocauma variabilidade de crescimento, chamado de crescimento heterogêneo.Os efeitos metabólicos resultantes deste fenômeno são provavelmente maiores emcondições de cativeiro, pois a oportunidade para a fuga é limitada, influenciando odesempenho dos peixes na aqüicultura (MERIGHE et al., 2004). A associação entrevariabilidade de crescimento e comportamento social das espécies foi proposta porYamagashi (1969).Barbosa et al. (2006) observaram que o desenvolvimento da hierarquia dedominância e a competição intra-específicas por alimento são diretamente afetados peladensidade de estocagem, uma vez que a competição alimentar e o estresse, decorrentes dasinterações sociais são próprios do grupamento, onde submissos são os mais afetados(FERNANDES e VOLPATO, 1993).Barbosa et al. (2005) sugerem que o comportamento agressivo como conseqüência deum crescimento diferenciado pode ser modificado ajustando-se as densidades deestocagem, pois o maior número de peixes parece diminuir a agressão e a interação social(BALDISSEROTO, 2002).


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 8Barbosa et al. (2006), ao avaliarem o efeito da heterogeneidade inicial de peso e dadensidade no crescimento heterogêneo em juvenis de tilápia do Nilo observaram que osgrupos estocados a baixas densidades apresentaram, ao final dos 30 dias, baixocrescimento heterogêneo, tanto naqueles estocados com alta variabilidade inicial detamanho quanto nos com baixa variabilidade. Por outro lado, os estocados em altasdensidades apresentaram aumento do crescimento heterogêneo quando estocados combaixa variabilidade inicial de tamanho e manutenção do crescimento heterogêneo quandoestocados com alta variabilidade inicial.Saes et al. (2007) observaram relação indireta entre a densidade de estocagem e ocoeficiente de variação do peso e comprimento para tilápias do Nilo durante a induçãosexual.Além disso, nos modernos sistemas de aqüicultura intensiva, os animais são criadosem altas densidades utilizando grandes quantidades de ração. Sob estas condições,certamente haverá alta concentração de amônia, oriunda das so<strong>br</strong>as de alimento, dosexcrementos ou da excreção, conjuntamente com a diminuição dos níveis de oxigêniodissolvido, devido à intensa utilização pelos organismos e à degradação da matériaorgânica do viveiro. Ambas as situações levam a um ambiente com péssimas condiçõespara o crescimento e desenvolvimento dos peixes, levando-os a um estado de estresse(MASUMOTO et al., 1991 apud ROTTA, 2003). Por tanto, meios para minimizar esseestresse vem sendo buscado.2.6 - O uso de vitamina C na alimentação da tilápia do NiloA Vitamina C ou ácido ascórbico é uma das vitaminas essenciais para os peixes. Noentanto esses animais, assim como vários outros, não conseguem sintetizar essa vitamina,visto que não apresentam a enzima L-gulonolactona oxidase que possibilita a síntese a


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 9partir da glicose. As exigências nutricionais dos peixes por vitamina C são influenciadaspor vários fatores, como idade, tamanho, estado reprodutivo, estresse, entre outros(NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 1993).O ácido ascórbico influencia diretamente o crescimento dos peixes, pois tem funçãoimportante na formação do colágeno, que é o principal componente do esqueleto, sendo,por isso, necessário para o desenvolvimento do organismo. Os peixes têm mostrado altasensibilidade a dietas deficientes em ácido ascórbico, especialmente nos estágios iniciaisde crescimento. É evidente também o envolvimento do ácido ascórbico em várias funçõesbiológicas que, além do crescimento e reprodução, pode-se citar a resposta ao estresse, aresistência a doenças e a oxidação e metabolismo dos lipídios. A suplementação de ácidoascórbico deve ser considerada como uma medida preventiva contra a disfunção biológicae não como um método curativo para doenças ou estresse (ROTTA, 2003).O estresse agudo pode agir sinergicamente com a deficiência em vitamina C parafacilitar a dispersão dos patógenos invasores nos tecidos dos peixes (WEDEMEYER, 1997apud ROTTA, 2003). A vitamina C possui uma função positiva na redução do estresse,sendo que vários fatores tem sido atribuídos a ela quanto à resposta ao estresse nos peixes(ROTTA, 2003).A exigência por ácido ascórbico, assim como para qualquer outra vitamina, parapeixes é expressa como a quantidade de atividade vitamínica necessária por kg de pesovivo por dia, para atingir uma resposta fisiológica específica no organismo. Em qualquernível de resposta, estas exigências são afetadas pelo tamanho do peixe e pelo seu estadofisiológico, como também pelas inter-relações dos nutrientes e fatores ambientais(O’KEEFE, 2001).


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 10Em geral, doses relativamente baixas de vitamina C são suficientes para um bomcrescimento e conversão alimentar, que são as respostas desejadas na criação comercial depeixes. Entretanto, para se obter uma resposta adaptativa máxima, como a resistência adoenças e tolerância ao estresse ambiental, é necessário doses levemente maiores(ROTTA, 2003). Tal estratégia se aplica, so<strong>br</strong>etudo, durante a larvicultura, onde ocorrerápida depleção das reservas de vitamina C durante o desenvolvimento e o metabolismodas larvas, sugerindo que as exigências dessa vitamina nos estágios larvais e pós-larvaissejam maiores. Níveis de exigência de vitamina C que garantam uma taxa de crescimentoadequada podem ser insuficientes para as reações imunológicas e resposta ao estresseambiental (CYRINO et al., 2000).Soliman et al. (1994) determinaram a exigência de 1.250 mg de vitamina C/kg dadieta para ótimo desenvolvimento de tilápias, destacando que esse valor equivale a 420mgpor kg de dieta no momento da ingestão.Toyama et al. (2000), ao estudarem a suplementação de vitamina C em rações paraindução sexual de tilápia do Nilo, observaram que os melhores resultados de ganho de pesoforam obtidos com suplementação acima de 800 mg/kg da dieta, e para comprimento total,níveis acima de 400 mg /kg. Os piores desempenhos aconteceram em níveis abaixo de 50mg/kg. Baseado na combinação de resultados experimentais e nos dados de campo,pesquisadores e indústrias de ração, O’Keefe (2001) recomenda níveis entre 250 e 500 mgda vitamina C por kg de ração para alevinos no momento em que é consumida.Rações para pós-larvas são constituídas de partículas pequenas, geralmente menoresque 0,5 mm, e estão sujeitas a perda de nutrientes por dissolução ou lixiviação na água.Desta forma, a utilização de megadoses de vitaminas hidrossolúveis é altamenterecomendada para compensar eventuais perdas destes nutrientes (KUBITZA, 1999).


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 11O ácido ascórbico é um dos nutrientes cuja estabilidade é mais comprometida, sujeitoa grandes perdas no processo de alimentação de peixes com rações pulverizadas(HALVER, 1989). Para reduzir a possibilidade de ocorrência de problemas comdeficiência de vitamina C na dieta, é recomendada a utilização de suplementação excessivana dieta (SO<strong>LIMA</strong>N et al., 1994). A perda de vitamina C em dieta suplementada com470,0 mg/kg pode chegar a 66,0% após 30 segundos em contato com a água (PANNEVISe EARLE, 1994).Segundo O’Keefe (2001), algumas companhias de suplementos vitamínicosrecomendam a dose de 1.000 mg de vitamina C por kg de ração, sempre que o sistemaimune dos peixes for posto a prova, como ocorre nos manejos de transferência, pesagem,seleção e vacinação. A recomendação é alimentar o peixe com este nível de suplementaçãopor duas a quatro semanas antes da ocorrência do estresse e por, no mínimo, mais duassemanas após a ocorrência do mesmo.Não foram encontrados estudos que relacionem a utilização de vitamina C em dosesmaiores com a diminuição do crescimento heterogêneo em pós-larvas de tilápia do Nilo, deforma que não é possível afirmar que essas doses possam proporcionar aos indivíduos umamaior capacidade de tolerância às condições de estresse impostas pela hierarquia social.Para isso, é necessária a realização de pesquisas a fim de contribuir para um maiorconhecimento so<strong>br</strong>e a exigência nutricional nessa fase de cultivo e sua relação com odesempenho e resistência da tilápia.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 123 - Referência bibliográficaBALDISSEROTO, B. Fisiologia de peixes aplicada à piscicultura. Santa Maria : Editorada Universidade Federal de Santa Maria, 2002. 212p.BARBOSA, J.M.; SILVEIRA, A.M.; GOMIDE, C.A. Crescimento heterogêneo de girinosde rã-touro alimentados com diferentes rações. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.40,n.10, p.1015-1019, 2005.BARBOSA, J.M.; BRUGIOLO, S.S.S.; CAROLSFELD, J.; LEITÃO, S.S. Heterogeneousgrowth fingerlings of the Nile tilápia Oreochromis niloticus: effects of density and initialsize variability. Brazilian Journal of Biology, v. 66, n.2, p.537-541, 2006.CYRINO, J. E. P. Suplementação de vitamina C em rações para reversão sexual da tilápiado-nilo(Oreochromis niloticus). Scientia Agricola, v. 57, n. 2, p.221-228, 2000.DAMBO, W.B.; RANA, S.J. Effect of density on growth and survival of Oreochromisniloticus (L) fry in the hatchery. Aquaculture and Fisheries Management, v. 23, n. 1, p.71-80, 1993.FALCON, D.R.; BARROS, M.M.; PEZZATO, L.E.; VALLE, J.B. Lipídio e vitamina Cem dietas preparatórias de inverno para tilápias-do-nilo. Revista Brasileira de Zootecnia,v.36, n.5, p.1462-1472, 2007 (suplemento).FERNANDES, M.O.; VOLPATO, G. L. . Heterogeneous growth in the Nile tilapia: socialstress and carbohydrate metabolism. Physiology and Behavior, v. 54, n. 2, p. 319-323,1993.FERNANDES, M.O. Estresse social, metabolismo e crescimento em peixes. Botucatu:Universidade Estadual Paulista. 1997. 82p. Tese (Doutorado) - Universidade EstadualPaulista – São paulo.GUPTA, M.V.; ACOSTA, B.O. Tilapia farming: A global review. Network ofAquaculture Centres in Asia-Pacific - Sustainable Aquaculture, 2004. Disponível em:. Acesso em 20 maio 2010.HAYASHI, C.; BOSCOLO, W.G.; SOARES, C.M.; MEURER, F. Exigência de proteínadigestível para larvas de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), durante a ReversãoSexual. Revista Brasileira de Zootecnia, v.31, n.2, p.823-828, 2002 (suplemento).HALVER, J.E. The vitamins. In: HALVER, J.E. (Ed.) Fish nutrition. Washington:Academic Press, 1989. p.31-109.


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<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 15YAMAGASHI, H. Postem<strong>br</strong>yonal growth and its variability of the three fishes with specialreference to the mechanism of growth variation in fishes. Researches on PopulationEcology, v. 11, n.1, p.14-33. 1969.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 164- Artigo científicoArtigo científico a ser encaminhado a Revista Brasileira de Zootecnia.Todas as normas de redação e citação, doravante atendem as estabelecidas pela referidarevista (em anexo).Crescimento de pós-larvas de tilápia-do-nilo em função da densidade e dasuplementação com vitamina C na dietaAdriana Ferreira Lima 1 , José Milton Barbosa 1 , Etevoldo Teotônio de AraújoNeto 1 , Sidney Leite Silva 1RESUMO - Neste experimento avaliou-se o efeito da densidade de estocagem e dasuplementação de vitamina C na dieta so<strong>br</strong>e o crescimento de pós-larvas de tilápia-do-niloOreochromis niloticus, durante a fase de indução sexual. Os indivíduos, mantidos emaquários, foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado e esquema fatorial3x2 nas densidades: 2, 4 e 6 pós-larvas/L e alimentados com ração comercial suplementadacom 500 mg/Kg vitamina C (perfazendo 850 mg/Kg) ou não, isto é, com 350 mg/Kg,contidos na própria ração comercial, configurando os seguintes tratamentos: 2C, 2S, 4C,4S, 6C, 6S (quando os números correspondem às densidades e as letras C=suplementadacom vitamina C e S=sem suplementação). Ao final do experimento foi realizado um testede exposição ao ar para avaliar o efeito da vitamina C na resistência das pós-larvas. Osmelhores pesos finais ocorreram nos tratamentos que receberam dieta suplementada comvitamina C (F (1; 12) = 14,99; p0,05) e noteste de resistência entre os tratamentos (F (5; 12) = 0,89; p>0,05).Palavras-chave: crescimento heterogêneo, estresse, indução sexual, nutrição, Oreochromisniloticus, resistência1 Universidade Federal Rural de Pernambuco; adrianaferlima@hotmail.com


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 17Growth of post-larvae of Nile tilapia as a function of density and vitamin Csupplementation in the dietABSTRACT – With this experiment was analyzed the effect of the factorsstocking’s density and supplementation of vitamin C in diets on growth of post-larvae ofNile tilapia Oreochromis niloticus, during the sexual induction. Individuals weremaintained in aquariums, with arrangement in an entirely randomized design and afactorial scheme 3x2, densities: 2, 4 and 6 post-larvae/L and fed with commercial dietssupplemented with 500 mg/kg vitamin C (totaling 850 mg / kg) or not, that is to say with350 mg/kg, contained in its own commercial feed, configuring the following treatments:2C, 2S, 4C, 4S, 6C, 6S (when the numbers match the density and the letter - C =supplemented with vitamin C and S = no supplementation). At the end of the experimentwas made a test of exposure to air to evaluate the effect of vitamin C on the resistance ofpost-larvae. The best final weights occurred in treatments that received dietarysupplementation with vitamin C (F (1; 12) = 14,99; p0,05) and the resistance test between treatments (F (5; 12) =0,89; p>0,05).Key words: heterogeneous growth, nutrition, Oreochromis niloticus, resistance, sexinduction, stress


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 18IntroduçãoO aumento da produção de tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus no Brasil sugere anecessidade da melhoria nas etapas de produção de alevinos, especialmente quandoaplicada a técnica de indução sexual, com o uso de hormônio masculinizante. De forma adisponibilizar alevinos, em quantidade e qualidade, suficientes para atender a demanda dosetor.A espécie apresenta hábito territorialista, com interações agonísticas entre osindivíduos, resultando na variabilidade de crescimento, que não é interessante para oprocesso produtivo e à comercialização do produto, este fenômeno é reportado na literaturapor crescimento heterogêneo (Volpato et al., 1989; Fernandes & Volpato, 1993; Barbosa &Volpato, 2007).A variabilidade de crescimento nos indivíduos pode ser reduzida através de manejosrealizados durante a fase de crescimento e engorda (Lima, 2008), mas poucos estudosbuscam meios de minimizar o fenômeno durante a indução sexual, visando ofertar alevinosmais homogêneos e com maior valor de mercado.Boas taxas de indução sexual acontecem em diferentes densidades de estocagem,porém já se sabe que quanto maior o adensamento melhor a taxa de indução sexual (VeraCruz & Mair, 1994). O adensamento não influencia apenas nas taxas de indução, mastambém no tamanho final do alevino, numa relação inversamente proporcional (Sanches &Hayashi, 1999; Saes et al., 2007).Estudos para avaliar a variabilidade de crescimento dos alevinos durante a induçãosexual submetidos a diferentes densidades de estocagem precisam ser aprofundados, porémé observado que maiores densidades refletem na exacerbação do estresse nos peixes, o quepode ter efeito secundário so<strong>br</strong>e o crescimento.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 19A deficiência de vitaminas e micronutrientes nas rações tem agravado essa situação.Estudos recentes comprovam que a utilização da vitamina C em níveis adequados temapresentado respostas positivas na redução do estresse, além de influenciar diretamente ocrescimento dos peixes, que têm mostrado alta sensibilidade a dietas deficientes em ácidoascórbico, especialmente nos estágios iniciais de crescimento (Rotta, 2003). Considerandoa rápida perda dessa vitamina quando a ração entra em contato com a água (Pannevis &Earle, 1994) é necessária a utilização de doses maiores da mesma (Kubitza, 1999),so<strong>br</strong>etudo nas rações para pós-larvas, pois as partículas apresentam pequeno tamanho,propiciando maior lixiviação.Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de diferentesdensidades de estocagem aliados à suplementação de vitamina C à dieta comercial nocrescimento de pós-larvas de tilápia-do-nilo no período de indução sexual.Material e MétodosO experimento foi desenvolvido no Departamento de Pesca e Aqüicultura (DEPAq),da Universidade Federal Rural de Pernambuco, entre novem<strong>br</strong>o e dezem<strong>br</strong>o de 2009, comutilização de pós-larvas adquiridas na Estação de Piscicultura Prof. Johei Koike da mesmaUniversidade.O experimento foi realizado através de um delineamento inteiramente casualizado,em esquema fatorial 3 x 2, com três densidades (2, 4, e 6 larvas/ L) e alimentados comração comercial suplementada com 500 mg/Kg vitamina C (perfazendo 850 mg/Kg) ounão, isto é, com 350 mg/Kg, contidos na própria ração comercial, totalizando seistratamentos, com três repetições cada um. As densidades utilizadas estão de acordo com osestudos realizados por Phelps & Popma (2000), Vera Cruz & Mair (1994), Saes et al.(2007) e Sanches & Hayashi (1999).


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 20Foram utilizados 18 aquários, com volume útil de sete litros, em sistema fechado,com aeração individual. Foram selecionadas pós-larvas com tamanho inferior a 14 mm,conforme sugerido por Phelps & Popma (2000), para se obter taxa de indução sexual entre97 e 100%. O período experimental foi de 28 dias, tempo necessário para se completar oprocesso de indução sexual, no qual os indivíduos foram expostos às diferentes densidadese receberam alimentação com diferentes concentrações de vitamina C.No início e ao final do experimento foram tomados os pesos dos indivíduos, paradeterminação do peso médio e do coeficiente de variação (CV=desvio padrão/média dopeso ou comprimento x 100), utilizado como indicador do crescimento heterogêneo. Osexemplares foram pesados e mensurados individualmente. Utilizou-se balança digital comprecisão de quatro casas decimais. Para acompanhamento do ganho de peso ao longo doexperimento, foram realizadas pesagens em grupos de indivíduos para cada parcelaexperimental no 9 o e 18 o dia.As variáveis limnológicas: oxigênio, pH, amônia foram monitorados semanalmente etemperatura diariamente. Os aquários foram sifonados diariamente, para remoção dedetritos e excretas, e a quantidade de água retirada, cerca de 30%, do volume total, foireposta.Os animais foram alimentados ad libitum em seis porções diárias (8, 10, 12, 14, 16 e18h), com utilização de ração comercial farelada para alevinos, acrescidas de 60 mg/kg deração dohormônio masculinizante 17-α-metil testosterona, conforme metodologiaproposta por Phelps & Popma (2000).Para se obter a concentração final de 850mg de vitamina C na dieta suplementada,foi utilizada a suplementação de 500mg de vitamina C por Kg da ração comercial, que,segundo o fa<strong>br</strong>icante, contém 350 mg de vitamina C em sua composição original.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 21Para inclusão da vitamina na ração comercial foi utilizado como veículo óleo de sojana proporção de 1%, segundo metodologia descrita por Okamura et al. (2007), queobservaram atuação do óleo protegendo e aderindo a vitamina C à ração por temposuficiente para o seu consumo. A ração foi mantida sob refrigeração e em recipienteescuro. A mesma quantidade de óleo de soja foi acrescida à ração sem adição de vitamina,afim de que as pós-larvas recebam dieta com mesma composição lipídica. Foi realizadaanálise <strong>br</strong>omatológica da ração, objetivando-se avaliar a composição final da mesma(Tabela 1).Tabela 1 - Composição em nutrientes das rações utilizadas na alimentação das pós-larvasde tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus no período de indução sexual.NutrientesDieta350 mg Vit. C 850 mg Vit. CProteína Bruta (%) 45,04 44,96Extrato Etéreo (%) 10,25 9,99Matéria Mineral (%) 8,25 8,29Matéria Seca (%) 94,43 94,59Energia Bruta (Kcal/Kg) 4685,92 4568,67*Análises realizadas no LNA/DZO/UFRPEPara avaliação da resistência das pós-larvas foi realizado um teste de exposição ao arso<strong>br</strong>e papel secante conforme Luz (2005). Os animais foram retirados dos aquários,colocados em papel secante e expostos ao ar por 5 minutos. Posteriormente, o papelsecante foi mergulhado de volta nos aquários e as pós-larvas que permaneceram aderidasforam cuidadosamente retiradas. A so<strong>br</strong>evivência foi observada duas e 24 horas após aexposição.Para análise estatística, foi utilizado ANOVA para esquema fatorial 3x2complementada com o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 22Resultados e DiscussãoA concentração de oxigênio dissolvido na água (6,17±0,99 mg/L), a temperatura(26,53±0,14ºC), o pH (7,33±0,13) e a amônia total (1,30±0,88 mg/L) não apresentaramgrandes variações e mantiveram-se dentro dos padrões aceitáveis para a espécie de acordocom Popma & Lovshin (1994), o que sugere a não influência destas variáveis so<strong>br</strong>e osresultados obtidos no experimento.A suplementação da dieta com 850mg/Kg de vitamina C foi utilizada seguindoToyama et al. (2000) que explicita que valores acima de 800mg/Kg de vitamina C na dietaproporcionam melhores resultados para ganho de peso, comprimento total e so<strong>br</strong>evivência.Essa suplementação se respalda também na necessidade da utilização de doses elevadas devitamina C na dieta, o que proporciona maior tolerância dos peixes ao estresse. Ademais, avitamina C se perde rapidamente na água, so<strong>br</strong>etudo em rações pulverizadas (Kubitza,1999; Halver, 1989; Rotta, 2003; Cyrino et al., 2004).Com respeito ao crescimento, no início do experimento, os peixes apresentavampesos similares, mas a partir dos nove dias de experimento, foram observadas diferençassignificativa entre os pesos (F (5; 12) = 5,02; p


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 23*Letras iguais na linha não diferem significativamente (F (5; 12) = 5,02;p0,05).


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 24A pouca influência da suplementação de vitamina C na dieta nos primeiros dias podeestar relacionado à transferência de nutrientes, inclusive ácido ascórbico, dos reprodutorespara larvas, via vitelo, o que assegura reservas para as larvas nos estágios iniciais de vida,relação estudada por Soliman et al. (1986) e Izquierdo et al. (2001), que relataram que amelhora na alimentação e nutrição de reprodutores tem apresentado uma melhora não sónos ovos e espermatozóides como também nos indivíduos produzidos.Ao final do experimento observou-se que o grupo de animais alimentados com dietasuplementada com vitamina C apresentaram ganho de peso superior (F (1; 12) = 14,99;p


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 25Tabela 4 - Efeito da interação entre densidade de estocagem e suplementação de vitaminaC na dieta na so<strong>br</strong>evivência (%) e coeficiente de variação (CV) do peso (%) da tilápia-doniloOreochromis niloticus no período de indução sexual.So<strong>br</strong>evivência(%)Tratamento2C 2S 4C 4S 6C 6S33,33 ab 26,19 b 60,71 ab 46,43 ab 65,87 a 58,73 abCV peso (%) 68,98 a 69,63 a 58,85 a 98,80 a 82,15 a 75,68 a*Letras iguais na linha não diferem significativamente (p>0,05). Nos tratamentos, anumeração (2, 4 e 6) corresponde a densidade ( larvas/L) e as letras C e S correspondema dieta com e sem suplementação de vitamina C na dieta, respectivamente.O efeito inversamente proporcional da densidade so<strong>br</strong>e o crescimento de peixes,observado no presente experimento, foi observado também por diversos autores, comoHuang & Chiu (1997) e Dambo & Rana (1993), em alevinos de tilápia; Brandão et al.(2004) em juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) estocadas em tanques-rede;Souza-Filho & Cerqueira (2003), em juvenis de robalo-flecha (Centropomus undecimalis);Almeida & Nuñer (2009), em juvenis de mandi-amarelo (Pimelodus maculatus) e Soares etal. (2002), em larvas de peixe-dourado (Carassius auratus).


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 26Tabela 5 - Influência dos fatores densidade e suplementação de vitamina C na dieta so<strong>br</strong>e aso<strong>br</strong>evivência (%) de pós-larvas de tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus no período deindução sexual.So<strong>br</strong>evivência (%)Suplementação de Com 53,31 avitamina C Sem 43,78 a2 29,76 bDensidade (Póslarvas/L)4 53,57 a6 62,30 a*Letras iguais na coluna não diferem significativamente (p>0,05).A so<strong>br</strong>evivência dos peixes não foi afetada pela suplementação de vitamina C (F (1; 12)= 2,39, p>0,05) e apresentou uma relação direta com o fator densidade (F (2; 15) = 10,18,p


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 27de pirarucu (Cavero et al. 2003) e juvenis de robalo-flecha (Souza-Filho & Cerqueira,2003).Sanches & Hayashi (1999) também não observaram relação entre a variabilidade decrescimento e densidade para tilápia-do-nilo durante a fase de indução sexual. Estesautores afirmam ainda que o crescimento desigual é um agravante na larvicultura de tilápiaque, em níveis altos, traz como conseqüência o canibalismo, causa da maior parte damortalidade, pois foram observadas baixa mortalidade aparente. No presente experimento,o canibalismo pode ter sido também responsável pela maior parte da mortalidade, uma vezque foi observada baixa mortalidade aparente e alta taxa de crescimento heterogêneo emtodos os tratamentos, o que resulta em grandes diferenças de tamanho entre os indivíduosdominantes e submissos, facilitando o canibalismo. A variabilidade de crescimento pode,ainda, ter influenciado na maior mortalidade nos tratamentos com menores densidades,uma vez que possibilitava maior oportunidade de interação entre os indivíduos.Quando se analisou a resistência dos animais, não foram encontradas diferençassignificativas entre os tratamentos para os fatores analisados em conjunto (F (5; 12) = 0,89;p>0,05) ou para o fator suplementação de vitamina C, isolado (F (1; 12) = 0,03; p>0,05)(Tabela 6), o que corrobora com os resultados de Sakakura et al. (1998) para juvenis deSeriola quinqueradiata alimentados com dieta contendo diferentes níveis de vitamina C (0,400, 1000 e 2000 mg/kg dieta) e Atencio Garcia et al. (2003), para larvas de Bryconsiebenthalae alimentadas com náuplios de artêmia e larvas de pirapitinga.Luz (2004), avaliando a resistência de larvas e juvenis de trairão (Hoplias lacerdae)submetidos a teste de exposição ao ar por 3 minutos não encontrou diferença significativaentre indivíduos de diferentes idades. Ele observou que tratamentos com exposição ao arinferior a sete minutos não são suficientes para induzir respostas diferenciadas nos animais,fator que pode ter influenciado no resultado do presente estudo.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 28Tabela 6 - Influência dos fatores densidade e suplementação de vitamina C na dieta e dainteração entre eles na mortalidade de tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus submetidas ateste de resistência à exposição ao ar em papel secante por 5 minutos.Tratamento Mortalidade (%) Fator Mortalidade (%)2C 96,97 a Suplementação Com 77,40 a2S 97,23 a de vitamina C Sem 76,89 a4C 63,43 a 2 97,1 b4S 78,43 a Densidade4 70,93 ab6C 71,8 a (Pós-larvas/L)6 63,40 a6S55,0 a*Letras iguais na coluna não diferem significativamente (p>0,05).Porém, quando foi analisado apenas o efeito da densidade, ocorreu diferença entre ostratamentos, com a melhor resistência nas maiores densidades (F (2; 12) = 4,42; p


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 29e, portanto, menor tempo para se obter a so<strong>br</strong>evivência final dessa espécie quandosubmetida a testes de resistência, como o de exposição ao ar.ConclusãoA densidade afeta o crescimento em peso da tilápia ao longo da indução sexualenquanto a suplementação de vitamina C na dieta influencia o peso apenas no final doperíodo de indução sexual.A interação entre a suplementação de vitamina C na dieta e a densidade de estocagemnão afeta a variabilidade de crescimento e a resistência ao estresse no período de induçãosexual.AgradecimentosAo CNPq pela bolsa concedida à primeira autora do artigo e ao LNA/DZO/UFRPEpelas análises realizadas.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 30ReferênciasALMEIDA, S.C.A; NUÑER, A.P.O. Crescimento de Pimelodus maculatus(Actinopterygii, Pimelodidae) estocados em diferentes densidades em tanques-rede.Revista Biotemas, v. 22, n. 3, p. 113-119, 2009.ATENCIO-GARCÍA, V.; ZANIBONI-FILHO, E.; PARDO-CARRASCO, S. et al.Influência da primeira alimentação na larvicultura e alevinagem do yamú Bryconsiebenthalae (Characidae). Acta Scientiarum Animal Sciences, v. 25, n. 1, p. 61-72,2003.BARBOSA, J.M.; VOLPATO, G.L. Chemical modulation on heterogeneous growth inProchilodus lineatus (Valenciennes, 1847) (Pisces; Characiformes). Brazilian Journalof Biology. v. 67, n.1, p. 147-151, 2007.BRANDÃO, F.R.; GOMES, L.C.; CHAGAS, E.C. et al.. Densidade de estocagem dejuvenis de tambaqui durante a recria em tanques-rede. Pesquisa AgropecuáriaBrasileira, v. 39, n. 4, p. 357-362, 2004.BRANDÃO, F.R.; GOMES, L.C.; CHAGAS, E.C. et al. Densidade de estocagem dematrinxã (Brycon amazonicus) na recria em tanque-rede. Pesquisa AgropecuáriaBrasileira, v. 40, n. 3, p. 299-303, 2005.CARRARO, F.G.; BARBOSA, J.M.; PONZI JÚNIOR, M.; MENDONÇA, I.T.Crescimento e sua variação: Controle social so<strong>br</strong>e o efeito da densidade em Tambaqui(Colossoma macropomum, Cuvier, 1816) e Tilápia (Oreochromis niloticus, Linnaeus,1758). In: CONGRESO IBEROAMERICANO VIRTUAL DE ACUICULTURA, 4.,2006.Virtual. Anais... 2006. Comunicación Científica - CIVA 2006(http://www.civa2006.org), p. 1-9.CAVERO, B.A.S.; PEREIRA-FILHO, M.; ROUBACH, R. et al. Efeito da densidade deestocagem na homogeneidade do crescimento de juvenis de pirarucu em ambienteconfinado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 38, n. 1, p. 103-107, 2003.CYRINO, J.E.P.; URBINATI, E.C.; FRACALOSSI, D.M. et al. Tópicos Especiais emPiscicultura de Água Doce Tropical Intensiva. São Paulo: Tecart, 2004. 533p.DAMBO, W.B.; RANA, S.J. Effect of density on growth and survival of Oreochromisniloticus (L) fry in the hatchery. Aquaculture and Fisheries Management, v. 23, n.1, p. 71-80, 1993.FERNANDES, M. O.; VOLPATO, G. L. Heterogeneous growth in the Nile tilapia: socialstress and carbohydrate metabolism. Physiology and Behavior, v. 54, n. 2, p. 319-323, 1993.HALVER, J.E. The vitamins. In: HALVER, J.E. (Ed.) Fish nutrition. Washington:Academic Press, 1989. p.31-109.HUANG, W.B.; CHIU, T.S. Effects of stocking density on survival, growth, size variation,and production of tilapia fry. Aquaculture Research, v. 28, n. 3, p. 165-173, 1997.IZQUIERDO, M.S.; FERNÁNDEZ-PALACIOSA, H.; TACONB, A.G.J. Effect of<strong>br</strong>oodstock nutrition on reproductive performance of fish. Aquaculture, v. 197, n. 1-4,p. 25-42, 2001.KUBITZA, F. Nutrição e alimentação dos peixes cultivados. 3. ed. rev. e ampl. Jundiaí:F. Kubitza, 1999. 123 p.<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento Heterogêneo em tilápias cultivadas em tanques-rede esubmetidas a classificações periódicas. Revista Brasileira de Engenharia de Pesca,v.3, ed. esp., p. 98-101, 2008.LUZ, R.K. Aspectos da larvicultura do trairão Hoplias lacerdae: manejo alimentar,densidade de estocagem e teste de exposição ao ar. 2004. 120f. Tese (Doutorado emAquicultura) - Centro de Aquicultura/Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 31LUZ, R.K.; PORTELLA, M.C. Tolerance to the Air Exposition Test of Hoplias lacerdaeLarvae and Juvenile during Its Initial Development. Brazilian Archives of Biologyand Technology, v. 48, n. 4, 567-573, 2005.OKAMURA, D.; ARAÚJO, F.G.; LOGATO, P.V.R. et al. Efeito da vitamina C so<strong>br</strong>e ohematócrito e glicemia de alevinos de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) emtransporte simulado. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.59, n. 4, p. 883-888, 2007.PANNEVIS, M. C,; EARLE, E. K. Nutrition of ornamental fish: water soluble vitaminleaching and growth of Paracheirodon innesa. Journal of nutrition, v. 12, n. 4, p.2633-2635, 1994.PHELPS, R.P.; POPMA, T. J. Sex reversal of tilapia. In: Costa-Pierce, B.A.; Rakocy, J.E.(Eds.) Tilapia Aquaculture in the Americas. v. 2. Louisiana, United States: TheWorld Aquaculture Society, 2000. p. 34–59.POPMA, T.J.; LOVSHIN, L.L. Worldwide prospects for commercial production oftilapia. Auburn: Auburn University, 1994. 40p.ROTTA, M.A. Utilização do ácido ascórbico (vitamina C) pelos peixes. Brasília:Em<strong>br</strong>apa, 2003 (Documento 49). 54p.SAES, L.A.; TACHIBANA, L.; LEONARDO, A.F.G. et al. Densidade de estocagemdurante a fase de reversão sexual da tilápia-do-nilo. In: SEMINÁRIO DE INICIAÇÃOCIENTÍFICA DO INSTITUTO DE PESCA, 2., 2007. São Paulo. Anais... São Paulo:Instituto e Pesca, 2007. p. 20.SAKAKURA, Y.; KOSHIO, S.; IIDA,Y. et al. Dietary vitamin C improves the quality ofyellowtail (Seriola quinqueradiata) seedlings. Aquaculture, v. 161, n. 1-4, p. 427-436, 1998.SANCHES, L. E. F.; HAYASHI, C. Densidade de estocagem no desempenho de larvas detilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus L.), durante a reversão sexual. ActaScientiarum, v.21, n.3, p. 610-625, 1999.SOARES, C.M.; HAYASHI, C.; MEURER, F. et al. Efeito da densidade de estocagem doquinguio, Carassius auratus L., 1758 (Osteichthyes, Cyprinidae), em suas fasesiniciais de desenvolvimento. Acta Scientiarum, v. 24, n. 2, p. 527-532, 2002.SO<strong>LIMA</strong>N, A.K.; JAUNCEY, K.; ROBERTS, R.J. The effect of dietary ascorbic acidsupplementation on hatchability, survival rate and fry performance in Oreochromismossambicus (Peters). Aquaculture, v. 59, n. 3-4, p. 197-208, 1986.SOUZA-FILHO, J.J.; CERQUEIRA, V.R. Influência da densidade de estocagem nocultivo de juvenis de robalo-flecha mantidos em laboratório . Pesquisa AgropecuáriaBrasileira, v. 38, n. 11, p. 1317-1322, 2003.TOYAMA, G. N.; CORRENTE, J. E. ; CYRINO, J. E. P. Suplementação de vitamina Cem rações para reversão sexual da tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). ScientiaAgricola, v. 57, n. 2, p. 221-228, 2000.VERA CRUZ, E.M.; MAIR, G.C. Conditions for effective androgen sex reversal inOreochromis niloticus (L). Aquaculture, v.122, n. 2-3, p. 237-248, 1994.VOLPATO, G.L.; FRIOLI, P.M.A.; CARRIERI, M.P. Heterogeneous growth in fishes:some new data in the Nile tilapia (Oreochromis niloticus) and a general view about thecausal mechanisms. Boletim de Fisiologia Animal, v. 13, p.7-22, 1989.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 324. 1 - Normas da Revista Brasileira de ZootecniaNormas para preparação de trabalhos científicos para publicação na RevistaBrasileira de Zootecnia.Instruções geraisA RBZ publica artigos científicos originais nas áreas de Aquicultura;Forragicultura; Melhoramento, Genética e Reprodução; Monogástricos; Ruminantes; eSistemas de Produção Animal e Agronegócio. A RBZ poderá publicar, a convite, artigosde revisão de assuntos de interesse e relevância para a comunidade científica.O envio dos manuscritos é feito exclusivamente pelo site da SBZ(http://www.sbz.org.<strong>br</strong>), link Revista, juntamente com a carta de encaminhamento,conforme instruções no link "Envie seu manuscrito". O texto deve ser elaborado segundoas normas da RBZ e orientações disponíveis no link "Instruções aos autores".O pagamento da taxa de tramitação (pré-requisito para emissão do número deprotocolo), no valor de R$ 45,00 (quarenta e cinco reais), deve ser realizado por meio deboleto bancário, disponível no site da SBZ.A taxa de publicação para 2010 é diferenciada para associados e não-associados daSBZ. Para associados, a taxa é de R$ 140,00 (até 8 páginas no formato final) e R$ 50,00para cada página excedente. Uma vez aprovado o manuscrito, todos os autores devem estarem dia com a anuidade da SBZ do ano corrente, exceto coautor que não milita na área,desde que não seja o primeiro autor e que não publique mais de um artigo no ano corrente(reincidência).Para não-associados, serão co<strong>br</strong>ados R$ 110,00 por página (até 8 páginas noformato final) e R$ 220,00 para cada página excedente. No processo de publicação, osartigos são avaliados por revisores ad hoc indicados pelo Conselho Científico, compostopor profissionais qualificados na área e coordenados pelo Conselho Editorial da RBZ. Apolítica editorial da RBZ consiste em manter o alto padrão científico das publicações, porintermédio de colaboradores de elevado nível técnico. O Editor-Chefe e o ConselhoCientífico, em casos especiais, têm autonomia para decidir so<strong>br</strong>e a publicação do artigo.Idioma: português ou inglêsFormatação de texto


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 33O texto deve ser digitado em fonte Times New Roman 12, espaço duplo (excetoResumo, Abstract e Tabelas, que devem ser elaborados em espaço 1,5), margens superior,inferior, esquerda e direita de 2,5; 2,5; 3,5; e 2,5 cm, respectivamente.O manuscrito pode conter até 25 páginas. As linhas devem ser numeradas daseguinte forma: Menu ARQUIVO/ CONFIGURAR PÁGINA/LAYOUT/NÚMEROS DELINHA.../ NUMERAR LINHAS e a paginação deve ser contínua, em algarismos arábicos,centralizada no rodapé.Estrutura do artigoO artigo deve ser dividido em seções com título centralizado, em negrito, naseguinte ordem: Resumo, Abstract, Introdução, Material e Métodos, Resultados eDiscussão, Conclusões, Agradecimentos (opcional) e Referências.Não são aceitos subtítulos. Os parágrafos devem iniciar a 1,0 cm da margemesquerda.TítuloDeve ser preciso, sucinto e informativo, com 20 palavras no máximo. Digitá-lo emnegrito e centralizado, segundo o exemplo: Valor nutritivo da cana-de-açúcar para bovinosem crescimento. Deve apresentar a chamada "1" somente quando a pesquisa foi financiada.Não citar "parte da tese..."AutoresA RBZ permite até oito autores. A primeira letra de cada nome/so<strong>br</strong>enome deve sermaiúscula (Ex.: Anacleto José Benevenutto). Não listá-los apenas com as iniciais e oúltimo so<strong>br</strong>enome (Ex.: A.J. Benevenutto). Digitar o nome dos autores separados porvírgula, centralizado e em negrito, com chamadas de rodapé numeradas e em so<strong>br</strong>escrito,indicando apenas a instituição à qual estavam vinculados à época de realização da pesquisa(instituição de origem), e não a atual. Não citar vínculo empregatício, profissão e titulaçãodos autores. Informar o endereço eletrônico somente do responsável pelo artigo.ResumoDeve conter no máximo 1.800 caracteres com espaços. As informações do resumodevem ser precisas e informativas. Resumos extensos serão devolvidos para adequação àsnormas. Deve sumarizar objetivos, material e métodos, resultados e conclusões. Não deveconter introdução. Referências bibliográficas nunca devem ser citadas no resumo. O textodeve ser justificado e digitado em parágrafo único e espaço 1,5, começando por RESUMO,iniciado a 1,0 cm da margem esquerda.Abstract


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 34Deve aparecer o<strong>br</strong>igatoriamente na segunda página e ser redigido em inglêscientífico, evitando-se traduções de aplicativos comerciais. O texto deve ser justificado edigitado em espaço 1,5, começando por ABSTRACT, em parágrafo único, iniciado a 1,0cm da margem esquerda.Palavras-chave e Key WordsApresentar até seis (6) palavras-chave e key words imediatamente após o resumo eabstract, respectivamente, em ordem alfabética. Devem ser elaboradas de modo que otrabalho seja rapidamente resgatado nas pesquisas bibliográficas. Não podem ser retiradasdo título do artigo. Digitá-las em letras minúsculas, com alinhamento justificado eseparadas por vírgulas. Não devem conter ponto-final.IntroduçãoDeve conter no máximo 2.500 caracteres com espaços, resumindo acontextualização <strong>br</strong>eve do assunto, as justificativas para a realização da pesquisa e osobjetivos do trabalho. Evitar discussão da literatura na introdução. A comparação dehipóteses e resultados deve ser feita na discussão. Trabalhos com introdução extensa serãodevolvidos para adequação às normas.Material e MétodosSe for pertinente, descrever no início da seção que o trabalho foi conduzido deacordo com as normas éticas e aprovado pela Comissão de Ética e Biosegurança dainstituição. Descrição clara e com referência específica original para todos osprocedimentos biológicos, analíticos e estatísticos. Todas as modificações deprocedimentos devem ser explicadas.Resultados e DiscussãoOs resultados devem ser combinados com discussão. Dados suficientes, todos comalgum índice de variação, devem ser apresentados para permitir ao leitor a interpretaçãodos resultados do experimento. A discussão deve interpretar clara e concisamente osresultados e integrar resultados de literatura com os da pesquisa para proporcionar ao leitoruma base ampla na qual possa aceitar ou rejeitar as hipóteses testadas. Evitar parágrafossoltos e citações pouco relacionadas ao assunto.ConclusõesDevem ser redigidas no presente do indicativo, em parágrafo único e conter nomáximo 1.000 caracteres com espaço. Não devem ser repetição de resultados. Devem serdirigidas aos leitores que não são necessariamente profissionais ligados à ciência animal.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 35Devem resumir claramente, sem a<strong>br</strong>eviações ou citações, o que os resultados da pesquisaconcluem para a ciência animal.AgradecimentosEsta seção é opcional. Deve iniciar logo após as Conclusões.A<strong>br</strong>eviaturas, símbolos e unidadesA<strong>br</strong>eviaturas, símbolos e unidades devem ser listados conforme indicado na páginada RBZ, link "Instruções aos autores", "A<strong>br</strong>eviaturas". Deve-se evitar o uso de a<strong>br</strong>eviaçõesnão-consagradas, como por exemplo: "o T3 foi maior que o T4, que não diferiu do T5 e doT6". Este tipo de redação é muito cômoda para o autor, mas é de difícil compreensão parao leitor.Tabelas e FigurasÉ imprescindível que todas as tabelas sejam digitadas segundo menu do Word"Inserir Tabela", em células distintas (não serão aceitas tabelas com valores separados pelorecurso ENTER ou coladas como figura). Tabelas e figuras enviadas fora de normas serãodevolvidas para adequação. Devem ser numeradas sequencialmente em algarismosarábicos e apresentadas logo após a chamada no texto. O título das tabelas e figuras deveser curto e informativo, evitando a descrição das variáveis constantes no corpo da tabela.Nos gráficos, as designações das variáveis dos eixos X e Y devem ter iniciaismaiúsculas e unidades entre parênteses. Figuras não-originais devem conter, após o título,a fonte de onde foram extraídas, que deve ser referenciada. As unidades, a fonte (TimesNew Roman) e o corpo das letras em todas as figuras devem ser padronizados. Os pontosdas curvas devem ser representados por marcadores contrastantes, como círculo, quadrado,triângulo ou losango (cheios ou vazios). As curvas devem ser identificadas na própriafigura, evitando o excesso de informações que comprometa o entendimento do gráfico.As figuras devem ser gravadas nos programas Word, Excel ou Corel Draw(extensão CDR), para possibilitar a edição e possíveis correções. Usar linhas com nomínimo 3/4 ponto de espessura. As figuras deverão ser exclusivamente monocromáticas.Não usar negrito nas figuras.Os números decimais apresentados no interior das tabelas e figuras devem contervírgula, e não ponto.Citações no textoAs citações de autores no texto são em letras minúsculas, seguidas do ano depublicação. Quando houver dois autores, usar & (e comercial) e, no caso de três ou maisautores, citar apenas o so<strong>br</strong>enome do primeiro, seguido de et al.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 36Comunicação pessoal (ABNT-NBR 10520).Não fazem parte da lista de referências, por isso são colocadas apenas em nota derodapé. Coloca-se o so<strong>br</strong>enome do autor seguido da expressão “comunicação pessoal”, adata da comunicação, o nome, estado e país da instituição à qual o autor é vinculado.ReferênciasBaseia-se na Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (NBR 6023).As referências devem ser redigidas em página separada e ordenadasalfabeticamente pelo(s) so<strong>br</strong>enome(s) do(s) autor(es). Digitá-las em espaço simples,alinhamento justificado e recuo até a terceira letra a partir da segunda linha da referência.Para formatá-las, siga as seguintes instruções:No menu FORMATAR, escolha a opção PARÁGRAFO... RECUO ESPECIAL,opção DESLOCAMENTO... 0,6 cm. Em o<strong>br</strong>as com dois e três autores, mencionam-se osautores separados por ponto-e-vírgula e, naquelas com mais de três autores, os trêsprimeiros vêm seguidos de et al. As iniciais dos autores não podem conter espaços. Otermo et al. não deve ser italizado nem precedido de vírgula.Indica(m)-se o(s) autor(es) com entrada pelo último so<strong>br</strong>enome seguido do(s)prenome(s) a<strong>br</strong>eviado (s), exceto para nomes de origem espanhola, em que entram os doisúltimos so<strong>br</strong>enomes.O recurso tipográfico utilizado para destacar o elemento título é negrito e, para osnomes científicos, itálico. No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome doestado (ex.: Viçosa, MG; Viçosa, AL; Viçosa, RJ).O<strong>br</strong>as de responsabilidade de uma entidade coletivaA entidade é tida como autora e deve ser escrita por extenso, acompanhada por suarespectiva a<strong>br</strong>eviatura. No texto, é citada somente a a<strong>br</strong>eviatura correspondente. Quando aeditora é a mesma instituição responsável pela autoria e já tiver sido mencionada, não éindicada.ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY - AOAC. Officialmethods of analysis. 16.ed. Arlington: AOAC International, 1995. 1025p.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV. Sistema de análisesestatísticas e genéticas - SAEG. Versão 8.0. Viçosa, MG, 2000. 142p.Livros e capítulos de livroOs elementos essenciais são: autor(es), título e subtítulo (se houver), seguidos daexpressão "In:", e da referência completa como um todo. No final da referência, deve-seinformar a paginação.


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 37Quando a editora não é identificada, deve-se indicar a expressão sine nomine,a<strong>br</strong>eviada, entre colchetes [s.n.].Quando o editor e local não puderem ser indicados na publicação, utilizam-seambas as expressões, a<strong>br</strong>eviadas, e entre colchetes [S.I.: s.n.].LINDHAL, I.L. Nutrición y alimentación de las ca<strong>br</strong>as. In: CHURCH, D.C. (Ed.)Fisiologia digestiva y nutrición de los ruminantes. 3.ed. Zaragoza: Acríbia, 1974. p.425-434.NEWMANN, A.L.; SNAPP, R.R. Beef cattle. 7.ed. New York: John Wiley, 1997.883p.Teses e DissertaçõesRecomenda-se não citar teses e dissertações, procurando referenciar sempre osartigos publicados na íntegra em periódicos indexados. Excepcionalmente, se necessário,citar os seguintes elementos: autor, título, ano, página, nível e área do programa de pósgraduação,universidade e local.CASTRO, F.B. Avaliação do processo de digestão do bagaço de cana-de-açúcarauto-hidrolisado em bovinos. 1989. 123f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - EscolaSuperior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/ Universidade de São Paulo, Piracicaba.SOUZA, X.R. Características de carcaça, qualidade de carne e composiçãolipídica de frangos de corte criados em sistemas de produção caipira e convencional.2004. 334f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal de Lavras, Lavras.Boletins e relatóriosBOWMAN,V.A. Palatability of animal, vegetable and blended fats by equine.(S.L.): Virgínia Polytechnic Institute and State University, 1979. p.133-141 (Researchdivision report, 175).ArtigosO nome do periódico deve ser escrito por extenso. Com vistas à padronização destetipo de referência, não é necessário citar o local; somente volume, número, intervalo depáginas e ano.MENEZES, L.F.G.; RESTLE, J.; BRONDANI, I.L. et al. Distribuição de gordurasinternas e de descarte e componentes externos do corpo de novilhos de gerações avançadasdo cruzamento rotativo entre as raças Charolês e Nelore. Revista Brasileira de Zootecnia,v.38, n.2, p.338-345, 2009.Congressos, reuniões, seminários etc


<strong>LIMA</strong>, A. F. Crescimento de pós-larvas de tilápia do Nilo em função da densidade e ... 38Citar o mínimo de trabalhos publicados em forma de resumo, procurando semprereferenciar os artigos publicados na íntegra em periódicos indexados.CASACCIA, J.L.; PIRES, C.C.; RESTLE, J. Confinamento de bovinos inteiros oucastrados de diferentes grupos genéticos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADEBRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 30., 1993, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro:Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1993. p.468.EUCLIDES, V.P.B.; MACEDO, M.C.M.; OLIVEIRA, M.P. Avaliação decultivares de Panicum maximum em pastejo. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADEBRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 36., 1999, Porto Alegre. Anais... São Paulo: SociedadeBrasileira de Zootecnia/Gmosis, [1999]. (CD-ROM).Artigo e/ou matéria em meios eletrônicosNa citação de material bibliográfico obtido via internet, o autor deve procurarsempre usar artigos assinados, sendo também sua função decidir quais fontes têmrealmente credibilidade e confiabilidade.Quando se tratar de o<strong>br</strong>as consultadas on-line, são essenciais as informações so<strong>br</strong>eo endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão "Disponívelem:" e a data de acesso do documento, precedida da expressão "Acesso em:".NGUYEN, T.H.N.; NGUYEN, V.H.; NGUYEN, T.N. et al. [2003]. Effect ofdrenching with cooking oil on performance of local yellow cattle fed rice straw andcassava foliage. Livestock Research for Rural Development, v.15, n.7, 2003. Disponívelem: Acesso em: 28/7/2005.REBOLLAR, P.G.; BLAS, C. [2002]. Digestión de la soja integral en rumiantes.Disponível em: Acesso em: 12/10/2002.SILVA, R.N.; OLIVEIRA, R. [1996]. Os limites pedagógicos do paradigma daqualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe,4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: Universidade Federal do Pernanbuco, 1996.Disponível em: Acesso em: 21/1/1997.

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