11.07.2015 Views

Biofísica da fonação, Produção de som em animais (ex ... - Univap

Biofísica da fonação, Produção de som em animais (ex ... - Univap

Biofísica da fonação, Produção de som em animais (ex ... - Univap

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Biofísica <strong>da</strong> fonaçãoIntroduçãoA fala e o canto são os meios <strong>de</strong> comunicação mais evoluídos <strong>de</strong> que dispõe o hom<strong>em</strong>.Através <strong>de</strong>ssas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, as i<strong>de</strong>ias, as informações e as sensações po<strong>de</strong>m ser <strong>ex</strong>pressa<strong>da</strong>s.Avoz humana <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penha papel fun<strong>da</strong>mental na integração do hom<strong>em</strong> como ser social.Doponto <strong>de</strong> vista médico,além dos sons articulados <strong>da</strong> fala e do canto,muito interessa os sonsque não estão relacionados à lingüística, tal qual o riso,a tosse,o choro,o grito ,o g<strong>em</strong>ido,osuspiro , o balbuciar,os estalos com a língua,o bocejo, o ronco,o espirro,etc.O aparelho fonador no hom<strong>em</strong> é composto por: fossas nasais, boca e an<strong>ex</strong>os, úvula, faringe,laringe,traquéia,brônquios, bronquíolos,pulmões,músculos <strong>da</strong> pare<strong>de</strong>torácica,diafragma,músculos abdominais,centros nervosos coor<strong>de</strong>nadores <strong>da</strong> fala e do canto ecentros nervosos responsáveis pelo controle <strong>da</strong> respiração.A fonação envolve centros <strong>de</strong> controle específicos <strong>da</strong> fala no córt<strong>ex</strong> cerebral,funçõesmecânicas na produção <strong>de</strong> um <strong>som</strong> audível (voz) e o controle <strong>de</strong>sse <strong>som</strong> para produzir umfon<strong>em</strong>a <strong>de</strong>finido.As on<strong>da</strong>s mecânicas são perturbações ou distúrbios que se propagam através <strong>de</strong> meiosmateriais.São on<strong>da</strong>s mecânicas:on<strong>da</strong>s <strong>em</strong> cor<strong>da</strong>s, on<strong>da</strong>s na água e as on<strong>da</strong>s sonoras.Animais usam a vocalização como: localização por ressonância,para afugentar invasores einimigos, <strong>de</strong>marcar território,<strong>em</strong> rituais <strong>de</strong> acasalamento e na comunicação inter e intraespecífica.Bases FísicasOn<strong>da</strong>s mecânicas são muito utiliza<strong>da</strong>s na medicina, odontologia, biologia, para tratamentos <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>, observação interna <strong>de</strong> organismos e pesquisa <strong>em</strong> geral.Dentro <strong>de</strong> sua gama <strong>de</strong>comprimentos <strong>de</strong> on<strong>da</strong>,elas são utiliza<strong>da</strong>s como meio <strong>de</strong> comunicação por diversas espécies etambém para <strong>de</strong>tecção <strong>da</strong> presença <strong>de</strong> seres vivos ou com el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> orientação.A importância <strong>da</strong>s on<strong>da</strong>s mecânicas para diversas espécies é muito gran<strong>de</strong>. Elas po<strong>de</strong>m ser:• Transversais: a perturbação é perpendicular à direção <strong>da</strong> on<strong>da</strong>. Ex: on<strong>da</strong>s produzi<strong>da</strong>spor cor<strong>da</strong>s.• Longitudinais: a perturbação é paralela à direção <strong>de</strong> propagação <strong>da</strong> on<strong>da</strong>. Ex: on<strong>da</strong>ssonoras.Som é a sensação produzi<strong>da</strong> no ouvido humano por um tr<strong>em</strong> <strong>de</strong> on<strong>da</strong>s que percorre um meioelástico e que satisfaz certas freqüências e intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. O <strong>som</strong> não é transmitido no vácuo.To<strong>da</strong> vez que <strong>ex</strong>perimentamos uma sensação sonora há:• Um movimento vibratório <strong>de</strong> um meio material que po<strong>de</strong> ser sólido, liquido ou gasoso;


• Um meio material elástico entre o corpo vibrante e a orelha.Sons distingu<strong>em</strong>-se um do outro pelas seguintes quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s fisiológicas:• Altura, liga<strong>da</strong> a freqüência <strong>da</strong> on<strong>da</strong> sonora;• Timbre, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos harmônicos associados ao <strong>som</strong> fun<strong>da</strong>mental;• Intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> fisiológica <strong>de</strong> um <strong>som</strong>, que está liga<strong>da</strong> à amplitu<strong>de</strong> <strong>da</strong>s ligações.Os sons <strong>da</strong> voz humana são ricos <strong>em</strong> harmônicos, mas sua amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>cresce muitorapi<strong>da</strong>mente quando sua freqüência cresce.Os sons audíveis pelos humanos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> terfreqüências entre 20Hz e 20.000 Hz ou 20kHz.Isso correspon<strong>de</strong> a on<strong>da</strong>s sonoras no ar <strong>de</strong>1,7cm


Os sons que segu<strong>em</strong> uma rápi<strong>da</strong> sequência agrupam-se <strong>em</strong> palavras; essas são uni<strong>da</strong>s <strong>em</strong>frases a diferentes veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e co ritmos característicos <strong>de</strong> um idioma. Po<strong>de</strong>mos,assim dizer,que a produção <strong>da</strong> fala po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como resultado <strong>da</strong> influência <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong>válvulas musculoesqueléticas sobre a corrente <strong>da</strong> respiração.


A produção <strong>da</strong> vozA voz é algo tão característico e importante como a nossa própria fisionomia e impressãodigital ela varia <strong>de</strong> acordo com o s<strong>ex</strong>o, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, profissão, personali<strong>da</strong><strong>de</strong>, estado <strong>em</strong>ocional e aintenção que a usamos. Ela também mostra qu<strong>em</strong> nós <strong>som</strong>os, além <strong>de</strong> conseguimos noscomunicar com outras pessoas só utilizando a voz, como por <strong>ex</strong><strong>em</strong>plo <strong>em</strong> uma conversa aotelefone, e ser<strong>em</strong>os compreendidos perfeitamente.Sua <strong>em</strong>issão começa a partir do ar que saí dos pulmões, passa pela laringe, on<strong>de</strong> estãolocaliza<strong>da</strong>s as pregas vocais, as mesmas no momento <strong>da</strong> <strong>ex</strong>piração, aproxima-se e vibram,produzindo assim o <strong>som</strong>. Este <strong>som</strong>, que <strong>de</strong> início é baixo e fraco, será amplificado pelascavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ressonância (que são a faringe, boca e nariz). Após amplificado, o <strong>som</strong> seráarticulado na cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> oral , por meio dos lábios, bochechas, língua, palato e mandíbula.Ao contrário do <strong>som</strong> produzido pelas cor<strong>da</strong>s <strong>de</strong> um instumento musical ou mesmo porm<strong>em</strong>branas elásticas vibrantes, o <strong>som</strong> gerado nas cor<strong>da</strong>s vocais é produzido pela corrente <strong>de</strong>ar <strong>ex</strong>pira<strong>da</strong>.Nos instrumentos e m<strong>em</strong>branas vibrantes o <strong>som</strong> é produzido por variações <strong>de</strong>pressão que eles produz<strong>em</strong> sobre o meio elástico circun<strong>da</strong>nte.Os sons vocálicos <strong>de</strong>v<strong>em</strong>-se asucessivas interrupções <strong>da</strong> coluna <strong>de</strong> ar que se movimenta nos tubos respiratórios; essamaneira <strong>de</strong> gerar sons ass<strong>em</strong>elha-se a àquela encontra<strong>da</strong> <strong>em</strong> instrumentos <strong>de</strong>sopro(saxofone,clarinete,trompete,etc).


Vários fatores <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> biofísica interfer<strong>em</strong> na vibração <strong>da</strong>s cor<strong>da</strong>s vocais:• Gradiente <strong>de</strong> pressão entre as superfícies superior e inferior <strong>da</strong>s cor<strong>da</strong>s vocais• Elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s cor<strong>da</strong>s vocais• Tensão <strong>da</strong>s cor<strong>da</strong>s vocais• Efeito VenturiElastici<strong>da</strong><strong>de</strong>,tensão <strong>da</strong>s cor<strong>da</strong>s vocais e efeito Venturi: as cor<strong>da</strong>s vocais são dota<strong>da</strong>s <strong>de</strong>elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> e mantêm-se tensas pela ação dos músculos <strong>da</strong> laringe.Em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong>progressiva compressão <strong>ex</strong>erci<strong>da</strong> pelos el<strong>em</strong>entos elásticos responsáveis pela <strong>ex</strong>piração,adiferença <strong>de</strong> pressão aplica<strong>da</strong> sobre as cor<strong>da</strong>s vocais cresce até atingir um nível elevadopara forçar a passag<strong>em</strong> do ar por entre as cor<strong>da</strong>s.Ali, o movimento do ar <strong>em</strong> altaveloci<strong>da</strong><strong>de</strong> reduz a pressão lateral <strong>ex</strong>erci<strong>da</strong> sobre as cor<strong>da</strong>s vocais (E feitoVenturi),favorecendo a ação oclusora dos músculos <strong>da</strong> laringe e promovendo ofechamento do espaço entre as cor<strong>da</strong>s vocais.como o ciclo <strong>ex</strong>piratório continua a se<strong>de</strong>senvolver, o gradiente <strong>de</strong> pressão volta a crescer até alcançar novamente a pressão <strong>da</strong>abertura <strong>da</strong> glote, reiniciando o processo <strong>de</strong> fragmentação <strong>da</strong> coluna <strong>de</strong> ar .A frequência<strong>de</strong>ssa fragmentação é proporcional a tensão a que estão submeti<strong>da</strong>s as cor<strong>da</strong>s vocais, b<strong>em</strong>como a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> com que se <strong>de</strong>senvolve o gradiente <strong>de</strong> pressão entre as suas superfícies.


• Fatores que alteram a voz: além <strong>da</strong>s cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ressonantes,a massa <strong>da</strong>s cor<strong>da</strong>svocais interfer<strong>em</strong> com a tonali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> voz.A testosterona promove alterações <strong>da</strong>voz,porque aumenta a massa <strong>da</strong>s cor<strong>da</strong>s vocais e <strong>de</strong>senvolve a laringe.Com ocrescimento, a laringe se torna maior e mais baixa.Fisiologia do canto <strong>da</strong>s avesQuando um pássaro abre o bico e lança o seu canto, ele não esta <strong>ex</strong>ecutando um atovoluntariamente artístico. Seu objetivo é outro : ele está <strong>de</strong> alguma forma se<strong>ex</strong>pressando ou manifestando um sentimento específico.Enquanto o hom<strong>em</strong> e outros mamíferos possu<strong>em</strong> sonori<strong>da</strong><strong>de</strong> a partir <strong>da</strong> laringe, acaixa <strong>de</strong> voz dos passeriformes se situa na siringe localiza<strong>da</strong> na parte inferior <strong>da</strong>traquéia. Descobriram os técnicos <strong>em</strong> bioacústica que a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>quele órgão sereflete na amplitu<strong>de</strong> auditiva <strong>da</strong> ave. Ca<strong>da</strong> espécie <strong>de</strong> ave canora reage melhor àsfreqüências <strong>da</strong>s quais se compõe sua própria vocalização, a qual abrange até oitooitavas. Segundo Crawford Greenewalt autor <strong>de</strong> Bird Song: Acoustics and Physiology," os passaros não possu<strong>em</strong> ressonâncias propicia<strong>da</strong>s pelas cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas". Comisto, os estudiosos <strong>da</strong> fisiologia do canto dos pássaros chama a atenção para um fatoimportante. Enquanto nas aves a siringe é <strong>de</strong> certa forma o único aparelho formador do<strong>som</strong>, nos humanos, além <strong>da</strong> laringe, entra <strong>em</strong> jogo a compl<strong>ex</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> do aparelhofonador que modula o timbre. Mesmo assim as aves consegu<strong>em</strong> realizar façanhasmaravilhosas, inclusive <strong>em</strong>itir 45 notas por segundo. E, no tocante a duração do canto,certas aves consegu<strong>em</strong> a proeza <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>-lo por mais <strong>de</strong> sete minutos. Isto só épossível porque ela respira enquanto canta, ficando esta ação <strong>ex</strong>pressa no ritmo. Há noentanto pássaros que produz<strong>em</strong> música instrumental, ou seja, aquela que a siringe nãoé chama<strong>da</strong> a participar. A manifestação sonora é produzi<strong>da</strong> pelo estalar dos bicos, pelochocar <strong>de</strong> penas e mesmo nas vias respiratórias --- s<strong>em</strong> interferência <strong>da</strong> siringe ---através <strong>de</strong> almofa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> ar que certas aves apresentam no tórax. Nestes casos, acomunicação acústica prescin<strong>de</strong> a siringe e in<strong>ex</strong>iste vocalização até mesmo nos atos <strong>de</strong>corte e sedução que prece<strong>de</strong>m o acasalamento.


Todo pássaro canoro t<strong>em</strong> inscrito <strong>em</strong> seu código genético as instruções que lhepermit<strong>em</strong> <strong>em</strong>itir as vozes <strong>de</strong> chama<strong>da</strong>, manifestações sonoras básicas como gritos oupios que as caracterizam. O canto e suas variantes são aprendidos com indivíduosadultos <strong>da</strong> mesma espécie, e certos pesquisadores chegam a afirmar que um pássarojov<strong>em</strong> necessita <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> c<strong>em</strong> dias para dominar a vocalização característica <strong>de</strong> suaespécie. Deste modo fica claro que o estímulo social faz parte do processo <strong>de</strong>aprendizado. S<strong>em</strong> estímulo os pássaros não apren<strong>de</strong>m os cantos. E, tanto isso éver<strong>da</strong><strong>de</strong> que a falta <strong>de</strong> <strong>ex</strong><strong>em</strong>plos sonoros po<strong>de</strong> levar a <strong>de</strong>formações.Embora ocorra uma tendência <strong>de</strong> padronização do canto, não raro <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> umamesma espécie, po<strong>de</strong>-se verificar dialetos <strong>em</strong> raças que se distanciaramgeograficamente. Em alguns casos, os dialetos se afastaram tanto <strong>da</strong> manifestação docanto que uma ave não reconhecerá o canto <strong>de</strong> sua própria espécie gravado <strong>em</strong> outrapopulação; reconhecerá <strong>som</strong>ente chama<strong>da</strong>s, que por ser<strong>em</strong> geneticamente her<strong>da</strong><strong>da</strong>s,permanec<strong>em</strong> inaltera<strong>da</strong>s.O canto dos pássaros caracterizado pelo acúmulo <strong>de</strong> série <strong>de</strong> notas diferentes v<strong>em</strong> aser uma manifestação típica <strong>de</strong> domínio territorial. Com ele a ave adverte suass<strong>em</strong>elhantes sobre limites <strong>de</strong> seu território e atrai a fêmea para função <strong>de</strong> perpetuação<strong>da</strong> espécie. N a época do acasalamento, al<strong>em</strong> dos machos, as fêmeas se põ<strong>em</strong> a cantar<strong>em</strong> duetos <strong>de</strong> rara harmonia e compl<strong>ex</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong>. O canto parece ser uma resposta àquímica hormonal que se opera <strong>em</strong> seus organismos. Também na época <strong>da</strong> reproduçãoverificam-se os cantos <strong>da</strong> madruga<strong>da</strong> e do crepúsculo, inteiramente diferente dospadrões <strong>em</strong>itidos durante o restante do dia.As aves canoras não se limitam a <strong>em</strong>itir suas vozes peculiares apenas na época <strong>de</strong> suaprocriação. Os cantos mais ricos e variados <strong>em</strong> motivos não estão presos aqueleimpulso vital, n<strong>em</strong> se pren<strong>de</strong>m a nenhuma intenção comunicativa. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> oscantos que nós mais apreciamos são os lançados pelas aves ain<strong>da</strong> jovens, durante oaprendizado, ou <strong>em</strong> indivíduos cujo <strong>de</strong>senvolvimento s<strong>ex</strong>ual <strong>de</strong>clinou. A vocalização éentão entoa<strong>da</strong> <strong>em</strong> meia-voz e recebe a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> canto secundário.Localização por ressonância ou sonar animalAlguns vertebrados obtêm informações a partir <strong>de</strong> refl<strong>ex</strong>ões fracas ou ecos <strong>de</strong> sonsproduzidos por eles próprios.Ecolocalização <strong>de</strong>screve um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> auto-informação um mesmo animal possui umórgão para <strong>em</strong>itir um sinal acústico e outro órgão para receber sinais que po<strong>de</strong>m ser oeco do sinal <strong>em</strong>itido.Animais que têm a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> captar o sinal refletido por umobstáculo <strong>de</strong> uma on<strong>da</strong> <strong>em</strong>iti<strong>da</strong> por ele po<strong>de</strong>m avaliar a distância do obstáculo.Se osinal <strong>em</strong>itido varrer um certo setor, o animal po<strong>de</strong>rá diferenciar o contorno <strong>de</strong> umobstáculo nesse setor.As características principais dos <strong>animais</strong> com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ecolocalização são:


• Possu<strong>em</strong> mecanismo evoluído para gerar sons, como os morcegos,cetáceos,pássaros,mussaranhos;• Possu<strong>em</strong> gran<strong>de</strong> <strong>ex</strong>tenção espacial para as suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s (na<strong>da</strong>dores , voadores);• Con<strong>som</strong><strong>em</strong> sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> diária <strong>em</strong> mais ou menos completa escuridão.Normalmente, quando o morcego está <strong>em</strong> repouso, ele <strong>em</strong>ite poucos estalidos .Ao preparar-separa voar,o morcego <strong>em</strong>ite <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 20 estalidos por segundo.Quando está voando,aduração dos pulsos mu<strong>da</strong> constant<strong>em</strong>ente;e ela <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá se o animal estiver voando para sealimentar ou se estiver passando perto <strong>de</strong> obstáculos pequenos ou do solo.No caso do morcego:Observamos que a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos pulsos <strong>em</strong>itidos por um morcego não é uniforme,<strong>em</strong> to<strong>da</strong>sas direções.Há um máximo na direção frontal do animal.


A fonte <strong>em</strong>issora dos sinais ultra-sônicos <strong>de</strong>sses <strong>animais</strong> está localiza<strong>da</strong> <strong>em</strong> seu tratorespiratório.Estudos anatômicos <strong>de</strong> morcegos têm mostrado que esses <strong>animais</strong> apresentamuma laringe muito gran<strong>de</strong>,com estrutura altamente especializa<strong>da</strong>.Com relação aos ouvidos afonte <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção dos ecos ultra-sônicos,esses apresentam uma sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> muitoapura<strong>da</strong>,capazes <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os ecos <strong>da</strong>s on<strong>da</strong>s <strong>em</strong>iti<strong>da</strong>s por outros obstáculos <strong>em</strong> suavizinhança,que , frequent<strong>em</strong>ente são <strong>de</strong> mesma intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>.A maioria dos morcegos fica<strong>de</strong>sorienta<strong>da</strong> quando seus ouvidos são ve<strong>da</strong>dos ou fechados.À s<strong>em</strong>elhança do ouvido humano, o pavilhão do ouvido <strong>ex</strong>terno <strong>de</strong>sse <strong>animais</strong> serve parafocalizar o <strong>som</strong>.Os morcegos <strong>em</strong> geral poossu<strong>em</strong> um cérebro especializado relacionado comseu modo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.Em particular, a área <strong>da</strong> audição é altamente <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>.Outras espécies <strong>de</strong> <strong>animais</strong> também possu<strong>em</strong> ecolocalização,por <strong>ex</strong><strong>em</strong>plo:• Vertebrados aquáticos ,como os golfinhos e as baleias.Como o <strong>som</strong> se propaga naágua a 1500 m/s, pelo sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ecolocalização, <strong>em</strong> 2s ,uma baleia po<strong>de</strong> “ver” objetossituados a 1500 m <strong>de</strong> distância.• Pássaros, como Steatornis caripensis, que <strong>em</strong>ite estalidos <strong>de</strong> 6,1 kHz a 8,75 kHz, e oCollacalia brevirorostris unicolor que <strong>em</strong>ite estalidos <strong>de</strong> 3kHz a 4Khz.Essas duasespéci<strong>em</strong> também se orientam pela visão.• Porco <strong>da</strong> Guiné (Cavia cobaya) ,<strong>em</strong>it<strong>em</strong> pulsos <strong>de</strong> até 54kHz.O Rattus norvegicus<strong>em</strong>ite pulsos <strong>de</strong> 19 kHz até 29 kHz, e seu <strong>som</strong> <strong>de</strong> bufar chega até os 80 kHz.• Os insetos ,como o Pro<strong>de</strong>nio e Gyrinus, <strong>em</strong>it<strong>em</strong> pulsos ultra-sonicos,mas<strong>de</strong>sconhec<strong>em</strong>os se eles têm po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> ecolocalização.ConclusãoPara os seres humanos, a produção <strong>de</strong> sons constitui o principal canal <strong>de</strong> comunicação. Épela fala que o ser humano po<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r e ser entendido, <strong>ex</strong>pressar sentimentos e<strong>em</strong>oções.


Quanto aos <strong>animais</strong> a vocalização e as perturbações mecânicas são canais primordiais <strong>de</strong>informação sensorial inter e intra espécies. Para muitos <strong>animais</strong> a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> sons servecomo meio <strong>de</strong> informação direcional e busca <strong>de</strong> alimentação, vi<strong>de</strong> o <strong>ex</strong><strong>em</strong>plo <strong>da</strong>sbaleias.Para outros serve para <strong>de</strong>marcar território, conquista <strong>de</strong> parceiro s<strong>ex</strong>ual,<strong>ex</strong>pressão<strong>de</strong> sentimento específico.Referências BibliográficasDÚRAN, J.E.R.Biofísica Fun<strong>da</strong>mentos e Aplicações.3.ed.São Paulo:Pearson Education,2006.318 p.GARCIA, E.A.C.Biofísica.1.ed.São Paulo:Sarvier,1998.387p.NIELSEN, K.S; DUKE. J.B.Fisiologia Animal-A<strong>da</strong>ptação e Meio Ambiente.5.ed.SãoPaulo:Santos Editora,2002.611p.OKUNO, E.;CALDAS,I.L;CHOW,C.Física para ciências biológicas e biomédicas.SãoPaulo:Harbra,1982.490.Fisiologia <strong>da</strong>s aves- o canto Fonte : Revista geográfica universalNº 130 set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1985.Disponível <strong>em</strong> :.Acesso <strong>em</strong>: 19 <strong>de</strong> fev. 2011.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!