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PDE Projeto_20-04-09.indd - EPE

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Demanda de Energia 25Em cada um desses módulos foram empregados modelos de quantificação desenvolvidos internamente na<strong>EPE</strong> ou modificados de acordo com os objetivos dos estudos do <strong>PDE</strong> <strong>20</strong>08-<strong>20</strong>17.A projeção da demanda de energia contemplou duas abordagens complementares. Em uma delas, utilizandomodelos do tipo top-down, a demanda de energia foi correlacionada com macro-variáveis de cenário, taiscomo o PIB, a população, o número de domicílios, etc., e com indicadores específicos do mercado de energia. Emalguns casos, a relação entre a demanda de energia e as demais variáveis é especificada através de modelos econométricos.Neste caso, a previsão da demanda de energia é função da cenarização (ou projeção) dessas variáveisexplicativas e desses indicadores.Na outra abordagem, do tipo bottom-up, foram utilizados modelos técnico-econômicos, entre os quais oModelo Integrado de Planejamento Energético (MIPE), um modelo de planejamento integrado de recursos energéticos,desenvolvido pela COPPE/UFRJ, que se baseia em uma análise setorial desagregada da demanda energéticapor uso final, incorporando explicitamente a análise da competição entre os vários energéticos no atendimentoaos diferentes usos finais.Especificamente, no caso do setor residencial, foi também utilizado o Modelo do Setor Residencial (MSR),desenvolvido na <strong>EPE</strong> a partir de Schaeffer et al [7] e Achão [1]. Esse modelo, embora utilize a mesma filosofiabásica do MIPE, incorpora desenvolvimentos adicionais que o tornam mais apropriado para analisar a demandaenergética nas residências.As duas abordagens foram exploradas em paralelo e atingiu-se uma convergência dos resultados atravésde um processo iterativo envolvendo o ajuste de parâmetros e a calibragem de indicadores, de forma consistentecom o cenário referencial e as premissas adotadas.Deve-se ressaltar, por fim, que os estudos de demanda foram conduzidos, em grande medida, de formaintegrada, compreendendo inclusive a necessária interação com os estudos da oferta. Neste capítulo são apresentados,resumidamente, os principais aspectos e resultados que caracterizam os estudos de demanda realizados.2. O Ano Base (<strong>20</strong>07)2.1 Oferta Interna de EnergiaEm <strong>20</strong>07, a oferta interna de energia no Brasil atingiu 238,8 milhões de toneladas equivalentes de petróleo(tep), sendo que, deste total, 109,7 milhões, ou 45,9%, corresponderam a energia renovável, o que faz da matrizenergética brasileira uma das mais limpas do mundo, em termos da relação do volume de emissões de gases deefeito estufa pelo total de energia ofertada. De fato, a participação das fontes renováveis na oferta interna deenergia brasileira está bem acima da média mundial (<strong>20</strong>06), avaliada em 12,9%, e mais ainda da média dos paísesmembros da OCDE, de 6,7%.Com exceção do urânio e seus derivados, a oferta de todas as fontes primárias de energia apresentou crescimento,conforme apresentado na Tabela 1. A redução da oferta de urânio se deu em função da queda na geraçãoelétrica associada.Tabela 1 - Brasil. Oferta Interna de Energia (10³ tep)Fontes <strong>20</strong>06 <strong>20</strong>07 Variação (%) Estrutura (%)Renováveis 101.880 109.656 7,6 45,9Hidráulica e eletricidade 33.537 35.505 5,9 14,9Produtos da cana-de-açúcar 32.999 37.847 14,7 15,9Lenha e carvão vegetal 28.589 28.628 0,1 12,0Outras renováveis 6.754 7.676 13,7 3,2Não Renováveis 124.464 129.102 3,7 54,1Petróleo e derivados 85.545 89.239 4,3 37,4Gás natural 21.716 22.199 2,2 9,3Carvão mineral e derivados 13.537 14.356 6,1 6,0Urânio (U3O8) e derivados 3.667 3.309 -9,8 1,4Total 226.344 238.758 5,5 100,0Empresa de Pesquisa Energética - <strong>EPE</strong>

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