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ANEXO II - Arquivo Nacional

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Henrique da Rocha Lima. Desta forma, e com uma rapidez muito grande, formaram-se osquadros necessários à estruturação e à difusão da microbiologia, além de se reforçar suabase institucional.A partir de então começaram as obras do Pavilhão Mourisco, biotérios e demaisedificações do que hoje é conhecido como conjunto histórico de Manguinhos, a cargo doarquiteto Luis de Moraes. Embora ficasse longe do centro da cidade e da área consideradaurbana, as obras chamaram a atenção, merecendo comentários variados na imprensa,chegando a motivar a visita do então Ministro da Justiça e Negócios Interiores, J.J. Seabra,culminando com a aprovação, pelo Congresso <strong>Nacional</strong> de uma verba específica para oInstituto.A ampliação de todas as instalações denotava a intenção de se ampliarem também aspesquisas, o pessoal e até mesmo as funções do Instituto Soroterápico para as políticas desaúde na cidade e no país. Por esta época, Oswaldo Cruz ia pouco a pouco abandonando asbancadas dos laboratórios em benefício de suas tarefas administrativas que incluíam aconstrução (aqui no sentido simbólico) de uma escola capaz de aglutinar consenso tanto nosmeios científicos quanto nos meios políticos. Ou seja, era a consolidação definitiva de todaa sua obra. Este objetivo seria alcançado após a premiação brasileira na Exposição deHigiene e Demografia de Berlim, em 1907. O trabalho apresentado referia-se à erradicaçãoda epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro.Entre setembro de 1905 e fevereiro de 1906, no auge da remodelação urbana e dosaneamento do Rio de Janeiro, Oswaldo Cruz iniciou uma longa viagem de inspeção aosportos marítimos e fluviais do Norte e do Sul do Brasil, com o objetivo de levantar dadospara instruir o projeto de reforma da organização sanitária dos mesmos. O esmagamento daRevolta da Vacina, dez meses antes, não silenciara as controvérsias que envolviam tanto ascampanhas sanitárias do diretor-geral de Saúde Pública quanto as demolições promovidaspelo prefeito Pereira Passos e pelas comissões federais que superintendiam a abertura daavenida Central e as obras do porto na capital federal. A expedição de Oswaldo Cruz foimais um fato a dividir as opiniões na cidade, opondo, de um lado, os que a consideravamuma viagem turística fora de propósito, e, de outro, os que enalteciam a expedição que iriaredimir demais portos do país das mazelas que eram suprimidas no Rio. Embora os artigospublicados na imprensa, os relatórios da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP) e as

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