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ANEXO II - Arquivo Nacional

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primeiros insumos usados para traçar o quadro de saúde vigente nos“sertões” do Brasil, episódio que só seria concluído pelo esforçocoletivo de outros cientistas do IOC uma década depois. Não seconhece os registros oficiais desta viagem, e os biógrafos de OswaldoCruz são omissos quanto a ela. Além de vários recortes de jornais detodo o país, existe um relato minucioso deixado pelo próprio OswaldoCruz, através da correspondência que enviava quase diariamente à suaesposa, e que infelizmente só cobre parte da viagem.Durante todo o tempo em que dirigiu a DGSP, Oswaldo Cruz estevemuito mais voltado às ações de saúde pública do que às atividadescientíficas propriamente ditas. Embora acompanhasse de muito pertotudo o que os cientistas de Manguinhos realizavam, sua produçãointelectual esteve muito mais ligada às políticas de combate àsepidemias; seus trabalhos eram publicados, preferencialmente, nosgrandes jornais da época. Além dos Conselhos ao Povo, publicados noJornal do Commércio, escreveu “As Obras do Porto e as Febres”, naGazeta de Notícias, vários artigos sobre a profilaxia da febre amarela esobre a vacinação obrigatória. Além destes, publicou em Brazil-Medico um artigo intitulado “Peste” 4 , além de Um Novo GeneroBrazileiro da Sub-família "Anophelinae: Manguinhosia.” 5 e Um NovoGenero da Sub-família "Anophelina": Chagasia. 6O Instituto Soroterápico Federal beneficiou-se da dupla atividade deseu diretor. Expandiu e diversificou sua agenda de pesquisas nãoapenas em relação às três doenças combatidas pela DGSP, mastambém a tuberculose, o cólera morbus, a malária e várias outrasdoenças parasitárias foram alvos de interesse, bem como as epizootiasque causavam inúmeros prejuízos à agropecuária. A pauta de produtosimunobiológicos do Instituto teve um crescimento sem precedentes e aárea de ensino institucionalizou-se através dos cursos de aplicação,voltados principalmente aos doutorandos que desenvolviam suas tesesno Instituto, bem como a médicos já diplomados. Diga-se, depassagem, que estes jovens médicos e doutorandos que freqüentavam oInstituto apelidaram Oswaldo Cruz de “Dr. Fotógrafo”, devido ao seuhábito de andar com uma enorme pasta onde carregava sua câmerafotográfica.Registre-se também a publicação, em 1909, do primeiro número dasMemórias do Instituto Oswaldo Cruz e a descoberta, no mesmo ano,da doença de Chagas. A notícia da erradicação da febre amarela do Riode Janeiro, em 1907, trouxe, entre outras conquistas, a Medalha deOuro para a seção brasileira, presente no XVI Congresso de Higiene eDemografia de Berlim, em 1907, onde foram expostos os últimostrabalhos realizados em Manguinhos. Após o término do Congresso,Oswaldo Cruz permaneceu algum tempo em Paris a fim de estreitarlaços científicos com o Instituto Pasteur, colhendo os louros da bem

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