11.07.2015 Views

ANEXO II - Arquivo Nacional

ANEXO II - Arquivo Nacional

ANEXO II - Arquivo Nacional

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

seu pai, na Gávea, além do ambulatório onde cuidava dostrabalhadores da Fábrica de Tecidos Corcovado. Nos dois anosseguintes, a convite de Salles Guerra, foi trabalhar na Policlínica Geraldo Rio de Janeiro, onde montou e chefiou o laboratório de análisesclínicas que apoiava o Serviço de Moléstias Internas. Atuou nesteperíodo auxiliando o Instituto Sanitário Federal, chefiado porFrancisco Fajardo, a diagnosticar o cólera morbus como sendo aepidemia reinante no Vale do Paraíba, em 1894. Neste mesmo anopublicou, sob o pseudônimo de Ignarus, um interessante artigointitulado: “Causas e Meios de Preservação do Cólera” 2 , onde descrevea infecção através do bacilo de Koch, os meios de evitar a doença e aepidemia, e como combatê-las.Em abril de 1897 Oswaldo Cruz avisou ao grupo dos germanófilos, doqual faziam parte também Salles Guerra, Antônio José Pereira da SilvaAraújo, Werneck Machado e Alfredo Porto (todos da Policlínica), quebrevemente estaria embarcando para Paris com toda a família, a fim dese especializar em microbiologia no Instituto Pasteur. Lá chegando,recebeu de seu diretor, Émile Roux, uma bolsa de estudos por ser osegundo brasileiro a estudar no instituto que tantos auxílios recebeupor parte do ex-imperador D. Pedro <strong>II</strong>.Sabedor de que a especialização em microbiologia não poderia garantirsua sobrevivência financeira, tratou de escolher a urologia comoespecialização clínica, estudando sob a orientação de Félix Guyon.Paralelamente, estudou medicina legal no Instituto de Toxicologia deParis com os professores Vibert e Ogier; estudou microbiologia eaprofundou seus conhecimentos sobre soroterapia no Instituto Pasteur.Preocupou-se também em aprender, numa fábrica de vidros, aconfeccionar vidraria necessária para a montagem de um laboratório.Dentre os trabalhos que produziu na época, destacam-se os seguintes:“Étude Toxicologique de la Ricini”; “Études sur la Recherche del’Empoisonnement par le Gaz d’Eclairage”; “Uma Visita à Seção dePreparo dos Soros do Instituto Pasteur de Paris” e “Les AltérationsHistologiques dans l’Empoisonnemant par la Ricine.”Nesta sua primeira viagem ao exterior, Oswaldo Cruz adquiriu uma2 IGNARUS. Causas e meios de Preservação do Chólera. Rio de Janeiro, Cunha & Irmãos, 1894.3 CRUZ, Oswaldo Gonçalves. The sanitation of Rio. Em: The Times, Nova Iorque, dec. 1908.∗∗ Optamos por citar apenas a parte referente aos anos de atuação do titular à frente da DGSP.∗ Fonte: FONTENELLE, J. P. A saúde pública no Rio de Janeiro – Distrito Federal. Relatório do Serviço deSaúde Pública do Distrito Federal, 1939, p. 262. Apud COSTA, Nilson do Rosário. Lutas urbanas e controlesócia.: origem das políticas de saúde no Brasil. Petrópolis, Vozes/Rio de Janeiro, ABRASCO, 1986. p. 634 CRUZ, Oswaldo Gonçalves. Peste. Em: Brazil-Medico, Rio de Janeiro, v.20, n.9, 10, p.85-90, p.95-98, mar.19065 ___________. Um novo genero brazileiro da sub-família "Anophelinae": Manguinhosia Em: Brazil-Medico,Rio de Janeiro, v.21, n.28, p.271-273, jul. 19076 ___________. Um novo genero da sub-família "Anophelina": Chagasia. Brazil-Medico, Rio de Janeiro,v.20, n.20, p.199-200, 1906.7 CRUZ, Oswaldo Gonçalves. Prophilaxys of malaria in Central and Southern Brazil. Em: ROSS, R. Theprevention of Malaria. London: John Murray, 1910.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!