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Veias linfonodais: uma causa pouco conhecida de varizes - SciELO

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<strong>Veias</strong> <strong>linfonodais</strong> - Romualdo AP et al. J Vasc Bras 2008, Vol. 7, Nº 4 365bem caracterizado ao estudo ultra-sonográfico e dopplerfluxométrico(Tabela 1, Figuras 3e4).As veias <strong>linfonodais</strong> fazem parte <strong>de</strong> <strong>uma</strong> re<strong>de</strong> venosano triângulo <strong>de</strong> Scarpa, que liga em vários pontos o sistemavenoso superficial às veias profundas. Cranialmente,po<strong>de</strong>m prolongar-se para as veiasinguinoabdominais e pu<strong>de</strong>ndas externas e po<strong>de</strong>m, ainda,perfurar a fáscia cribiforme conectando-se à veia femoral,fazendo o papel <strong>de</strong> pequenas perfurantes femoraisdiretas 4 . Tais veias já foram objeto <strong>de</strong> estudo anatômicoem cadáveres, tendo sido caracterizadas em 19% doscasos 5 .Figura 1 - Veia safena magna incompetente à custa <strong>de</strong> tributáriasda crossa. A valva terminal é competente e apré-terminal incompetente. As setas indicam o sentidodo fluxoA re<strong>de</strong> venosa linfonodal se apresenta sob a forma<strong>de</strong> veias tortuosas, normalmente entre1e3mm<strong>de</strong>diâmetro,subaponeuróticas, situadas entre a safena acessóriaanterior e a safena magna. Essas veias se conectamà safena magna ao longo dos seus 10 a 15 cm proximais,e suas conexões craniais são difíceis <strong>de</strong> precisar peloultra-som, por seu pequeno calibre e tortuosida<strong>de</strong>, tendofrequentemente um trajeto translinfonodal, esse, sim,<strong>Veias</strong> <strong>linfonodais</strong>: aspectos hemodinâmicosEm <strong>uma</strong> série com 100 pacientes operados porincompetência da safena magna, Lemasle et al. encontraramveias <strong>linfonodais</strong> como <strong>causa</strong> principal do refluxoem 6% dos casos 4 . Essa frequência é provavelmentesubestimada em estudos <strong>de</strong> <strong>causa</strong>s <strong>de</strong> incompetência dasafena magna por ser necessária <strong>uma</strong> pesquisa dirigidapara sua a<strong>de</strong>quada caracterização (Figura 5e6).Mais bem <strong>de</strong>finido é o seu papel na recorrência póssafenectomia.Alguns autores já tentaram associar acaracterização das veias <strong>linfonodais</strong> ectasiadas com neovascularização,inclusive sendo observadas, ao estudohistológico pós-operatório, veias <strong>linfonodais</strong> dispásicasque a<strong>de</strong>ntram nos linfonodos e penetram no tecidolinfático 6-9 . Porém, à luz do conhecimento anatômicoatual, fica claro que se trata <strong>de</strong> hipertrofia <strong>de</strong> vasos préexistentessob efeito <strong>de</strong> fatores angiogênicos (Figuras 7,8 e 9).Na rotina diária dos exames <strong>de</strong> Doppler venoso <strong>de</strong>membros inferiores, temos notado <strong>de</strong> maneira cada vezmais freqüente a associação das veias <strong>linfonodais</strong> com<strong>varizes</strong> primárias e recorrentes.Figura 2 - Veia safena magna (seta branca) incompetente. Afonte do refluxo éaveiailíaca circunflexa superficial(seta cinza)Conseqüências terapêuticasA recorrência <strong>de</strong> <strong>varizes</strong> é comum após a cirurgiaenvolvendo a veia safena magna. Taxas acima <strong>de</strong> 40%em 5 anos têm sido <strong>de</strong>scritas, e aproximadamente 20%das cirurgias <strong>de</strong> <strong>varizes</strong> são realizadas visando a correção<strong>de</strong> veias recorrentes 8,10 . De acordo com a opiniãoprevalente, menor taxa <strong>de</strong> recorrência po<strong>de</strong> ser esperadacom a fleboextração da veia safena magna, ligação

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