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“ALGUNS MUNICÍPIOS TÊM FALTA DE ÉTICA” - Correio Alentejo

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2012.01.06SETEDIAS3RADAR SEMANAL> históriaO Conservatório Regional do Baixo <strong>Alentejo</strong> foi fundado em Março de 1995,no âmbito da Academia de Música do Centro Cultural de Beja. Com sede emBeja, a instituição tem pólos em Castro Verde e Moura, prestando formaçãona área da música e da dança a dezenas de jovens baixo-alentejanos.> A ViDiguEiRA xxxxxxxxxx AbANDoNou CoNSERVATóRio REgioNAL Do bAixo ALENTEjoadeus À mÚsica> política. Manuel Narra dizque Câmara da Vidigueira não podecontinuar a ser o “abono de família”de autarquias incumpridoras. A Câmara da Vidigueira cumpriu a ameaçae já não faz parte do Conservatório Regionaldo Baixo <strong>Alentejo</strong> (CRBA). A decisãofoi concretizada nos últimos dias de 2011,depois da proposta da autarquia ter sidoaprovada em sessão da Assembleia Municipalvidigueirense.“Esta atitude é a consequência de umaassembleia geral do Conservatório realizadano início do ano de 2011, em que houveuma clara violação dos estatutos para a alteraçãodesses mesmos estatutos, com elementosque pertencem ao CRBA a votaremquando os estatutos os impedia desse acto.A ligeireza com que foi conduzido todoesse processo, aliada à falta de cumprimentodos deveres de alguns associados,faz com que a Câmara da Vidigueira nãoqueira participar” na instituição, explicaao “CA” o presidente da autarquia.De acordo com Manuel Narra, o seuexecutivo foi adiando o envio da propostade saída do CRBA para a Assembleia Municipalpor continuar a manter “algumasconversações com os parceiros”, mas acaboupor ser, na sua opinião, “um ano perdido”dada a contínua “falta de ética” dealguns municípios “no cumprimento dosdeveres”. “E nós não queremos estar envolvidosem entidades onde os nossos parceirosprocedem dessa forma”, acrescenta.“rabos-de-palha”Apesar de nunca o fazer de forma directa,o grande alvo das críticas de Manuel Narraé claramente a Câmara de Beja, que o autarcada CDU acusa de não cumprir com assuas responsabilidades.“Isso põe em causa todos os projectosonde está inserido. E já há outras entidadesa passarem graves dificuldades poresse incumprimento sucessivo, o que levaaté à pouca vergonha de haver funcionárioscom salários em atraso”, acrescenta.Mas nem só Beja merece as críticas deNarra! “Salvaguardando Castro Verde, quesempre tem cumprido e demonstrado queé um dos municípios responsáveis por estasorganizações poderem funcionar, todosos outros [municípios] têm pautadoa sua postura, ora numas ora noutras associações,em deixarem sempre ‘rabos-depalha’para trás”, afirma.Todo este somatório de problemas levaManuel Narra a afirmar que a Câmara daVidigueira não quer “continuar a pactuarcom situações de morte lenta dessas mesmasinstituições”. Daí pedir aos outros autarcasda região a “coragem de se tomaremas medidas necessárias para a sua fusãonuma única entidade regional, que possagerir todas estas valências”.manuel narraPresidente da Câmara da VidigueiraO Município da Vidigueira nãopode continuar a ser o abonode família de câmaras quepropositadamente e matreiramentese colocam na retrancapara não pagarem as suasresponsabilidades.Manuel Narra revela que saídada Câmara da Vidigueira doConservatório estava a ser estudadadesde o início de 2011. • JTMabono de família não!O rol de argumentos apresentados é vasto,mas mesmo assim a saída da Câmara daVidigueira está longe de reunir consenso. Eaté dentro do PCP existem vozes que condenama decisão da autarquia liderada porManuel Narra.“Os dirigentes do PCP devem preocupar-secom a actividade do partido, ficandoa gestão da Câmara à responsabilidadede quem foi eleito”, riposta o edil vidigueirense,rejeitando igualmente a crítica defalta de solidariedade para com a Câmarade Castro Verde, que é presidida pelo comunistaFrancisco Duarte e integra o conselhode administração do Conservatório.“Reconheço que a Câmara de Castro Verdepode vir a ser prejudicada com o encerramentodo CRBA, mas o que é certo é queo Município da Vidigueira não pode continuara ser o abono de família de câmarasque propositadamente e matreiramente secolocam na retranca para não pagarem assuas responsabilidades”, conclui.MANuEL NARRA45 anosPREsI<strong>DE</strong>nTE DaCâmaRa Da vIDIguEIRa> ENTREViSTA“devemospôr estespolíticosde lado” porque razão entende que oconservatório regional do baixoalentejo (crba) é um projecto“condenado ao fracasso”? Pela formade gestão que está a ser seguida.Porque além das grandes dúvidas dosfinanciamentos dos próprios cursosem si, há a postura das autarquias.Estas deveriam dar o exemplo, mas aonão cumprirem os seus deveres estãoa matar o CRBA. não admite a possibilidade dacâmara da Vidigueira voltar atráse continuar associada ao crba? Éuma possibilidade que pode estar emcima da mesa, mas não acredito quecom os actuais dirigentes políticosdo nosso distrito e a sua forma de seposicionarem na política regional sepossa resolver qualquer dos problemas.Só os agravam e acho quea sociedade civil, hoje mais do quenunca, se quiser manter o Conservatórioe algumas entidades com carizna nossa região, deve rapidamentepôr estes políticos todos de lado. porquê? Porque estes não estão aservir de forma alguma a região. além do conservatório, a câmarada Vidigueira deixou aindaas associações para o desenvolvimentode municípios olivícolasportugueses e das terras doGrande lago. porquê? Já há algumtempo que temos a ideia de que existeum excesso de associações e outrotipo de entidades a que os municípiosestão ligados e que, mais cedo oumais tarde, financeiramente não vãopoder cumprir com os seus compromissos,fruto dos cortes sucessivosque temos tido do Poder Central.Também avançámos com a possibilidadede se abrir um grande espaço dediálogo sobre a fusão ou a integraçãodas várias associações, criando umaúnica entidade que pudesse geriras várias valências onde estamosrepartidos em várias associações demunicípios. E isto tudo leva-nos a irdeixando para trás aquelas entidadesque menor retorno têm trazido aoconcelho.

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