Limpeza da Pedra e da Alvenaria de Tijolo por Abrasão com Ar/Ãgua
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www.buildingconservation.<strong>com</strong>1 - 404-05-2003<strong>Limpeza</strong> <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> e <strong>da</strong><strong>Alvenaria</strong> <strong>de</strong> <strong>Tijolo</strong> <strong>por</strong>Abrasão <strong>com</strong> <strong>Ar</strong>/ÁguaNicola Ashurst apresenta uma <strong>da</strong>s mais largamente vastamente usa<strong>da</strong>s técnicaspara a limpeza <strong>da</strong>s alvenariasTradução <strong>por</strong> António <strong>de</strong> Borja <strong>Ar</strong>aújo, Engenheiro Civil, I.S.T.Foi removi<strong>da</strong> a tinta <strong>de</strong>sta cabeça emterracota vidra<strong>da</strong> pelo emprego <strong>de</strong> umabrasivo muito fino <strong>de</strong> carbonato <strong>de</strong>cálcio, baixa taxa <strong>de</strong> cau<strong>da</strong>labrasivo/ar/água, <strong>com</strong> uma pressão <strong>de</strong> 5psi e uma distância <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 375mm. Apresenta-se para se <strong>de</strong>monstrar aversatili<strong>da</strong><strong>de</strong> e a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> algunssistemas <strong>de</strong> limpeza <strong>por</strong> abrasão. (Não seestá a preten<strong>de</strong>r fazer uma re<strong>com</strong>en<strong>da</strong>çãogeral para o emprego <strong>da</strong> limpeza <strong>da</strong>terracota <strong>com</strong> abrasivos, já que esta éactualmente reconheci<strong>da</strong> <strong>com</strong>o sendoextremamente sensível aos <strong>da</strong>noscausados <strong>por</strong> limpeza <strong>com</strong> abrasão.)<strong>de</strong> profissionais especializados.A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> se limpar um edifício histórico não po<strong>de</strong> ser toma<strong>da</strong><strong>com</strong> ligeireza, já que a limpeza tem efeitos físicos e visuaissignificativos. Devem ser efectua<strong>da</strong>s investigações<strong>por</strong>menoriza<strong>da</strong>s durante um certo período para se <strong>de</strong>terminar se alimpeza <strong>de</strong>ve ser feita ou não, e se for este o caso, os <strong>por</strong>menores<strong>de</strong> <strong>com</strong>o <strong>de</strong>ve ser feita. Deve ser <strong>com</strong>preendi<strong>da</strong> a natureza e acondição <strong>de</strong> todos os substratos, sem esquecer os materiais <strong>de</strong>preenchimento <strong>da</strong>s juntas, assim <strong>com</strong>o o <strong>de</strong>ve ser a suji<strong>da</strong><strong>de</strong> quese preten<strong>de</strong> remover. Esta última po<strong>de</strong> incluir suji<strong>da</strong><strong>de</strong>atmosférica, pinturas, caiações, manchas <strong>de</strong> metais, gel antipombos e graffiti. Ca<strong>da</strong> qual po<strong>de</strong> requerer um método <strong>de</strong> limpezaa<strong>de</strong>quado ou, pelo menos, modificações ao sistema seleccionadoatravés <strong>de</strong> utilizações noutros locais.Ca<strong>da</strong> sistema <strong>de</strong> limpeza po<strong>de</strong> ser usado correcta ouincorrectamente. Uma limpeza <strong>de</strong>ficiente po<strong>de</strong> não ser apenasconsequente <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>ficiente aplicação, já que éfrequentemente consequente <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> selecçãoincorrecto. A literatura <strong>com</strong>ercial avulsa não é garantia <strong>de</strong> umaselecção correcta. O projecto <strong>de</strong> uma acção <strong>de</strong> limpeza para umedifício histórico é frequentemente <strong>com</strong>plexa, exigindo o parecerA finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> limpeza é a remoção <strong>da</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>, a qual é frequentemente origem <strong>de</strong> <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção naalvenaria a longo prazo, não se provocando ou provocando-se o mínimo possível <strong>de</strong> estragos nesta.Isto po<strong>de</strong> ser difícil <strong>de</strong> se conseguir <strong>por</strong> causa <strong>da</strong> ligação íntima entre a pedra e a sua suji<strong>da</strong><strong>de</strong>, jáque a suji<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> estar profun<strong>da</strong>mente embebi<strong>da</strong> nas partículas <strong>da</strong> superfície.Existem actualmente diversas fontes que indicam os constituintes básicos dos diversos materiais <strong>de</strong>alvenaria e <strong>da</strong> fragili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes materiais a procedimentos <strong>de</strong> limpeza selectivos. A experiênciaprofissional também <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>sempenhar um papel na avaliação <strong>da</strong>s condições <strong>da</strong> superfície e <strong>da</strong>scaracterísticas particulares <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> trabalho. Os princípios básicos <strong>de</strong> qualquer processo <strong>de</strong>
www.buildingconservation.<strong>com</strong>3 - 404-05-2003É geralmente melhor <strong>de</strong>terminarem-se os muitos parâmetros relacionados <strong>com</strong> a limpeza abrasivaem obra, on<strong>de</strong> todos os tipos <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>, o grau <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong> e as condições <strong>da</strong> alvenaria po<strong>de</strong>mser a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente avaliados. Não po<strong>de</strong>m ser feitas aqui re<strong>com</strong>en<strong>da</strong>ções específicas tais <strong>com</strong>o aspressões re<strong>com</strong>en<strong>da</strong><strong>da</strong>s e os tipos <strong>de</strong> abrasivo, já que estas são apenas algumas entre as muitasvariáveis que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s, conforme já referido. No entanto po<strong>de</strong>m ser indicadosalguns princípios gerais :i) As partículas mais pequenas do mesmo tipo <strong>de</strong> abrasivo po<strong>de</strong>m ser menos causadoras<strong>de</strong> <strong>da</strong>nos do que as maiores, usa<strong>da</strong>s <strong>da</strong> mesma maneira.ii) Os abrasivos mais duros po<strong>de</strong>m causar maiores <strong>da</strong>nos do que os abrasivos maisbrandos do mesmo tamanho, usados <strong>da</strong> mesma maneira.iii) Uma maior concentração <strong>de</strong> partículas abrasivas po<strong>de</strong> ser causadora <strong>de</strong> mais <strong>da</strong>nos doque uma concentração mais baixa, sendo todos os outros factores iguais.iv) Uma pressão e um volume <strong>de</strong> ar mais elevados po<strong>de</strong>m provocar mais <strong>da</strong>nos do quepressões e volumes mais baixos, sendo todos os outros factores iguais.v) Uma distância <strong>de</strong> trabalho mais próxima entre o topo <strong>da</strong> pistola e a alvenaria po<strong>de</strong>provocar mais <strong>da</strong>nos do que uma maior, sendo todos os outros factores iguais.vi) Conforme a maneira <strong>com</strong>o são usados, alguns sistemas <strong>de</strong> abrasão em pequena escalapo<strong>de</strong>m provocar mais <strong>da</strong>nos do que outros sistemas <strong>de</strong> maior escala.vii) Po<strong>de</strong>m ser necessárias algumas diferenças na técnica entre superfícies lisas eesculpi<strong>da</strong>s, ou entre condições sãs e <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>s.Não po<strong>de</strong>m ser feitas re<strong>com</strong>en<strong>da</strong>ções gerais relativamente à limpeza abrasiva <strong>com</strong> ar <strong>com</strong>primido,tal <strong>com</strong>o não o po<strong>de</strong>m ser para outras aproximações à limpeza. São sempre aconselháveis oscontactos prévios e os ensaios in-situ para a limpeza <strong>de</strong> alvenarias históricas. Estas <strong>de</strong>vem serdirigi<strong>da</strong>s <strong>por</strong> um profissional experiente que possa observar a avaliar os efeitos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>procedimento e produzir uma especificação <strong>por</strong>menoriza<strong>da</strong> para ca<strong>da</strong> trabalho.Bibiografia• Andrew, C et al, Stone Cleaning: A Gui<strong>de</strong> for Practitioners Masonry Conservation ResearchGroup, The Robert Gordon University, Aber<strong>de</strong>en, The Robert Gordon University and HistoricScotland, 1994• Ashurst, N, Cleaning Historic Buildings, Volumes 1 and 2 Donhead, London, 1994• British Stan<strong>da</strong>rds Institution BS 6270: Co<strong>de</strong> of practice for cleaning and surface repair ofbuildings, Part 1 BSI, London, 1982. Durante a re<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>ste artigo, esta especificação foisubstancialmente actualiza<strong>da</strong> pelo BSI.• Society for the Protection of Ancient Buildings (SPAB), Technical Pamphlet 4: CleaningBrick and Stone, SPAB, London, 1994• Weaver, M.E. and Matero, F.G., Conserving Buildings: A Gui<strong>de</strong> to Techniques and MaterialsJohn Wiley, New York, 1993• Webster, R.G.M., Stone Cleaning and the Nature, Soiling and Decay Mechanisms of StoneDonhead, London, 1992