O Macaqueiro - Instituto de Desenvolvimento SustentÃ¡vel MamirauÃ¡

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AconteceuManejo de pesca – O Programa de Manejo de Pesca, do Instituto Mamirauá, realizou o curso “Gestãocompartilhada dos recursos pesqueiros com foco no manejo de pirarucu”, entre os dias 16 e 26 de abril, em Tefé (AM).O objetivo do curso foi formar multiplicadores amazônidas para o manejo participativo da espécie. A iniciativa foivoltada para profissionais que atuam na implementação de sistemas de manejo de pesca, em áreas protegidas daAmazônia. Foi a terceira edição do curso promovido pelo Instituto Mamirauá, que incentiva a multiplicação das açõesdo manejo participativo de pesca em outros sítios, com foco na biodiversidade (Texto: Eunice Venturi).Reserva Amanã – Cerca de 90 pessoas participaram, entre os dias 20 e 21 de abril, da VAssembleia Geral da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, na comunidade Santa Maria,município de Maraã. Durante dois dias, os presentes discutiram sobre a infraestrutura da reserva.Entretanto, a ausência de algumas instituições dificultou o encaminhamento de soluções. A ReservaAmanã é politicamente dividida em 6 setores, apenas um setor não esteve na Assembleia. A reuniãoiniciou com uma apresentação dos coordenadores de cada setor, enfatizando as demandas de cadaregião (Texto: Eunice Venturi).Curso de peixes – Entre os dias 21 e 25 de maio, o Instituto Mamirauá promoveu em Tefé (AM), o cursode extensão “Crescimento de peixes por meio da leitura de marcas de crescimento em estruturas rígidas”. Comcarga horária de 20 horas, entre aulas teóricas e práticas, a capacitação foi dirigida a graduandos e profissionaisda área de biologia, dando maior compreensão sobre as técnicas utilizadas em estudo de crescimento de peixes(Texto: Renata Brandão).Instituto Mamirauápromove Semana do Meio Ambiente 2012 em JutaíCom o tema “Que desenvolvimento queremos?” o InstitutoMamirauá realizou a 10ª Semana do Meio Ambiente, no municípiode Jutaí, localizado no alto Solimões, entre os dias 2 e 5 de junho.Foi a primeira vez que o município de 25 mil habitantes recebeu aSemana do Meio Ambiente. As atividades foram realizadas em seteescolas. A abertura da semana começou no dia 2 de junho, às 19horas, na Praça São José. Foram realizadas exposições temáticas,além de apresentações de músicas, poesias, coreografias edramatizações preparadas pelas escolas.No domingo, dia 3, a equipe do Instituto Mamirauá, formadapor 16 técnicos e pesquisadores, comemorou o Dia Nacional daEducação Ambiental, promulgado em maio por decreto lei pelaPresidência da República. Oficinas e atividades lúdicas forampromovidas na Praça Matriz. No dia 04, a equipe visitou as seteescolas que participaram da semana, promovendo atividades sobre manejo de pesca, manejo florestal, conservação defauna e flora e qualidade de vida.Francisca Socorro Coelho, gestora da Escola Municipal Santa Tereza, disse que o tema tem estado cada vez maispresente no cotidiano escolar. “Ultimamente, o que mais se ouve e mais se lê é sobre a preservação ambiental. ASemana do Meio Ambiente foi um presente para a nossa escola e para a nossa Jutaí. O tema da escola foi sobre osquelônios e após as conversas, vídeos, estudos e palestras com os professores, as crianças aprenderam, de formapositiva, sobre o que tínhamos e o que teremos no futuro, se não houver essa conscientização”.A Semana de Meio Ambiente encerrou no dia 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, com uma exposiçãodos trabalhos produzidos pelas escolas. À tarde, uma caminhada ecológica pelas ruas da cidade foirealizada. “O evento movimentou a cidade e estimulou boas práticas de conservação do meioambiente”, afirmou Regatieri.Foto: Marco Lopes2
A palavra é...Foto: EduCoelhoIndígenas. Os povos originários quehabitavam o médio Solimões, como osYurimágua e os Aisuari, sofreram imensasperdas populacionais logo nos primeirosséculos da colonização, devido a epidemiase expedições de captura de escravos.Os sobreviventes escaparam para asmissões espanholas no alto Amazonase se estabeleceram em regiões quehoje correspondem à Amazônia peruana.Mais tarde, povos indígenas de outraspartes da Amazônia foram trazidos para osaldeamentos da região, onde foram submetidosa um regime de trabalho e organização da vidaque os estimulava a se converter aoCristianismo, abandonar suas referências étnicase adotar o uso da Língua Geral. Esse processo decolonização fez com que a presença indígena nomédio Solimões fosse menos evidente do queem outras partes da Amazônia, algo quetambém foi reforçado pela chegada demigrantes de outras partes do Brasil.Desde a década de 1980, os povos indígenasda região vêm lutando pelo reconhecimento doEstado e acesso às políticas públicas e aosdireitos que lhes são garantidos pelaConstituição. A população indígena, que hojehabita o médio Solimões, é composta porgrupos que vieram do alto Solimões e dos riosJapurá e Içá, bem como parte das populaçõesque se encontravam aldeadas na região. Oaumento dos processos para identificação deterras indígenas no médio Solimões nos últimosdez anos teve um duplo efeito. Produziu umareversão da invisibilidade desses grupos e agarantia de direitos básicos, mas tambémresultou em alguns impasses entre as políticasda conservação e as políticas indigenistas,sobretudo devido aos casos de sobreposição deTerras Indígenas e Unidades de Conservação. Opanorama atual urge valorizar as sinergias emediar as desavenças entre as políticas daconservação e as políticas indigenistas.Rafael BarbiFoto: Eunice VenturiVisitantes da Expo Brasil, no Pier Mauá, conheceram as atividades doInstituto Mamirauá.“A Amazônia na Rio+20:a economia do conhecimento natransição para a economia verde”O Instituto Mamirauá foi uma das unidades de pesquisa doMinistério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) a expor nopavilhão do Pier Mauá, durante a conferência das Nações Unidassobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, que aconteceuentre 12 e 22 de junho, no Rio de Janeiro (RJ). A participaçãoinstitucional iniciou bem antes, com contribuições técnicas ecientíficas para a elaboração de documentos que devem se tornarreferência tanto no Brasil, quanto em outros países.Ao avaliar os 20 anos que se passaram desde a Eco-92, HelderQueiroz, pesquisador e Diretor Geral do Instituto Mamirauá, acreditaque uma das mudanças mais significativas foi com a disseminaçãoda Agenda 21 no Brasil. “A partir da Agenda 21, houve uma mudançade princípios e atitudes na sociedade brasileira, entretanto, osistema econômico poderia ter contribuído mais com odesenvolvimento sustentável. Este continua sendo um desafio paraos próximos anos”, afirmou Queiroz.O Instituto Mamirauá também produziu um documento parasubsidiar o MCTI na construção de uma proposta que seráapresentada durante a conferência. Intitulado “A Amazônia naRio+20: a economia do conhecimento na transição para a economiaverde – Comentários sobre o papel da Ciência, Tecnologia eInovação na transição rumo ao desenvolvimento sustentável daAmazônia”, a proposta foi construída com apoio do Museu ParaenseEmílio Goeldi e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia(INPA), e é um exercício para definição de uma posição institucionalcomum sobre a Rio+20.No stand do Instituto Mamirauá, no Pier Mauá, estavam EleniceAssis, coordenadora do Programa de Manejo Florestal Comunitário,Ruiter Braga, técnico do Programa de Manejo de Pesca, e BiancaBernardon, bióloga e pesquisadora do Grupo de Pesquisa emEcologia de Vertebrados Terrestres. Estes três também apresentarampalestras diárias no auditório que foi montado naquela arena.Josivaldo Modesto, coordenador do Núcleo de InovaçõesTecnológicas Sustentáveis, dissemina os avanços institucionais parapromoção de tecnologias de conservação da biodiversidade equalidade de vida (Texto: Eunice Venturi).3
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