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O Macaqueiro - Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

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Cinco peixes-boi retornarão ànatureza no interior do AmazonasFoto: Augusto RodriguesO peixe-boi Piti, o primeiro a chegar ao Centrinho, em2008, será um dos cinco animais <strong>de</strong>volvidos à natureza.Na segunda quinzena <strong>de</strong> julho, o <strong>Instituto</strong>Mamirauá <strong>de</strong>volverá à natureza cinco peixes-boiamazônicos na Reserva <strong>de</strong> <strong>Desenvolvimento</strong>Sustentável Amanã, na região do município <strong>de</strong> Maraã,noroeste do Amazonas. Os cinco animais passaram porprocesso <strong>de</strong> readaptação à vida silvestre no Centro <strong>de</strong>Reabilitação <strong>de</strong> Peixes-Boi Amazônicos <strong>de</strong> BaseComunitária, que o <strong>Instituto</strong> mantém na Reserva.No interior do Amazonas, ainda são comuns osregistros <strong>de</strong> caça <strong>de</strong> subsistência do peixe-boi. Asfêmeas adultas, maiores que os machos, são alvos doscaçadores. Sem os cuidados maternos, os filhotes <strong>de</strong>peixe-boi dificilmente sobrevivem na natureza.Um dos fatores <strong>de</strong> ameaça aos filhotes órfãos <strong>de</strong>peixes-boi são as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca. Ao ficar preso a umare<strong>de</strong>, o filhote po<strong>de</strong> morrer afogado – como sãomamíferos, os peixes-boi precisam vir à superfície pararespirar, em intervalos <strong>de</strong> aproximadamente doisminutos.Os peixes-boi chegaram ao Centro <strong>de</strong> Reabilitaçãocom apenas alguns dias <strong>de</strong> vida – <strong>de</strong>ntre os que serãosoltos, o mais velho tem quatro anos e o mais novo,dois. Dos cinco peixes-boi que serão soltos, três ficarampresos aci<strong>de</strong>ntalmente em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca e foramentregues à equipe do Centro <strong>de</strong> Reabilitação pelospróprios pescadores; os outros dois foram apreendidospor agentes ambientais e entregues aos cuidados doCentrinho.Segundo Miriam Marmontel, coor<strong>de</strong>nadora doGrupo <strong>de</strong> Pesquisas em Mamíferos AquáticosAmazônicos, peixes-boi criados em cativeiro <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong>apren<strong>de</strong>r informações necessárias à vida selvagem.Por isso, os peixes-boi liberados serão monitorados emvida livre, por meio <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> rádio emitidos por umaparelho que será adaptado às caudas dos animais.“Temos que acompanhá-los após a soltura para saberse o nosso trabalho <strong>de</strong> reabilitação foi bem sucedido.Esses animais certamente são mais vulneráveis à caça doque os que nasceram e foram criados pela mãe, nanatureza, pois ela repassa ao filhote informações comoas rotas <strong>de</strong> migração, lugares on<strong>de</strong> se alimentar e comofugir <strong>de</strong> um pescador. Existe um risco, mas essesanimais terão que enfrentá-lo”, diz a pesquisadora.(Texto: Augusto Rodrigues).Expediente - O <strong>Macaqueiro</strong> é uma publicação do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong><strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável Mamirauá, organização social eunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa fomentada e supervisionada peloMinistério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Distribuiçãogratuita. Conselho Editorial: Ana Cláudia Torres, Angela MaySteward, Augusto Rodrigues, Armando Athos, Dávila Corrêa,Elenice Assis, Eunice Venturi, Francisco M. <strong>de</strong> Freitas Jr., FernandaSá, Hel<strong>de</strong>r Queiroz, Isabel Sousa, João Valsecchi, JoycimaraSousa, Josivaldo Mo<strong>de</strong>sto, Lígia Apel, Maurilandi Gualberto,Marco Lopes, Marluce Mendonça, Nelissa Peralta, NizeteCampelo, Paulo Roberto e Souza e Selma Freitas. Jornalistaresponsável: Eunice Venturi (SC01964-JP). Edição: RenataBrandão. Diagramação: Lucas Monteiro. Impressão: GráficaAmpla. Tiragem: 2.000 exemplares. Contatos: Estrada do Bexiga,2.584. Cx. Postal 38. Bairro: Fonte Boa. CEP: 69470-000. Tefé (AM)e-mail: ascom@mamiraua.org.br - site: www.mamiraua.org.br;tel.+55 (97) 3343-97004

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