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zona oeste do município do estado é área que prevê projeto de pólo ...

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Publicação <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Desenvolvimento T<strong>é</strong>cnico Merca<strong>do</strong>lógico <strong>do</strong> Aço Inoxidável (Núcleo Inox) ■ Número 28 ■ Janeiro/Março <strong>de</strong> 2008RIO NA MIRADO INOXZONA OESTE DO MUNICÍPIO DO ESTADO É ÁREA QUEPREVÊ PROJETO DE PÓLO PROCESSADOR DE INOXA Ca<strong>de</strong>ira Alpha,<strong>do</strong> <strong>de</strong>signer CláudioRampazzo, tem oaço inox como principalmat<strong>é</strong>ria-primaDESTAQUEESCULTURA EM INOX ÉMARCO GEOGRÁFICOEM SUMARÉ (SP)ENTREVISTAVICE-GOVERNADORDO RIO DE JANEIROAPONTA FATORESQUE FAVORECEMIMPLANTAÇÃO DEPÓLO INDUSTRIALMERCADONORMA BRASILEIRAMOSTRA COMOSE DEVE PRODUZIRE COMPRARCONEXÕES ODJANEIRO/MARÇO 2008 • INOX 17


<strong>de</strong>sta<strong>que</strong>SUMARÉ TEM MARCO GEOGRÁFICO EM INOXacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sumar<strong>é</strong> inaugurou, em <strong>de</strong>zembro <strong>do</strong>ano passa<strong>do</strong>, o Marco Geográfico Dr. Claus J. Raidl,uma homenagem ao presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> grupo austríacoBöhler-Ud<strong>de</strong>holm, <strong>do</strong> qual a Villares Metals faz parte.A escultura <strong>de</strong> inox integra um <strong>projeto</strong> maior daVillares junto com a prefeitura <strong>de</strong> Sumar<strong>é</strong>, <strong>que</strong> inclui aduplicação e pavimentação da Avenida Toninho Camargo.Esse foi o primeiro empreendimento <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>uma parceria público-priva<strong>do</strong> na cida<strong>de</strong>.Ao <strong>de</strong>cidir fazer uma escultura, a Villares Metals,atrav<strong>é</strong>s <strong>de</strong> contato com o Núcleo Inox, obteve a indicação<strong>de</strong> <strong>que</strong>m trabalhava com o inox <strong>de</strong> forma artística.Foi <strong>de</strong>ssa forma, <strong>que</strong> a indústria chegou at<strong>é</strong> o engenheiroJorge Durão, diretor da Perc. Ele explicou <strong>que</strong> aempresa já tornou reais esculturas <strong>de</strong> inox, em Paulínia(SP), <strong>de</strong>senhadas pelo artista plástico Jos<strong>é</strong> RobertoHöfling e atuou em parceria com outros artistas consagra<strong>do</strong>scomo Artur Lescher e Ruy Ohtake.Segun<strong>do</strong> Durão, o <strong>projeto</strong> da Villares impôs alguns<strong>de</strong>safios. O primeiro <strong>de</strong>les foi o tempo exíguo, já <strong>que</strong> aPerc foi contatada no início <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro e a inauguraçãoda obra estava prevista para acontecer em trêssemanas. Al<strong>é</strong>m disso, o acabamento foi diferente, o arquitetoCelso Rodrigues, i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>, resolveupintar parte <strong>do</strong> inox para fazer um efeito <strong>de</strong> contraste.O monumento, localiza<strong>do</strong> no centro da rotatória darec<strong>é</strong>m-inaugurada Avenida Toninho Camargo, <strong>é</strong> composto<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> três esculturas, feitas <strong>de</strong> açoinox, apoiadas sobre uma base elevada <strong>de</strong> concretoaparente, aumentan<strong>do</strong> o porte e a visibilida<strong>de</strong> da obra.As três esculturas <strong>de</strong> inox têm alturas <strong>que</strong> variamentre 3,50 e 5,50 metros. Todas possuem acabamentoem pintura preta e aço poli<strong>do</strong> <strong>que</strong> se contrapõem,<strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> suas formas facetadas.O Marco Geográfico tem 7,5 toneladas <strong>de</strong> aço inox304, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> na <strong>área</strong> pintada <strong>de</strong> preto a chapa <strong>é</strong><strong>de</strong>capada e no restante a chapa <strong>é</strong> espelhada. Naestrutura foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o inox treliça<strong>do</strong> poli<strong>é</strong>drico.Para Franz Struzl, executivo da Villares Metals, o monumentoremete à visão empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Dr. Claus J.Raidl ao <strong>de</strong>monstrar um movimento em busca <strong>do</strong> topo.A Villares produz em Sumar<strong>é</strong> aços especiais <strong>de</strong> altaliga não-planos. Já a Perc <strong>é</strong> especializada em serviço <strong>de</strong>corte e <strong>do</strong>bra em chapas metálicas e perfis especiaissob encomenda, a unida<strong>de</strong> principal fica em São Paulo.UM POUCO MAIS DO PROJETOA nova Avenida Toninho Camargo, <strong>que</strong> liga o bairroSanta Carolina à via Anhanguera, permite tamb<strong>é</strong>m aligação <strong>do</strong> centro <strong>de</strong> Sumar<strong>é</strong> aos bairros <strong>que</strong> compõema Regional “Maria Antonia”, on<strong>de</strong> vivem mais <strong>de</strong>30.000 pessoas.O acesso foi projeta<strong>do</strong> para trânsito <strong>de</strong> caminhõespesa<strong>do</strong>s, inclusive para escoar os produtos da própriaVillares. Al<strong>é</strong>m <strong>de</strong> um sofistica<strong>do</strong> <strong>projeto</strong> urbanístico,a obra conta tamb<strong>é</strong>m com uma ciclovia, mo<strong>de</strong>rnailuminação, muros <strong>de</strong> arrimo, calçadas parape<strong>de</strong>stre, novas pontes e jardins.A Villares Metals investiu cerca <strong>de</strong> R$ 3,3 milhõesno empreendimento, o qual trará em contrapartida aisenção <strong>do</strong>s tributos municipais IPTU e ISS por 10 anos.Em Sumar<strong>é</strong>, SP,a escultura i<strong>de</strong>alizadapor Celso Rodriguesfoi realizada pelaPerc a pedi<strong>do</strong> daVillares MetalsVillares MetalsNÚMERO 28JAN/FEV/MAR 2008Publicação <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Desenvolvimento T<strong>é</strong>cnico Merca<strong>do</strong>lógico <strong>do</strong>Aço Inoxidável – Núcleo InoxAv. Briga<strong>de</strong>iro Faria Lima, 1234 cjto. 141 – cep 01451-913São Paulo/SP – Fone (11) 3813-0969 – Fax (11) 3813-1064nucleoinox@nucleoinox.org.br; www.nucleoinox.org.brConselho Editorial: Celso Barbosa, Eduar<strong>do</strong> H. da Cunha,Francisco Martins, Marcelo <strong>de</strong> Castro-Rebello, Osmar Donizete Jos<strong>é</strong>e Renata SouzaCoor<strong>de</strong>nação: Arturo Chao Maceiras (Diretor Executivo)Circulação/distribuição: Liliana BeckerEdição e redação: Ateliê <strong>de</strong> Textos – Assessoria <strong>de</strong> ComunicaçãoRua Desembarga<strong>do</strong>r Eucli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Campos, 55, CEP 05030-050São Paulo (SP); Telefax (11) 3675-0809;atelie@atelie<strong>de</strong>textos.com.br; www.atelie<strong>de</strong>textos.com.brJornalista responsável: Alzira Hisgail (Mtb 12326)Redação: Adilson Melen<strong>de</strong>z, Cindy Correa e Nádia MoragasPublicida<strong>de</strong>: contato pelo telefone: 3813-0969ou pelo e-mail: publicida<strong>de</strong>@nucleoinox.org.brEdição <strong>de</strong> arte e diagramação: Francisco MilhorançaServiço <strong>de</strong> fotolito e impressão: Estilo HumFoto da capa: MauriciowsA reprodução <strong>de</strong> textos <strong>é</strong> livre, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>que</strong> citada a fonte.JANEIRO/MARÇO 2008 • INOX 3


capaRIO ATRAI PÓLOMauriciowsDE INOXRegião Oeste <strong>do</strong> Município<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiromostra competitivida<strong>de</strong>e reúne boas condiçõespara receber <strong>pólo</strong>processa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> inoxno final <strong>do</strong> s<strong>é</strong>culo 19, a Companhia ProgressoIndustrial <strong>do</strong> Brasil, <strong>que</strong> se tornaria maisconhecida como Fábrica <strong>de</strong> Teci<strong>do</strong>s Bangu,<strong>de</strong>u início ao processo <strong>de</strong> industrialização e urbanizaçãoda Zona Oeste <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong>Janeiro – a presença anterior <strong>de</strong> engenhos <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcarna região po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada pre<strong>de</strong>cessor<strong>de</strong>sse ciclo. Passa<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> um s<strong>é</strong>culo, as instalaçõesda Bangu foram transformadas em shopping center,mas a vocação industrial <strong>do</strong> bairro – e <strong>de</strong> uma s<strong>é</strong>rie<strong>de</strong> outros integrantes da região – não se esgotou.De fato, foram agrega<strong>do</strong>s vários serviços à estruturaprodutiva <strong>de</strong> Bangu, Campo Gran<strong>de</strong> e Santa Cruz e adjacências,mas, como brasa escondida sob cinzas, bastouleve sopro para <strong>que</strong> a chama da vocação fabril local reavivasse.A oxigenação veio com alguns incentivosgovernamentais para alavancar investimentos industriaisna região. Nos últimos anos, o mais exuberanteresulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa diretriz <strong>de</strong> governo <strong>é</strong> a construção, emSanta Cruz, numa <strong>área</strong> <strong>de</strong> quase 10 milhões <strong>de</strong> m 2 , damega-unida<strong>de</strong> da Companhia Si<strong>de</strong>rúrgica <strong>do</strong> Atlântico.Um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> Desenvolvimento EconômicoLocal da Zona Oeste <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Rio <strong>de</strong> Janeiro e <strong>de</strong> seu entorno, realiza<strong>do</strong> pelo NúcleoInox, apurou <strong>que</strong>, nos distritos industriais <strong>de</strong> CampoGran<strong>de</strong>, Palmares, Paciência e Santa Cruz, operam cerca<strong>de</strong> 130 empresas <strong>de</strong> m<strong>é</strong>dio e gran<strong>de</strong> porte e existeum significativo potencial para o <strong>de</strong>senvolvimentoindustrial e tecnológico nas regiões administrativas<strong>de</strong> Bangu, Campo Gran<strong>de</strong> e Santa Cruz.


ATRAIR EMPRESAS DE FORADe acor<strong>do</strong> com o estu<strong>do</strong>, a região, <strong>que</strong> correspon<strong>de</strong> aaproximadamente 30% da <strong>área</strong> geográfica <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong>Janeiro e conta com população estimada em 1,5 milhão<strong>de</strong> pessoas, oferece facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> infra-estrutura e disponibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> terrenos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s às ativida<strong>de</strong>s produtivas– os chama<strong>do</strong>s distritos industriais implanta<strong>do</strong>spelo governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. São tamb<strong>é</strong>m elementos facilita<strong>do</strong>resda vocação industrial, o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> dapopulação adulta (taxa <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> 95%), a existência<strong>de</strong> escolas <strong>do</strong> Senai e a proximida<strong>de</strong> com centrosuniversitários, tecnológicos e instituições <strong>de</strong> pesquisas.Combina<strong>do</strong> com outros pontos <strong>que</strong> apontam existir,na região, um padrão <strong>de</strong> especialização produtivana <strong>área</strong> <strong>do</strong> inox (segun<strong>do</strong> o Guia Brasileiro <strong>do</strong> Aço Inoxidável2007, há mais <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> empresas<strong>que</strong> processam o inox ou fornecem produtos para seuprocessamento na região), o levantamento permitesupor <strong>que</strong> a localida<strong>de</strong> oferece vantagens comparativaspara a implantação <strong>de</strong> um <strong>pólo</strong> metal-mecânicocom ênfase no processamento <strong>de</strong> aço inoxidável.Para a professora Renata Lèbre La Rovere, <strong>do</strong> Grupo<strong>de</strong> Economia <strong>de</strong> Inovação <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Economiada Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro (IE/UFRJ),as vantagens da localização e <strong>do</strong>s <strong>município</strong>s <strong>do</strong> seuentorno geográfico po<strong>de</strong>m ser ampliadas e consolidadas.“Isso seria possível caso se consiga atrair umconjunto <strong>de</strong> empresas estrangeiras <strong>que</strong> trabalhemcom aço inox para se instalar na região e, concomitantemente,<strong>de</strong>senvolver maior capacitação t<strong>é</strong>cnica e<strong>de</strong> produto e processo em aço inox”, avalia.A implantação da fábrica e showroom da Falmec <strong>do</strong>Brasil, em Bangu, foi uma esp<strong>é</strong>cie <strong>de</strong> c<strong>é</strong>lula-mater <strong>do</strong>cogita<strong>do</strong> aglomera<strong>do</strong> <strong>de</strong> empresas especializadas noprocessamento <strong>de</strong> aço inoxidável – ainda <strong>que</strong> ela tenhase instala<strong>do</strong> na região antes <strong>de</strong> a id<strong>é</strong>ia <strong>do</strong> <strong>pólo</strong> ser formalizada.A empresa <strong>de</strong> origem italiana, <strong>que</strong> produz coifas,fornos, cook-tops e <strong>do</strong>minós (artigos on<strong>de</strong> o açoinox tem presença fundamental), planeja expandirsuas ativida<strong>de</strong>s com a incorporação <strong>de</strong> uma linha <strong>de</strong>fogões <strong>do</strong>m<strong>é</strong>sticos em uma joint-venture com a Smeg.Peri Cozer Olhovetchi, presi<strong>de</strong>nte da Falmec Brasile vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Conselho Deliberativo <strong>do</strong> NúcleoInox, <strong>é</strong> um entusiasta da id<strong>é</strong>ia. Em parceria com oNúcleo Inox, ele vem coor<strong>de</strong>nan<strong>do</strong> a formatação daproposta junto a órgãos governamentais no senti<strong>do</strong><strong>de</strong> tornar factível a constituição <strong>do</strong> <strong>pólo</strong>. A id<strong>é</strong>ia <strong>de</strong><strong>pólo</strong>s produtores não <strong>é</strong> recente, tampouco original,reconhece o empresário. “No pós-segunda guerramundial o <strong>de</strong>senvolvimento das regiões norte-nor<strong>de</strong>steda Itália foi estruturada a partir <strong>de</strong> concepçõesparecidas”, explica. “Quan<strong>do</strong> começamos a <strong>de</strong>senvolvernossa relação com empresas italianas, vislumbramosa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantar algo semelhante naregião on<strong>de</strong> estamos no Rio <strong>de</strong> Janeiro”, completa.FAPERJ APROVA PESQUISAUm passo importante nessa caminhada foi a a<strong>de</strong>sãoà proposta <strong>do</strong> Grupo <strong>de</strong> Economia da Inovação, <strong>do</strong>IE/UFRJ, <strong>que</strong> já <strong>de</strong>senvolveu experiências com arranjosprodutivos locais em outras cida<strong>de</strong>s fluminenses: emNova Friburgo, com um <strong>pólo</strong> <strong>de</strong> moda íntima, e, emMaca<strong>é</strong>, com um <strong>pólo</strong> <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s ligadas à extração<strong>de</strong> petróleo. Com o apoio da Fundação Carlos ChagasFilho <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro(Faperj), o grupo está <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> um diagnósticodas ativida<strong>de</strong>s econômicas da região no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>apurar e consolidar os da<strong>do</strong>s preliminares <strong>do</strong> Núcleo.Fernanda AlmeidaO vice-governa<strong>do</strong>rLuiz Fernan<strong>do</strong> Pezãoem reunião na fábricada Falmec. A id<strong>é</strong>ia<strong>de</strong> instalar <strong>pólo</strong>processa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> inoxagrada a autorida<strong>de</strong>sgovernamentaisJANEIRO/MARÇO 2008 • INOX 5


Zona Oeste <strong>do</strong> Município<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong>Janeiro tem vocaçãoindustrial e ofereceatrativos, infra-estruturae mão-<strong>de</strong>-obrapara atrair empresas –inclusive <strong>de</strong> fora <strong>do</strong> paísFotos FalmecAo final <strong>de</strong>sse diagnóstico <strong>que</strong>, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com aprofessora Renata, será concluí<strong>do</strong> em cerca <strong>de</strong> 12meses, está prevista a realização <strong>de</strong> um seminário<strong>que</strong> vai dar início aos <strong>de</strong>bates sobre as ações <strong>de</strong>governança necessárias para <strong>que</strong> o <strong>de</strong>senvolvimentolocal seja provoca<strong>do</strong>. Ela não arrisca indicar um prazopara <strong>que</strong> a “vonta<strong>de</strong>” <strong>de</strong> instalar o <strong>pólo</strong> se transformeem fato concreto. Mas tem expectativa <strong>de</strong> <strong>que</strong> eleconsiga mobilizar as partes interessadas na região aconcretizar seu <strong>de</strong>sejo o mais rápi<strong>do</strong> possível.A mesma cautela <strong>de</strong>monstra o presi<strong>de</strong>nte daFalmec. “Trata-se <strong>de</strong> um processo. Para você colheruma fruta, tem <strong>que</strong> plantar a semente, regar, esperara árvore crescer, florescer, e só <strong>de</strong>pois pensar emcolher a fruta”, compara. Olhovetchi <strong>de</strong>staca, por<strong>é</strong>m,<strong>que</strong> a dinâmica econômica atual no país tem motiva<strong>do</strong>os investimentos das empresas e esse <strong>é</strong> um fator<strong>de</strong> alento à concretização da id<strong>é</strong>ia.DivulgaçãoA iniciativa <strong>de</strong> consolidar nessa parte da capitalum <strong>pólo</strong> metal-mecânico especializa<strong>do</strong> em inox tevereceptivida<strong>de</strong> junto à prefeitura e ao governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Luiz Fernan<strong>do</strong> Pezão, vice-governa<strong>do</strong>r e secretárioestadual <strong>de</strong> obras, diz <strong>que</strong> o governo apóia todasas iniciativas <strong>que</strong> possam contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. “Na <strong>área</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico,o Esta<strong>do</strong> busca oferecer condições para a implantação<strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas por<strong>que</strong>acredita ser esse o caminho para fortalecer as empresasfluminenses e atrair novos investimentos para oRio <strong>de</strong> Janeiro”, argumenta.Ele acrescenta <strong>que</strong> cabe ao Esta<strong>do</strong> facilitar a implantação<strong>de</strong> empreendimentos com esse perfil, tantona <strong>área</strong> tributária como <strong>de</strong> infra-estrutura. “Quan<strong>do</strong>o <strong>pólo</strong> estiver em operação, a expectativa <strong>é</strong> <strong>que</strong> sejacapaz <strong>de</strong> gerar cerca <strong>de</strong> 30 mil empregos”. Al<strong>é</strong>m <strong>de</strong>ssesincentivos, Pezão abre perspectivas <strong>de</strong> <strong>que</strong> aInvest Rio (agência <strong>de</strong> fomento ao <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>) tome parte na implementação <strong>do</strong> <strong>pólo</strong>.“Quan<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> potencialida<strong>de</strong> estiver concluí<strong>do</strong>,pensaremos como a agência po<strong>de</strong>rá atuar no senti<strong>do</strong><strong>de</strong> oferecer condições <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> às empresas<strong>que</strong> se instalarem no <strong>pólo</strong>”, antecipa.Para o vice-governa<strong>do</strong>r, o <strong>pólo</strong> <strong>de</strong>ve contar comempresas maiores <strong>que</strong> formariam uma esp<strong>é</strong>cie <strong>de</strong>linha <strong>de</strong> produção para servir <strong>de</strong> apoio às pe<strong>que</strong>nase m<strong>é</strong>dias empresas. “A ArcelorMittal Inox Brasil (ex-Acesita) já <strong>de</strong>monstrou interesse em montar umacentral <strong>de</strong> distribuição na região, enquanto as italianasPrima, <strong>de</strong> corte, e Salvagnini, <strong>de</strong> <strong>do</strong>bra, estãoem negociações avançadas para instalar unida<strong>de</strong>sna Zona Oeste <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong>Janeiro”, informa.6 INOX •JANEIRO/MARÇO 2008


entrevistaGOVERNO INCENTIVA IMPLANTAÇÃO DE PÓLOA id<strong>é</strong>ia <strong>de</strong> implantar na Zona Oeste <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiroum <strong>pólo</strong> metal-mecânico com ênfase no aço inoxidável foi apresentadaa integrantes <strong>do</strong> governo estadual no ano passa<strong>do</strong> e <strong>de</strong>spertouinteresse por vários motivos. O vice-governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiroe secretário estadual <strong>de</strong> obras, Luiz Fernan<strong>do</strong> Pezão, explica o porquêQue motivos levaram o governo <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> – e o senhor em particular – a seconvencer <strong>de</strong> <strong>que</strong> essa po<strong>de</strong> ser, <strong>de</strong> fato,uma região com potencial para esse tipo<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento?No Brasil, o aço inoxidável tem consumomuito abaixo da m<strong>é</strong>dia mundial.Enquanto nos últimos cinco anos a Chinasuperou o Japão na produção <strong>do</strong> aço inox ese tornou tamb<strong>é</strong>m a maior consumi<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> produto, no Brasil, o consumo per capitaem 2007 ficou em 1,62 kg/habitante.Por exemplo, em Taiwan o consumo <strong>é</strong>maior <strong>que</strong> o brasileiro: 43 kg/ano per capita.Isso, apesar <strong>de</strong> possuirmos as maioresjazidas <strong>de</strong> min<strong>é</strong>rio <strong>de</strong> ferro e o fato <strong>de</strong> oEsta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro – em particular asregiões <strong>de</strong> Itaguaí e Santa Cruz – ser umprodutor importante. Todas essas condiçõesmostram o potencial <strong>de</strong> crescimento<strong>do</strong> consumo <strong>do</strong> produto [inox] no país e aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalar um <strong>pólo</strong> metalmecânico,especialmente na Zona Oeste<strong>do</strong> Município <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro,on<strong>de</strong> há espaço farto, infra-estrutura eproximida<strong>de</strong> com os produtores.“TODAS ESSAS CONDIÇÕES MOSTRAM O POTENCIALDE CRESCIMENTO DO CONSUMO DO PRODUTO [INOX]NO PAÍS E A OPORTUNIDADE DE INSTALAR UM PÓLOMETAL-MECÂNICO, ESPECIALMENTE NA ZONA OESTEDO MUNICÍPIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO”Fernanda AlmeidaDepois da apresentação da id<strong>é</strong>ia,quais foram os avanços no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> tornara proposta uma realida<strong>de</strong>?O <strong>projeto</strong> já foi aprova<strong>do</strong> pelo governo <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong>, por interm<strong>é</strong>dio da Fundação CarlosChagas Filho <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro (Faperj), <strong>que</strong> <strong>de</strong>stinouR$ 200 mil para a realização <strong>de</strong> umdiagnóstico <strong>do</strong> potencial da região. Esseestu<strong>do</strong> está sen<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong> pela Escola <strong>de</strong>Economia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong>Janeiro. O <strong>projeto</strong> <strong>é</strong> inspira<strong>do</strong> nos arranjosprodutivos italianos e tamb<strong>é</strong>m foi abraça<strong>do</strong>pelo Núcleo Inox e pela ArcelorMittal InoxBrasil (ex-Acesita).Há algum planejamento no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>,al<strong>é</strong>m <strong>de</strong> consolidar o <strong>pólo</strong>, oferecer à regiãomelhores alternativas <strong>de</strong> transporte?Certamente. Devemos começar a construir,no mês <strong>de</strong> abril, o Arco Metropolitano,uma ro<strong>do</strong>via com 145 quilômetros, importantíssimapara a<strong>que</strong>la região. A estrada,<strong>que</strong> começou a ser discutida há mais <strong>de</strong>30 anos, vai unir a BR-101 Norte, em Itaboraí,ao Porto <strong>de</strong> Itaguaí, canalizan<strong>do</strong> o tráfego<strong>de</strong> todas as estradas <strong>que</strong> chegam aoRio, como a BR-116 (Ro<strong>do</strong>via Presi<strong>de</strong>nteDutra) e a BR-040 (Rio-Juiz <strong>de</strong> Fora). A proposta<strong>é</strong> construir uma ro<strong>do</strong>via <strong>que</strong> possadar vazão ao gran<strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> cargas pesadas<strong>de</strong>ssas regiões, <strong>de</strong>safogar as principaisvias da região metropolitana – como aAvenida Brasil e a Ponte Rio-Niterói – e,tamb<strong>é</strong>m, facilitar o escoamento <strong>de</strong> produtos<strong>do</strong> Porto <strong>de</strong> Itaguaí, <strong>do</strong> Complexo Petroquímico<strong>de</strong> Itaboraí, e <strong>do</strong> <strong>pólo</strong> metal-mecânico,entre outros. Qual<strong>que</strong>r <strong>projeto</strong> <strong>que</strong>tem como objetivo o <strong>de</strong>senvolvimento econômico<strong>de</strong> uma região sempre necessita<strong>que</strong> o local receba intervenções na <strong>área</strong> <strong>de</strong>infra-estrutura e urbanística. Uma coisaleva a outra e <strong>que</strong>m sai ganhan<strong>do</strong> <strong>é</strong> apopulação, <strong>que</strong> passa a contar com umare<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços públicos <strong>que</strong> melhora suaqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.JANEIRO/MARÇO 2008 • INOX 7


merca<strong>do</strong>Crit<strong>é</strong>rios para fabricação <strong>de</strong> conexões OD irão ajudar indústrias <strong>de</strong> alimentos a comprarem peças <strong>que</strong> evitem problemas na sua produçãoStockXpertNORMA FIXA PARÂMETROSPARA PRODUÇÃO DECONEXÕES ODConexão <strong>que</strong> aten<strong>de</strong> fabricante <strong>de</strong> mobiliário não po<strong>de</strong> serusada nas indústrias <strong>de</strong> alimentosoleite longa vida, os sucos <strong>de</strong> frutas, o molho<strong>de</strong> tomate, o vinho, o refrigerante, al<strong>é</strong>m <strong>de</strong>outros alimentos <strong>que</strong> consumimos em casae nos restaurantes são processa<strong>do</strong>s em equipamentosindustriais nos quais o aço inoxidável quase sempreestá presente. Em suas diferentes configurações,o material <strong>é</strong> utiliza<strong>do</strong> tanto em componentes <strong>de</strong>ssasmáquinas como na “comunicação” entre elas. Numalinha <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> achocolata<strong>do</strong>s líqui<strong>do</strong>s, porexemplo, a “ponte” entre o equipamento <strong>que</strong> processaa mistura e a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> <strong>do</strong>sa a quantida<strong>de</strong> embalada <strong>é</strong>“construída” com tubos <strong>de</strong> aço inox.Componentes indispensáveis na união entre essestubos – e tamb<strong>é</strong>m no acoplamento <strong>de</strong>stes com osequipamentos – são as conexões <strong>de</strong> diferentes conformações(curvas, meias-curvas, tês), igualmenteem aço inoxidável. Para <strong>que</strong> essas peças asseguremuma “viagem” sem transtornos nesse trajeto, as conexões<strong>de</strong>vem seguir angulações milimetricamente perfeitase ter acabamentos <strong>que</strong> não ofereçam qual<strong>que</strong>r8 INOX •JANEIRO/MARÇO 2008


isco <strong>de</strong> contaminação para os alimentos ou possibilida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> segregar ou acumular o produto.At<strong>é</strong> o início <strong>de</strong>sse ano, no entanto, mesmo as gran<strong>de</strong>sindústrias <strong>de</strong> alimentos – <strong>que</strong>, em geral, possuem controlerigoroso <strong>de</strong> materiais e costumam pautar suascompras segun<strong>do</strong> normas t<strong>é</strong>cnicas – não tinham comose precaver <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong>ssa natureza. Motivo: nãohavia parâmetros para a fabricação <strong>de</strong>ssas conexões.Com a publicação, em 1 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2008, pela AssociaçãoBrasileira <strong>de</strong> Normas T<strong>é</strong>cnicas (ABNT) da normaABNT NBR 15562:2008, <strong>que</strong> estabelece requisitos geraispara a fabricação <strong>de</strong> conexões OD, foram estabelecidascondições para <strong>que</strong> a situação comece a se alterar.Conexões OD são a<strong>que</strong>las produzidas a partir <strong>de</strong> tubos<strong>de</strong> aços inoxidáveis, cuja medida nominal (<strong>do</strong> tubo)<strong>é</strong> <strong>de</strong>finida pelo diâmetro externo (outsi<strong>de</strong> diameter ouOD) em polegadas (exemplo 1" = 25,40 mm).CONCEITOS DIFERENTESWilly Lehmann An<strong>de</strong>rsen, diretor da Danflow Indústriae Com<strong>é</strong>rcio – fabricante <strong>de</strong> curvas, reduções,cruzetas e abraça<strong>de</strong>iras em inox –, explica <strong>que</strong>, no merca<strong>do</strong>,existem <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pe<strong>que</strong>nas oficinas <strong>que</strong> seconsi<strong>de</strong>ram habilitadas a produzir essas conexões. Nãodispõem, por<strong>é</strong>m, <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> processo e tampouco<strong>de</strong> equipamentos <strong>que</strong> possam assegurar o <strong>de</strong>sempenho<strong>de</strong> suas peças, sobretu<strong>do</strong> no <strong>que</strong> se refere a riscos<strong>de</strong> contaminação. Como comercializam seus produtospor valores consi<strong>de</strong>ravelmente inferiores conseguem,pelo custo, “sensibilizar” empresas <strong>que</strong> necessitam <strong>de</strong>conexões para aplicar em suas instalações.“Você po<strong>de</strong>, numa oficina qual<strong>que</strong>r, fabricar umacurva para ser empregada em pernas <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ira. Masessa mesma peça não po<strong>de</strong> e não <strong>de</strong>ve ser usada emlinhas <strong>de</strong> produção on<strong>de</strong> são transporta<strong>do</strong>s leite,sucos, vinho ou refrigerante. São conceitos diferentes”,pon<strong>de</strong>ra An<strong>de</strong>rsen. É provável <strong>que</strong> a edição danorma ABNT não freie <strong>de</strong> imediato essecom<strong>é</strong>rcio predatório. Por<strong>é</strong>m, ela estabelececrit<strong>é</strong>rios para a fabricação das conexõesOD no <strong>que</strong> se refere, por exemplo, àovalização, espessura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> eesquadrejamento das conexões, itens<strong>de</strong> suma importância na montagem <strong>de</strong>linhas e equipamentos industriais. Anorma tamb<strong>é</strong>m trata <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> acabamento<strong>de</strong>ssas conexões no <strong>que</strong> se refereao seu faceamento, tamboreamento e biselamento.Faceamento <strong>é</strong> um processo <strong>de</strong> acabamento <strong>que</strong>visa alcançar a planicida<strong>de</strong> das extremida<strong>de</strong>s da conexão;tamboreamento refere-se ao acabamento superficialrealiza<strong>do</strong> por abrasão em equipamento vibratório;e biselamento diz respeito ao processo <strong>de</strong> acabamentopara formação <strong>de</strong> uma <strong>área</strong> em ângulo <strong>de</strong> 37,5º nasextremida<strong>de</strong>s – o objetivo <strong>é</strong> facilitar a adição e penetração<strong>de</strong> material <strong>de</strong> solda.CUIDADOS NA AQUISIÇÃODe acor<strong>do</strong> com a norma – e as empresas compra<strong>do</strong>ras<strong>de</strong>vem ficar atentas a esse trecho –, as conexõesOD precisam apresentar certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> conten<strong>do</strong>as seguintes informações: data e ano <strong>de</strong> fabricação;número <strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> procedência <strong>do</strong> tubo aplica<strong>do</strong>como mat<strong>é</strong>ria-prima; campo <strong>de</strong> comprovação <strong>do</strong>controle dimensional e visual realiza<strong>do</strong> por amostragem<strong>do</strong> lote <strong>de</strong> conexões; para conexões <strong>que</strong> apresentemsolda, <strong>de</strong>ve ser informa<strong>do</strong> o processo aplica<strong>do</strong>,bem como a certificação da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> processo;<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> <strong>que</strong> as conexões foram produzidas e inspecionadas<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os re<strong>que</strong>rimentos da norma.O texto da norma começou a tomar consistência hácerca <strong>de</strong> três anos por iniciativa da Danflow. Nesse trabalho,a empresa contou com a consultoria <strong>do</strong> <strong>do</strong>utorem engenharia <strong>de</strong> materiais, Adayr Borro Júnior, daInox Site Assessoria T<strong>é</strong>cnica. Para o consultor a normaera uma necessida<strong>de</strong> imperiosa <strong>do</strong> setor para moralizar<strong>que</strong>stões relativas a materiais emprega<strong>do</strong>s, processose tolerâncias. Antes da normalização, havia,segun<strong>do</strong> Borro, total <strong>de</strong>scontrole nas <strong>que</strong>stões relativasà qualida<strong>de</strong> e, principalmente, às tolerâncias. “Aatual norma será uma base para outras <strong>que</strong> virão complementan<strong>do</strong>o assunto como, por exemplo, <strong>que</strong>stõesrelativas à superfície e sanitarida<strong>de</strong>”, <strong>prevê</strong>.Cerca <strong>de</strong> 20 empresas e entida<strong>de</strong>s, entre as quaiso Núcleo Inox, participaram <strong>do</strong>s trabalhos <strong>que</strong> resultaramna publicação da norma. Os principais setoresforam os fabricantes <strong>de</strong> conexões, indústrias <strong>de</strong> alimentos,indústrias químicas e petroquímicas, universida<strong>de</strong>se associações <strong>de</strong> classe.Conexões em aço inox:norma publicada emfevereiro informa quais<strong>de</strong>vem ser ascaracterísticas <strong>do</strong> produtoDanflowJANEIRO/MARÇO 2008 • INOX 9


tecnologiaSOLDAGEM EM INOXConheça um pouco mais da terminologia t<strong>é</strong>cnica da soldaBoyle2este número da Revista Inox faz parte da s<strong>é</strong>rie <strong>de</strong> mat<strong>é</strong>riast<strong>é</strong>cnicas sobre o assunto "Soldagem". Ainda introduzin<strong>do</strong> otema, traz a segunda e última parte da apresentação <strong>do</strong>stermos t<strong>é</strong>cnicos usa<strong>do</strong>s no segmento. A proposta <strong>de</strong>ste começo das<strong>é</strong>rie <strong>é</strong> fornecer a base para o entendimento das mat<strong>é</strong>rias seguintes.Lembran<strong>do</strong> <strong>que</strong> existem diversas maneiras <strong>de</strong> unir duas partesmetálicas. Dentre elas está a soldagem, <strong>que</strong> <strong>é</strong> um processo <strong>de</strong> junção,utilizan<strong>do</strong> uma fonte <strong>de</strong> calor, com ou sem aplicação <strong>de</strong> pressão.Fresta ou abertura - Espaço <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong>entre as bordas das peças a serem soldadas.Garganta - É a altura <strong>do</strong> triângulo forma<strong>do</strong>pelo filete, toman<strong>do</strong>-se como base aface e a raiz da solda (retângulo inscrito).Horizontal (filete) - Posição <strong>de</strong> soldagemem <strong>que</strong> uma das partes <strong>do</strong> metalbaseencontra-se no plano horizontal eoutra perpendicular a este plano.Fresta (abertura)10 INOX •JANEIRO/MARÇO 2008


Inclusão <strong>de</strong> Escória - Material não-metálicoencontra<strong>do</strong> no interior <strong>de</strong> uma solda.Inclusão <strong>de</strong> escóriaJunta - Região on<strong>de</strong> duas ou mais peçasserão unidas por soldagem.Metal <strong>de</strong> Adição - Metal adiciona<strong>do</strong> emesta<strong>do</strong> <strong>de</strong> fusão durante o processo <strong>de</strong>soldagem.Metal <strong>de</strong> adiçãoPenetração da Solda - É a profundida<strong>de</strong>atingida pela <strong>zona</strong> fundida no metal <strong>de</strong>base.Parte superiorParte superiorPerna da Solda - É a medida <strong>do</strong> cateto<strong>de</strong> um filete <strong>de</strong> solda.Pós-a<strong>que</strong>cimento - Consiste em a<strong>que</strong>cer apeça imediatamente <strong>de</strong>pois da operação<strong>de</strong> soldagem, at<strong>é</strong> atingir uma <strong>de</strong>terminadatemperatura.Pr<strong>é</strong>-a<strong>que</strong>cimento - Consiste em a<strong>que</strong>cer apeça imediatamente antes da operação dasoldagem, at<strong>é</strong> atingir uma <strong>de</strong>terminadatemperatura.Posiciona<strong>do</strong>r - Dispositivo para pren<strong>de</strong>ra peça a ser soldada na posição maisa<strong>de</strong>quada ao trabalho.Metal-base - Material da peça a sersoldada.Metal-baseMetal-basePernaPernaPonto <strong>de</strong> Fusão - Temperatura em <strong>que</strong> ometal passa <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> sóli<strong>do</strong> para o líqui<strong>do</strong>.Poça <strong>de</strong> Fusão - É o metal líqui<strong>do</strong> sob oarco el<strong>é</strong>trico.Raiz da Solda - Ponto mais profun<strong>do</strong> <strong>do</strong>cordão em sua secção transversal.Mor<strong>de</strong>dura - É uma reentrância nometal-base, vista na margem da solda.Poça <strong>de</strong> fusãoMor<strong>de</strong>duraNariz (face da raiz) - É a parte reta naraiz <strong>do</strong> chanfro.NarizPolarida<strong>de</strong> Direta (-) - É quan<strong>do</strong> o eletro<strong>do</strong>está liga<strong>do</strong> no <strong>pólo</strong> negativo e apeça no <strong>pólo</strong> positivo da máquina <strong>de</strong>soldar em corrente contínua.Reforço da Solda - É o metal <strong>de</strong> solda<strong>que</strong> ultrapassa a superfície <strong>do</strong> metal <strong>de</strong>base na face da solda.ReforçoPasse - Progressão <strong>do</strong> eletro<strong>do</strong> ao longo<strong>do</strong> eixo da solda, com <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong>material.Polarida<strong>de</strong> Inversa ou Reversa (+) - Équan<strong>do</strong> o eletro<strong>do</strong> está liga<strong>do</strong> no <strong>pólo</strong>positivo e a peça no <strong>pólo</strong> negativo damáquina <strong>de</strong> soldar em corrente contínua.Revestimento <strong>do</strong> Eletro<strong>do</strong> - Material <strong>que</strong>envolve a alma (núcleo) <strong>do</strong> eletro<strong>do</strong>.PasseEixo <strong>de</strong> soldaRevestimentoNúcleoJANEIRO/MARÇO 2008 • INOX 11


Símbolo <strong>de</strong> Solda - Representação gráficada solda e da<strong>do</strong>s para sua execução.Tipo esquadroGabarito - É uma ferramenta constituída<strong>de</strong> chapa <strong>de</strong> aço, <strong>de</strong> forma geom<strong>é</strong>tricavariável <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o tipo <strong>de</strong> trabalhoa ser executa<strong>do</strong>. São utiliza<strong>do</strong>s emsubstituição aos instrumentos <strong>de</strong> precisão,para padronizar dimensões <strong>de</strong> cordões,filetes, verificação <strong>de</strong> esquadro,ângulos <strong>de</strong> chanfros, etc. Nas figurasabaixo mostramos os principais tipos <strong>de</strong>gabaritos utiliza<strong>do</strong>s nas operações <strong>de</strong>soldagem e suas aplicações.Solda Contínua - Solda <strong>que</strong> se esten<strong>de</strong> aolongo da junta sem <strong>que</strong> haja interrupção.Tipo cunhaTipo caniveteSoldagem Manual - Processo <strong>de</strong> soldagemexecuta<strong>do</strong> e controla<strong>do</strong> manualmente.Voltagem <strong>do</strong> Arco (Tensão em operação)- Tensão existente no circuito durante asoldagem.Para verificarreforço da soldaVoltagem em Vazio (Tensão em vazio) -Tensão existente no circuito quan<strong>do</strong> não seestá soldan<strong>do</strong>.Zona Fundida - Região on<strong>de</strong> o materialfundiu-se e solidificou-se.Zona Afetada Termicamente (Z.A.T.) - É a<strong>área</strong> <strong>do</strong> metal-base próxima à solda <strong>que</strong>sofreu modificações micro-estruturais<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao calor gera<strong>do</strong> pela soldagem.Para verificar oângulo <strong>do</strong> chanfroe a face da raiz(nariz)Gabarito semicircularGabaritoZona afetadatermicamenteMedi<strong>do</strong>r <strong>de</strong> solda em ânguloe <strong>de</strong> reforço <strong>de</strong> saldaMedição da pernada soldaVerificação<strong>de</strong> reforçoVerificaçãoda gargantada saídaVerificação<strong>do</strong>s limites <strong>de</strong>tolerância <strong>de</strong>soldasconvexasFONTES• Apostila “Soldagem <strong>do</strong>s Aços Inoxidáveis”, S<strong>é</strong>rgio Duarte Brandi (Acesita, 1997). Republicada pelo Núcleo Inox em agosto/2002• “Manual T<strong>é</strong>cnico <strong>de</strong> Soldagem <strong>do</strong> Aço Inox”, Messias Jos<strong>é</strong> <strong>de</strong> Carvalho12 INOX •JANEIRO/MARÇO 2008


curtasPROJETO BATATAIS CRESCEO Núcleo Inox realizou, em Batatais, uma palestra sobremanuseio e estocagem <strong>do</strong> inox. O encontro reuniu cerca<strong>de</strong> 50 participantes, representan<strong>do</strong> 11 empresas. O eventofaz parte <strong>do</strong> Projeto Setorial Metal-Mecânico da cida<strong>de</strong>,esforço <strong>que</strong> conta tamb<strong>é</strong>m com o apoio <strong>do</strong> Serviço Brasileiro<strong>de</strong> Apoio às Micro e Pe<strong>que</strong>nas Empresas (Sebrae-SP), Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Industrial (Senai),Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo (Fiesp),Centro das Indústrias <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo (Ciesp), Secretaria<strong>de</strong> Indústria e Com<strong>é</strong>rcio <strong>de</strong> Batatais e AssociaçãoComercial e Empresarial <strong>de</strong> Batatais.Para o consultor <strong>do</strong> Núcleo Inox, Eduar<strong>do</strong> Henri<strong>que</strong> daCunha, houve um volume maior <strong>de</strong> participantes nesteano, em comparação com a palestra ministrada em 2007.Neste cenário, o <strong>projeto</strong> preten<strong>de</strong> realizar um curso sobreTrabalhabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Aço Inoxidável, nos dias 7 a 11 <strong>de</strong> abril,na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> interior paulista.DivulgaçãoInteresse em qualificação e conhecimento sobre aço inox tem atraí<strong>do</strong> profissionais paraeventos <strong>do</strong> Núcleo Inox em BatataisE-LEARNING TEM NOVO MÓDULOUma das <strong>área</strong>s mais procuradas <strong>do</strong> site <strong>do</strong> Núcleo Inox (www.nucleoinox.com.br)<strong>é</strong> o E-learning, <strong>que</strong> oferece informações e dicas para especialistas, t<strong>é</strong>cnicos epara micro e pe<strong>que</strong>nas empresas <strong>que</strong> trabalham com o aço inox. Neste começo<strong>de</strong> ano, a entida<strong>de</strong> amplia a gama <strong>de</strong> recursos ofereci<strong>do</strong>s pelo site e apresentao novo módulo:Boas Práticas <strong>de</strong> fabricação.Desenvolvi<strong>do</strong>pelo Nickel Institute,a aula foi traduzidapelo Núcleo Inox, <strong>que</strong>adaptou a linguagemao merca<strong>do</strong> brasileiro.No E-learning tamb<strong>é</strong>mhá módulos específicospara arquitetose engenheiros.MAIS ACESSOS AO SITEO site <strong>do</strong> Núcleo Inox (www.nucleoinox.com.br) bateurecor<strong>de</strong> em 2007, registran<strong>do</strong> um aumento significativo<strong>de</strong> acessos em relação ao ano anterior. A home recebeucerca <strong>de</strong> 280.000 visitas, o equivalente a 766 visitasdiárias. A marca <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2006 foi <strong>de</strong> aproximadamente89 mil acessos. As <strong>área</strong>s mais procuradasforam: o Guia Inox, com 40%; a seção <strong>de</strong> Notícias, 21%;e as seções <strong>de</strong> Informações T<strong>é</strong>cnicas, E-learning eoutros, 14%. O número <strong>do</strong> pageviews e páginas impressastamb<strong>é</strong>m registrou crescimento consi<strong>de</strong>rável, passou<strong>de</strong> 600.732, em 2006, para 1.401.119, em 2007.NOVO ASSOCIADOA empresa Aços Caporal <strong>é</strong> a mais nova associada <strong>do</strong>Núcleo Inox.PALESTRANTES INTERNACIONAIS NO INOX 2008O Ciclo <strong>de</strong> Palestras Temáticas – <strong>que</strong> faz parte <strong>do</strong> Inox 2008, eventoorganiza<strong>do</strong> pelo Núcleo Inox a ser realiza<strong>do</strong> entre os dias 12 a 14 <strong>de</strong>novembro, no Centro <strong>de</strong> Eventos São Luís, em São Paulo – SP, já contacom a confirmação <strong>de</strong> <strong>do</strong>is palestrantes internacionais: o consultoraustríaco Markus Moll e um especialista <strong>do</strong> NIDl-Nickel Institute, <strong>que</strong>falará sobre as aplicações <strong>do</strong> inox na indústria off-shore.Markus Moll, da consultoria austríaca SMR, irá abordar as perspectivase tendências <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> mundial <strong>de</strong> aço inoxidável.Al<strong>é</strong>m <strong>do</strong> Ciclo <strong>de</strong> Palestras, o Inox 2008 inclui a III Feinox 2008 –Feira da Tecnologia <strong>de</strong> Transformação <strong>do</strong> Aço Inoxidável, <strong>que</strong> játem confirmada a participação <strong>de</strong> 60 empresas; e o IX SeminárioBrasileiro <strong>do</strong> Aço Inoxidável.INSCREVA SEU TRABALHOO IX Seminário Brasileiro <strong>do</strong> Aço Inoxidável apresentará trabalhost<strong>é</strong>cnicos seleciona<strong>do</strong>s pela Comissão Organiza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> evento.Os interessa<strong>do</strong>s <strong>de</strong>verão enviar os resumos <strong>do</strong>s trabalhos at<strong>é</strong>o dia 30 <strong>de</strong> maio. Po<strong>de</strong>m participar estudantes, especialistas et<strong>é</strong>cnicos <strong>que</strong> <strong>de</strong>senvolveram estu<strong>do</strong>s sobre inox nas mais diversas<strong>área</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> saneamento, aplicações m<strong>é</strong>dico-o<strong>do</strong>ntológicasat<strong>é</strong> soldagem e tratamentos t<strong>é</strong>rmicos.Os resumos, com no máximo 200 palavras, <strong>de</strong>vem seguir por e-mail (nucleoinox@nucleoinox.org.br) conten<strong>do</strong> no corpo da mensagemo título <strong>do</strong> trabalho, autor principal, afiliação, en<strong>de</strong>reço completo(inclusive com CEP), telefones (fixo e celular), e-mail.14 INOX •JANEIRO/MARÇO 2008

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