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Efeito da Temperatura e Tempo de Austenitização nas ...

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<strong>Efeito</strong> <strong>da</strong> <strong>Temperatura</strong> e <strong>Tempo</strong> <strong>de</strong> <strong>Austenitização</strong> <strong>nas</strong> Transformações <strong>de</strong>Fase <strong>da</strong> Liga 13Cr2Ni0,1CNei<strong>de</strong> Apareci<strong>da</strong> MarianoProfessora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> São Francisco/PPG-ECMnei<strong>de</strong>.mariano@saofrancisco.edu.brMarcus Galen<strong>de</strong>marcusgalen<strong>de</strong>@bol.com.brUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> São Francisco/Engenharia MecânicaCamila Alves LaveliUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> São Francisco/Engenharia <strong>de</strong> Materiaiscamila_lavelly@hotmail.comMarcos Alexandre Fernan<strong>de</strong>sMestrando <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> São Francisco/PPG-ECMeng_marcosfernan<strong>de</strong>s@yahoo.com.brResumoNovas classes <strong>de</strong> aços inoxidáveismartensíticos, com baixo teor <strong>de</strong> carbono,têm sido <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s, para aten<strong>de</strong>rprincipalmente às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do segmento<strong>da</strong> indústria do petróleo. Contudo, o seu usotem sido restrito pelo fato <strong>de</strong> ser um<strong>de</strong>senvolvimento recente e muitas <strong>de</strong> suasproprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s ain<strong>da</strong> são motivos <strong>de</strong>investigação. Neste trabalho foram<strong>de</strong>terminados os valores <strong>da</strong>s temperaturasinicial e final <strong>da</strong> transformação austenítica eas temperaturas <strong>de</strong> início e fim <strong>da</strong> formaçãomartensítica, para a liga 13Cr2Ni0,1C,através <strong>de</strong> ensaios dilatométricos comresfriamento contínuo. Com base nessesresultados, foram obti<strong>da</strong>s as condiçõesotimiza<strong>da</strong>s dos tratamentos térmicos <strong>de</strong>têmpera e revenido. A caracterizaçãomicroestrutural <strong>da</strong>s ligas na condição <strong>de</strong>bruta fusão foi realiza<strong>da</strong> por microscopiaótica observando-se uma matriz martensíticacom a presença <strong>de</strong> ferrita <strong>de</strong>lta.Palavras-chave: aço inoxidável,dilatometria, têmpera, revenido.AbstractNew classes of martensitic stainlesssteels, with low carbon levels, have been<strong>de</strong>veloped aiming to meet the needs of thepetroleum industry segment. However, theiruse has been restricted due to the fact it is arecent <strong>de</strong>velopment and many of itsproperties are still un<strong>de</strong>r investigation. Thiswork <strong>de</strong>termines the values of initial andfinal temperatures for the austenitictransformation and the initial and finaltemperatures of martensitic formation foralloy 13Cr2Ni0,1C, by means of dilatometrictests un<strong>de</strong>r continuous cooling. Based onthese results the optimized conditions forquench and temper heat treatments wereobtained. The microstructuralcharacterization of the alloys un<strong>de</strong>r coarsefusion condition was carried out by opticalmicroscopy and the presence of <strong>de</strong>lta-ferritein the martensitic matrix was observed.Keywords: stainless steel, dilatometry,temper, quenchMetalurgia Física 36


1. IntroduçãoNas últimas déca<strong>da</strong>s foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>snovas classes <strong>de</strong> aços inoxidáveis martensíticos,com teores <strong>de</strong> carbono <strong>de</strong> 0,01-0,1%C, cromo11-13%Cr e níquel 2-6%, com o objetivo <strong>de</strong>aten<strong>de</strong>r principalmente às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dosegmento <strong>da</strong> indústria do petróleo (Deleu et al.,1999; Kondo et al., 1999; Straube, 1988;Smolenka, et al., 2001).No entanto, o <strong>de</strong>safio tem sido <strong>de</strong>senvolverligas que associem boa resistência mecânica,sol<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong>, resistência à corrosão e baixocusto, para serem utiliza<strong>da</strong>s como alternativaviável no campo <strong>de</strong> produção <strong>da</strong>s indústriasquímica e petroquímica.Essa nova classe <strong>de</strong> aço inoxidávelmartensítico foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> baseando-se nametalurgia dos aços inoxidáveis martensíticosconvencionais com 13%Cr-0,2%C, com oobjetivo <strong>de</strong> aumentar o teor <strong>de</strong> cromo na matriz,evitando a precipitação <strong>de</strong> carbetos do tipoCr 23 C 6 . Para isso, foi necessário diminuir o teor<strong>de</strong> carbono e conseqüentemente adicionarníquel, entre outros elementos <strong>de</strong> liga como Cu,Mn e Co, que promovessem a estabilização <strong>da</strong>fase austenítica (γ) e evitando a formação <strong>de</strong>ferrita <strong>de</strong>lta (δ) na temperatura <strong>de</strong>austenitização, que po<strong>de</strong>riam prejudicar asproprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s mecânicas do material (Park &Park, 2007).No entanto a redução do teor <strong>de</strong> carbono e apresença <strong>de</strong> cromo nos aços inoxidáveismartensíticos, além <strong>de</strong> estreitar o campoaustenítico. tornam a ferrita <strong>de</strong>lta estável emtemperaturas mais baixas, o que ten<strong>de</strong> adiminuir a tenaci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Este efeito é compensadocom a adição <strong>de</strong> níquel, para expandir o campoaustenítico e estreitar o campo <strong>da</strong> ferrita <strong>de</strong>lta,restringindo-o a temperaturas mais eleva<strong>da</strong>s,porém, abaixa consi<strong>de</strong>ravelmente astemperaturas <strong>de</strong> início (Ms) e <strong>de</strong> fim (Mf) <strong>da</strong>transformação martensítica, por isso,normalmente é utilizado um teor máximo <strong>de</strong> 6%<strong>de</strong> Ni (Leem et al., 2001; Toussanint & Van DerWin<strong>de</strong>n, 2001).A alta temperabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes aços se <strong>de</strong>veprincipalmente à presença <strong>de</strong> níquel e cromo,garantindo que mesmo em peças <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>ssecções ocorra a formação <strong>da</strong> estruturamartensítica em seu núcleo com resfriamento aoar (Toussaint & Dufrane, 2002).Os aços inoxidáveis martensíticosgeralmente são austenitizados acima <strong>da</strong>temperatura inicial <strong>da</strong> transformação austenítica,Ac3, temperatura na qual, ocorre a dissolução<strong>de</strong> carbonetos e a <strong>de</strong>composição <strong>da</strong> ferrita <strong>de</strong>lta,oriun<strong>da</strong> do material <strong>de</strong> bruta fusão. Atemperatura <strong>de</strong> austenitização não <strong>de</strong>ve sermuito baixa, pois po<strong>de</strong> levar a baixos valores <strong>de</strong>tenaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à não-dissolução doscarbonetos, e não <strong>de</strong>ve ser muito alta para evitaro crescimento acentuado dos grãos austeníticos.Assim, o objetivo <strong>de</strong>ste do trabalho foiobter os valores <strong>da</strong>s temperaturas inicial (Ac3) efinal (Ac1) <strong>da</strong> transformação austenítica e astemperaturas <strong>de</strong> início (Ms) e <strong>de</strong> fim (Mf) <strong>da</strong>formação martensítica. Assim como caracterizara microestrutura e i<strong>de</strong>ntificar as fases presentesna condição <strong>de</strong> bruta fusão.2. Materiais e MétodosFoi utilizado o aço inoxidável martensíticofundido 13Cr2Ni0,1C, (ASTM A487/A487M-98), a partir <strong>de</strong> sucata fundi<strong>da</strong>, utilizando-se umforno convencional a arco elétrico, com refinonum forno AOD (<strong>de</strong>scarbonetação argôniooxigênio).A Tabela 1 apresenta a composiçãoquímica nominal em % em peso, do aço emestudo.Tabela 1- Composição química do açoinoxidável martensítico (% peso).C Si Mn Cr Mo Ni Cu0,095 0,92 0,75 12,61 0,15 2,05 0,028A liga foi caracteriza<strong>da</strong> na condição <strong>de</strong>bruta fusão. Para revelar a microestrutura foiutilizado um ataque químico por imersão atemperatura ambiente e o reagente químicoempregado foi o <strong>de</strong> Behara. A difração <strong>de</strong> raios-X foi utiliza<strong>da</strong> para i<strong>de</strong>ntificar as fases presentesna liga. Os ensaios <strong>de</strong> dilatometria foramrealizados num dilatômetro <strong>de</strong> resfriamentorápido mo<strong>de</strong>lo RB-1000. Os corpos <strong>de</strong> prova(cps) foram usinados a partir dos aços no estado<strong>de</strong> bruta fusão, na forma <strong>de</strong> cilindros comMetalurgia Física 37


diâmetro <strong>de</strong> 0,2mm e comprimento <strong>de</strong> 20-27mm, segundo especificações do equipamento.As curvas dilatométricas foram obti<strong>da</strong>s emfunção <strong>da</strong>s variações do comprimento do corpo<strong>de</strong> prova (ΔL/Lo) e a taxa <strong>de</strong> temperaturarequeri<strong>da</strong>. Eles foram austenitizados a 950ºC e1100ºC e os tempos <strong>de</strong> encharque foram <strong>de</strong> 10,20 e 30 minutos para ambas as temperaturas,com o objetivo <strong>de</strong> obter os valores <strong>de</strong> A c1 ; A c3 ;Ms e Mf. Os ciclos térmicos utilizados estãomostrados na Tabela 2.proporções, a presença <strong>de</strong> carbonetos queprecipitaram durante a solidificação.Normalmente, essas fases não aumentam aresistência e a dureza <strong>da</strong> martensita nessa liga,mas po<strong>de</strong>m contribuir para sua fragilização.A Figura 2 mostra os resultados obtidos pordifração <strong>de</strong> raios–X para a liga sem qualquertratamento térmico prévio. Os picos principaisse referem à fase FeCr e observa-se que ape<strong>nas</strong>os planos <strong>da</strong> fase ferrita (110), foram difratados.Tabela 2 - Parâmetros utilizados no ciclotérmico para os ensaios <strong>de</strong> dilatometria.CicloTaxa Tf(ºC)Ti(ºC)térmico(ºC/s)Aquec. 25 5950/1100t=10;20;30minResfr. 950/1100 25 50Ti = temperatura inicial; Tf = temperatura finalintensi<strong>da</strong><strong>de</strong> (u.a.)1000800600400200(110) αliga:13Cr2Ni0,1C(211) α3. Resultados e Discussão0(200) αA Figura 1 apresenta a fotomicrografia <strong>da</strong>liga 13Cr2Ni0,1C na condição <strong>de</strong> bruta fusão,obti<strong>da</strong> por microscopia ótica. Não ocorreuvariação significativa <strong>da</strong> microestrutura <strong>nas</strong>direções transversal e longitudinal. E observa-seque estão presentes na matriz martensítica,precipitados <strong>de</strong> carbonetos (região escura) eferrita (região branca), nos contornos <strong>de</strong> grão.Figura 1- Microestrutura <strong>da</strong> liga 13Cr2Ni0,1Cna condição <strong>de</strong> bruta fusão, obti<strong>da</strong> pormicroscopia ótica. Ataque químico: Behara.Além <strong>de</strong>ssa fase, observa-se pequenaquanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ferrita <strong>de</strong>lta e, em menores0 20 40 60 80 1002θ (graus)Figura 2- Difratograma <strong>da</strong> liga 13Cr2,0Ni0,1Cna condição <strong>de</strong> bruta fusão.A Figura 3 apresenta os dilatogramasobtidos durante o aquecimento à 950 o C e1100 o C, seguido <strong>de</strong> resfriamento. Para efeitoilustrativo, as Figuras 4 e 5 mostram em <strong>de</strong>talheo trecho <strong>de</strong> aquecimento e resfriamento dodilatograma, on<strong>de</strong> ocorrem as transformaçõesaustenítica e martensítica, para a uma <strong>da</strong>scondições estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s (austenitização a 1100 o Cpor 30minutos). Observa-se que o tempo <strong>de</strong>encharque <strong>nas</strong> temperaturas <strong>de</strong> austenitizaçãonão tiveram influência significativa nos valoresobtidos <strong>de</strong> Ac1, Ac3, Ms e Mf.A Tabela 3 mostra os valores médiosobtidos <strong>de</strong> Ac1, Ac3, Ms e Mf, <strong>nas</strong> condiçõesestu<strong>da</strong><strong>da</strong>s. O diagrama <strong>de</strong> equilíbrio, para asligas Fe-Cr (Folkhard, 1988), mostra que, para oaço utilizado neste trabalho, o campo <strong>da</strong> ferritaδ se localiza entre 1300 e 1230ºC. Assim, apesar<strong>da</strong> temperatura <strong>de</strong> transformação γ-δ não tersido <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>, recomen<strong>da</strong>-se que atemperatura mínima <strong>de</strong> austenitização seja <strong>de</strong>1000 o C nos tratamentos <strong>de</strong> têmpera, paraMetalurgia Física 38


garantir que os aços sejam austenitizadossomente <strong>de</strong>ntro do campo <strong>da</strong> fase gama.Δl/L o(10 -3 )Δl/L o(10 -3 )121086420-2-4-6151050-5-10tempo <strong>de</strong> encharque:10 minutostempo <strong>de</strong> encharque:20 minutostempo <strong>de</strong> encharque:30 minutosTaxa <strong>de</strong> aquecimento 5 o C/sTaxa <strong>de</strong> resfriamento 25 o C/s<strong>Temperatura</strong>=950 o C0 200 400 600 800 1000<strong>Temperatura</strong> ºC(a)tempo <strong>de</strong> encharque:10 minutostempo <strong>de</strong> encharque:20 minutostempo <strong>de</strong> encharque:30 minutosTaxa <strong>de</strong> aquecimento 5 o C/sTaxa <strong>de</strong> resfriamento 25 o C/s<strong>Temperatura</strong>=1100 o C0 200 400 600 800 1000 1200<strong>Temperatura</strong> ºC(b)Figura 3 - Dilatograma do aço 13Cr2Ni0,1C. (a)Aquecimento à 950 o C; (b) Aquecimento à1100 o C.Δl/L ox (10 -3 )eixo esquerdoresfriamento10 eixo direito; <strong>Temperatura</strong>=1100 o C; tempo <strong>de</strong> encharque <strong>de</strong> 30min.50-5-10-15-20Mf=85 o CMs=270 o C0 200 400 600 800 1000 1200<strong>Temperatura</strong> ( o C)Figura 5– Detalhe <strong>da</strong> região do dilatogramaon<strong>de</strong> ocorreram as transformações(resfriamento).Tabela 3 - Valores <strong>de</strong> Ac1, Ac3, Ms e Mfobtidos para a liga 13Cr2Ni0,1C.6004002000-200<strong>Temperatura</strong>s <strong>de</strong> autenitização = 950 o Ctempos <strong>de</strong>encharque (min)Ac1(ºC)Ac3(ºC)Ms(ºC)[d(Δl/lo)/dT] x (10 -3 )Mf(ºC)10 740 920 280 8520 750 910 280 8530 740 910 270 80<strong>Temperatura</strong>s <strong>de</strong> autenitização = 1100 o Ctempos <strong>de</strong>encharque (min)Ac1(ºC)Ac3(ºC)Ms(ºC)Mf(ºC)10 745 920 270 8520 740 920 270 9030 750 910 270 85Δl/L ox (10 -3 )12840eixo esquerdoeixo direitoaquecimento<strong>Temperatura</strong>=1100 o C; tempo <strong>de</strong> encharque <strong>de</strong> 30min.918 o C900770 o C740806040200-20[d(Δl/lo)/dT] x (10 -3 )As temperaturas <strong>de</strong> início (Ms) e <strong>de</strong> fim(Mf) <strong>da</strong> transformação martensítica sãoinfluencia<strong>da</strong>s pelos elementos <strong>de</strong> liga emsolução sóli<strong>da</strong> na austenita e po<strong>de</strong>m serrelaciona<strong>da</strong>s, como sugerido por Folkhard, pelaseqs. (1) e (2) (Folkhard, 1988):Ms = 492-12.%C-65,5.%Mn-10.%Cr-29.%Ni (1)Mf = Ms - 150ºC (2)0 200 400 600 800 1000 1200<strong>Temperatura</strong> ( o C)Figura 4 – Detalhe <strong>da</strong> região do dilatogramaon<strong>de</strong> ocorreram as transformações(aquecimento).Os valores <strong>de</strong> Ms e Mf calculados estãoapresentados na Tabela 4. Po<strong>de</strong>-se observar queos valores calculados divergem dos valoresencontrados experimentalmente. Isto se <strong>de</strong>ve aofato <strong>da</strong>s equações propostas serem umaMetalurgia Física 39


simplificação <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> metalúrgica dos aços.Além disso, a Ms é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte tanto doselementos <strong>de</strong> liga solubilizados na austenitaquanto <strong>da</strong> temperatura <strong>de</strong> austenitização, umavez que esta variável tem influência nadissolução <strong>de</strong> precipitados e na concentração <strong>de</strong>elementos <strong>de</strong> liga em solução.Tabela 4 - Valores <strong>de</strong> Ms e Mf calculados.liga Ms (ºC) Mf (ºC)13Cr2Ni0,1C 256 106Pela eq. (1), observa-se a influência docarbono, manganês e níquel na redução <strong>da</strong>temperatura Ms. Deve-se lembrar, porém, queisso é uma simplificação e que, na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, amaioria dos elementos <strong>de</strong> liga em solução sóli<strong>da</strong>na austenita abaixa a temperatura Ms.A eq. (2) mostra que o intervalo <strong>de</strong>temperatura inicial e final <strong>da</strong> transformaçãomartensítica é constante e igual a 150ºC. Aocontrário <strong>da</strong> temperatura Ms, que é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntedos elementos <strong>de</strong> liga solubilizados na austenita.Os resultados obtidos <strong>da</strong> temperatura Ms,mostraram-se invariável em relação às taxas <strong>de</strong>resfriamento, conforme observado por Leem(Leem et al., 2001), para taxas entre 0 e 50ºC/s.4. ConclusõesA liga 13Cr2Ni0,1C na condição <strong>de</strong> brutafusão apresentou uma matriz martensítica compequena quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ferrita <strong>de</strong>lta. A técnica<strong>de</strong> difração <strong>de</strong> raios-X não indicou a presença<strong>de</strong> austenita ou carbonetos <strong>nas</strong> ligas <strong>de</strong> brutafusão. Os ensaios <strong>de</strong> dilatometria permitiram<strong>de</strong>finir as temperaturas críticas <strong>de</strong> transformaçãoAc1, Ac3, Ms e Mf. O tempo <strong>de</strong> encharque nãoteve influência nos valores <strong>de</strong> Ac1, Ac3, Ms eMf, para as duas temperaturas <strong>de</strong> autenitizaçãoutiliza<strong>da</strong>s. Para o intervalo <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong>austenitização 950-1100ºC, não houveinfluência <strong>nas</strong> temperaturas <strong>de</strong> transformaçãoMs e Mf, para as duas ligas.5. Agra<strong>de</strong>cimentosOs autores agra<strong>de</strong>cem a FAPESP pelosuporte financeiro ao Projeto <strong>de</strong> Auxílio àPesquisa Processo N o 05/59183-0.6. ReferênciasDELEU, E.; DHOOGE, A.; DUFRANE, J.J.Wel<strong>da</strong>bility and hot <strong>de</strong>formability ofdifferent supermartensitic stainless steelgra<strong>de</strong>s by weld simulation testing. In:Supermatensitic Stainless Steel 99, Bélgica.Anais…p. 232-240, 1999.FOLKARD, E. Welding Metallurgy ofStainless Steels. New York, Wiem:Springer Verfaf, p. 98-181, 1988.KONDO, K.; UEDA, M.; OGAWA, K.;AMAYA, H.; HIRATA, H.; TAKABE, H.;MIYAZAKI, Y. Alloy <strong>de</strong>sign of super 13Crmartensitic stainless steel (Development ofsuper 13Cr martensitic stainless steel for linepipe-1). In: Supermartensitic Stainless Steels99, Bélgica. Anais… p. 11-18, 1999.LEEM, DONG-SEOL et al. Amount ofRetained Austenite At Room TemperatureAfter Reverse Transformation off MartensiteTo Austenite In An Fe-13%Cr-7%Ni-3%SiMartensitic Stainless Steel. ScriptaMaterialia, v. 45, p. 767-772, 2001.PARK, J. Y.; PARK, Y.S. The effects of heattreatment parameters on corrosion resistanceand phase transformation of 14Cr-3Momartensitic stainless steel. Materials Scienceand Engineering A, p. 1131-1134, 2007.SMOLENKA, H. et al. Influence of 12%Crmartensitic steel quality on power gerationequipament reliability. InzynieriaMaterialowa, v. NR-5, p. 857-860, 2001.STRAUBE, H. Developments for AdditionalImprovement of Low Carbon MartensiticCr-Ni Stainless Steels. Conference onMaterials Development in Turbo MachineryDesign. Cambridge, UK. Anais… p. 12-14,1988.TOUSSAINT, P.; VAN DER WINDEN, H.Vices and virtues of supermartensiticstainless steels, In: Stainless Steel World2001. Anais… p. 9-16, 2001.TOUSSAINT, P.; DUFRANE, J. Advances inthe making and base material properties ofsupermartensitic stainless steels (SMSS). In:Supermartensitics 2002, Bélgica. Anais… p.23-27, 2002.Metalurgia Física 40


Nei<strong>de</strong> Apareci<strong>da</strong> MarianoE-mail: nei<strong>de</strong>.mariano@saofrancisco.edu.brRua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45, Itatiba,SP, CEP 13251-900Metalurgia Física 41

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