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109-120 - Universidade de Coimbra

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ADMINIST. — Augusto Ribeiro Arroba s0 Jornal mais ue * ** <strong>Coimbra</strong> e do maior tiragem\-jL/ â -o ' XVIITunros le morteD 1KESAGRADAVEL assuntoeste, pcfra sertratado numa revista agrícola!Dizer agricultura é dizercivilização, porque a esta dásetambém, precisamente, onome <strong>de</strong> cultura e assim a<strong>de</strong>signam os alemães.Dizer touros óe morte édizer barbarie, porque outracoisa não é essa pratica sanguinaria<strong>de</strong> matar a estocadas,quasi sempre múltiplas emal dirigidas, um pobre animalque a agricultura <strong>de</strong>vecriar para serviços da civilização,em vez <strong>de</strong> o fazer servirem espectáculos <strong>de</strong> sanguee fereza!Julgavamos nós portuguesester alcançado <strong>de</strong> ha bastantesanos um notável progressomoral sobre a vizinhaEspanha, abolindo das nossaspúblicas diversões a pratica<strong>de</strong> estoquear e matar tourosem redon<strong>de</strong>l. Orgulhavamonos <strong>de</strong> que as nossas touradastinham sobre as <strong>de</strong> Espanhaa carência daquelasrepugnantes scenas <strong>de</strong> cavalosestripados e <strong>de</strong> touros aesvairem-se <strong>de</strong> sangue, arrastadosselvaticamente sobrea arena, e <strong>de</strong> que em troca<strong>de</strong>ssa infamia, apresentavamosa elegancia másculados nossos airosos cavaleiros,montados em garbosos ginetes,farpeando ao <strong>de</strong> leve ocoiro duro do touro numa luta<strong>de</strong> <strong>de</strong>streza em que a cruelda<strong>de</strong>castelhana era substituídapela sábia equitaçãomarialva do cavaleiro e docavalo. Esta comparação entrea beleza das touradas lusase as da nação vizinha,era um testemunho eloquente4o bom gosto e da brandurados nossos costumei, a contrastarcom a tradicional fereza<strong>de</strong> Castela.E agora? Agora retroce<strong>de</strong>mos<strong>de</strong> quasi um século e,a pretexto <strong>de</strong> beneficencia aaproveitar num simples casoparticular, impru<strong>de</strong>ntementeautorizamos o regresso á odiosapratica <strong>de</strong> outrora, dando<strong>de</strong> novo ao publico portuguêsespectáculos <strong>de</strong> sangueira ecruelda<strong>de</strong> contra animais! Seráisto um passo na sendado progresso?Chamem-nos embora piegas;digam com ares <strong>de</strong> entonoque as touradas <strong>de</strong> morteconstituem uma escola <strong>de</strong> virilida<strong>de</strong>e valentia, merecedoras<strong>de</strong> fomento e protecção;a alma portuguesa protestacontra a barbarie, porque historicamentenunca precisou,nem precisa, <strong>de</strong> selvageriaspara ser corajosa e varonil.A alma <strong>de</strong> Nun'Alvares soubeser heróica e piedosa. E' assimfeita a alma lusitana.A aceitarmos por bôa adoutrina <strong>de</strong>sses estranhos pedagogos,preconizadores daeducação nacional pela vistabarbara <strong>de</strong> touros estoqueadosnove e <strong>de</strong>z vezes seguidaspor mão inábil ou medrosa,numa tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> tourada á espanhola,no Campo Pequenoou em qualquer outra praça<strong>de</strong> corridas, em breve teríamosconsequentemente <strong>de</strong> adoptartambém a antiga escolados gladiadores do velho Coliseu<strong>de</strong> Roma, batendo-sebravamente na arena em lutasmortais para ensinamento virile gáudio da plebe que sópedia panem et circenses!Ao menos aí, no sanguináriocirco romano, era o homemem luta com um seu igual,em vez do homem, ente reflectido,contra a besta impulsiva.+ • +Deitemos, porém, <strong>de</strong> invocarcontra a ressurreição dastouradas <strong>de</strong> morte estes argumentosque pessoas menosavisadas julgam serem <strong>de</strong> purosentimentalismo, e encaremosa questão sob outros aspectos,o pecuário e higiénico, sobque nos aparecem as touradas<strong>de</strong> morte.^ctor e Proprietário" ~ Redacção^è AdministraçãoPátio da Inquisição, 6-1.°—Telef. 351. Quinto leira, 0 <strong>de</strong> Setenta <strong>de</strong> 1927No ponto <strong>de</strong> vista pecuário,os touros <strong>de</strong> morte sãoum contrasenso. A economiaagrícola con<strong>de</strong>na-os absolutamente.Não ha hoje sequer,em Espanha, nenhum escritoragricola pon<strong>de</strong>rado que advoguea criação <strong>de</strong> touros comesse <strong>de</strong>stino. Porquê? Porqueessa criação, agricolamente,é ánti-económica. Consagrarum hectare <strong>de</strong> soloagricola exclusivamente paracriar um touro, cuja finalida<strong>de</strong>exclusiva é a <strong>de</strong> ser toureado,estoqueado e morto na arena,é um <strong>de</strong>sperdício, porque é<strong>de</strong>sviar da produção indispensávelá socieda<strong>de</strong> um campoque, agronomicamente bemaproveitado, criaria um boi <strong>de</strong>trabalho util e daria aindaoutros produtos culturais paraalimentar mais <strong>de</strong> uma pessoa.E' por isso que a criação<strong>de</strong> touros <strong>de</strong> combate é privativados latifúndios postos emmãos <strong>de</strong> ricos proprietáriosque, pela posse <strong>de</strong> terras excessivasse permitem o dispendiosolu^o <strong>de</strong> ser lavraóoresóe touros, recebendoaplausos da populaça quandoos bichos na arena, saembons, mas sofrendo apupos,se os touros resultam malessos.Tais lavraóores, num paíscomo o nosso, cuja produçãoagricola é insuficiente para oconsumo da população, <strong>de</strong>viamsocialmente ser compelidos,em nome da utilida<strong>de</strong>publica, a mudar <strong>de</strong> sistema...cultural.A agricultura produtorados touros <strong>de</strong> combate vem<strong>de</strong>saparecendo gradualmentediante do progresso agronómico.Em Portugal mesmoisso tem sido verificado. Queé feito dos antigos camposle gado bravo <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> e<strong>de</strong> Leiria ? Desapareceram,quando a charrua os arroteoue transformou em pingues terras<strong>de</strong> cultura. Outro tantosuce<strong>de</strong>u aos inundáveis campos<strong>de</strong> touros do baixo Sado,nos insalubres latifúndios daribeira <strong>de</strong> Marateca. E aténas clássicas campinas do Ribatejo,velho solar fidalgo dosnossos touros <strong>de</strong> corridas, ogado bravo tem diminuído,recuando perante o incessanteprogresso agrícola que vai intensificandoa produção <strong>de</strong>cereais e legumes das feracissimaslezírias do nosso Tejo.Com louvor merecido citareio exemplo dado conscienciosamentepela Companhia dasLezírias do Tejo e Sado, cujasavisadas direcções <strong>de</strong> ha muitosuprimiram a irracional culturado touro bravo.Por ultimo direi que, aindasob o ponto <strong>de</strong> vista da economiapecuaria, se <strong>de</strong> todonos é forçoso aceitar aindaprovisoriamente em Portugalo gado bravo, antes se <strong>de</strong>stineele ás touradas á moda portuguesado que a touros <strong>de</strong>morte; porquanto em regra,nas touradas á portuguesa,um touro ren<strong>de</strong> mais ao lavrador,visto que entra sucessivamenteem várias corridas,ao passo que, nas touradas áespanhola, touro que entra naarena, só <strong>de</strong> lá sai, morto.Resta-me enfim dizer, empoucas palavras, o que astouradas <strong>de</strong> morte representamcomo atentórias da higienehumana e pecuaria.Os <strong>de</strong>fensores <strong>de</strong>sse género<strong>de</strong> touradas alegam quenão é mais barbara matar áestocada um touro na arenado que abatê-lo num matadouro.Quem isso afirma, nãosabe o que é a higiene dos"matadouros. Nestes estabelecimentosmunicipais e até mesmonos matadouros improvisadospzlos exércitos em campanha,o boi é abatido semsofrimento apreciavel, querpara o espestador, quer parao animal. Hoje em todos osmatadouros, os animais sãoinsensibilizados pela primeiradas operações da matança,porque instantaneamente omagarefe lhes fa' a secçãodo bolbo raquidiano. O animalcai subitaneamente nochão, como fulminado <strong>de</strong> raio,e per<strong>de</strong> a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentras operações subsequentes.Faz-se isto propositadamentepara poupar a dôr ao animal.E na arena que faz o espaóa ao touro? Insensibiliza-o porventura? Pobre touro,quasi sempre mal feridosete e mais vezes pela imperíciado seu matador, e, porfim, morrendo em prolongadae dolorosa agonia, em meiodos frenéticos aplausos daturba, mais barbara do queele?+ + +E agora a higiene humana.Dizem também os <strong>de</strong>fensoresdos touros <strong>de</strong> morte que essastouradas teem ainda a seufavor a benemerencia <strong>de</strong> permitirás classes pobres o consumiremcarne bovina barata,porque os touros mortos naarena clão carne ao talho apreços económicos. Simplesmentenão sabem tais <strong>de</strong>fensoresque a higiene reprova oconsumo da carne das resesfatigadas, e não ha fadigaque melhor justifique essarejeição do que a do touromorto na arena. A permissão,vulgar em Espanha doconsumo <strong>de</strong>ssa carne constitue,á luz da sciencia, um crime<strong>de</strong> lesa-humanida<strong>de</strong>. Nãoha hoje médico, nem veterinário,que o ignore.J. V. óe Paula NogueiraMédico Veterinário. Professor e Directorda Escola Superior<strong>de</strong> Medicina Veterinária.( Da Gazeta óas Alóeias ).Um vellio foncionario a peaia doença atira para a misériaAOS nossos presadosleitores sempre dispostosa socorrer os infelizes,mais uma vez dirigimos onosso apelo, certo <strong>de</strong> que onão fazemos em vão porqueconfiamos na sua generosida<strong>de</strong>.Um velho e honrado funcionárioque, por motivo <strong>de</strong>doença, teve <strong>de</strong> abandonar oseu lugar, nada recebendoagora, encontra-se na miséria,sofrendo com a sua familia asmaiores privações, tendo afome já invadido o seu lar.A sua situação é pois dasmais tristes e por isso apelamospara a generosida<strong>de</strong> dosnossos leitores, tanto maisque a pessoa <strong>de</strong> quem se tratamuita vez socorreu os quecomo ele agora, se encontravama braços com a miséria.E', pois uma esmola bemempregue, e por isso a solicitamos:Gazeta óe <strong>Coimbra</strong> . . . 20$00AZ hoje 78 anos queF em egual dia <strong>de</strong> 1849teve principio a Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Beneficencia da Imprensa da<strong>Universida<strong>de</strong></strong>.E' o mais antigo Montepioque existe em <strong>Coimbra</strong>.U m M r i l suMontepio da Imprensa da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>M generoso anónimoconimbricense, resi<strong>de</strong>nteem Lisboa, entregou hadias, na sua passagem poresta cida<strong>de</strong>, a quantia <strong>de</strong>1:000$00 para auxilio do Colégiodos Órfãos da SantaCasa da Misericórdia.Já em 18 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong>1925. o mesmo benemerito entregouali para o mesmo fim,a importante quantia <strong>de</strong>2:000$00.Registamos com louvor estenobre gesto que tanto honrao seu benemerito autor.Explosão <strong>de</strong> sasoiina^TEM <strong>de</strong> manhã, naresi<strong>de</strong>ncia do capitãoreformado, sr. Francisco MirandaMartins <strong>de</strong> Carvalho,houve uma explosão <strong>de</strong> gasolina,tendo ali comparecido ocarro <strong>de</strong> pronto socorro dosBombeiros Municipais.O sr. Martins <strong>de</strong> Carvalhoficou queimado nas mãos e asua criada Rosa <strong>de</strong> JesusFreitas, <strong>de</strong> 20 anos, natural<strong>de</strong> Alqueidão, concelho da Figueirada Foz, que sofreu extensasqueimaduras nos braçose no tórax-Os feridos foram pensadosno Banco do Hospital.ao s«?s Distrito. — Pnblisa-ss ás torças, quintas o sábados.— João Ribeiro Arrobas EDITOR — Diamantino Ribeiro ArrobasOficinas <strong>de</strong> composição e impressão,Pátio da Inquisição, 27-27 A N: 2091ELECTRICIDADE PORÁ COIMBRAq u e ele diz agora e oque disse em Março docorrente anoPELA leitura da Gazetaóe <strong>Coimbra</strong> estão osnossos leitores a par da campanha<strong>de</strong> <strong>de</strong>scredito que OSéculo tem feito contra a ComissãoAdministrativa da CamaraMunicipal e nomeadamentecontra o seu presi<strong>de</strong>nte,sr. dr. Mário <strong>de</strong> Almeida,pelo facto <strong>de</strong> não ser adjudicadoá Empreza Mineira <strong>de</strong>Portugal, <strong>de</strong> que o actual director<strong>de</strong> O Século é um dosrepresentantes, o fornecimentoda energia electrica.Pois em 23 <strong>de</strong> Março docorrente ano, <strong>de</strong>pois da Camarater resolvido abrir concurso,para aquele fornecimento,O Século publicou umartigo que ocupa quasi duascolunas, com o retrato do sr.dr. Mário <strong>de</strong> Almeida, no qualse fazem gran<strong>de</strong>s elogios as. ex- a e á sua obra administrativa.Desse artigo transcrevemosalguns períodos para seavaliar da autorida<strong>de</strong> queagora assiste ao Século quandofala da má administraçãoda Camara, da incompetênciado seu presi<strong>de</strong>nte e dos homensque com êle colaboram,da falta <strong>de</strong> passageiros noselectricos, etc., etc.O artigo, que se refere aorelatorio dos Serviços Municipalizadosreferente aos anos<strong>de</strong> 1922 a 1925, tem os títulos:Serviços Municipalizaóos— Como a cióaóe òe<strong>Coimbra</strong> tem visto progreóiros seus serviços públicosmais necessários.Como o artigo é longo,dêle transcrevemos os seguintes,embora toda a sua doutrinaseja completamente opostaàquela que agora <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>:Referindo-se ao relatorioO Século enaltece a obra dosr. dr. Mário <strong>de</strong> Almeida e daComissão administrativa dosServiços Municipalizados:Trata-se dum documento notável,que patenteia bem a victoria da municipalisação<strong>de</strong> alguns serviços publicoss,e merece, por isso, que acerca<strong>de</strong>le bor<strong>de</strong>mos algumas consi<strong>de</strong>raçõesjustas... . Ficou assim estabelecida sobrebases inteiramente novas, a vidados Serviços Municipalizados e osresultados favoraveis duma tal organisação,assente em princípios salutarese fora <strong>de</strong> todas as peias burocráticas,são sobejamente conhecidos<strong>de</strong> todos aqueles que <strong>de</strong>sses Serviçosdirectamente beneficiam e aindadaqueles que por <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> oficio,quer técnica quer comercialmente, estãoem relações com os homens quese encontram é frente <strong>de</strong>sse organismo.O relatorio, a que nos reportamos,conciso mas claro, <strong>de</strong>monstra a soma<strong>de</strong> inteligente trabalho e <strong>de</strong> honestae escrupulosa administração,que nos Serviços Sem produzido a comissãoadministrativa, actualmente,composta pelo sr. dr. Mário Augusto<strong>de</strong> Almeida, seu presi<strong>de</strong>nte e quetem <strong>de</strong>dicado todos os seus esforçosa esssa obra, coadjuvado pelos vogaisos srs. Augusto Luiz Marta eJosé Correia Amado e ainda pelossrs. Antonio Fernan<strong>de</strong>s Leitão, gerentecomercial e a quem se <strong>de</strong>ve todaa mo<strong>de</strong>lar organização comercial,engenheiro Armênio Gonçalves, gerentetécnico ; engenheiro consultorCarl -.s Michelis <strong>de</strong> Vasconcelos eFrancisco do Cunha Matos, chefe dasecretaria da Camara Municipal,Insere <strong>de</strong>pois os mapas dosganhos e perdas e receitasglobais <strong>de</strong> exploração, on<strong>de</strong>se verifica que os S. M. tiveramem 1925 um lucro <strong>de</strong>747.143$05 e diz:A vida dos Serviços Municipalizados,iniciada por assim dizer, durantea época <strong>de</strong> maior crise no país,passou por um periodo bastante difícil,como seja o referente aos anos<strong>de</strong> 1922 e 1923 em que se fizeramsentir com mais agu<strong>de</strong>za as dificulda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> toda a or<strong>de</strong>m, quer financeiras,quer técnicas, consignando jáas gerencias <strong>de</strong> 192^ e 1925, pelosresultados favoraveis obtidos, o inicio<strong>de</strong> uma situação normalizada eque apresenta cada vez mais a características<strong>de</strong> urna vida <strong>de</strong>safogada ee prospera.Os Serviços Municipalizados estãohabilitados a fazer com os seusproprios meios, a reforma das suasinstalações, a mo<strong>de</strong>rnisar com os seusproprios recursos os seus maquinismose a alargar <strong>de</strong>ntro das suas receitasos vários ramos da sua activida<strong>de</strong>.Para estes resultados lisongeirosmuito <strong>de</strong>vem os serviços á perseverançae á boa vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> acertar dasua comissão administrativa.Como prova conclu<strong>de</strong>nte do queafirmamos, respigamos do referidorelatorio alguns números, que falambem claro sobre o <strong>de</strong>senvolvimentoque os Serviços Municipalizados <strong>de</strong><strong>Coimbra</strong> tém tido, reportando - nossempre aos últimos anos.Referindo-se ao serviçodas aguas, acrescenta;No começo <strong>de</strong> 1923 ainda essesServiços não podiam suprir ao abastecimentoda cida<strong>de</strong> por insuficiênciada instalação <strong>de</strong> elevação e das canalizações<strong>de</strong> distribuição. No fim <strong>de</strong>1925, porém, estava já plenamentegarantido o abastecimento da cida<strong>de</strong>pela instalação da nova estação <strong>de</strong>elevação, que assegura a quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> agua necessária para o consumo<strong>de</strong> toda a população durante largosanos, tanto para a zona baixa comopara a alta. Paralelamente foramexecutados importantes trabalhos <strong>de</strong>reparação, reforma e <strong>de</strong> novas instalaçõesnas camaras <strong>de</strong> captação etubagens.Publicando um mapa esclareceque o lucro <strong>de</strong>stes serviçosem 1925, foi <strong>de</strong> escudos253.571$51.fcntra <strong>de</strong>pois na apreciaçãodos serviços da viaçãoelectrica:De todos os serviços exploradospelo Município, é este o que maissegura e mais rápida remuneraçãodará aos capitais nele empregados.A este serviço está garantido umfuturo <strong>de</strong> crescente prosperida<strong>de</strong>, tendoconseguido a comissão administrativaque a situação <strong>de</strong>ficitária dosanos <strong>de</strong> 1920 e 1921 fosse substituídapor uma situação <strong>de</strong>safogada, tendoseobtido apreciaveis saldos <strong>de</strong> exploraçãoA necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicar essessaldos á remo<strong>de</strong>lação do abastecimento<strong>de</strong> aguas e á conclusão dosserviços <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energiaelectrica não permitiu ainda utilizálosna ampliação dos próprios Serviços<strong>de</strong> Tracção.A comissão administrativa pensa,porém, em adquirir novo material circulantee prolongar as linhas já existentes,estando a proce<strong>de</strong>r ao estudo<strong>de</strong> novas linhas.O Século que ainda diasafirmava que os carros electricosnão tinham passageiros,publicou em Março o que<strong>de</strong>ixamos transcrito e muitomais.Publicou os resultados obtidoscom a exploração daviação, que em 1925 diz teracurado um lucro <strong>de</strong> escudos586.201$50, e que o numero<strong>de</strong> bilhetes vendidos nos carroselectricos, foi <strong>de</strong> 1.933.905!Referindo-se ainda á orientaçãodos S. M.:Como indicação interessante epara mostrar a orientação comercialque presi<strong>de</strong> aos Serviços Municipalizados,salientamos que, a fim <strong>de</strong> tornaracessível a utilização da energiaelectrica ás classes menos abastadasresolveu a Comissão Administrativaestabelecer um regime especial parainstalações económicas, pelo qual éconcedida ligação gratuita aos pequenosconsumidores <strong>de</strong> uma até cincolampadas instaladas e a vantagemdo pagamento das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> instalação,feita pelos Serviços, em <strong>de</strong>zprestações mtensais.Este sistema foi aceito <strong>de</strong> bomgrado e é <strong>de</strong> prever a continuação eo bom resultado <strong>de</strong>sta medida.E conclue:Aten<strong>de</strong>ndo eo crescente consumoda energia electrica pensam os ServiçosMunicipalizados em aumentara potencia instalada na sua centraltérmica ou em adquirir a energia necessáriano exterior a alguma empresaprodutora <strong>de</strong> energia termo ouj hidro-electrica.| Eis, em rápidos traços, o que con-| seguimos <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r do explicito relatórioda Comissão Administrativai dos Serviços Municipalizados <strong>de</strong>j <strong>Coimbra</strong>, cujos resultados honra sobremaneiraos homens que os dirigem.OVeja-se agora a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>Século.Quando é que êle fala verida<strong>de</strong>?1 —Arrenda-se na roa do Regodigna, 10.Trata-se na roa dos Esta-< dos, 21 e 23, <strong>Coimbra</strong>.COMUNICADOD J A Direcção óa Faculóaóeóe Meóiçinarecebemos, com o peóióò óepublicação, o seguinte oficio:... Sr. Director da Gazetaóe <strong>Coimbra</strong>.— Por motivo <strong>de</strong>referencias feitas ao Directorinterino da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicinano Districto òe <strong>Coimbra</strong>,<strong>de</strong> 1 e 3 do corrente, peçoa V. o obsequio <strong>de</strong> inserirno seu jornal a seguinte <strong>de</strong>claração,com a qual terminoo meu <strong>de</strong>smentido publicadona íiazeta óe <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> 13,20 e 2T <strong>de</strong> Agosto :1.° — Verifico não teremsido contestadas com razõesaceitaveis as afirmações quepubliquei no seu jornal nasdatas referidas.2.0 —Diz o Districto óe<strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> 3 do corrente:—«forjam a correspondênciaa que fazem referencia »— e acrescenta com relaçãoao edital: — « Foi mandadopara Caminha ao senhor DoutorLucio Rocha, e este porsua vez o mandou ao senhorDoutor Alvaro <strong>de</strong> Matos paraque ele fizesse as <strong>de</strong>marchesbastantes <strong>de</strong> maneira a dar aimpressão <strong>de</strong> que não haviaum proposito a retardar a realisacãodos concursos».Nada disto é exacto. Quandoeu mostrei ao sr. Reitor da<strong>Universida<strong>de</strong></strong> a carta do sr.Professor Lucio Rocha, escritaem <strong>Coimbra</strong>, em 1 óe Agosto,no proprio dia em que osr. Professor Angelo da Fonsecapediu o edital, ainda osr. Professor Lucio Rocha nãotinha recebido em Caminha oprojecto do edital que <strong>de</strong><strong>Coimbra</strong> lhe foi enviado pelosr. Professor Angelo da Fonseca.3.o — Diz o Districto óeóe <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> 3 do correnteque eu estive ausente <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>— « na quinta-feira passada» — e extranha a propositoa minha ausência no actoda posse do meu amigo ecolega sr. Professor MaximinoCorreia.Quanto á l.a parte não éverda<strong>de</strong>, quer se suponha aquinta-feira, 25 <strong>de</strong> agosto, querse entenda a quinta-feira, 1<strong>de</strong> Setembro, como o articulistaafirma.Quanto á 2.a parte, quando,na seyta-feira, 26 óe6AZEIA DE COIMBRAANÚNCIOScada linha (corpo 10)1." página, 2$Q0;2." página, 1$00;3.* e 4.* páginas, $50.Comunicados 1$00 a- linhaOs assinantes teem 200\0óe óescontoAgosto, recebi o Diário óoGoverno da vespera, com anomeação do sr. ProfesssorMaximino Correia, escrevi pelamanhã, a fim <strong>de</strong> se combinaro acto da posse, ao qualeu <strong>de</strong>sejava assistir, uma cartaa este ilustre Professor, comquem no mesmo dia á taròeestive no gabinete da Direcçãoda Faculda<strong>de</strong>, e outracarta ao sr. Reitor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>,que se dignou respon<strong>de</strong>r-meá taròe.Da correcção do meu procedimentosobre o assunto sãojuizes estes dois ilustres Professores,que sabem como tudose passou.Quanto ao termo da posse,não <strong>de</strong>sejo comentá-lo em publico.Limito-me a afirmar queverifiquei, no respectivo livro,terem estado presentes, porparte da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina,os srs. Professores LuísViegas, João Duarte <strong>de</strong> Oliveirae Rocha Brito, o qual meafirmou <strong>de</strong>pois ter pedido apalavra no acto da posse.Disse s. ex a que era seu<strong>de</strong>sejo exaltar as qualida<strong>de</strong>sdo novo Professor, salientandoque era dos seus alunos oprimeiro que se elevava aoprofessorado.Disse s. ex- a também queverificava, com prazer, a realisaçãodos seus vaticínios,porque o via ali seu colega, oque sempre tinha previsto, eque as suas qualida<strong>de</strong>s, já reveladasno passado, eram tais,que era justo prevêr, comocorolário logico, qual seria oseu brilhante futuro. Concluiuo sr. Professor Rocha Brito,dizendo que, se felicitava o sr,Professor Maximino Correia,mais ainda dava os parabénsá Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina pelaacquisição <strong>de</strong> tão ilustrecolaborador.E' com o maior prazer que,pela minha parte, me associoás justíssimas homenagensprestadas ao ilustre ProfessorMaximino Correia, que, apesar<strong>de</strong> muito novo, tem já na<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> umafolha <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>véras notável.Saú<strong>de</strong> e Fraternida<strong>de</strong>. —<strong>Coimbra</strong>, 7 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong>1927.—O Director interino daFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Alvaroóe Mattos.tífi EstrangeiroAviano e Navegação TransatianticasSOBRE os propositosdas industrias aereasalemãs a respeito da aviaçãotransatlantica, não po<strong>de</strong> caber(seja qual for o resultadodo vôo que está actualmenteorganisando a casa Junhers)a mais ligeira duvida.A aviação civil alemã acometeo problema da atravessiaaerea do Atlântico, nãodo ponto <strong>de</strong> vista sensacionale <strong>de</strong>sportivo, mas sim nocampo das realisações praticase comerciais. E <strong>de</strong>mostra-ojá o facto <strong>de</strong> que os fundospara as provas, em lugar<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r, como em outrospaises, <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivasou, simplesmente, <strong>de</strong>especuladores, são facilitadospor institutos bancarios egran<strong>de</strong>s companhias armadoras.Entre os elementos técnicose directores <strong>de</strong> estas ultimas,sobretudo, e á vanguarda<strong>de</strong>las, do «Nord<strong>de</strong>utscherLloyd» e da «Hamburg Ameriha»,parece reinar a convicção<strong>de</strong> que a organisação e ofuncionamento normal <strong>de</strong> serviçosaereos transatlanticos éperfeitamente possível e chegaraa ser uma realida<strong>de</strong> empoucos anos.Isto explica a participaçãodirecta do «Nord<strong>de</strong>utscherLloyd» nos ensaios <strong>de</strong> Junherse o ex-chanceler dr. Cunoacaba <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar, por suaparte, que consi<strong>de</strong>rava a aviarção e a navegação transatlanticascomo duas activida<strong>de</strong>scomplementares e inseparáveis.Com efeito, não parece jádifícil nos nossos dias imaginaruma organisação dos serviços<strong>de</strong> transportes transoceânicos,na qual os*navios<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> tonelagem, <strong>de</strong>vidamenteescalonados na rota,<strong>de</strong>sempenhem as mesmas funçõesque até hoje e sirvam aomesmo tempo <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong>apoio para os aviões.Estatística da sennrançanos cont&oiosADIRECÇÃOdos Caminhos<strong>de</strong> FerroAlemães — não sabemos seestimulada pelos progressosda aviação, cujos coeficientes<strong>de</strong> segurança são verda<strong>de</strong>iramenteprodigiosos — publicaperiodicamente interessantesestatísticas para <strong>de</strong>monstrarque o comboio em geral e oscomboios alemães em particularsão ainda o meio méisseguro, rápido e comodo <strong>de</strong>viajar com que contam aspessoas que, por obrigaçãoou gosto, se teem <strong>de</strong> trasladar<strong>de</strong> uma parte a outra.A ultima das ditas estatísticasdada á publicida<strong>de</strong>,contem uma série <strong>de</strong> dadostão tranquilizadores como engenhosamentecombinados.Supondo, por exemplo, umviajantes <strong>de</strong> comercio quepercorra em comboio, cadasemana, uma distancia <strong>de</strong>500 quilómetros, quantos anosteria ele <strong>de</strong> viver para que,segundo o calculo <strong>de</strong> proba-

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