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1. Introdução - XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais

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ilateralida<strong>de</strong> e da reciprocida<strong>de</strong>, transparece exercer uma ação comunicativa equilibrada.Conforme dito no início, esse equilíbrio pressupõe: o direito à informação fi<strong>de</strong>digna que vá aoencontro do cidadão a fim <strong>de</strong> esclarecer os objetivos e as razões da <strong>de</strong>cisão, por meio <strong>de</strong> umalinguagem apropriada, para que o <strong>de</strong>stinatário possa recebê-las e interpretá-las corretamente.Assim, os negócios do Estado <strong>de</strong>vem ser realizados à “luz do dia” e <strong>de</strong>vem estarsujeitos à discussão do público. A exposição ao <strong>de</strong>bate público e a pressão da opinião públicasão fermentos <strong>de</strong>mocráticos. O funcionamento do aparelho estatal torna-se objeto <strong>de</strong>prestação <strong>de</strong> contas e seus administradores são constrangidos a prestar contas, a justificar assuas escolhas e a serem responsabilizados pelos atos praticados em nome da esfera civil (seusrepresentados). A transparência, então, evoca o exercício <strong>de</strong> uma administração maisacessível ao diálogo e com seu funcionamento às claras. Outra significação representativa é a<strong>de</strong> um governo mais próximo da socieda<strong>de</strong>, tornando as fronteiras entre Estado e cidadãomais porosas e reduzindo a opacida<strong>de</strong> administrativa. Esse processo resulta numa intervençãocada vez mais intensa, on<strong>de</strong> a socieda<strong>de</strong> assume responsabilida<strong>de</strong>s administrativas a ponto <strong>de</strong>ser parte no processo <strong>de</strong> construção da <strong>de</strong>cisão.3. Variações da transparênciaA transparência é tecida em torno <strong>de</strong> quatro direções em que a sua qualida<strong>de</strong> é<strong>de</strong>terminada pelo tipo <strong>de</strong> fluxo comunicacional que se estabelece entre governante esocieda<strong>de</strong> e pela <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do conteúdo que é tornado visível. Heald (2006) aponta para anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar quatro orientaçõesda transparênciaque se <strong>de</strong>senvolvem vertical ehorizontalmente:transparencyupwards (ascen<strong>de</strong>nte); transparencydownwards (<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte);transparencyoutwards (<strong>de</strong> fora para <strong>de</strong>ntro); e transparencyinwards (<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora).As variações da transparência,conforme Heald (2006), apresentam três dicotomias quegeram características e consequências a serem consi<strong>de</strong>radas para a análise dos inúmerosrecursos para a transparência e que estão presentes na discussão atual <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> gestãopública. Essas variações são: transparência eventual versus processual, transparênciaretrospectiva versus em tempo real e transparência nominal versus efetiva e o tempo <strong>de</strong>introdução <strong>de</strong> transparência. Essas serão apresentadas a seguir.a) Transparência processual versus transparência eventual: essa é a variação mais complexae é central para a compreensão do que está sendo apresentado. A transparência eventual dosobjetos da transparência, ou seja, o que é para ser visto, po<strong>de</strong> ser entradas, saídas ou6

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