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Produzir, ou não produzir, eis a questão

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<strong>Produzir</strong>, <strong>ou</strong> <strong>não</strong> <strong>produzir</strong>, <strong>eis</strong> a <strong>questão</strong>Obra escrita no ano 2000 por John Gilbert HeuriÍndiceAtividades humanas 2Produtivas 2Auxiliares 3Improdutivas 4Nocivas 5Os parasitas e as pragas 5Produtividade 7Da produção manual aos robôs 7Concorrência 9Orientação profissional 10Patrimônio 10Dinheiro 12P<strong>ou</strong>pança 12Renda "per capita" 13Capital 14Juros 14Os bancos 15O segredo bancário 16Dinheiro público 17Tributos 18Distribuição de renda 19A obsessão de ficar rico 19A mundialização 20A má distribuição de renda 20O corretor 20Memorando 22Ilustrações:As Imagens mostradas neste livro foram executadas com oSoftware COREL GALLERY MAGIC da Corel Corporation.1


• Auxiliares: Atividades que cuidam da manutenção da vida e doaperfeiçoamento da sociedade civilizada como educação, saúde,policiamento, justiça.Minha turma dos AuxiliaresCaro Leitor,Imagino que se você é da turma que acabo de chamar de "Auxiliar", vai sesentir ofendido, por isso já v<strong>ou</strong> justificar a terminologia utilizada aqui.Consultando o dicionário, na palavra "<strong>Produzir</strong>", podemos entender pelosinúmeros exemplos citados que a palavra é aplicada a qualquer coisa que ohomem faça. Um dos exemplos é "Fabricar, manufaturar" e este exemplo é omeu preferido! Podem dizer que fui influenciado pela minha vida profissionalde cinqüenta anos em fábricas, aceito!Se você for médico, pode achar atrevimento meu de classifica-lo como"Auxiliar". Na realidade eu tenho o maior respeito pelos médicos, e acho aprofissão deles o máximo em matéria de estudos, estágios, aperfeiçoamentos eatualizações constantes, responsabilidades e dedicação. Além do mais, nascircunstâncias atuais com os convênios dominando, a vida dos médicos émuito sacrificada.Os AUXILIARESPROPICIAMa Riqueza do País !3


• Improdutivas: Atividades que visam a diversão como espetáculosteatrais <strong>ou</strong> musicais, jogos esportivos, jogos de azar.Notem bem que aqui quero classificar somente as atividades remuneradas.Todo cidadão pode praticar esportes amadores e <strong>ou</strong>tros divertimentos, istofaz parte da liberdade sobre a qual o Estado <strong>não</strong> cobra impostos.Minha turma dos ImprodutivosCaro Leitor,Se você é da turma dos improdutivos, poderá ficar ofendido <strong>ou</strong> <strong>não</strong>, issodepende da sua situação individual.Se for artista, considero que o povo precisa de divertimentos e gasta nisso oquanto quer, e se você tem muito sucesso e fica muito rico, embora consideroque a "Distribuição de renda" é injusta, o meu consolo é que o seu dinheiro<strong>não</strong> foi r<strong>ou</strong>bado das verbas públicas.Se for um "Pastor" daquelas seitas religiosas safadas que só querem arrancar odinheiro dos tr<strong>ou</strong>xas, então deveria passar para a classificação seguinte que édos nocivos.Se for um "Funcionário fantasma" <strong>ou</strong> similar, daqueles que abusam do poderpúblico para ganhar salários sem trabalhar <strong>ou</strong> mesmo trabalhando p<strong>ou</strong>co,então seu lugar também é na próxima página.Os ImprodutivosGOZAM da Riqueza do País !4


• Nocivas: Atividades fora da lei como r<strong>ou</strong>bo, extorsão, corrupção.Notem bem que embora <strong>não</strong> sejam consideradas como “atividadesremuneradas” <strong>ou</strong> baseadas em salários, de qualquer maneira arrancamdinheiro dos <strong>ou</strong>tros e geralmente têm um padrão de vida superior a maioriada população.Turma dos Nocivos (<strong>não</strong> é minha)Os NocivosDESTROEM o País !• Os parasitas e as pragasQuando se trata de animais, o cupim é uma espéciebem conhecida e das mais antigas do universo.Os prejuízos causados pelo cupim são enormes,quem diria, bichinho tão pequeno!O gafanhoto, bastante conhecido e encontradoem qualquer jardim, <strong>não</strong> incomoda muitoenquanto sua população é pequena, mas podechegar a formar nuvens devastadoras comoacontece muito no continente africano.5


Moral da história : Um excesso de indivíduos numa determinadaespecialidade constitui um praga.Dentro das atividades humanas é possível encontrar muitas atividadesparasitas. Na realidade, muitas atividades consideradas como normais virampragas quando são exercidas por um número exagerado de indivíduos.Podemos tomar como exemplo o caso dosadvogados nos EUA. Consta que eles estão emnumero de 800.000 o que dá em proporção apopulação e em comparação com a França umnumero s<strong>eis</strong> vezes mais elevado.Como qualquer animal faminto, o advogadoamericano vai a caça de presas de qualquerqualidade mas de preferência ricas. Ele <strong>não</strong>encontra suficiente alimento nos casos normaisque se oferecem e então ele cria os casos.No mundo inteiro, a quantidade de malfeitores é tal que obriga a manutençãode uma força policial. Infelizmente o mundo <strong>não</strong> é um convento.O número de policiais necessários para atender adequadamente umapopulação de digamos um milhão de habitantes, poderá ser de Cem <strong>ou</strong> até deDez Mil. Nos países onde a Justiça é fr<strong>ou</strong>xa e a Polícia mal aparelhada, anecessidade de policiais e guardas de diversas organizações cresceassustadoramente. Conheço uma região onde quase todas as casas comerciaistêm um guarda na porta, e os cidadões cercam suas casas e prédiosresidenciais com altas grades; em suma os cidadões estão atrás das gradesenquanto que os assaltantes estão circulando livremente nas ruas.Já imaginaram a variação de custo deste aparato de segurança conforme asituação?Grande parte das pessoas que cuidam da segurança em países desorganizadospoderia estar ocupada em algum serviço produtivo.6


ProdutividadePara aprender o que é produtividade, nada melhor do que um estágio naindustria e de preferencia nas linhas de fabricação e montagem onde sãoaplicadas técnicas de análise de métodos e movimentos com cronoanálise paradeterminar tempos "padrão" e eventualmente atribuir prêmios aos operáriosque produzem acima do padrão. Aqueles métodos de análise poderiam seraplicados a qualquer tipo de atividade, produtiva <strong>ou</strong> <strong>não</strong>.Nos departamentos de Venda, é bastante comum o uso de tabelas, relatóriosde visita e <strong>ou</strong>tros métodos para avaliar o desempenho dos vendedores.Infelizmente há muitos setores da atividade humana aonde os funcionáriosfogem de qualquer controle. É sabido que na administração pública onde <strong>não</strong>há "patrão", o relaxamento é máximo. Já que o dinheiro vem dos impostos, ésó inventar mais impostos <strong>ou</strong> aumentar a alíquota dos existentes!Parece-me que a regra geral é esta: Os operários, os que estão na parte maisbaixa da pirâmide são pressionados para <strong>produzir</strong> mais, enquanto que quemestá num nível intermediário é deixado à vontade, e quem está no topo dapirâmide só se preocupa em manter a sua posição privilegiada.• Da produção manual aos robôs.Ao longo dos séculos, os métodos de produção evoluíram considerávelmente,porém as vantagens econômicas conseguidas pelo progresso técnicocontinuam mal distribuídas.Esta evolução no último século, com a utilização de maquinas cada vez maissofisticadas tr<strong>ou</strong>xe a necessidade de muita capitalização. Com os capitais,veio também um desequilíbrio de poder entre os trabalhadores e oscapitalistas.Analisando o exemplo básico da produção agrícola, podemos perceber atendência geral.O agricultor primitivoO agricultor mecanizadoA agricultura em grande escala7


Atualmente estas situações coexistem por muitos motivos. Nos países maispobres como por exemplo na Abissínia, o velho arado puxado por boicontinua normal. Nos terrenos muito acidentados onde as máquinastombariam <strong>ou</strong> onde é necessário construir pequenos terraços, o trabalhoexclusivamente manual continua.Nas grandes áreas planas, instalam-se os poderosos que colocam em operaçãoas grandes máquinas e até aviões para pulverizar inseticidas. Uma dasconseqüências é a expulsão de populações já que os métodos de trabalho nestecaso requerem p<strong>ou</strong>quíssima mão de obra.Muito falados são <strong>ou</strong>tros casos que mudam e perturbam a vida dos cidadãos.Por exemplo na indústria onde é possível montar fábricas quase totalmenteautomáticas.Quem já viu operários trabalhando na soldagem de carrosserías na industriaautomobilística deve ter ficado impressionado pelo ritmo frenético ecertamente muito cansativo. Em casos semelhantes, os robôs vieram aliviar ossofrimentos, porém por <strong>ou</strong>tro lado, como sempre a mão de obra vai sendodispensada.Por exemplo nos escritórios onde um computador faz o serviço de muitosfuncionários.Deixando de lado os aspectos recreativos dos computadores, na prática oscomputadores tr<strong>ou</strong>xeram uma agilidade fantástica no gerenciamento das8


atividades industriais e comerciais. Pessoalmente, eu <strong>não</strong> abriria nem umboteco sem um computador. O reverso da medalha é como sempre a dispensade funcionários.• ConcorrênciaFala-se muito da concorrência entre empresas, e os empresários são levadospelas circunstâncias a tomar medidas de redução dos custos de produção.Uma das principais medidas é a redução do custo de mão de obra, o que podeser conseguido de várias maneiras:• Aquisição de equipamento mais moderno, geralmente mais automatizado eportanto mais sofisticado. Embora seja necessário empregar um técnicomais qualificado para cuidar do equipamento, vários empregados menosqualificados são dispensados dando um saldo favorável ao empresário.• Mudança do local da empresa, por exemplo de uma cidade grande parauma cidade pequena da zona rural onde os nív<strong>eis</strong> de salários são maisbaixos.• Mudança do local da empresa, por exemplo de um país rico para um paíspobre. Subentende-se que nos países ricos o povo tem um padrão de vidamais elevado do que nos países pobres, <strong>não</strong> é preciso explicar!• Empregar mão de obra clandestina, seja imigrantes clandestinos queaceitam salários baixos por conveniência pessoal, <strong>ou</strong> qualquer <strong>ou</strong>troindivíduo levado a aceitar um salário "informal" sobre o qual <strong>não</strong> se pagaencargos sociais.Entre simples empregados também há concorrência. Levando em conta deque a função principal do gerente de "recursos humanos" é preencher as vagasnas condições mais econômicas possív<strong>eis</strong>, a negociação com o candidato visaentre <strong>ou</strong>tras coisas admitir o candidato mais barato que se apresenta.Cada cargo disponível requer do candidato certas aptidões. Parece óbvio queo candidato com maior bagagem de conhecimentos deverá alcançar cargoscom remuneração mais alta, mas nem sempre isto é real. O mercado detrabalho tem suas peculiaridades; quando um candidato de alto nível <strong>não</strong>encontra nenhuma vaga, devido a saturação do mercado na sua profissão, elevai procurar cargos em nív<strong>eis</strong> inferiores, e possivelmente os empregadoresvão achar que admitindo um elemento super-preparado <strong>não</strong> haveráestabilidade, isto é o novo empregado só ficará na empresa até arranjar umemprego melhor.Nos países ricos o nível de escolarização, alcançado pela totalidade doscidadãos e praticamente garantido pelo estado, é evidentemente mais alto quenos países pobres.Em conseqüência do alto nível de escolaridade, quase todo mundo quer ser"D<strong>ou</strong>tor".P<strong>ou</strong>ca gente quer sujar as mãos. E quem vai limpar as privadas?Para funcionar, a sociedade precisa da mão de obra humilde. De qualquermaneira, o equilíbrio se estabelece porque as vagas para funções de alto nívelsão limitadas em número. Em conseqüência, <strong>não</strong> raro encontram-se9


engenheiros lavando l<strong>ou</strong>ça em restaurantes. Finalmente, é o "mercado dotrabalho" que manda.Os países ricos, para compensar seu "déficit" de mão de obra humilde,costumam recorrer à imigração <strong>ou</strong> a contratação temporária de trabalhadoresestrangeiros.Na Suíça, um referendum foi lançado para decidir se a proporção deestrangeiros residentes no país poderia passar <strong>ou</strong> <strong>não</strong> de 18% . O caso ger<strong>ou</strong>protestos dos donos de hotéis e restaurantes, pois eles sempre tiveram derecorrer a mão de obra estrangeira; <strong>não</strong> encontram suíços para lavar pratos.Paradoxalmente, também pode ocorrer um "déficit" de especialistas de altonível. Atualmente, (ano 2000), na Alemanha e na Suíça, há falta deespecialistas de alto nível na área de informática. Estes países buscamativamente recrutar especialistas no mundo todo oferecendo contratos decinco anos.• Orientação profissionalQuando o adolescente chega na hora da decisão com respeito a profissão eespecialidade que ele pretende abraçar, ele deveria ter muitas informaçõespertinentes e uma capacidade de análise muito grande, o que <strong>não</strong> é comum, <strong>ou</strong>ele deveria contar com a orientação de um especialista.A parte que diz respeito às aptidões intelectuais <strong>ou</strong> habilidades manuais, ébastante simples de resolver.A parte que depende das realidades do mercado de trabalho, atuais e futuras, éalgo muito complicado; quem se responsabilizaria por uma orientação ?Pessoalmente, acho que os governos deveriam fazer um grande esforço paraorientar os jovens nessa <strong>questão</strong>. Primeiro o numero de vagas no ensinoprofissional e universitário para cada especialidade deveria ser regulado poruma comissão competente. Isso poderia reduzir muitos desperdícios efrustrações. Na realidade, encontramos muita gente trabalhando em ramosdiferentes daqueles para os quais foram instruídos. Nisso há um indicio deque a oferta e a procura de empregos estão desequilibrados em gênero e <strong>não</strong>apenas em quantidade e qualidade.Os governos costumam regular a economia através do ajuste da taxa básica dejuros, <strong>ou</strong> pelo menos tentam! Algumas <strong>ou</strong>tras medidas de ajuste da economiasão tentadas para com as empresas através de incentivos fiscais <strong>ou</strong> deprogramas de treinamento de gerentes.Porque <strong>não</strong> incentivar os jovens no sentido de abraçarem profissõesprodutivas ?• PatrimônioAs atividades produtivas aplicadas aos bens tangív<strong>eis</strong> <strong>ou</strong> bens duráv<strong>eis</strong>aumentam o patrimônio dos cidadãos, das empresas e do país.Creio útil diferenciar as atividades que produzem bens duráv<strong>eis</strong> das <strong>ou</strong>trosatividades que servem a manutenção <strong>ou</strong> reposição dos desgastes e das perdasdiversas que afetam o valor do patrimônio.10


• Construção civil:As construções novas levam ao aumento do patrimônio.Basicamente são casas e apartamentos para os indivíduos, fábricas eescritórios para as empresas, estradas portos e escritórios para osserviços públicos.As reformas nas construções existentes podem levar a um aumento dopatrimônio <strong>ou</strong> simplesmente compensar os desgastes e prolongar a vidado imóvel.O fato é que os imóv<strong>eis</strong> <strong>não</strong> são eternos e seu valor tem que seramortizado, isso sem falar nas eventuais perdas por incêndio <strong>ou</strong> <strong>ou</strong>trodesastre qualquer.• Construção de máquinas:A construção de máquinas abrange uma diversidade fantástica deprodutos. Para mencionar os mais comuns temos veículos paratransporte de cargas e pessoas, engenhos para manuseio de cargas,máquinas operatrizes para indústrias mecânicas, máquinas deembalagem e produção de embalagens, eletrodomésticos, aparelhos decomunicação e computação.A vida das máquinas e aparelhos é muito curta, seja por desgaste <strong>ou</strong> porobsolescência em conseqüência dos aperfeiçoamentos tecnológicos, demaneira que boa parte da sua produção é de reposição e <strong>não</strong> vemincrementar o patrimônio.Caro Leitor,novamente consultando o dicionário, temos: Fig. Riqueza: Patrimônio moral,cultural, intelectual. Não é que eu desprezo essa parte, mas neste livro épreciso limitar a abrangência à seguinte definição: Complexo de bens,materiais <strong>ou</strong> <strong>não</strong>, direitos, ações, posse e tudo o mais que pertença a umapessoa <strong>ou</strong> empresa e seja suscetível de apreciação econômica.O Patrimônio Nacionalse faz com trabalho eficientee sem conversa fiada !KINGSBURY11


Dinheiro• P<strong>ou</strong>pançaVocê conhece a fábula “A CIGARRA E A FORMIGA”do poeta La Fontaine ?No inverno, a Cigarra que passava fome foi à procura da formiga e pediucomida:O que você fazia no verãoenquanto eu trabalhava noitee dia fazendo reservas de comida?Então agora dance!Eu cantava, alegrando ospássarose <strong>ou</strong>tros bichosRealmente esta lição sempre conserva o seu valor.Lembro-me dos comentários dos meus avós, dizendo que aquela família quevai todo dia ao cinema <strong>ou</strong> <strong>ou</strong>tros divertimentos, gastando muito dinheiro emdivertimentos, <strong>não</strong> progride na vida. O que faz progredir as famílias, é otrabalho e o modo de viver com economia.O que vale para uma família, vale para qualquer indivíduo e também paraempresários.Temos muitos exemplos de “magnatas” que trabalharam muito para amealharfortunas, e em seguida os herdeiros s<strong>ou</strong>beram aniquilar tudo com suas maniasde grandeza <strong>ou</strong> de “status” e com sua ânsia de gozar a vida trabalhandop<strong>ou</strong>co.Você consegue viver sem ter uma reserva de dinheiro para fazer face àseventuais dificuldades financeiras do futuro ? Eu <strong>não</strong> ! Desde pequeno,criado pelos meus avós, eu tinha um pequeno cofre da Caisse d’Epargne paracolocar as moedas que eu ganhava e de vez em quando nos íamos ao bancofazer o deposito que era inscrito numa caderneta.Os Suíços em geral são bastante pão-duro, mas é hábito do povo incentivar ascrianças no hábito de p<strong>ou</strong>par; pelo menos as tias e as primas mais velhascostumavam alimentar o cofrinho do menino. Faz parte da educação.Ser pão-duro é sinônimo de ser econômico, é uma virtude podes crer.12


Infelizmente uma grande parte da população brasileira tem salário muitobaixo e mal consegue sobreviver; falar de p<strong>ou</strong>pança para eles pode parecergozação.• Renda “per capita”Nas estatísticas oficiais um dos fatores mais comentados é o da Renda “percapita” <strong>ou</strong> seja a renda media ponderada dos habitantes. Para conseguircomputar um valor confiável, logicamente é muito difícil.O simples fato deste fator subir <strong>ou</strong> descer <strong>não</strong> tem grande significado seconsiderarmos os seguintes detalhes:• Distribuição de renda:É sabido que a distribuição da renda é muito injusta e esta injustiça estáse agravando. Começa com salários de miséria abaixo do “saláriomínimo” e vai até rendas absurdamente altas por diversos motivos.Interessante é notar que os indivíduos mais produtivos são os maispobres e os indivíduos mais improdutivos são os mais ricos.Os economistas há séculos constataram um fato do qual emitiram umaregra:"Os Trabalhadores gastam o que ganham eos Capitalistas ganham o que gastam".De fato, geralmente o salário dos operários é comprimido para o nívelmais baixo possível, enquanto que os poderosos fazem de tudo paraganhar montanhas de dinheiro que lhes permitam viver no luxo e naostentação de poder.Hoje, a regra mencionada acima deve ser corrigida em função dosseguintes fatos:Antigamente os Capitalistas eram os donos de terras que exploravam oscamponeses, depois vieram aquelas pessoas que acumulavam dinheiro eo faziam render através de instituições financeiras, mas hoje, pelomenos nos países subdesenvolvidos <strong>ou</strong> <strong>não</strong> muito verdadeiramentedemocráticos, os poderosos é que são a praga; aponto logicamente paraos políticos que fazem as l<strong>eis</strong> pensando primeiro nas suas vantagenspessoais e nas vantagens dos seus cabos eleitorais e <strong>ou</strong>trosapadrinhados.Quando o povo e antes de mais nada os lideres sindicais apontam"ricos" com certa maldade, eles fazem uma grande injustiça: Os ricosnormalmente são pessoas que herdaram uma fortuna acumulada por13


pais muito trabalhadores. Esses herdeiros podem dilapidar a sua fortunaem farras, <strong>ou</strong> podem fazer o dinheiro trabalhar inteligentemente, isto épromover a prosperidade econômica que só aumenta com boa dose desabedoria e ação social; quero dizer que o rico inteligente considera otrabalhador como seu principal aliado, aquele que produz e tambémconsome.• Rendas parasitas:A soma das rendas no país <strong>não</strong> está ligada diretamente a produção.Imagine por exemplo que são criadas novas loterias que empregammilhares de funcionários. Os salários e <strong>ou</strong>tras rendas que ofuncionamento dos jogos absorve vem de grande parte da populaçãoque sacrifica uma parcela da sua renda, mas nada é produzido. Temosapenas uma redistribuição da renda nacional. Aliás é uma redistribuiçãopéssima.• CapitalVocê pode chamar a sua p<strong>ou</strong>pança de Capital; afinal um capital pode sergrande <strong>ou</strong> pequeno, <strong>não</strong> há fronteira definida entre p<strong>ou</strong>pança e capital. Vocêpode se sentir como um Capitalista e acostumar com a idéia; uma vantagem éque você vai perder o preconceito de que a palavra Capitalista seja pejorativa.Há muitas formas de Capitalizar, e uma boa escolha individual é importante.Guardar dinheiro em casa, por exemplo no colchão, <strong>não</strong> costuma ser uma boaopção; há riscos de r<strong>ou</strong>bo <strong>ou</strong> incêndio, e além disso <strong>não</strong> dá juros.Recorrer aos Bancos, também tem seus riscos; de repente pode acontecer aeleição de um político l<strong>ou</strong>co que confisca a p<strong>ou</strong>pança de todo povo...........Que Fria ! E as Falências ? O Governo diz que garante a p<strong>ou</strong>pança, mas istoaté R$ 20 mil por titular (por CPF) o que acho uma mixaria. Afinal o dinheiroconfiado pelo povo aos Bancos é o único dinheiro verdadeiro; fora isso osBancos só têm papéis que representam dívidas e promessas de pagamento.• JurosVocê tem um capital e um parente <strong>ou</strong> amigo te pede um empréstimo. Antes dedecidir se empresta <strong>ou</strong> <strong>não</strong>, você, mesmo <strong>não</strong> sendo um Agiota, terápensamentos sobre os motivos e os riscos. Além disso você terá dúvidas sobrea desvalorização que ocorrerá devido à inflação e qual poderá ser acompensação a exigir. Provavelmente você vai ser levado a combinar algumataxa de juros.Você quer comprar um objeto de valor porque precisa dele, mas você <strong>não</strong> temdinheiro suficiente. Se <strong>não</strong> quiser aguardar que a sua p<strong>ou</strong>pança cresça atéalcançar o valor necessário, poderá recorrer a um empréstimo pessoal <strong>ou</strong>bancário. Muitos objetos são vendidos no comercio contra pagamentosparcelados, mas para <strong>ou</strong>tros objetos é necessário arranjar dinheiro emprestadopor algum capitalista. De qualquer maneira, quem empresta dinheiro <strong>ou</strong>vende fiado quer garantias e cobra juros. Não acha justo ?14


A pessoa que contrai dívidas deve ter em mente que para pagar ao capitalistao empréstimo com juros, deverá ter no futuro um Renda adequada. Se perdero emprego <strong>ou</strong> qualquer <strong>ou</strong>tra renda, a situação do devedor se complica comeventual retomada do bem pelo vendedor <strong>ou</strong> a penhora dos bens pessoais pelajustiça.A taxa de juros pode ser justa <strong>ou</strong> pode ser “usura” <strong>ou</strong> seja abusiva em favordo capitalista. Em todo caso, o tomador do empréstimo precisa analisar se ascondições financeiras são suportáv<strong>eis</strong>.• Os bancosOs bancos fazem muita propaganda dizendo que protegem os interesses dosseus Clientes. Contam somente as vantagens dos “Produtos” que oferecemaos Clientes.Entendo que os bancos <strong>não</strong> são instituições filantrópicas, mas geralmente elesexageram na sua voracidade por lucros. Na prática constatei que eles sóprotegem os seus próprios interesses, portanto digo aos amigos: Cuidado comos Bancos, façam o possível para <strong>não</strong> depender deles.15


• Dinheiro públicoHá certos serviços que obviamente devem ser de utilidade pública e <strong>não</strong>devem ser administrados por empresas privadas sem vínculo direto com oPoder Político. Embora todas as empresas sejam submetidas às L<strong>eis</strong>, asempresas privadas procuram livremente o seu caminho tendo como objetivoprincipal o seu Lucro.As empresas públicas devem procurar o seu caminho com o objetivo desatisfazer às necessidades da população, por exemplo em matéria deEducação, Saúde, Policiamento, Justiça, etc. Os recursos utilizados pelasempresas públicas provêm de Impostos e Taxas com diversas nomenclaturas.• As Ondas de Privatização e NacionalizaçãoNeste último século, temos assistido a várias "Ondas" de pressões políticaspara que certas empresas particulares sejam Nacionalizadas <strong>ou</strong> para quecertas empresas públicas sejam Privatizadas.Dependendo do regime político de cada país em cada época, asnacionalizações eram praticadas preferencialmente por confisco.Basicamente, quando as empresas privadas são muito prósperas elucrativas, os políticos se sentem atraídos pelas gloriosas vantagens deuma nacionalização.Logicamente, quando se trata de privatização, as empresas públicas sãovendidas para cobrir o rombo das finanças públicas.• Tendências de comportamento das empresas particularesNas empresas particulares, a sobrevivência e a obtenção de lucrodependem de cuidados para com a satisfação dos clientes e de compressãodos custos de produção e venda. O fantasma da falência ronda asempresas.Em todo caso, o cliente é livre de comprar <strong>ou</strong> <strong>não</strong>.• Tendências de comportamento das empresas públicasNas empresas públicas, a sobrevivência é garantida por lei, isto é as verbasdeterminadas com base no histórico contábil são atribuídas sem muitapreocupação com a satisfação dos clientes nem com os custosadministrativos. Eventuais prejuízos são sempre cobertos por verbassuplementares de socorro; o fantasma da falência <strong>não</strong> existe.Em todo caso, o cliente é obrigado por lei, <strong>não</strong> tem opção!• Produtividade nas empresas públicasQualquer que seja o objetivo de uma empresa pública, os princípios deeficiência, eficácia, etc., devem ser prezados e respeitados. Participei decurso de Qualidade Total, no SEBRAE, e havia lá participantes da PoliciaMilitar, o que prova a boa vontade de certos órgãos públicos.17


• TributosA variedade dos tipos de impostos e taxas é fantástica, <strong>não</strong> pretendo ofereceraqui uma lista completa.Os políticos têm sempre uma vontade l<strong>ou</strong>ca de criar mais impostos <strong>ou</strong> deaumentar a alíquota dos existentes.A arrecadação dos impostos pode ser Municipal <strong>ou</strong> Estadual <strong>ou</strong> Federal, masde qualquer maneira são os particulares e as empresas privadas que pagam.Eu considero toda a "Máquina do Governo" como um bloco só.Finalmente, o cidadão <strong>ou</strong> "particular" paga a totalidade dos impostos, já que oempresário repassa todos os seus custos para o preço do produto.Se uma entidade pública paga impostos, ela está realmente pagando para simesma.• Os Impostos disfarçadosQuando o Governo <strong>não</strong> assume totalmente um setor "público" da economia,seja por falta de recursos <strong>ou</strong> qualquer <strong>ou</strong>tro motivo, ele está na realidadeaumentando as despesas dos cidadãos através de impostos disfarçados.Vejamos alguns exemplos:Estradas: Basicamente quem constrói e mantém as estradas, é o governo.Embora as empresas pavimentadoras sejam privadas, o dinheiro para as obras,repassado pelo Governo, vem dos impostos.Quando o próprio Governo instala pedágios, ele está instituindo um impostoespecial destinado em princípio ao pagamento da construção e manutençãodas estradas.Quando o Governo "privatiza" uma estrada, ele deixa de pagar pelamanutenção, reduzindo seus próprios compromissos financeiros. Mas aempresa que fic<strong>ou</strong> com a concessão cobra pedágio, o que é um impostodisfarçado.Escolas: Basicamente as escolas são um serviço público, mas muitos motivospodem levar ao desenvolvimento de um ensino paralelo onde os cidadãosarcam com o total das despesas. Essas despesas podem ser consideradas com<strong>ou</strong>m imposto disfarçado.Saúde: Basicamente os Governos pretendem tomar conta dos serviços desaúde no interesse da população. Nesse setor a confusão é grande.As contribuições que os empregados e os patrões pagam para os institutos deprevidência social costumam servir tanto ao pagamento das aposentadoriascomo dos serviços de saúde; qual é a parte dedicada à saúde? Depende domalabarismo dos dirigentes! Os convênios de assistência médica são pagospor muitas empresas para o conforto dos seus empregados, e por muitosparticulares aposentados <strong>ou</strong> que trabalham em serviços autônomos. Todas asdespesas que o Governo pretende assumir mas de fato deixa por conta dasempresas e dos particulares podem ser consideradas como imposto disfarçado.18


Distribuição de RendaNestes últimos cinco anos, graças à televisão a cabo e graças ao privilégio depoder aproveitar programas em Português Inglês Francês e Alemão, minhavisão da vida mud<strong>ou</strong>!Fiquei cada dia mais consciente de que o nosso mundo é l<strong>ou</strong>co. Dizem que ohomem é um animal "racional", mas a minha impressão é de que essaracionalidade é utilizada principalmente para fins perversos.A maior L<strong>ou</strong>cura?• A obsessão de ficar rico!A ambição dos indivíduos varia bastante; há quem se satisfaz com umtrabalho que lhe dê sustento, há quem quer alcançar um padrão de vidasuperior com muito conforto, há quem quer gozar de riquezas imensas.Para que a raça humana progrida, é preciso um p<strong>ou</strong>co de ambição, mas umaambição desmedida geralmente leva a muitos comportamentos desumanos.É consenso geral de que <strong>não</strong> se pode ficar rico honestamente. Podemos verdiariamente exemplos de corrupção, concorrência desleal, e <strong>ou</strong>tros crimespraticados por pessoas que já estavam bem de vida mas querem sempre mais.Falando em televisão a cabo, há programas que mostram as riquezasacumuladas por certas pessoas "bem sucedidas", por exemplo o programaRicos e Famosos. Vi alguns episódios e parei porque fiquei enojado. O nossomundo tem milhões de indivíduos masoquistas, pobres mas que gostam de vergente famosa esbanjando fortunas.19


Na realidade, precisamos lembrar de que a única riqueza material vem daprodução, isto é de quem trabalha, e a distribuição da produção <strong>não</strong> éuniforme nem justa. O equilíbrio econômico perverso se dá quando a pobrezaextrema de muitos vem contrabalançar a fartura exagerada de alguns.O desequilíbrio econômico pode ser visto <strong>não</strong> só entre indivíduos mastambém entre países. Os EUA (USA) são comparativamente muito ricos,porém lá as diferenças entre indivíduos são também muito grandes. Lá existe,ainda bem vivo, o "sonho americano", aquela vontade popular de ficar rico, edaí a satisfação que sentem os pobres ao aplaudir os ricos. Imagino oamericano pobre que goza de prazer assistindo na TV "ricos e famosos".• A mundializaçãoPara embarcar nessa onda de mundialização, é preciso escolher entre duasclasses:A Primeira Classe. As grandes Empresas <strong>ou</strong> grandes Capitalistas com fomede expandir e dominar mercados. São aqueles que têm poder de barganhaA Segunda Classe. As pequenas empresas querendo fornecedores queoferecem vantagens comerciais <strong>ou</strong> vantagens de competição.A terceira Classe. Esta Classe, ninguém escolhe! É a dos <strong>ou</strong>tros, dosvencidos e porque <strong>não</strong> dizer dos r<strong>ou</strong>bados. Aqueles que <strong>não</strong> têm poder debarganha, aqueles que assistem ao espetáculo sem bronquear.• A má distribuição de rendaA constatação de que a renda é mal distribuída e as criticas a respeito dissosão bastante freqüentes, porém os atos para corrigir esta situação são raros.A gravidade do problema é obviamente diferente para cada país. Na Suíça,país considerado rico, <strong>não</strong> faltam motivos para reclamar. Parece-me que aDinamarca tem uma organização social exemplar e deveria servir de padrãopara os políticos do mundo inteiro.• O CorretorO imposto de renda parece ser o melhor <strong>ou</strong> único meio de corrigir asdistorções <strong>ou</strong> injustiças entre cidadãos privilegiados e comuns.Sistema de cálculo do Imposto de Renda (veja gráfico)1. Renda mínima indecente: O limite de isenção do imposto habitualmentecomeça num nível muito baixo. É a vontade dos economistas e burocratas dogoverno para cobrar imposto ao maior número possível de cidadãos.Geralmente este nível de renda <strong>não</strong> permite uma vida digna numa sociedadechamada de "civilização".2. Porcentagem máxima sem vergonha: Se a porcentagem máxima praticadaé baixa, por exemplo 25%, parece-me óbvio que para os cidadãos20


privilegiados é uma festa! O imposto deixa de ser pesado para quem faturaalto; mais alto o cidadão fatura, mais o imposto de renda parece uma gorjeta.3. Progressividade simplista: Os economistas gostam de aplicar matemáticasclássicas; os gráficos podem ser de retas <strong>ou</strong> de curvas tais como parábolas,hipérboles e <strong>ou</strong>tras. No caso, o que deveria interessar verdadeiramente, <strong>não</strong> éa matemática mas o efeito social do imposto.4. Renda mínima decente: O padrão de vida considerado normal deveriapermitir ao cidadão pagar o aluguel de uma casa e <strong>não</strong> de um barraco, deveriapermitir criar uma família normal com esposa e dois filhos em condiçõessadias de alimentação, etc.Parâmetros básicos do Imposto de Renda (Pessoa fisica)100%Porcentagem crescente do Imposto3250%14 6Renda crescenteLimite da Renda decente / indecenteIsenção para Renda decenteIsenção para Renda miserável21


5. Porcentagem máxima socialmente correta: Um consenso popular diz que édifícil <strong>ou</strong> mesmo impossível ficar rico honestamente. Sempre há exceções,por exemplo loterias.Há pessoas que faturam muito alto a custa da ingenuidade do povo, porexemplo "artistas" de qualidade medíocre mas muito promovidos pela mídia.Há pessoas que sendo diretores de firmas passam a saquear suas própriasfirmas até levá-las a concordata <strong>ou</strong> falência; bem entendido as firmasdesaparecem mas os ex-diretores ficaram ricos dando prejuízo na praça. Háuma infinidade de meios de ficar rico "mais <strong>ou</strong> menos honestamente". Porisso seria lógico determinar uma porcentagem muito alta para o teto doimposto devido, por exemplo 80%.6. Renda máxima decente: As pessoas que exercem profissões muitoexigentes quanto aos estudos e ritmo acelerado de vida, por exemplo médicos,administradores de grandes empresas, políticos de alto nível, etc., obviamenteprecisam de renda bastante alta. Além desta renda máxima decente, começa arenda "indecente", aquela que permite extravagâncias no luxo e na ostentaçãode riqueza. Há países onde os "sinais exteriores de riqueza" são um fatorimportante de fiscalização do imposto de renda por parte do fisco.MemorandoPara o País progredir, é preciso:• Incentivar as atividades Produtivas• Desincentivar as atividades Improdutivas• Combater as atividades CriminosasO Dinheiro deve representar o valor verdadeiro do país, portanto:• O Capital deve ser aplicado nos atos Produtivos• A Especulação deve ser freada• O Segredo bancário deve ser limitado• A Corrupção deve ser combatidaUm sistema político honesto e a efetiva participação do povo nas decisõespolíticas têm profundo efeito positivo nos resultados econômicos e sociais dequalquer nação.Pessoalmente, recomendo que observem os acontecimentos na Suíça !Um "Site" interessante, disponível em oito línguas, inclusive em português, éo seguinte: www.swissinfo.orgAlém das notícias suíças e internacionais, este site tem um grande número de"links" de organizações suíças e internacionais, governamentais e <strong>não</strong>governamentais (ONG).Escrevendo este pequeno livro, tive a intenção de chamar a atenção sobre ofato de que para fazer progredir a economia de uma nação, <strong>não</strong> basta arranjarempréstimos <strong>ou</strong> pedir o perdão das dívidas. O fator mais importante <strong>não</strong> é odinheiro!22


Grato pela atenção !Sinceramente seu, John Gilbert Heuri23

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