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Revista Bahia Viva - SEMA - Secretaria do Meio Ambiente

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0406091014161704 Legislar para a diversidade06 Em Busca <strong>do</strong> Eco-desenvolvimento09 Processo contínuo de educação10 Somos cidadãos planetários14 Selo Carbono Zero será amplia<strong>do</strong>16 Carnaval Verde17 Participação popularmarca II Cema18 Cria<strong>do</strong>resde Florestas20 Parque <strong>do</strong> Conduru:a menina <strong>do</strong>s olhos <strong>do</strong>s ambientalistas22 Monitoramento<strong>do</strong> ar24 Forman<strong>do</strong> novos parceirosatravés <strong>do</strong> PNC26 Novo modelo de serviço público26ÍndiceExpediente:Publicação da <strong>Secretaria</strong> de <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong> e RecursosHídricos da <strong>Bahia</strong> - SemarhAno - I, nº1 - Abril de 2008Govererna<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>: Jaques WagnerSecretário de <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong> e Recursos Hídricos: JulianoMatosChefe de Gabinete: A<strong>do</strong>lpho NettoDiretor-geral:Wesley FaustinoSuperintendente de Políticas para a o DesenvolvimentoSustentável:Eduar<strong>do</strong> MattediSuperintendente de Biodiversidade, Florestas e Unidades deConservação:Marcos FerreiraAssessora de Comunicação: Ilma Pessoa (DRT - 1559 - BA)Redação e edição de textoxto: Márcia Moreira (DRT - 1447 - BA)Colaboração: Aura Henrique e Larissa SouzaProjeto gráfico e editoração eletrônica: Landim ComunicaçãoFotos:Janduari Simões/Arquivo Semarh/AgecomContato <strong>Revista</strong> <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong><strong>SEMA</strong>RHAv. Luiz Viana Filho, nº 390 Plataforma IV Ala Norte - CentroAdministrativo da <strong>Bahia</strong> (CAB)CEP 41.745-005 - Salva<strong>do</strong>r <strong>Bahia</strong> BrasilTel.: (71) 3115.3836 / 6289 - www.meioambiente.ba.gov.br


04 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Legislar para a diversidadePesca<strong>do</strong>res, quilombolas, índiose a comunidade em geralse reuniram pela primeira vezpara discutir, juntos, novos caminhospara a política ambiental<strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. Neste clima,misto de novidade e responsabilidade,aconteceram as caravanascívico-ambientais em diversasregiões da <strong>Bahia</strong>. O objetivofoi iniciar um processode revisão e aperfeiçoamentodas leis nº 10.431, de Política de<strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong> e de Proteçãoà Biodiversidade, e nº 10.432, dePolítica Estadual de RecursosHídricos.Desta forma foram realizadasnove audiências ambientaisnas cidades de Eunápolis,Itabuna, Euclides da Cunha,Vitória da Conquista, Seabra,Juazeiro, Barreiras, Salva<strong>do</strong>r eBom Jesus da Lapa. Os municípiosforam escolhi<strong>do</strong>s porestarem situa<strong>do</strong>s nos principaisbiomas que compõem a <strong>Bahia</strong>.Realizadas em abril e maio de2007, as audiências das caravanastiveram a participação de700 pessoas e foram recebidas54 contribuições escritas.Para Maria Gravina Ogata,ex-diretora de Política Ambientalda Superintendência dePolíticas para o DesenvolvimentoSustentável, a maior contribuiçãoda caravana foi mostrara riqueza de cada lugar. Ela destacoualgumas peculiaridades decada caravana. “Nas cidades <strong>do</strong>interior, a maior participação foide pessoas da própria comunidade,que vivenciam a naturezano seu dia-a-dia. Já na capitalbaiana, a maior participação foide acadêmicos e intelectuaisengaja<strong>do</strong>s nas questões ambientais”,lembrou.Mas cada cidade compareceucom um público específico. EmBom Jesus da Lapa, por exemplo,a caravana contou com aparticipação de agricultores daregião. No Oeste da <strong>Bahia</strong>, oprincipal tema debati<strong>do</strong> foi a expansãoda fronteira agrícola. Jáem Vitória da Conquista, ondeexistem muitas carvoarias, asdiscussões giraram em torno de


Veja algumas dassugestões apresentadas:Eunápolis rever o conceito de servidão florestal;instituir o ICMS Ecológico; fazer levantamento<strong>do</strong> que resta da Mata Atlântica.Itabuna/ Ilhéus incluir a matéria EducaçãoAmbiental nas escolas; implementar o balcãoúnico de licenciamento e simplificar exigênciasde <strong>do</strong>cumentos e procedimentos.Vitória da Conquista repassar 1% <strong>do</strong> valor dacobrança de Recursos Hídricos aos municípios,para recuperar APPs e nascentes; estabelecerespecificidade da mata de cipó.questões sociais. “Ficou claro que asLeis deveriam contemplar essadiversidade”, afirmou Ogata.De cada um desses encontrosforam sen<strong>do</strong> tiradas lições esugestões para reformulação das leisambientais. “Foi a primeira vez queo governo teve este tipo deabordagem. As pessoas gostaram enossa idéia é manter o vínculo comessas comunidades”, disse MariaOgata.Todas as sugestões estão sen<strong>do</strong>avaliadas em três Grupos deTrabalho (GTs): <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>,Biodiversidade e Recursos Hídricos.O objetivo é agilizar o processo paraque as propostas apresentadaspossam ser incluídas ou levem amudanças na atual legislação.Seabrbra monitorar a qualidade das águas, inclusiveas subterrâneas; incluir o bioma Caatingacomo patrimônio estadual.Juazeiro reverter em beneficio <strong>do</strong> empreende<strong>do</strong>r,as ações de recomposição da mata ciliarnos projetos de irrigação; tomar cuida<strong>do</strong> com ainserção de espécies exóticas no semi-ári<strong>do</strong>(algaroba).Barreiras criar Unidades de Conservação noOeste; eliminar a burocracia para o pequeno produtorrural.Salva<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>r incluir o Cerra<strong>do</strong> e a Caatinga comopatrimônio estadual; considerar a água comodireito fundamental da pessoa humana.Bom Jesus da Lapa estimular a utilização <strong>do</strong>vale <strong>do</strong> São Francisco ao invés de ocupar oChapadão; conhecer e contemplar asespecificidades <strong>do</strong> Oeste da <strong>Bahia</strong>.Euclides da Cunha disponibilizar água de boaqualidade que não seja salobra nas cidades daregião; buscar outras alternativas de disponibilidadede água, para abastecimento humano.www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br05 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>


06 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Em Busca <strong>do</strong>Eco-desenvolvimentoAté bem pouco tempo omeio ambiente era considera<strong>do</strong>um entrave a novos empreendimentose ao desenvolvimento<strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. Mas um novoconceito começa a ganharforça: o <strong>do</strong> eco-desenvolvimento.A <strong>Bahia</strong> está aprenden<strong>do</strong>a pensar políticas públicasde meio ambiente de formamais ampla e aprenden<strong>do</strong> a desenvolvernegócios a partir dasua rica biodiversidade.Neste aspecto, o ConselhoEstadual <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>(Cepram) tem papel fundamental.“Estamos numa fasede superação da falsadicotomia entre desenvolvimentoe meio ambiente. Temosum esta<strong>do</strong> com ativosambientais fantásticos e precisamosvalorizar isso.Sustentabilidade pede umamudança de mentalidade”,afirma Eduar<strong>do</strong> Mattedi, superintendentede Políticas parao Desenvolvimento Sustentávele secretário-executivo <strong>do</strong>Cepram.Ele cita como exemplo a riquezanatural <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, aindadesconhecida <strong>do</strong>s própriosbaianos. “Das dez maiorescavernas <strong>do</strong> Brasil, sete estãoaqui na <strong>Bahia</strong>. Muita gentenão sabe, não explora e nãopesquisa esse potencial”, avalia


Mattedi. Nessa perspectiva, oCepram deixa de ser vistocomo um órgão de “entrave”para ser um potencializa<strong>do</strong>r denovos investimentos, dentro<strong>do</strong> conceito de eco-desenvolvimento.O foco mu<strong>do</strong>u. A busca épelo investi<strong>do</strong>r consciente,socialmente e ambientalmenteresponsável. O setor empresarialvem amadurecen<strong>do</strong> nestesenti<strong>do</strong> e já é possívelencontrar bons parceiros comtais características. Mas, estenão é um processo simples emuito menos rápi<strong>do</strong>.Na área de infra-estrutura,a Semarh participa <strong>do</strong> planejamentode novos empreendimentos.Desta forma, as variáveisambientais são levadas emconsideração, desde a gestação<strong>do</strong>s novos investimentos. Estanova postura também deixa osempresários mais tranqüilos,pois elimina a dúvida sobre possíveisintervenções no empreendimento,ao longo da suaimplantação.A descentralização e agilizaçãode alguns processos,como a liberação de licençasambientais, também fazemparte desta nova realidade.Neste senti<strong>do</strong>, em dezembrode 2007 foi lançada a GestãoAmbiental Compartilhada(GAC) com o objetivo demunicipalizar algumas ações<strong>do</strong> Cepram. Dentro destenovo processo, será feita acapacitação de gestores ambientaisem 88 municípiosbaianos.O Conselho Estadual <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong> (Cepram), órgão máximo <strong>do</strong> Sistema Estadual <strong>do</strong><strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>, foi cria<strong>do</strong> no ano de 1973 e completa 35 anos de existência em 2008. Primeiroconselho dessa natureza cria<strong>do</strong> no Brasil, o Cepram é um fórum colegia<strong>do</strong> forma<strong>do</strong> por 21membros <strong>do</strong> setor empresarial, priva<strong>do</strong>, governo, trabalha<strong>do</strong>res e ambientalistas. É também oúnico conselho em que o governo representa apenas 1/3 <strong>do</strong> seu total. O Cepram está desenvolven<strong>do</strong>uma política de municipalização e descentralização, buscan<strong>do</strong> se fortalecer como umórgão formula<strong>do</strong>r de políticas públicas.07 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br


COMPOSIÇÃO DO CEPRAM08 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Juliano Sousa MatosEduar<strong>do</strong> MattediMarcos César Felix FerreiraJorge Jose Santos Pereira SollaLetícia Coelho da Costa NobreLorene Luise Silva PintoGeral<strong>do</strong> Simões de OliveiraCarlos Eduar<strong>do</strong> SodréSilvana Nunes da CostaAntonio Carlos Batista NevesVera Lúcia Frazão Barreto AlvesAna Maria de Lima SantosRafael Amoe<strong>do</strong> Amoe<strong>do</strong>Antonio Carlos MatiasDavid Dias de CarvalhoRonald de Arantes LobatoRomeu de Figueire<strong>do</strong> TemporalBenito Muiños JuncalAfonso Bandeira FlorenceMaria Valéria Gaspar de Queiroz FerreiraAbelar<strong>do</strong> de Oliveira FilhoIglesias Brasil CabaleroAdécio de Assis GonçalvesPablo Ramos Andrade de VillanuevaRoseane PalaviziniLia Terezinha Bianchi <strong>do</strong>s ReisFred Cácio Bandeira RochaelEmídio Souza Barreto NetoLuis Ricar<strong>do</strong> MontagnaElbamair Conceição MatosPaulo Sérgio Vila Nova SouzaDébora Fontes P. de Cerqueira.Celene Almeida de BritoMarinélia Dias Ramos SilvaJosé Roberto Caldas PintoIsabel Cristina LigeiroFernan<strong>do</strong> José de Oliveira SantosAilton Queiroz LisboaJackson Bomfim Carvalho <strong>do</strong>s SantosJosemário Martins da SilvaGenival<strong>do</strong> Batista de JesusAdriana Alves da MataManoel Adeodato de Souza Menezes FilhoArnal<strong>do</strong> de JesusCláudio Luis Figuere<strong>do</strong> MascarenhasIrundi Sampaio EdwleissNey Antonio de Souza SilvaLuis Fernan<strong>do</strong> Galvão de AlmeidaAurinézio Calheira BarbosaSérgio de Almeida BastosJosé Roberto Pedreira Franco CelestinoLuiz Tarciso Cordeiro PamponetLuciano Lisboa JuniorJoão Lopes de AraújoJonas Dantas <strong>do</strong>s SantosBenedito Célio Eugênio SilvaMarcelo Carvalho de MirandaCésar Roberto Góes CarqueijaLucedalva Xavier BarbosaGerar<strong>do</strong> Bressan SmithJosé Cisino Menezes LopesMauricio Leite LopesErico Sampaio Souza


De início, cinco projetos passaram a serdesenvolvi<strong>do</strong>s: Jovens Ativistas - projeto de Formaçãode Agentes Ambientais Comunitários. Desenvolvi<strong>do</strong>em parceria com a Ong Associaçãode Educação para a Vida (Assev), <strong>do</strong> municípiode Vitória da Conquista, volta<strong>do</strong> paraformação de jovens de 14 a 16 anos, em 18escolas públicas municipal, estadual, federal,quilombola e <strong>do</strong> Movimento Sem Terra.Tem como objetivo principal a formação dejovens lideranças que possam atuar namelhoria da qualidade de vida de suas comunidades.Processocontínuode educaçãoAo inserir a <strong>Secretaria</strong> de <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>e Recursos Hídricos nas ações de desenvolvimento<strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, o Governo da <strong>Bahia</strong> deixouclara a importância que atribui a áreaambiental. Nesse senti<strong>do</strong>, a EducaçãoAmbiental (EA) ganhou papel fundamentalna concepção e implementação de políticaspúblicas em to<strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. A princípio, sete diretrizesforam estabelecidas: elaborar o programade EA <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>; formar educa<strong>do</strong>resambientais populares; transformar as experiênciasde EA em políticas públicas; apoiar asações da Rede de Educação Ambiental da<strong>Bahia</strong>; apoiar as ações <strong>do</strong>s Coletivos Jovens;apoiar os projetos Coletivos Educa<strong>do</strong>res noesta<strong>do</strong>; e apoiar as Salas Verdes.“É preciso levar a Educação Ambientalpara todas as pessoas, de forma estruturante,participativa e democrática”, afirma TitaVieira, diretora de EA da Semarh. Ela ressaltaque a formulação de políticas públicas passa,primeiro, pela identificação <strong>do</strong>s problemase conflitos de cada território, e por ouvir aspessoas, suas queixas, suas demandas, seusanseios. Pegadas - projeto de Educação paragestão Ambiental e DesenvolvimentoAgroecológico de Sobradinho, Sento Sé, Remansoe Casa Nova. Tem como objetivoimplementar ações capazes de dinamizar aeconomia regional por meio de seus efeitosmultiplica<strong>do</strong>res sobre o emprego e a renda ede transformar as condições de vida das populaçõespossibilitan<strong>do</strong> a construção de processossustenta<strong>do</strong>s de desenvolvimento. Projeto Apoio ao Desenvolvimentode Técnicas Agrosustentávrosustentáveis eis - Visa promovero desenvolvimento econômico, respeitan<strong>do</strong>os valores humanos e ambientais apartir <strong>do</strong> trabalho da agricultura familiar. Projeto Educação Ambiental na Áreade Influência <strong>do</strong> Complexo Cooperativode Reciclaeciclagem de Salva<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>r - Tem como objetivoconstruir um novo paradigma para agestão de resíduos sóli<strong>do</strong>s, através da reduçãoda produção destes mesmos resíduos, daimplementação de coleta seletiva e da geraçãode trabalho e renda. Projeto São Bartolomeu Mais Verde -Pretende inserir os princípios da permaculturana produção e manejo das áreas produtivasenvolven<strong>do</strong> os mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> entorno<strong>do</strong> Parque, preparan<strong>do</strong> estas comunidadespara ações de requalificação urbana e recuperaçãoambiental.Vale ressaltar que Educação Ambiental éum processo contínuo, em pleno desenvolvimento,principalmente em um esta<strong>do</strong> semtradição de políticas públicas na áreaambiental. Os cinco projetos acima cita<strong>do</strong>srepresentam, apenas, o início de uma fértilcaminhada para a formulação de novas diretrizespara a área ambiental.www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br09 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>


10 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Somos cidadãos planetáriosO aquecimento global e a conseqüente transformação<strong>do</strong> planeta Terra se tornam, cada vezmais, uma preocupação de to<strong>do</strong>s os cidadãos.Prova disso está na maior participação de váriossegmentos da sociedade no Fórum Baianode Mudanças Climáticas. Cria<strong>do</strong> em agosto de2005, o Fórum teve seu regimento revisa<strong>do</strong> em2007, para permitir a entrada de novos participantes,como universidades, ongs, índios equilombolas. “Passamos de 38 para mais de 50integrantes”, conta Adriana Diniz, da <strong>Secretaria</strong>Estadual de <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong> e RecursosHídricos.As atividades também ganharam uma novadinâmica. As reuniões realizadas a cada 45 diaspassaram a contar com a presença de um convida<strong>do</strong>para proferir palestra sobre algum temaespecífico. Assim, Milson Batista, diretor daSemarh falou sobre biodiversidade; o professorOsval<strong>do</strong> Soliano abor<strong>do</strong>u a questão da matrizenergética; a professora Creuza Lage falou sobreo conceito de Vulnerabilidade e Carlos Nobre,<strong>do</strong> INPE, falou sobre as mudanças climáticas.Com o objetivo de otimizar o andamento dasatividades e aprofundar o estu<strong>do</strong> de algumasquestões, o Fórum criou cinco Grupos de Trabalho(GT) volta<strong>do</strong>s para os seguintes tópicos:Vulnerabilidade, Desmatamento, Energia, Esta<strong>do</strong>e Arte e Mecanismos de DesenvolvimentoLimpo (MDL). Mesmo assim, segun<strong>do</strong>Adriana Diniz, a grande questão ainda é sabero que vai substituir o combustível fóssil, principalfonte de emissão de gás carbônico na atmosfera.O aquecimento global é, de fato, uma preocupação<strong>do</strong> governo. A <strong>Bahia</strong> foi o segun<strong>do</strong> esta<strong>do</strong>brasileiro a implantar o Fórum de Mudanças


11 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Agenda 2008Uma das metas <strong>do</strong> governo para este ano é expandir o estu<strong>do</strong> de emissão de CO2 (gáscarbônico) para to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> através de parceria entre a Semarh, a ong Quercus e a Uneb.Outra é trabalhar o Plano Estadual de Mitigação, que visa evitar maior emissão de gáscarbônico na atmosfera, a ser desenvolvi<strong>do</strong> a partir deste ano.Para Adriana Diniz, uma das formas de fazer com que as pessoas se engajem na lutaambiental é popularizar as discussões sobre mudanças climáticas. Com esse intuito, o Fórumpretende lançar uma cartilha e um site com informações sobre o assunto.“Muita gente não absorve as questões por achar que as mudanças vão demorar uns 30anos para acontecer, mas já estão acontecen<strong>do</strong>. Então, é preciso tomar consciência de quesomos cidadãos planetários e perceber que a ação individual faz diferença. Agir localmente epensar globalmente”, conclui Diniz.www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br


É uma forma deacompanhar asdiscussões sobre o temae também de contribuirpara a criação depolíticas públicas12 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Climáticas sen<strong>do</strong>, também, o único <strong>do</strong> Norte/Nordestea criar esta instância de poder.Existem fóruns semelhantes no Rio de Janeiro,em São Paulo, no Paraná, no EspíritoSanto e em Minas Gerais. Em setembro de2007, o fórum baiano estabeleceu parceriacom o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.“É uma forma de acompanhar asdiscussões sobre o tema e também de contribuirpara a criação de políticas públicas”,afirma Diniz.Ao mesmo tempo, os debates foram leva<strong>do</strong>saos diversos municípios baianos. Em2007 foram realizadas 15 conferências regionaise em março de 2008 acontece a conferênciaestadual. Em maio deste ano seráa vez da conferência nacional.A pauta principal de to<strong>do</strong>s esses encontrostambém foi debatida na convenção mundial,que aconteceu em dezembro de 2007,


em Bali, na In<strong>do</strong>nésia e contou com a participaçãode uma delegação brasileira. Delá sairam todas as novas diretrizes a seremassumidas pelos países que integram a Conferênciadas Partes (COP), estabelecida pelaONU. “O Protocolo de Quioto termina em2012. A conferência na In<strong>do</strong>nésia discutiuo que vai acontecer depois dessa época”,conta Adriana Diniz, representante <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>da <strong>Bahia</strong> no evento. Dois temasnortearam os debates da conferência: ocombate à desertificação e a preservação dabiodiversidade <strong>do</strong> planeta.Para ela, a divulgação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumentário“Uma verdade inconveniente”feita pelo exvice-presidenteamericano Al Gore, e suaconseqüente premiação com o Nobel daPaz, influenciou de forma positiva a divulgação<strong>do</strong> tema, principalmente nos Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s, que não aderiu ao Protocolo deQuioto.13 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>“O Protocolo deQuioto termina em2012. A conferência naIn<strong>do</strong>nésia discutiu oque vai acontecerdepois”www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br


Programa Floresta<strong>Bahia</strong> GlobalSelo CarbonoZeroserá amplia<strong>do</strong>14 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Ter uma atitude pró-ativa paraminimizar os efeitos das mudançasclimáticas e <strong>do</strong> aquecimento global,com a recuperação da coberturavegetal <strong>do</strong>s biomas baianos, através<strong>do</strong> seqüestro de carbono. Com estesobjetivos, foi lança<strong>do</strong> em 5 de junho<strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong> o Floresta<strong>Bahia</strong> Global, programa dedescarbonização da <strong>Bahia</strong>. Pioneirono Brasil como política pública, ogoverno <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> tenta, destaforma, reverter um passivo históricoque atinge, principalmente, reservasambientais e matas ciliares.Basea<strong>do</strong> em MDL (Mecanismosde Desenvolvimento Limpo), oprograma está em consonância como trata<strong>do</strong> de Quioto, ratifica<strong>do</strong> em2005 por 160 países, entre eles oBrasil. O Floresta <strong>Bahia</strong> Globaltoma como premissa a seguinteequação: um crédito equivale a umatonelada de carbono emiti<strong>do</strong> na atmosfera.Ao atingir a marca de milcréditos a empresa que aderir aoprograma recebe um certifica<strong>do</strong>denomina<strong>do</strong> de Selo CarbonoZero, uma espécie de ISOambiental específico para aadesão ao programa de redução<strong>do</strong>s danos causa<strong>do</strong>s pelo efeitoestufa.O governo da <strong>Bahia</strong> a<strong>do</strong>touo programa para minimizar osdanos causa<strong>do</strong>s pelas aeronavesque utiliza em suas viagens. Cálculosfeitos por técnicos da Superintendênciade Biodiversidade,Florestas e Unidades deConservação (SFC) da <strong>Secretaria</strong>Estadual de <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong> eRecursos Hídricos (Semarh)mostram que, em apenas umano, as aeronaves <strong>do</strong> governosão responsáveis pela emissão totalde 360 toneladas de CO2 naatmosfera.Para neutralizar este volumeestão sen<strong>do</strong> plantadas 30 milmudas de espécies nativas comoipê-amarelo, pau-brasil e vinhático,na área <strong>do</strong> Parque Estadualda Serra <strong>do</strong> Conduru - unidadede conservação e de proteção integral- localiza<strong>do</strong> nos municípiosde Ilhéus, Uruçuca e Itacaré,no sul <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Num primeiromomento as mudas paradescarbonização serão utilizadasapenas em Unidades de Conservação(UC). Depois a recuperaçãoambiental será estendida paraunidades rurais, áreas quilombolase assentamentos.A atitude <strong>do</strong> governo da<strong>Bahia</strong> serve como estímulopara que outras empresas venhamaderir ao programa. Segun<strong>do</strong>Marcos Ferreira, superintendenteda SFC, váriasempresas <strong>do</strong> Pólo Petroquímicode Camaçari e outrosempreendimentos que vão seinstalar na <strong>Bahia</strong> já sinalizaramque querem aderir ao programa.“Elas estão aguardan<strong>do</strong> apublicação <strong>do</strong>s editais que vãoselecionar projetos para recuperaçãode áreas de MataAtlântica. Depois haverá outroseditais para Caatinga e oCerra<strong>do</strong>”, afirma Ferreira. Aexpectativa é de que o primeiroedital leve à recupe-ração de500 hectares de florestas.


Novos selosEm 2008 os créditos de carbono poderão ser negocia<strong>do</strong>s pelas empresas diretamente na Bolsa deValores. “Nossa expectativa é de recuperar mil hectares de floresta”, afirma Marcos Ferreira.Outra novidade será a possibilidade de transformar pequenas propriedades e assentamentos deterra em áreas de reserva legal a serem beneficiadas pelo programa.O Selo Carbono Zero também evolui e passará a ter seis níveis de adesão, cada um corresponden<strong>do</strong>a um determina<strong>do</strong> volume de carbono seqüestra<strong>do</strong>. Cada nível homenageará uma árvore.Selo Carbono Zero Ipê para as empresas que conseguirem neutralizar de 91 a 100% das emissões.Selo Carbono Zero Pau Brasil para quem neutralizar de 61 a 90%.Selo Carbono Zero Jatobá para quem neutralizar de 41 a 60%.Selo Carbono Zero Jequitibá para quem neutralizar de 21 a 40%.Selo Carbono Zero Aroeira para quem neutralizar de 11 a20%.Selo Carbono Zero Cedro para quem neutralizar até 10%.E, o mais importante, qualquer empresa de qualquer setor pode aderir ao Programa Floresta<strong>Bahia</strong> Global.15 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br


16 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Carnaval VerdeOs números que envolvem o Carnaval deSalva<strong>do</strong>r são grandiosos. Maior festa de rua<strong>do</strong> planeta; mais de um milhão de pessoas circulan<strong>do</strong>pelos circuitos da folia. A festadedicada a Momo gera, em apenas seis dias,1.489.45 toneladas de lixo. Além disso, os triosque circulam liberam cerca de 155 toneladasde gás carbônico. Um cenário que representaum grande desafio ambiental.O Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, através da <strong>Secretaria</strong>de <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>, a Prefeitura de Salva<strong>do</strong>re a Petrobras decidiram enfrentar o desafio.Assim foi cria<strong>do</strong> o programa CarnavalSustentável, um <strong>do</strong>s destaques da folia 2008.De imediato, alguns <strong>do</strong>s 105 trios elétricos ecarros de apoio desfilaram no Carnaval movi<strong>do</strong>sa biodiesel B5. Somente esta ação representouuma redução significativa na emissãode gás carbônico durante os dias de festa.Na avaliação de Rosemberg Pinto, gerenteregional de Comunicação Institucional daPetrobras na <strong>Bahia</strong>, o Carnaval baiano temgrande potencial para “entrar no ritmo da defesaambiental”. Outra ação <strong>do</strong> programa é oplantio de mudas de árvores como forma decompensar os danos da poluição ambiental,dentro <strong>do</strong> Programa Floresta <strong>Bahia</strong> Global.No total, serão plantadas 33.320 mudas deárvores nativas e frutíferas em 20 hectares dereservas, parques e áreas verdes <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>: dezhectares de área da Refinaria Landulpho Alves,em São Francisco <strong>do</strong> Conde, em quatro hectares<strong>do</strong> Parque Estadual da Serra <strong>do</strong> Conduru,no sul <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, em <strong>do</strong>is hectares <strong>do</strong> Parquede Pituaçu e mais quatro hectares em áreasmetropolitanas de Salva<strong>do</strong>r.A proporção é de 1.660 árvores plantadas porhectare, resultan<strong>do</strong> em 20 hectares de floresta,quantidade necessária para seqüestrar as 147,25toneladas de CO2, emitidas durante o Carnavalde 2008.Além de ser uma festa com grande importânciapara os setores turístico e econômico, oCarnaval de Salva<strong>do</strong>r também pode se tornar referência<strong>do</strong> ponto de vista da responsabilidadeambiental.


Participaçãopopularmarca II Cema"A gente pode colocar nossa vez e nossavoz", comemorou Maria Celeste <strong>do</strong>s Santos,trabalha<strong>do</strong>ra rural de Amargosa, durante a IIConferência Estadual de <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong> (IICema), realizada pela <strong>Secretaria</strong> de <strong>Meio</strong><strong>Ambiente</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (Semarh), em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong>mês de março. O evento aconteceu por meiode um processo democrático, legitima<strong>do</strong> poruma ampla e diversa participação popular, soba temática 'Mudanças Climáticas, Território eSociedade'.A II Cema assegurou à sociedade baiana aportunidade de compartilhar com o poderpúblico seus anseios e necessidades emquestões ligadas ao <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>. Mais queisso, permitiu aos cerca de 800 participantesum debate aberto de suas idéias,contabilizan<strong>do</strong>-as em políticas públicas paraum melhor aproveitamento <strong>do</strong>s ativos locais,além da solução de impasses ambientaishistóricos.Não haveria melhor momento para ogoverno tornar a <strong>Bahia</strong> o primeiro esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Nordeste 'Amigo da Amazônia'. O título foiconcedi<strong>do</strong> após assinatura de um termo decompromisso firma<strong>do</strong> entre Greenpeace eSemarh, na tentativa de inibir o tráfico demadeira de origem duvi<strong>do</strong>sa e fomentar o usode produtos e subprodutos oriun<strong>do</strong>s demadeira certificada.A garantia de voz aos mais diversifica<strong>do</strong>sgrupos ambientalistas, também religiosos eétnicos, foi a palavra de ordem da II Cema, queaconteceu após uma maratona de 16 conferênciasregionais, alcançan<strong>do</strong> cidades pólo <strong>do</strong>interior. A Semarh pôde então conhecer in locoas demandas de comunidades tradicionais, setorprodutivo e sociedade civil organizada, além dasnecessidades <strong>do</strong> poder público local.A questão ambiental permeia os diferentescampos da sociedade. "Sem a natureza, areligião de matriz africana não existe", foi oque disse Valério Bonfim, representante dePovos de Terreiro <strong>do</strong> Sul da <strong>Bahia</strong>, que tambémcompareceu à II Cema. Para ele, a regularizaçãofundiária <strong>do</strong>s terreiros de can<strong>do</strong>mblé é crucialpara a sobrevivência de sua religião.Um número nada tími<strong>do</strong> de participantes foialcança<strong>do</strong> durante as regionais. Cerca de seismil pessoas estiveram em Barreiras, Caetité,Camaçari, Cruz das Almas, Eunápolis, Feira deSantana, Irecê, Itabuna/Ilhéus, Jequié, Juazeiro,Paulo Afonso, Salva<strong>do</strong>r, Santa Maria daVitória, Seabra, Tucano e Vitória da Conquista,para consolidar seu direito de opinar.Entre os assuntos debati<strong>do</strong>s, os maispolêmicos foram biodiversidade, floretas,regularização fundiária, água, educaçãoambiental e povos tradicionais. Mais de 540propostas foram votadas, resultan<strong>do</strong> numconjunto de deliberações da II Cema, queservirá de referência para a a<strong>do</strong>ção de políticasambientais exeqüíveis.III Conferência Nacional de <strong>Meio</strong><strong>Ambiente</strong>A II Cema foi também o momento deselecionar, entre os cerca de 600 delega<strong>do</strong>svin<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong>, 60 que vão representara <strong>Bahia</strong> na III Conferência Nacional de <strong>Meio</strong><strong>Ambiente</strong>, que acontecerá em Brasília, em maiodeste ano. A série de conferências - regionais,estaduais e nacional - tem o objetivo maior defortalecer o Sistema Nacional de <strong>Meio</strong><strong>Ambiente</strong> (Sisnama), que, de formadescentralizada, pretende levar à prática odesenvolvimento sustentável <strong>do</strong> país.www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br17 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>


18 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Pronaf FlorestalCria<strong>do</strong>resde FlorestasO crescimento da população nosúltimos anos gerou um aumentoconsiderável na demanda pormadeira e seus sub-produtos, o quelevou ao surgimento <strong>do</strong> interesseno uso de espécies florestais derápi<strong>do</strong> crescimento, entre elas oeucalipto e o nim. Essas espéciesvêm sen<strong>do</strong> uma alternativaracional contra a exploração edevastação das florestas nativas <strong>do</strong>planeta.Para minimizar a pressãosobre as espécies nativas e proporalternativas sustentáveis para asfamílias que sobrevivem <strong>do</strong> cultivoagrícola, o governo federal, emparceria com o governo estadual eas prefeituras municipaisimplantaram o ProgramaNacional de Fortalecimento daAgricultura Familiar (PronafFlorestal). A iniciativa geraemprego e renda, a partir <strong>do</strong>próprio sustento das áreasplantadas, fortalecen<strong>do</strong> aagricultura familiar <strong>do</strong>s pequenosprodutores.Para Nello Cariola,coordena<strong>do</strong>r de áreas florestais, éuma mudança muito grande nacultura <strong>do</strong> agricultor baiano."Com o programa, ele deixa de serextrativista e vira um produtorflorestal", avalia. Acabou-se otempo de cortar árvore demadrugada, de formaindiscriminada, como forma degarantir o sustento. O agricultorvai poder vender madeira dentroda legalidade e sem prejudicar omeio ambiente. "Futuramentepode, até, implantar umamadeireira ou loja de móveis nacidade", afirma.Cariola se diz surpreso com areceptividade <strong>do</strong>s agricultores comas ações de fomento. Ele acreditaque a confiança decorre <strong>do</strong>sresulta<strong>do</strong>s que começam a serpercebi<strong>do</strong>s por aqueles queaderiram ao programa. Cariolacita o exemplo de um agricultorda cidade de Ubaíra, que investiu


<strong>do</strong>is mil reais no plantio de mudasem mil hectares de terra. "Jáofereceram 10 mil reais paracomprar a madeira", conta. Ostécnicos da <strong>Secretaria</strong>acompanham to<strong>do</strong> o processo,incluin<strong>do</strong> da primeira venda.Numa primeira visita, ostécnicos fazem uma vistoria paradetectar as características dapropriedade e assim indicar qualo plantio mais adequa<strong>do</strong> paraaquele pedaço de terra. Depois,elaboram um projeto eencaminham ao banco. Numaoutra etapa, mudas de espéciesnativas são <strong>do</strong>adas aosagricultores para serem plantadase promoverem a recuperação dematas ciliares e de áreas de reservalegal. O acompanhamento de cadapropriedade é feito ao longo dequatro anos. De 2006 até este ano,300 famílias foram atendidas nascidades de Jequié, Ubaíra,Wenceslau Guimarães, Ubatã,Lafayete Coutinho e Jaguaquara.Para este ano, a meta é atendermais 600 famílias.Pólo Florestal SustentávelelA política ambiental a<strong>do</strong>tadapela Semarh pode ser consideradaarrojada em diversos aspectos,principalmente no que diz respeitoà a<strong>do</strong>ção de idéias inova<strong>do</strong>ras. Éo caso <strong>do</strong> Programa Pólo FlorestalSustentável, que tem como focoprincipal reflorestar áreas jádesmatadas para fins comerciais.Nesta primeira etapa, oprograma está sen<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong>ao sudeste da <strong>Bahia</strong>, numa áreaque abrange os municípios deManoel Vitorino, Itagi, Jequié,Lafayete Coutinho, Jaguaquara eItiruçu. O local foi escolhi<strong>do</strong> emfunção da grande demandaexistente na região por produtosflorestais (estacas, madeiraserrada) e biomassa (lenha).O programa é volta<strong>do</strong> paraáreas que foram aban<strong>do</strong>nadaspara o cultivo agrícola e com issoimpede que novas áreas sejamdesmatadas. Também estimulapequenos agricultores a implantar,em pequenas áreas da propriedade,os chama<strong>do</strong>s bosques energéticos,ou seja, áreas destinadas à criaçãode florestas, com tipos de árvoresvoltadas para atender ao merca<strong>do</strong>.A expectativa é ampliar aoferta de madeira plantada,através <strong>do</strong> reflorestamento comespécies de rápi<strong>do</strong> crescimento enativas, de valor econômico, paraos consumi<strong>do</strong>res de produtosflorestais e indústrias regionais.O plantio de árvores para finscomerciais visa suprir umademanda crescente <strong>do</strong>s diversosmerca<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res deprodutores florestais, comoexemplo para construções emobiliários, celulose para o papel,lenha e carvão para as caldeiras,substâncias medicinais, óleos,resinas, gomas, essências, mel,frutos, flores entre outros.19 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br


20 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Parque <strong>do</strong> Conduru: a menina <strong>do</strong>solhos <strong>do</strong>s ambientalistasAté há bem pouco tempo, apenas algumaspessoas conheciam ou tinham ouvi<strong>do</strong>falar <strong>do</strong> Parque Estadual Serra <strong>do</strong> Conduru,uma floresta de 9.275 hectares localizada nosul da <strong>Bahia</strong>, nos municípios de Itacaré,Uruçuca e Ilhéus. Cria<strong>do</strong> há 11 anos, o parquese transformou na “menina <strong>do</strong>s olhos”da <strong>Secretaria</strong> Estadual de <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong> eRecursos Hídricos e, consequentemente, <strong>do</strong>governo da <strong>Bahia</strong>. A razão é simples: oConduru é um <strong>do</strong>s mais importantes blocosremanescentes de Mata Atlântica, reconheci<strong>do</strong>nacional e internacionalmente pela suarica biodiversidade.“O Conduru se tornou uma prioridade pelasua excepcional biodiversidade. É o mais ricoparque <strong>do</strong> Brasil em termos de fauna, flora,aves e primatas”, afirma Rui Barbosa da Rocha,diretor <strong>do</strong> Instituto Floresta <strong>Viva</strong>, umadas ongs parceiras <strong>do</strong> parque. Com média de458 espécies de árvores por hectare - considera<strong>do</strong>um recorde internacional - o parqueainda protege importantes baciashidrográficas que abastecem os municípios deIlhéus, Itacaré e Uruçuca, abrigan<strong>do</strong> nascentesde 30 rios e riachos.Nesse senti<strong>do</strong>, Marcelo Barreto, gestor <strong>do</strong>Parque <strong>do</strong> Conduru, defende que o local setorne uma Unidade de Conservação Plena eaberta para o desenvolvimento de atividadesde pesquisa e educação ambiental, seguin<strong>do</strong>,sempre os critérios de manejo recomenda<strong>do</strong>para uma área tão preciosa. “O potencial turístico<strong>do</strong> parque é muito grande. Além da flora,temos uma fauna bastante diversificada. Masesse potencial não estava sen<strong>do</strong> explora<strong>do</strong>.


A nossa proposta é fazer parceria comas estruturas turísticas <strong>do</strong> entornoda área, para que possa ser utiliza<strong>do</strong> peloshotéis e pela comunidade de maneirageral”, afirma.O Parque também recebe a visitade inúmeros pesquisa<strong>do</strong>res. “A tendênciaé que o número de visitantes aumente acada dia”, avalia Barreto. Hoje o Condurudispõe de uma infra-estrutura adequadapara hospedar até 32 pesquisa<strong>do</strong>res. E játem gente interessada em conhecer essabiodiversidade. Um bom exemplo é opesquisa<strong>do</strong>r da Universidade de Yale, nosEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Daniel Pioto, que estáno parque desenvolven<strong>do</strong> uma tese de<strong>do</strong>utora<strong>do</strong> sobre segurança florestal. Apesquisa<strong>do</strong>ra Joyce Reis, da UniversidadeEstadual de Santa Cruz (UESC), tambémestá estudan<strong>do</strong> a diversidade de bromeliácias<strong>do</strong> parque.Uma das metas a serem alcançadas em 2008é a reestruturação da floresta dentro <strong>do</strong> parquee no seu entorno para a formação de corre<strong>do</strong>resecológicos. A idéia é criar um mini-corre<strong>do</strong>recológico Serra <strong>do</strong> Conduru, abrangen<strong>do</strong>uma área de 100 mil hectares ligan<strong>do</strong> Itacaré aIlhéus. O parque funcionaria como núcleo. Outrameta é envolver as comunidades que vivemno entorno <strong>do</strong> Conduru e que devem serinseridas no processo, seja através <strong>do</strong>ecoturismo ou de outra forma que as torne,também, responsáveis pela conservação da floresta.Nesse senti<strong>do</strong>, a Semarh e o InstitutoFloresta <strong>Viva</strong> querem desenvolver um trabalhode educação florestal dentro <strong>do</strong> parque volta<strong>do</strong>,principalmente, para estudantes da redepública local.Em 2007, uma das maiores conquistas <strong>do</strong>Parque <strong>do</strong> Conduru foi a criação <strong>do</strong> ProjetoFloresta <strong>Bahia</strong> Global, que deu início ao plantiode 30 hectares de mudas produzidas pelosagricultores <strong>do</strong> entorno <strong>do</strong> parque. Estas mudasserão utilizadas para descarbonizar a emissãode 360 toneladas de gás carbônico que, emquatro anos, serão lançadas na atmosfera pelasaeronaves utilizadas pelo governo. Assim oProjeto Floresta <strong>Bahia</strong> Global, mais conheci<strong>do</strong>como Carbono Zero, vai contribuir na recuperaçãode parte da floresta que foi desmatada aolongo <strong>do</strong>s anos.Rui Rocha também aponta como positivaa ampliação da regularização fundiária - um<strong>do</strong>s problemas enfrenta<strong>do</strong>s pelo parque - que,em 2007, atingiu a marca de 40%. Além dacriação de assentamentos para a reforma agráriacomo forma de resolver a situação demoradia irregular de pessoas que vivem dentro<strong>do</strong> parque.Já Marcelo Barreto elege os desafios <strong>do</strong>parque. “Enfrentamos também alguns problemascom pessoas da comunidade local que praticama caça ilegal, mas esse número tambémtem diminuí<strong>do</strong> bastante, pois realizamosconstantemente projetos de conscientizaçãoambiental”, conta Barreto.www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br21 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>


22 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Monitoramento<strong>do</strong> ar“Vamos verificar a poluiçãoextrxtra-<strong>do</strong>miciliara-<strong>do</strong>miciliar, , a intra-<strong>do</strong>miciliare o agravamento amento de <strong>do</strong>ençasrespiratórias em pessoasaté 18 anos”“Se um rio está poluí<strong>do</strong>você não toma banho, mas seo ar estiver poluí<strong>do</strong> você nãotem opção porque ninguémpode parar de respirar”. A fraseé da pesquisa<strong>do</strong>ra NelzairVianna que nos últimos anosvem monitoran<strong>do</strong> a qualidade<strong>do</strong> ar em Salva<strong>do</strong>r. O trabalhodespertou o interesse,principalmente, quan<strong>do</strong> a pes-quisa voltou-se para o perío<strong>do</strong>de Carnaval, maior festade rua <strong>do</strong> planeta e que chegaa concentrar, num mesmo espaço,mais de um milhão depessoas.De início, foram utilizadasbromélias (Tilandsia Usneoides)para medir o nível de poluiçãono ar soteropolitano. Depois,mu<strong>do</strong>u-se a meto<strong>do</strong>logia e noCarnaval de 2007 foi utiliza<strong>do</strong>o Nefelômetro, equipamentomecânico que faz o biomonitoramentoatravés da quantificaçãode metais pesa<strong>do</strong>s existentesnas partículas que estão noar. As partículas são medidas peloseu tamanho.“As mais nocivas são as menoresque 10 micrômetros,passíveis de inalação pelo serhumano . Para se ter idéia, umfio fino de cabelo mede 70micrômetros”, explica Nelzair.O biomonitoramento realiza<strong>do</strong>nas ruas da capital baianafoi muito preciso. ONefelômetro utiliza<strong>do</strong> tem capacidadepara medir partículasde até 2,5 micrômetros.“Estas partículas minúsculaschegam até os alvéolos pulmonarese podem causar umasérie de <strong>do</strong>enças respiratórias,


além de atacar o sistemacardiovascular”, diz a pesquisa<strong>do</strong>ra.Os mais suscetíveis a estetipo de problema são as criançase os i<strong>do</strong>sosA meto<strong>do</strong>logia voltou a serutilizada no Carnaval de 2008,mas de forma ampliada, com amedição da quantidade de nitrogêniono ar, um <strong>do</strong>s elementosconheci<strong>do</strong>s como“poluentes clássicos”. Os demaissão: ozônio (O3), gáscarbônico (CO2) e monóxi<strong>do</strong>de carbono (CO). Mas a escolha<strong>do</strong> nitrogênio tem uma razãoespecífica. “O nitrogênioestá mais relaciona<strong>do</strong> com oagravamento <strong>do</strong>s sintomas de<strong>do</strong>enças respiratórios. Ele éemiti<strong>do</strong> por veículos a diesel,por isso é considera<strong>do</strong> ummarca<strong>do</strong>r de urbanização”, dizNelzair.A urbanização é, inclusive,um <strong>do</strong>s fatores responsáveispela poluição das grandes metrópoles.Pesquisas mostramque as indústrias são a primeirafonte de poluição <strong>do</strong> ar e asegunda, os veículos automotivos.Outra novidade éque, em 2008, também foi avaliadaa saúde de pessoas quetrabalharam no circuito carnavalesco.“Verificamos a poluiçãoextra-<strong>do</strong>miciliar, aintra-<strong>do</strong>miciliar e o agravamentode <strong>do</strong>enças respiratóriasem pessoas até 18 anos”,conta Nelzair Vianna.A pesquisa anterior mostrou,por exemplo, que a boaventilação favorece a dispersãodas partículas que são prejudiciaisa saúde. Sob esteponto de vista, o circuito Barra-Ondinapode ser considera<strong>do</strong>mais saudável por estarlocaliza<strong>do</strong> em plena orla deSalva<strong>do</strong>r. Já o <strong>do</strong> centro da cidadeé mais poluí<strong>do</strong>. A diferençapode ser constatada aolho nu através da fuligemque fica depositada nas fachadasdas casas, deixan<strong>do</strong>-as todassujas. É isso que acabain<strong>do</strong> para os pulmões.Existe, ainda, a idéia de semonitorar outras áreas de Salva<strong>do</strong>r,mediante de uma parceriaentre a Semarh, a Ufba e aUSP, através <strong>do</strong> professor PauloSaldiva. Seriam escolhidasduas áreas com intenso movimentode veículos e outra maisdistante para se fazer o controle.A pesquisa<strong>do</strong>ra NelzairVianna defende a implantaçãode um monitoramento contínuoem Salva<strong>do</strong>r e uma mudançano tráfego da cidade que jáestá caótico. Para ela, também épreciso intensificar a fiscalização<strong>do</strong>s veículos que circulam pelacidade, muitos em péssimascondições.Hoje, a capital paulista tem13 estações que fazem relatossemanais das condições <strong>do</strong> ar.Em Londres, a cada trimestre,sai uma nova previsão sobre apoluição atmosférica . Em Salva<strong>do</strong>r,o monitoramento <strong>do</strong> ardeverá ser feito duas vezes porano: uma no verão e outra noinverno. A idéia é instalar o mínimode duas estações debiomonitoramento, sen<strong>do</strong> umana parte mais litorânea da cidadee outra mais no centro. MaisNelzair Vianna sonha com seteestações na cidade. Número queconsidera ideal.”A idéia é trabalharde forma preventiva paraque Salva<strong>do</strong>r não atinja uma situaçãoirreversível como a deSão Paulo”, diz.23 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br


Forman<strong>do</strong> novos parceirosatravés <strong>do</strong> PNC24 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Compartilhar responsabilidadespara agilizar to<strong>do</strong> o processo.Esta é a essência e, aomesmo tempo, o maior desafio<strong>do</strong> Programa Nacional deGestores Ambientais (PNC) que,a partir de março de 2007,começou a capacitar gestoresmunicipais para aprenderem aexecutar a política ambiental emsuas cidades. Uma formadiferenciada de lidar com asquestões ambientais, estimulan<strong>do</strong>to<strong>do</strong>s os segmentos dasociedade civil, setor priva<strong>do</strong> epoder público a discutirem e seenvolverem na formulação depolíticas públicas para o setor.Em 2007, o PNC cumpriu ameta de capacitar 880 forma<strong>do</strong>resambientais de 88 municípiosbaianos. Mas o objetivo maior é,gradativamente, atingir todas ascidades <strong>do</strong> interior da <strong>Bahia</strong>,numa ação mais lenta e maisestruturante. “Hoje o Esta<strong>do</strong> émuito sobrecarrega<strong>do</strong>, principalmenteno que se refere aolicenciamento de obras. Nossoobjetivo é repassar ações e gestõesambientais para os municípios”,afirma Ricar<strong>do</strong> Azeve<strong>do</strong>,coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Programa.A implementação <strong>do</strong> programavisa consolidar duas diretrizesda Política Nacional <strong>do</strong> <strong>Meio</strong><strong>Ambiente</strong>: o fortalecimento <strong>do</strong>Sistema Nacional de <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>(Sisnama) e o DesenvolvimentoSustentável. O PNCtrabalha para que os municípiostomem para si a responsabilidadede cuidar <strong>do</strong> meio ambientede sua região, não deixa de reforçara máxima <strong>do</strong>s ambientalistasde que é precisopensar localmente eagir globalmente.“A gente temde tratar o meioambiente emrede e com asociedade. Estátu<strong>do</strong> interliga<strong>do</strong>.Não adianta ummunicípio tomar umaação preventiva e os demaisnão fazerem nada poisas conseqüências serão sentidaspor to<strong>do</strong>s”, avaliaAzeve<strong>do</strong>.A capacitação feitaatravés <strong>do</strong> PNCenvolve duas etapas:uma relativa aoconhecimento dalegislação e outramais voltada paraa área de planejamento.Dosmunicípios que jápassaram pelo programa,Ricar<strong>do</strong> Azeve<strong>do</strong>afirma que vários já a<strong>do</strong>ta-ram uma postura diferente em relaçãoao meio ambiente. Muitoscriaram Conselhos Ambientais eem Madre de Deus, por exemplo,criou-se depois <strong>do</strong> curso decapacitação, uma <strong>Secretaria</strong> de<strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>. “É isso que queremos,criar massa crítica”.


PNC - Lança<strong>do</strong> oficialmenteem 23 de agosto de 2005, oPrograma Nacional deCapacitação de GestoresAmbientais, foi instituí<strong>do</strong>através da Portaria <strong>do</strong> Ministério<strong>do</strong> <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>n° 286 de 29 de setembro de2005. O PNC nasceu da necessidadede estruturação <strong>do</strong>sistema municipal <strong>do</strong> meioambiente. A implementação<strong>do</strong> programa contribui diretamentepara a consolidação25 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>de duas diretrizes da PolíticaNacional <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>:o fortalecimento <strong>do</strong>Sistema Nacional de <strong>Meio</strong><strong>Ambiente</strong> (Sisnama) e o DesenvolvimentoSustentável.O PNC conta com 12 esta<strong>do</strong>sconvenia<strong>do</strong>s e tem apoiofinanceiro da Petrobras.www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br


26 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>Novo modelode serviço público“Estamos melhoran<strong>do</strong>a fororma de gerenciar,atrtravés da capacitação<strong>do</strong>s próprios servi<strong>do</strong>res.Estamos crian<strong>do</strong> umnovo o modelo de serviçopúblico”.Facilitar as gestões institucional,administrativa e operacional, a fim degarantir resulta<strong>do</strong>s sustentáveis nosserviços presta<strong>do</strong>s pela <strong>Secretaria</strong> de <strong>Meio</strong><strong>Ambiente</strong> e Recursos Hídricos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Com esse objetivo foi cria<strong>do</strong> o SigSemarh- Sistema de Gestão Semarh.“Precisávamos trazer para o serviçopúblico algumas ferramentas de gestãoque já tinham si<strong>do</strong> aplicadas e validadasna iniciativa privada”, afirma Joana d'ArcSales, diretora administrativa da<strong>Secretaria</strong>.O SigSemarh segue o modelo <strong>do</strong>Programa Nacional de Gestão Pública eDesburocratização (Gespública), queadaptou diversas técnicas de gestão paraa realidade <strong>do</strong> serviço público. A<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>pelo governo federal, o Gespública temcomo objetivo melhorar a qualidade <strong>do</strong>sserviços públicos e aumentar acompetitividade <strong>do</strong> país. A Semarh foi oprimeiro órgão <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> que semobilizou para aderir ao programa.


Lança<strong>do</strong> no Dia <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>rPúblico, 28 de outubro, o sistematrabalha com quatro níveis desustentação que têm a finalidade debeneficiar o servi<strong>do</strong>r nas seguintesdimensões: financeira, social,educação integral e institucional.Segun<strong>do</strong> Joana d'Arc, o primeiropasso foi fazer uma auto-avaliaçãobaseada em sete critérios deexcelência: liderança, estratégia eplano, cidadão e sociedade, pessoas,processos, informação e conhecimento,e resulta<strong>do</strong>. “Assim criamos umPlano de Melhoria da Gestão quejá está sen<strong>do</strong> implanta<strong>do</strong>”, afirma.Joana d'Arc também chamaatenção para outras ações que têmcontribuí<strong>do</strong> para valorização,integração e resgate da auto-estima<strong>do</strong>s 360 servi<strong>do</strong>res da Semarh. Umbom exemplo é a a<strong>do</strong>ção de umcalendário comemorativo alusivo adatas como Dia da Mulher, Dia dasMães, Dia <strong>do</strong>s Pais, entre outras.Também foi realizada pesquisa,através da internet, sobre onível de estresse <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>rda secretaria.Para 2008 os desafios sãomuitos: consolidar a implantação<strong>do</strong> SigSemarh; efetivar o Plano deMelhorias e Executar os diversosprojetos dentro <strong>do</strong> Programa deValorização <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r. “Estamosmelhoran<strong>do</strong> a forma de gerenciaratravés da capacitação <strong>do</strong>s própriosservi<strong>do</strong>res. Estamos crian<strong>do</strong> umnovo modelo de serviço público”,conclui Joana d'Arc.27 <strong>Bahia</strong> <strong>Viva</strong>www.meioambiente.meioambiente.ba.g.ba.gov.br.br

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